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Resumo completo- Batista

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Direito Constitucional II
Rio, 03/08/2011
Finalidade da Constituição:
Organizar o estado 
Limitar o poder ou definir os fins do estado
Delimitar os direitos fundamentais
Foco do curso: Realização da organização do estado, administração e prestação da jurisdição, todos poderes do estado limitados obviamente pelos direitos fundamentais.
- Mutação Constitucional: alteração da constituição por mudança na interpretação de suas normas.
Caso Plessy x Ferguson:
A constituição apesar de garantir a todos os cidadãos norte-americanos igual proteção da lei, condenou Plessy. Somente na década de 1950 é que a Suprema Corte declarou tal regra de segregação, inconstitucional. A escrita da constituição não se alterou, mas sim sua interpretação. Dessa forma podemos entender uma constituição a partir de sua interpretação e não a partir da letra fria da lei.
A suprema Corte à época defendeu a tese do “equal but separated”.
O Sistema de freios e contrapesos que rege o direito – caso da licença maternidade no caso das mães adotantes.
Interpretação Tópica como forma de alterar a jurisprudência a partir de casos modelos que vem alterando a interpretação do direito positivo.
Razoabilidade como forma de analisar as minúcias de cada caso.
A separação de poderes lato sensu é estrutural, de forma que podemos diferenciá-los organicamente. Esta expressão deve ser entendida desta maneira. 
Quando passamos a um olhar mais funcional dos três poderes, vislumbramos que os três poderes se inter relacionam, e mais se inter regulam. 
Portanto a separação dos poderes é estrutural, mas não funcional.
O professor chamou atenção para o caráter patológico da separação dos poderes no Brasil. Qual seja uma tendência pertinente de agigantamento do poder executivo perante os outros.
Rio, 08/08/201
Falemos das funções: legislativa, executiva e juduciária
Legislar:
E quando o poder público por certo ato introduz em nosso ordenamento jurídico normas abstratas e genéricas. 
É muito importante perceber que não somente o poder legislativo exerce tal função, mas também o executivo e o judiciário.
Como exemplo para o executivo: a medida provisória. Ou ainda os decretos (art.4º, IV da CRFB) que regulam atuação da administração pública, seja ela federal, estadual ou ainda municipal.
Lembrando que os regulamentos apesar de estarem abaixo hierarquicamente das leis, são atos também de conteúdos abstratos e genéricos (assim como a lei).
E quanto ao poder judiciário? Podemos afirmar que ele também exerce a função legislativa através das súmulas vinculantes (Emenda 45) (art. 103 b da CRFB). Ou ainda como legislador negativo, legislador positivo (mandado Injunção ou caso dos 28 %). 
A sentença normativa emitida pela justiça do trabalho no caso de dissídio coletivo também é um outro exemplo de atuação do judiciário com função legislativa.
Cuidado com a lei de efeitos concretos, que é lei, apenas em sua forma, mas não em seu conteúdo. EX: artigo da constituição sobre o colégio Pedro II.
Kelsen acreditava que existiam apenas duas funções: a de criar leis e a de aplicá-las. O poder legislativo seria o criador e o executivo e o judiciário, os aplicadores. Essa tese é interessante, mas completamente descartada hoje em dia. Nos servindo simplesmente para nos mostrar a aproximação entre a função de administrar e a função de prestar a jurisdição.
De fato as duas funções aplicam o direito, entretanto podemos diferenciá-las:
Prestação da Jurisdição:
O juiz, de fato, é um aplicador do direito. Mas sua atuação depende da provocação pela parte conforme o principio da Inércia da Jurisdição.
Administração:
A atuação da atividade administrativa, em regra, não depende da provocação.
Esse primeiro critério é um critério frágil, uma vez que existem exceções.
Podemos dizer que a litigiosidade no caso da prestação da jurisdição é o grande aspecto marcante de tal função.
