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que occorrão, nâo puderem estes comparecer no termo para presidir á junta de revisão, de modo que fique concluída no termo da lei; uem ha incompatibilidade em fazer parte da junta revisora o mesmo individuo, organizador da lista dos jurados, como se deduz deste Regulamento, quando determina que os juizes municipaes devem ser nomeados delegados de policia.—Av. de 16 de Julho de 1869. 196 junta revisora fará transcrever os nomes dos alistados em pequenas cédulas de igual tamanho, e no dia seguinte mandará lêr pelo escrivão privativo do jury a lista dos cidadãos apurados; e á proporção que forem proferidos os nomes, o promotor os verificará com as cédulas, e as irá lançan- do em uma urna, que será fechada apenas terminada esta operação (132). Art. 238. Esta urna será fechada com três'chaves diversas, cada uma das quaes ficará em poder de cada um dos três membros da junta. Quando, porém, o juiz de direito tiver de correr differentes ter- mos, e o promotor de acompanha-lo, serão olavioularios, em lugar do primeiro o juiz municipal, e em lugar do segundo o (132) A orna especial será fornecida pela camará mu- nicipal, e terá duas chaves, de que serão claricularios o juiz de direito e o promotor publico. Quando o jury funccionar, essa urna será depositada na sala de suas sessões.—Dec. n. 698 de 31 de Agosto, de 1850, art. 3°. Vide nota ao ,art. 229. 197 subdelegado em cujo districto estiver a casa das sessões do jury (133). Art. 239. As urnas continuarás a ser guardadas pelas camarás municipaes, que igualmente continuão a fornecer os livros e mais objectos necessários parais trabalhos do jury. CAPITULO IV. Do foro competente. Art. 240. A competência do foro para o conhecimento e decisão das causas po- liciaes e criminaes continua a regular-se pelas disposições dos arts. 8, 155, Í56t 157,158, 160, § 3o, 171, § Io, 257 e 324 do Cod. do Proc. Crim., com as excepções declaradas nos artigos seguintes (134). (133) Vide nota 127. (134) No foro civil deve responder o guarda nacional j destacado que deixa fugir preso de justiça.—A v. de 4 de Abril de 1843. Para conhecer dos delidos de que tratão os arts. 50 e 54 do Cod. Crim., é competente o juizo da primeira culpa em que tiverem sido condemnados os réos que 198 Art. 241. Os juizes municipaes são com- petentes para julgar definitivamente o con- trabando na forma do Cap. 12 das dispo- sições criminaes deste regulamento (135). Art. 242. Os juizes de direito das co- marcas «ao os competentes para formar culpa aos empregados públicos não'pri- vilegiados, nos crimes de responsabilidade, e para julga-los definitivamente, na forma do Cap. 13 das ditas disposições criminaes (135). commetterem taes delictos (134 a). — Dec. n. 533 de 3 de Setembro de 1847. Não tendo a lei marcado ordem de processo especial para os crimes de responsabilidade, em que são compe- tentes os delegados, exigem os princípios geraes de di- reito que taes crimes sejão processados segando as regras estabelecidas para os da mesma natureza, ainda que da competência de outros juizes.—Av. de 31 de Maio de 1851. A nullidade que resulta da incompetência do juízo não pôde em caso algum ser supprida ou sanada.—Av. de 20 de Agosto de 1851. (134 a) Os arts 50 e 51 do Cod. Orim. tratão do crime que commet- tem aquelles que, soado banidos, voltarem ao território do Império, e aqaeltes que, sendo condemaados a galés, prisão com trabalho, prisão simples, fugirem da prisão; os degradados que sahlrem do lugar do degredo, e os desterrados que entrarem no lugar, de que tiverem sido desterrados, antes de satisfeita a pena. (135) Vide notas respectivas ás attribuições' criminaes destas autoridades. 