este no porto menos de três dias. Art. 77. São competentes na corte e nas capitães das províncias para conceder passaportes os ministros e secretários de Estado, pela maneira até agora praticada, os presidentes das provincias e os chefes de policia. Fora dessas capitães, são competentes os delegados, e nas cidades, villas o.yj. freguezias em que não residirem de- legados, poderáõ os subdelegados çonce- dê-lqSj ainda mesmo a estrangeiro» ;, po- rém, os que forem dados pelos ditos subt- delegados somente terão vigor dentro da província (60). Art. 78. Os passaportes expedidos pelos chefes de policia, delegados e subdele- gados, o serão segundo o modelo n. 1, e por elles se exigirão os emolumentos marcados no art. %20 do Código do Pro- cesso Criminal. "Art. 79. Ninguém poderá sahir para fora do Império sem passaporte, á ex- cepção das pessoas que fizerem parte das (60.) Por A.v. de 19 de Dezembro de 18.61' ficou a se- cretaria da policia da corte autorisada a expedir passa- portes para o exterior, na conformidade deste artigo: mantendo-se, porém, a faculdade que tem a secretaria d'Estado doa negócios estrangeiros de expedi-los também aos agentes diplomáticos e consulares, nacionaes e estran- geiros, aos encarregados de despachos, empregados pu- blicos de categoria superior, ou pessoas particulares ,em iguaes circumstancias, ficando assim revogado o AT. de 21: de Março, de 18W< 18 guarnições e tripolações dos navios de guerra nacionaes ou eBtrangeitOs (61). (61) Vide nota ao art. 71, § 8*. Os passaportes, para os nacionaes sahiretn do Império, são obrigatórios somente quando o viajante for menor, filho-familias, mulher casada ou escravo.—Neste caso, o passaporte não poderá ser concedido, senão com expressa autorisação do pai, tutor, marido ou senhor.—Dec. n. Al 76 de 6 de Maio de 1868, art. Io. Os estrangeiros, para sahirem do Império, deverão apre- sentar o passaporte com que nelle entrarão, ou, na falta desse passaporte, outro expedido pelas respectivas legações ou consulados.—Idem, art. 2°. Taes passaportes, para valerem, dependem do—visto-*- da autoridade policial do lugar do embarque ou sabida. —O vitlo é sempre gratuito.—Idem, art. 3o (61 a). A disposição do art. 1* é applicavel aos estrangeiros domiciliados no Império.—Idem, art. l\°. As autoridades brasileiras deveráõ todavia conceder os passaportes requeridos por nacionaes ou estrangeiros, que os requererem por motivo de protecção e para facilidade do viajante. —Idem, art. 5°. A concessão do passaporte, ou do—visto—não depende dos anriuncios e formalidades, exigidas pela legislação actual, que fica dcrogada.—Idem, art. 6°. A viagem porém pôde ser impedida, antes ou depois do passaporte, ou do — visto— nos casos seguintes: 1% por ordem do governo, por motivos diplomáticos relati- vamente áos súbditos estrangeiros; 2", pelas autoridades policiaes ou judiciarias, se o individuo ésiiVer condem- nado, pronunciado, ou mesmo indiciado em qualquer crime; 3°, pelas autoridades judiciarias, nos casos em (61 a) Dispondo este artigo que o—vitlo—da autoridade policial do lugar do emoarquo ou sabida é sempre gratuito, e nap o tendo feito a respeito doa parsaportes concedidos pelas autoridades brosneifGB, derem ellaa ser pagos, como acontecia até é data deste Decreto.— Ar. de 83 de Maio de 1868. 70 Art. 80. Aquelles que tentarem sahir para fora do Império sem passaporte e os commandantes ou mestres de navios que sem elles os admittirem ou occul-tarem, incorrerás nas penas de multa de 20$ a 100$, que poderá ser acompanhada de prisão até quinze dias, se houverem circumstancias agg-ravantes. Esta pena pôde ser imposta pelas autoridades po— liciaes do lugar dá sahida, trajecto ou entrada. A falta do visto nos casos em que elle deve ter lugar será punida com a multa de 10$ a 50$, ou prisão de três a oito dias. Art. 81. Os cidadãos brasileiros que vierem de portos estrangeiros sem que, pelas leis liscaes, civis ou commerciaes, este proce- dimento tenha lugar.