No caso da administração pública, não há que se falar em litigiosidade.
OBS: Jurisdição Voluntária é segundo Humberto Theodoro Júnior a administração judicial .No fundo é jurisdição na sua forma, mas não no seu conteúdo.
Em suma a função jurisdicional é a aplicação do direito, em regra dependente de provocação mediante litigiosidade e substitutividade.
A função administrativa é aplicação do direito, nem sempre dependente de provocação, diante de situação não litigiosa e pública por natureza.
Devemos lembrar ainda que o poder legislativo tem função jurisdicional quando realiza as chamadas CPIs por exemplo.
O poder judiciário também tem função administrativa quando por exemplo concede férias a magistrados, ou ainda convocando candidatos para concursos públicos. Ou ainda a atividade de fiscalização eleitoral da justiça (eleitoral).
O poder legislativo também exerce função jurisdicional como no caso do julgamento do presidente por crime de responsabilidade o Congresso Nacional pode declarar o impeachment do presidente.
O poder executivo também exerce função jurisdicional. EX: quando contestamos uma multa enviada pelo DETRAN.
Feita toda essa explicação podemos falar que existem nos 3 poderes funções preponderantes / residualidade, como naturalmente observaríamos. Alguns autores falam em tipicidade. O professor não concorda com tal denominação porque justamente considera típico de um poder exercer as três funções.
Rio, 10/08/2011
RESUMO:
A divisão dos poderes é muito mais estrutural do que funcional.
Formas de Governo: monarquia e república
A diferença essencial entre essas duas formas é o modo de escolha do chefe de estado. Na monarquia temos hereditariedade e permanência vitalícia. Na república temos a temporariedade e escolha do presidente através de eleições.
O Principio Republicano – idéia de que todos os agentes públicos podem ser responsabilizados por seus atos.
Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário
A diferença entra tais formas esta justamente na atribuição constitucional das competências. Na verdade é isto que temos na federação, onde as competências são repartidas entre os entes federativos, que são autônomos.
Sistema de Governo:
Presidencialismo: Podemos notar nesse regime uma maior independência entre o poder legislativo e o executivo. Já sabemos que o presidente acumula as funções de chefe de estado e chefe de governo (definição de políticas públicas). Podemos dizer que o presidencialismo facilita bastante a independência dos poderes, mas não a sua harmonização.
Parlamentarismo: neste sistema temos a chefia do estado e a chefia do governo exercido por diferentes pessoas. O chefe de estado é o presidente ou ainda o monarca. O chefe de governo é o primeiro ministro. Este escolhido pelo parlamento. Neste sistema, quando o primeiro ministro realiza uma manobra política desastrada, ocorre o chamado voto de confiança ou moção de confiança, através do qual o parlamento decide sobre a permanência ou não do primeiro ministro no cargo.
Dizem os Ingleses que o parlamentarismo conta os segundos e os minutos da política. Quanto mais tempo um primeiro ministro estiver no poder mais o parlamento se sentirá a vontade para votar a desconfiança do Primeiro Ministro. 
O professor acredita que laboratorialmente falando o parlamentarismo é uma estrutura mais elevada, de forma que permite uma maior harmonização dos poderes.
No parlamentarismo, o gabinete, isto é os ministros são escolhidos também pelo parlamento. No presidencialismo que escolhe seu gabinete é o próprio presidente. Ou seja, vemos que o presidencialismo privilegia posturas monocráticas e o parlamentarismo, posturas colegiadas.
Vale ressaltar que existem vestígios do parlamentarismo no próprio presidencialismo brasileiro. O que pode ser verificado, por exemplo quando o Presidente tem o dever de ouvir colegiados diante da necessidade arquitetar soluções para uma crise.
Regime Político:
No caso do sistema e forma de governo podemos depreendê-los com relatividade a partir dos textos constitucionais de seus respectivos países. Nenhuma constituição se auto declara autoritária, configurando o que Luis Roberto Barroso chama de Hipocrisia Constitucional. 
