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CODIGO DE PROCESSO I IMPERIO - VOL 2

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ser feita 
depois e immediatamente que se verificar a 
mesma diligencia. 
Art. 118. Entender-se-ha que a autori-
dade policial, ou qualquer official de jus-
tiça, vai em seguimento de objectos furta-
dos ou de um réo: Io, quando, tendo-os 
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avistado, os fôr seguindo sem interrupção; 
embora depois os tenha perdido de vista 2o, 
quando alguém que deva ser acreditado, e 
com circumstancias verosímeis, o informar 
de que o réo ou taes objectos passarão pelo 
lugar ha pouco tempo, e no mesmo dia com 
tal ou qual direcção, 
•Art. 119. Quando, porém, as autoridades 
locaes tiverem fundadas razões para duvidar 
da legitimidade das pessoas que nas referidas 
diligencias entrarem pelos seus districtos, ou 
da legalidade dos mandados que 
apresentarem, poderáõ exigir as provas e 
declarações necessárias dessa legitimidade, 
fazendo pôr em custodia e deposito as 
pessoas e cousas que se buscarem. Art. 120. 
Os chefes de policia, delegados, 
subdelegados e juizes municipaes concederão 
mandados de busca, ou os mandarão passar, 
ex-officio, restrictamente nos casos e para os 
fins especificados no art. 189 do Código do 
Processo Criminal, 
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logo que hajão vehementes indicios, ou 
fundada probabilidade da existência dos 
objectos ou do criminoso no lugar da busca. 
Art. 121. Para se conceder um msnr dado de 
busca a requerimento de parte será preciso 
que seja pedido por escripto por ella 
assignado, com a declaração das razões em 
que se funda, e porque presume acharem-se 
os objectos ou o criminoso no lugar indicado; 
e quando estas não forem logo demonstradas 
por documentos, apoiadas pela faina da 
vizinhança ou notoriedade publica, ou por 
circumstancias taes que formem vehementes 
indícios, se exigirá o depoimento de uma 
testemunha que deponha com as declarações 
mencionadas no art. 191 do Código do 
Processo Criminal. 
Art. 122. Ho caso de expedição de um 
mandado "de busca ex-offiúo, se fará pre-
viamente, ou ainda mesmo depois de efec-
tuada a diligencia, se a urgeacia do caso não 
admittir demora, um auto especial, 
 