—Idem, art. 7°. Os passaportes serão expedidos pelas mesmas autorida- des, que actualmente os concedem.—Idem., art. 8°. Em tempo de guerra, ou no caso do art. 87 do Regai, n. 120 de 31 de Janeiro de 1842, as disposições deste Regulamento poderão ser provisoriamente alteradas, como fOr necessário.—Idem, art. V- -:. 71 passaporte poderão livremente desembar-«ear, comtanto que declarem logo á visita o motivo por que vierão sem elle, ratificando a declaração nos primeiros três dias perante o chefe de policia, e quando este não resida no lugar, perante o delegado. Se por circumstancias que occorrao se tornarem suspeitos, poderá a policia exigir) kpie se apresentem dentro de curtos prazos, nunca menores de um mez. Esta inspecção, porém, nunca se estenderá além de am anno (62). (62) Em Aviso de 5 do mez passado, n. 5, dignou-se "V. S. consultar se, em virtude das disposições do art. 81 "do Reg. de 81 de Janeiro de 16Ú2 e do art. Io do de 6 de Maio do corrente anno, é obrigado a exhibir passa- porte o brasileiro que se recolhe ao Império; e se igual «obrigação imposta ao estrangeiro deixou ou não de subsis- tir, ã vista do art. 7° do Dec. n. 153 L 'de 10 de Janeiro de 1855. Tenho 3 honra de informar a V. S. que, tanto para o brasileiro, como para o estrangeiro domiciliado no Império, é actualmente voluntária a cxhibicão dos passa- portes, salvos os casos especificados no art. Io do Dec. •de 6 de Maio deste anno. Quanto, porém, ao estrangeiro que pela primeira vez «ntra no Império, embora lhe seja permiltido vir sem passaporte, fica sujeito ás consequências dessa omissão, «especificadas no art. 7° do Dec n. 1531 de 10 de Janeiro- 72 Âit. 82. Quando alg-um estrangeiro, indo de portos estrangeiros, entrar no Império sem passaporte, deverá a visita impedir-lhe o desembarque e dar par e ao» chefe de policia, e, quando este não resida no lugar, ao delegado, que procederá com a maior urgência a interroga-lo. Se achar-matéria para suspeitar que seja malfeitor, deverá «brigar o navio a reexporta-lo, dando conta disso ao ministério da justiça na corte, e nas províncias aos presi- dentes. de 1855. e, portanto, exposto a ser reexportado no mesmo navio, se houver suspeita de ser malfeitor, e não» exliibir «ttestado nos termos daqueila disposição. Não ha, pois necessidade de qualquer meio coercitivo a (ai respeito, porque a falta de passaporte não sujeita os capitães de navio e os passageiros ao pagamento lai multa, iornndo-lhes somente a obrigação de fazer as. declarações do art. 86 do Ileg. de 31 de Janeiro de 1.842, confirmado pelo art. a* do Bec, n. 1531 de 1855. — Av. de 22 de Dezembro de 1868. Por Av. n. £5 de 9 de Fevereiro de 1870 d« ejarou o governo abusiva a pratica das companhias de vapores; transatlânticas, que nas viagens dos portos da firã-Brt ta— oha para o império exigem d«'S passageiros, como con- dição indispensável para o pagamento das passagens a> apresentação prév a do passaporte djído pela Feiptciivat JegflÇão ou agentes consulares. 73 Art. 83. Se não achar matéria para suspeita, deverá permittirodesembarque; mas nos títulos de residência haverá atten-çào a essa circumstancia, quando tiver de marcar os prazos da apresentação. Em todo 0 caso deverá solicitar da respectiva secre taria de Estado, ou dos presidentes nas províncias, a expedição das convenientes participações ao consulado do Império, no ponto d'onde houver vindo o estrangeiro, declarando seu nome, signaes, circumstan- cias, e navio que o trouxe, afim de que proceda ás necessárias indagações. Art. 84. O resultado dessas investigações deve ser communicado pelo dito consulado ao ministro ou aos presidentes que as houverem exigido, afim