Paraanalisarmos qual o regime político de um país devemos analisar a realidade de cada país. Assim devemos observar que os países que “adotam ” um regime autoritário, assim o fazem porque não respeitam as regras democráticas existentes, ou as próprias regras são excludentes de participação ou ainda faz-se presente o voluntarismo.
Em uma democracia deve se fazer presente regras democráticas efetivamente garantidoras de ampla participação levando em conta direitos fundamentais inclusive para grupos minoritárias.
Como explicar o Brasil? O problema de efetivação dos direitos já garantidos constitucionalmente.
Rio, 15/08/2011
 
O Poder Legislativo:
Explicação para o bicameralismo brasileiro: No senado estão os representantes dos estados e na câmara Federal estão os representantes do povo. 
O professor busca citar outras diferenças, e outras razões para distinguir a câmara do senado federal. A idade mínima: para a câmara, 21; para o senado, 35 – art. 14 da CF. O tempo de mandato: para a câmara, 4; para o senado, 8 – art. 45 e 46.
Percebemos ainda, outra diferença, qual seja: que o senado nunca passa por uma renovação total. De forma que podemos dizer que o senado é sempre mais conservador e a câmara, sempre mais liberal. 
Em suma, podemos definir o bicameralismo brasileiro, a partir de um binômio – povo x federação e postura progressista x postura conservadora – câmara e senado, respectivamente.
Neste plano aspecto formal, perfeito, tudo funciona às mil maravilhas.
OBS: como sabemos este funcionamento estrutural e bem pensado se dá de forma diferente na prática uma vez que o jogo político é marcado pela política partidária.
OBS: podemos dizer ainda que o senado é muito mais importante politicamente, simplesmente porque os senadores concentram mais poder em si mesmo, considerados individualmente. No senado temos 81 senadores, na câmara 573 deputados.
OBS: todo projeto de lei de iniciativa extra parlamentar (presidente, STF, PGU) tem sua primeira votação na câmara, sempre.
OBS : O único caso de proposta extra parlamentar em que a primeira casa legitimada à votação será o senado é a hipótese do art. 60, III da CF.
O problema de abolir o senado, é que tal abolição somente pode se dar por emenda constitucional. Entretanto defende-se que a existência do senado é uma forma de garantir a federação. Dessa forma entende-se que a existência do senado seria clausula pétrea, uma vez que sua extinção tenderia a abolir a federação.
Discussão quanto ao art. 45, §1º da CRFB. ADIN proposta por governador do RGS. A tentativa de tal governador é que para respeitar a isonomia dos votos (mesmo peso) do brasileiros art.60, §4º, II se considerasse inconstitucional a norma do art. 45. O STF deu improcedência ao pedido afirmando que ele era juridicamente impossível e que não há como declarar inconstitucional norma elaborada pelo Poder Constituinte Originário. Importante ainda falar da hierarquia.
Lembrar da tese de Otto Bachoff – Normas Constitucionais Inconstitucionais.
O professor acredita que a tese de Otto Bachoff se encaixa bem no art. 33 das ADCT.
Retomando o que já dissemos podemos dizer que a função preponderante do legislativo é a de legislar, mas o legislativo desempenha todas as funções. Outra função muito importante é a de fiscalizar, seja por meio de CPIs. Seja por meio de…..
Art. 59 da CRFB. A medida provisória, deve ficar claro, não é o ultimo ato do citado processo legislativo, mas sim o primeiro. Processo Legislativo são atos que são praticados de forma a culminar nos dispostos no artigo acima. Com exceção da medida provisória.
Emenda Constitucional:
Atenção: O que temos é uma proposta de emenda e não uma projeto de uma emenda.
Como uma proposta de emenda chega a uma emenda, efetivamente.
José Afonso da Silva que a regra do art. 61 §2º deve ser estendida por analogia as emendas constitucionais de forma a permitir a iniciativa popular na apresentação de proposta de emenda.