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com declaração de todos os motivos e razões 
de suspeita que constarem em juízo. 
Art. 123. No caso do art. 117 a autoridade 
policial, ou o official de justiça que fôr em 
seguimento do réo ou de objectos furtados em 
districto alheio, poderá dar ahi as buscas 
necessárias, somente nos casos e pela forma 
marcada nos arts. 185, 186, 187 e 188 do 
Código do Processo Criminal. 
Art. 124. Para o caso do artigo antecedente 
não é indispensável que a autoridade policial 
ou o official de justiça veja o réo ou as cousas 
furtadas entrar em uma casa, bastará que a 
vizinhança ou uma testemunha o informe de 
que ahi se recolherão. 
Art. 125. O mandado de busca, para ser 
legal emquanto á sua forma, e poder ser 
executado, deverá ter os requisitos exigidos 
pelo art. 192 do Código do Processo 
Criminal. Não deverá, porém, conter 
o. P. n 7 
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o nome, nem as declarações de qualquer 
testemunha, ainda mesmo quando haja sido 
passado em virtude do depoimento delia. 
Art. 126. Far-se-ha a execução do 
mandado pela maneira «ordenada nos arts. 
196, 197, 199, 200, 201 e 202 do Código do 
Processo Oriminal. 
Art. 12 í. No caso de não se verificar a 
achada por meio de busca, serão commu-
nicadas a quem a tiver soffrido, se o requerer, 
as provas que houverem dado causa á 
expedição do mandado. 
SECÇÃO JT. 
ZÀ> julgamento das aontrcvuençõee ás posttvms das 
camarás mvnicipaes e dos crimes aom-prehendidos 
no art. 58, § 6* do presente Regulamento (72). 
Art. 128. No processo e julgamento de 
taes contravenções e crimes observarão 
{72) Dispõe o Reg. n. 4854 de 22 de Novembro de 
18.71: 
Art. Is5. Compele aos juizes de paz o julgamento das 
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infracções de posturas municipaes com appellação, no 
efleito suspensivo, para os juizes de direito. 
§ 1." Lavrado o auto da infracção com assignalura de 
duas testemunhas, será remettido ao procurador da ca-
mara municipal, e -este, antes de requerer a execução jndiciai, dará aviso á parte infractora para pagar a multa, 
quando a pena for somente pecuniária. 
§ 2.° Na falta de pagamento voluntário da multa será 
apresentado o auto da infracção com requerimento do 
procurador da camará municipal ao juiz de paz, que 
mandará intimar com a copia do mesmo auto a parte 
infractora para comparecer na primeira audiência, cita-
das também as testemunhas que o tiverem assignado. 
$ 3." Se não comparecer nem mandar escusa relevante, 
será julgado á revelia em vista do auto. 
Apresentada e aceita a escusa, será adiado o julga-
mento para a seguinte audiência, 
§ u.° Se a parte infractora comparecer, lhe será lido o 
auto; e, querendo contesta-lo, o juiz mandará escrever 
as suas allegações e juntar os documentos que offerecer; 
inquirirá as testemunhas da aceusação e as que forem 
apresentadas peio réo, até o numero de três; e proferirá 
a soa decisão na mesma audiência ou, quando muito, na 
seguinte. 
S 5." Se a parte condemnada quiser appehar, poderá 
faze-Jo, ou verbalmente logo em audiência, ou por es-
cripio no prazo de 48 horas; e, tomado por termo o seu 
requerimento, immedialamente o escrivão fará os autos 
conclusos ao juiz de direito, remettendo-os directamente 
a elle, se estiver ao lugar, ou em sua ausência, para o 
cartório do escrivão do jury, afim de serem apresentados 
no juiz de direito quando chegar. 
g 6." A demora dos escrivães na remessa c apresen 
tação dos autos será punida pelo juiz de direito com a 
mana de lOgOOd a 3O$flO0. . 
Art. /*►. Ho Dm de cada trimestre os juizes de paz 
rente (lerâõ i cantara municipal uma relação das infracções 
és postaras que tiverem julgado durante «quede prazo, 
 
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declarando as condemnações e absolvições, e bem assim 
as appellações que se derem. 
Art. 47. Os cbefes, delegados e subdelegados de po-
licia, os supplentes dos juizes municipaes e os substitutos 
dos juizes de direito das comarcas especiaes, organizarão 
o processo preparatório das infracções dos termos de se-
gurança e bem-vlver, e dos crimes a que não está im-
posta pena maior que a multa de lOOgOOO, prisão, de-
gredo ou desterro até seis mezes, com multa ou sem ella, 
e três mezes de casa de correcção ou officinas publicas. 
Art. A8. Apresentada a queixa ou denuncia de um 
desses crimes, a autoridade preparadora mandará citar o 
delinquente para vêr-se processar na primeira audiência. 
§ l.° Terá lugar a mesma citação, se, independente 
de queixa ou denuncia, constar a existência de crime 
policial, e neste caso se procederá previamente ao auto 
circunstanciado do facto, com declaração das testemunhas 
que nelle bio de jurar e que serão de duas a cinco. 
g 2.° O escrivão ou official de justiça permittirá ao 
delinquente a leitura do requerimento no auto, e mesmo 
copia-lo quando o queira fazer. 
§ 3." Não comparecendo o delinquente na audiência 
aprazada, a autoridade dará á parte o juramento sobre 
a queixa e inquirirá summariamente as suas testemunhas, 
reduzindo-se tudo a escripto. 
§ li." Comparecendo o delinquente, a autoridade lhe 
fará a leitura da queixa, depois de tomar o juramento 
ao queixoso, ou o auto do § 1*, receberá a defesa, inqui-
rirá as testemunhas e fará as perguntas que entender ne-
cessárias, sendo tudo escripto nos autos, aos quaes man-
dará juntar a exposição e documentos que a parte oflérecer. 
g 5." Se as testemunhas não puderem ser inquiridas 
na primeira audiência, continuará o processo nas se-
guintes, até que estejão colhidos todos os esclarecimentos 
necessários. 
g 6.* Terminado o processo preparatório, poderáõ a 
partes dentro de 2a horas, contadas da (ultima audiên-
cia, examinar os autos no cartório e oflérecer as alie— 
gações escrlptas que julgarem convenientes a bem de seu 
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as autoridades policiaes
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