199 São empregados públicos não privile- giados todos aquelles que não pertencem ás classes especificadas no art. 200, § 1* do mesmo regulamento. Art. 243. Quando em um termo tiver apparecido e estiver em acto sedição ou rebellião, será o foro competente para o conhecimento de quaesquer delictos com- mettidos ahi o do subdelegado ou delegado mais próximo do termo mais vizinho, ou o juiz municipal e o jury do mesmo termo,.segundo fôr a natureza do delicto, e o tribunal ao qual deva pertencer o seu conhecimento (135). Art. 244. Quando o mesmo acontecer em uma comarca, ou em uma província, será pela mesma maneira o foro competente o do subdelegado ou delegado mais próximo do termo mais vizinho, ou o juiz municipal e o jury do mesmo termo, (135) Vide a nota na pagina antecedente. 200 de qualquer das comarcas ou província confinantes (135)'. Art. 245. Sé nas rebelliões ou sedições entrarem militares, serão julgados pelas leis e tribunaes militares; e assim, se as justiças civis os acharem envolvidos nos processos quê- organizarem, remetteráô ás competentes autoridades militares as cópias authenticas das peças, documentos e depoimentos que lhes fizerem culpa. Art. 246. Quando aconteça que simul- taneamente comecem a formar culpa sobre o mesmo delicto o chefe de policia, juiz municipal, delegado e subdelegado, ou todos, ou alguns delles, proceder-se-ha pela seguinte maneira: Se concorrer o chefe de policia, pro- seguirá elle, em todo o caso, no processo, salvo se julgar conveniente remetté-lo ao juiz municipal, delegado ou subdelegado, para o continuarem. (186) Vide a nota da pag. antecedente 201 Se não concorrer o chefe de policia, mas sim o delegado, proseguirá este, salvo o caso da remessa acima figurado (136). Se concorrerem somente o juiz muni- cipal e um subdelegado, proseguirá aquelle (187). Se nos lugares em que houver mais de um juiz municipal, com jurisdicção cu- mulativa, concorrerem dous ou mais, pro- seguirá aquelle que primeiro tiver come- çado a tomar conhecimento do delicto. (136) Concorrendo o delegado e o juiz municipal na organização de um processo, e tomando ambos ao mesmo tempo conhecimento do facto,deve preferir aquelle.—Avs. de U de Abril de 1843 e de 21 de Janeiro de 1869. (137) Salvo se o subdelegado fôr o primeiro que tome conhecimento do facto, ainda que seja em officio, pratl- candp-se o contrario se com elle tiver simultaneamente concorrido o juiz municipal em virtude da queixa apre- sentada.—Av. de 23 de Maio de 1865. Este Aviso accres- centa que os accusadores particulares sSo auxiliares da jus- tiça publica, quando esta procede ex officio, como doutrinão ós Avisos de 15 de Novembro de 1837 e 8 de Julho de 18/J2; e que, se a falta de provas dér lugar á despro- núncia, instaure-se novo processo mediante outras provas, na conformidade dos Avs. de 9 de Fevereiro de 1»36, de 27 de Dezembro de 1855 e de li de Agosto de 1862. 202 CAPITULO V. DM futpeiçOes e recuiaçõe* (138). Art. 247. Os chefes de policia, delegados e subdelegados, os juizes de direito e nmnicipaes, quando forem inimigos capitães, ou Íntimos amigos, parentes, con-sanguineos ou affins até o segundo gráo de algumas das partes, seus amos, senhores, tutores ou curadores, ou tiverem com alguma delias demandas, ou forem particularmente interessados na decisão da causa, poderão ser recusados. E elles são obrigados a dar-se de suspeitos, ainda quando não sejão recusados (139). (138) Vide notas á parte correspondente do Cod. do Proc. (139) Sendo os jurados também juizes, são-lnes intei- ramente applicaveis as disposições dos arts. 61 do Cod. do Proc Crim. e 247 do Reg. de 31 de Janeiro de 1842. —AT. de 1 de Agosto de 1859. O filho de um primo do réo não tem impedimento para ser juiz, porque achando-se os filhos dos primos de al- guma das partes em 3* gráo de parentesco para com ellas, e não faltando a lei da attingencia do 3° para o 2° gráo, 203 Art. 248. As disposições do artigo