 Quando estudarmos as leis ordinárias e as leis delegadas perceberemos que não há um regime de isonomia para a sua votação, isto é, em seu processo legislativo. Caso a primeira casa aceite o projeto, e a segunda aceite com alterações, quem vai decidir a forma final é a primeira casa. Esse regime, entretanto, não se aplica no caso de proposta de emendas. Para que estas sejam aprovadas é necessário que as duas casas, aprovem com 3/5 em dois turnos, o mesmo texto. Assim podemos perceber claramente a rigidez constitucional: pelo quorum e pelo fato da unanimidade das duas casas, devendo o texto ser substancialmente os mesmos, podendo ser formalmente diferentes.
Rio, 17/08/2011
Ao ato de elaboração de leis ordinárias e complementares damos o nome de Ato Complexo Desigual.
Pode ocorrer de uma casa considerar apos alteração o texto de determianada lei como substancialmente igual. A outra casa por sua vez pode discordar, o que pode levar a questão ao judiciário. O professor não concorda com esta possibilidade em função do desrespeito a separação de poderes.
Ao ato de elaboração de Emendas constitucionais damos o nome de Ato Complexo Igual. Tem de haver unanimidade entre as casas.
Relembrando: limitações de cunho formal ou procedimental. Limitações circunstanciais (art. 60, §1º)
Devemos lembrar ainda das limitações materiais, as chamadas cláusulas pétreas, previstas no art. 60, § 4º. Diferentemente das outras limitações, esta não pode ser encarada muito objetivamente.
OBS: Podemos observar cláusulas pétreas fora do dispositivo acima? Sim.
As clausulas pétreas caracterizam a identidade da constituição. A hierarquia da constituição não é simplesmente formal, mas também porque uma constituição é permanente no tempo. Isto é não pode ter as normas elaborada pelo PCO suprimidas ou modificadas. Podemos dizer ainda que as cláusulas pétreas caracterizam o principio da identidade de uma constituição.
EX: A separação de poderes é clausula pétrea. Certo. Mas a dinâmica dessa separação pode ser alterada sem problemas por emendas constitucionais. Fato que ocorreu a EC 45 que criou o CNJ.
OBS: os chamados direitos individuais, assim são chamados porque tutelam a individualidade (e não porque simplesmente dizem respeito a indivíduos) de cada um, a partir da adoção de determinados comportamentos que me caracterizem. Não podemos nos esquecer ainda que os existe o mínimo existencial, caracterizado pelos direitos sociais. O professor chama atenção para o fato de que apesar de os direitos sociais não estarem expressos no parágrafo quarto, muitos doutrinadores defendem que tais direitos também são clausula pétrea, porque não há como um indivíduo construir sua própria individualidade a partir da miséria. Esta tese de que lei EC que suprima algum núcleo dos direitos sociais conseqüentemente estará suprimindo, a reboque, direitos individuais.
Outra tese, que o professor prefere, é a do professor Ingo Sarlet, que defende que os direitos sociais são clausula pétrea, porque estão na própria identidade da constituição. E que, portanto alterar ou suprimir os direitos sociais seria no final, criar outra constituição. A adoção de tal tese possibilita uma melhor aceitação de clausulas pétreas fora do art. 60.
Poderíamos considerar a existência do MP como clausula pétrea. Percebemos que o MP se assemelha a um poder por der autonomia administrativa e financeira. Se distancia dos poderes, justamente porque não tem poder de decisão. Como não é um poder, conforme o parágrafo quarto não poderíamos considerar sua existência, uma clausula pétrea. Mas, o art. 127 da CF fala que ele é um órgão permanente, o que proíbe o PCD de suprimi-lo.
Processo Legislativo para elaboração de Lei Ordinária:
 Atenção para a terminologia: proposta de EMENDA X projeto de LEI
1º - Iniciativa Parlamentar (integrante do poder legislativo) ou extra parlamentar (Presidente, STF).
Saber quem é autor da iniciativa é importante para sabermos qual será a primeira casa votadora (ver aula passada).
2º - Estudo do projeto pelas chamadas comissões temáticas. Dependendo do(s) tema(s) da lei uma comissão atuará.
OBS: Existeuma comissão chamada de Constituição e Justiça que analisa qualquer tipo de projeto. Essa comissão é almejada por parlamentares, justamente pelo maior poder de intervenção política. Essas comissões emitem pareceres e podem discutir tal projeto publicamente. Podemos dizer que tais comissões servem para preparar a fase de votação. No senado temos em paralelo, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Devemos atentar ainda para as Frentes Parlamentares (pluripartidárias), muito importantes na discussão de projetos de lei. Acabam indicando um certo esvaziamento ideológico dos partidos.
Rio, 22/08/2011
Atenção: o que as comissões analisam é o projeto de lei, e não a lei propriamente dita.
Portanto, temos claramente como controle preventivo de constitucionalidade a atividade dessas comissões.
Quórum de aprovação:
Art. 47 da CRFB – Esse é o quorum que funciona como regra geral.
Maioria absoluta: o primeiro número inteiro após a metade. Caso uma lei seja aprovada com quórum inferior ao necessário, tal norma deve ser considerada inconstitucional sob seu aspecto formal.
Maioria relativa é aquela que varia em função do número de presentes. Devendo este número de presentes ser no mínimo a maioria absoluta.
Gilmar Ferreira Mendes defende a tese de que o fato de o dispositivo não falar em maioria dos votos dos presentes permite que exista aprovação de determinado projeto sem a maioria dos votos do presentes.
Como já dissemos, a política em nosso país, é marcado pelo jogo partidário. Normalmente o que acontece é que um projeto de lei aprovado na 1ª casa pela qual foi votado e aceito, também seja aceito na segunda casa. Mas nada impede que a 2ª casa rejeite ou emende o dito projeto.
Se emendado o projeto, a primeira casa tem preferência em decidir se mantêm as emendas ou não. Lembrando, o processo de elaboração de uma lei ordinária é um ato complexo desigual (PEC é ato complexo igual) PROVA. – art. 65
Completo esse trâmite o projeto de lei segue para sanção ou veto do presidente da República – art. 66 da CRFB.
Os parágrafos primeiro e terceiro do dispositivo acima são incompatíveis. Uma vez que somente o primeiro fala em dias úteis. De fato pode ocorrer a sanção tácita, mas apenas após o prazo de 15 dias úteis e não 15 dias corridos. Em suma, a sanção pode ser expressa ou tácita.
E sancionado o projeto, já podemos falar que o até então projeto se transformou em uma Lei. A lei passa existir, e está findo o processo legislativo. Os atos subseqüentes de promulgação valerão apenas para que a lei tenha eficácia.
Vetado o projeto. O veto no Brasil é relativo
OBS: em alguns países o veto é insuperável, absoluto
Art. 66, § 2º - atenção pois o veto do presidente da República tem o intuito de impedir e não de modificar ou selecionar. Permitir a existência do veto também na forma não integral é permitir de certa forma que o presidente modifique arbitrariamente a lei em questão.
Art. 66, § 4º - percebe-se que para superar o veto do presidente é necessário um quorum específico e maior do que aquele previsto no art. 47. Atenção: quando o dispositivo fala em sessão conjunta, o que se quer dizer é que as casas deliberaram conjuntamente, porém respeitando a bicameralidade. Para que enfim o veto do presidente seja superado é necessário que a maioria absoluta, inicialmente da câmara federal derrube o veto. Em seguida que o senado federal também derrube o veto por maioria absoluta. Tanto é que se entendêssemos o fato de tal votação ser conjunta ser na verdade unicameral, o senado estaria praticamente dissolvido. PROVA.
Decisão do STF que considerou que as clausulas pétreas não podia ser alteranasem por emenda e nem na revisão constitucional.
Rio, 24/08/2011
PROVA
Sanção natureza constitutiva
Oposta à sanção é o veto. Tanto a sanção, como o veto são medidas dirigidas ao Congresso Nacional.
Ocorre durante o processo legislativo.
Ato ou fato do presidente.
Promulgação natureza meramente declaratória.
A destinatária da promulgação é a sociedade. Através dessa é atestar a existência de tal lei para a sociedade
Ato após o processo legislativo. Sempre decorrente de manifestação de vontade do presidente ou outrem.
Temos portanto 5 distinções.
Outro que podemos enunciar é que toda lei é promulgada.
Atenção: O ato é a promulgação, mas como se destina a sociedade, ele deve ser publicado. Portanto não existe um ato de promulgação e outro de publicação. Esta é a posição do Manuel Gonçalves Ferreira Filho.
O Veto - art. 66 §2º
Veto total
O veto total ao ser analisado pode ser :
Totalmente mantido – lei.
Totalmente superado
Parcialmente superado
Veto Parcial
O texto constitucional não fala o que se fazer com aquilo que “sobra” quando se veta parcialmente alguma parte da constituição.
O texto da constituição Argentina afirma expressamente que a parte que “sobra” deve aguarda a análise daquilo que foi vetado.
Nossa constituição nada afirma, mas a posição dominante é que as partes que sobram são imediatamente sancionadas. A conseqüência disso é que após a promulgação de mais de uma lei que na sua essência tratam do mesmo assunto.
Totalmente mantido
Totalmente superado
Parcialmente superado
As duas formas pelas quais uma lei nasce: sanção ou superação do veto.
Após essa explanação podemos dizer que o processo de elaboração e uma Lei ordinária é um ato complexo duplamente desigual. Tanto em relação as casas do poder legislativo, quanto em relação entre o congresso Nacional e O Pres. Da República.
Processo Legislativo de Elaboração de Lei Complementar
Art. 69 da CRFB – maioria absoluta
A lei complementar, tem portanto um quórum mais elevado.
Art. 18, 146 da CRFB
Esse quórum pode ser justificado pelas relevâncias dos temas que a lei complementar pode tratar. Temas que embora infraconstitucionais, são de notável relevância e merecem atenção especial.
Art. 62 e art. 68 da CRFB
Alguns autores defendem que alem da existência de matéria constitucional, existem matérias infraconstitucionais, mas acima delas, matérias para constitucionais (próxima dos assuntos constitucionais)
Se lei ordinária invadir o campo de ação de lei Complementar? Tal lei será formalmente inconstitucional.
E se e LC extrapolar seus limites? Não podemos falar que tal lei será inconstitucional. Soluções: Ao extrapolar seu limite, tal assunto somente poderá ser regulado por LC, o que não parece razoável uma vez que a própria LC estaria delimitando seu campo de atuação, que antes era definido pela constituição ou por EC. A tese mais aceita é que LC que extrapola seus limites terá força de lei ordinária.
Fenômeno da recepção. O que importa é o aspecto material, e não o formal. Com exceção de uma situação: no chamado fenômeno da desconstitucionalização.
Rio, 29/08/2011
Hierarquia entre Lei Ordinária e Lei Complementar: PROVA
 - 1ª tese – lei complementar quando invadir campo de atuação próprio de lei ordinária terá força de lei ordinária.
 - 2ª tese – considera que a delimitação entre campo de atuação de LC e LO não é bem clara. Justamente nessa zona em que a fronteira não é clara, cada tipo de lei terá sua própria força, e somente nesses casos a LC será superior.
Se 
OBS: Que LC e LO estão abaixo da constituição não há dúvida, a dúvida que permanece é justamente quanto a hierarquia nessa zona “cinzenta”.
A posição adotada pelo STF é a primeira.
Vejamos um exemplo de problema previsto pela 2ª tese:
Art. 79, § único da CRFB – A constituição reserva aqui matéria para lei Complementar. Para que se amplia as competências do vice-presidente da República é necessária uma LC.
Art. 89, I da CRFB e art. 90, § 2º - percebemos claramente o início de uma rota de colisão.
Se possuo uma LC e uma LO posterior divergentes quanto a competência do Vice presidente no conselho da república temos a seguinte bifurcação:
 - Se adoto a primeira tese, buscando um limite rígido e bem delimitado entre o campo de atuação das leis, diremos que a lei complementar, na parte em que tratou do vice como membro do conselho da república tem força de lei ordinária, uma vez que tal matéria é de lei ordinária. Sede fato possuo um LO posterior, esta revoga LC anterior (na parte que tem força de LO – isto é quando dispõem sobre o vice como membro do Cons. Da República)
 - Se adotamos a segunda tese, onde existe uma zona cinzenta, consideraremos que tratar do vice presidente da República como membro do presidente da República é uma zona de matéria comum de LC e LO. Entretanto se posteriormente a uma LC, tivermos uma LO tratando do mesmo assunto, diremos que a LC é superior hierarquicamente invalidando os artigos da LO que tratam do tema.
Em suma, adotando a 1ª tese LO revoga LC anterior, na parte em que esta tiver força de LO. Adotando a segunda tese, independentemente da superveniência de LO tratando do assunto, a consideraremos inconstitucional em relação a LC, uma vez que a própria constituição afirma que determinada matéria é comum (a LC e LO) e ainda que quando o campo é comum, a LC prevalece haja visto que o quorum para sua aprovação é maior.
Aprovação de LO – Maioria Simples ou Relativa (art. 47 ) nas duas casas. Em caso de veto, maioria absoluta.
Aprovação de LC – Maioria Absoluta (art. 69) nas duas casas. Em caso veto, maioria absoluta.
Diante desse panorama P. de Miranda defendeu a tese de LC não estava sujeita a veto ou sanção presidencial. Tal tese não foi adotada por dois motivos:
 - a importância da argumentação do veto do presidente que pode alterar o consentimento dos parlamentares
 - o fato de mesmo o processo de elaboração de uma LC ser ato complexo desigual. Nesse caso lembremos que não haverá unanimidade quanto ao texto enviado a presidente para veto ou sanção.
Leis Delegadas:
São elaboradas pelo poder executivo, mas especificamente pelo Presidente da República.
Art. 68 da CRFB – um exemplo de que entres os poderes é possível delegação de competência.
Atenção: art. 68, § 1º - matérias de LC não podem ser delegadas a Leis Delegadas. No fundo o campo de atuação das leis delegadas será o mesmo de LO e Med. Provisória.
Atenção: § 2º o projeto de LD deverá ser votado primeiramente na Câmara por motivos já explanados. O quorum de aprovação é o do art. 47, já que o art. 68 nada fala sobre ele.
§ 3º - Votação única, mas bicameral e quorum de art. 47. Para que o projeto de lei delegada seja submetido a referendo do congresso é necessário que a resolução o afirme expressamente. Se nada disser a resolução, por qualquer motivo, o que se há de fazer se tal lei tratar de assuntos que extrapolam aqueles delegados. Diz-se que tal lei é inconstitucional, ok.
Não se utilizará ADIN, pq?
Não há necessidade de ADIN (não é necessário a motivação do poder judiciário), haja visto o art. 49, V da CRFB. O congresso pode sustar a lei delegada dependendo do seu entendimento sobre o que extrapola a matéria que ele delegou. Esse instrumento é chamado de Veto Legislativo, legitimado por Decreto Lesgislativo
Portanto o Congresso dispõem de 2 instrumentos: art. 68, § 3º e Art.49, V.
O professor entende que resoluções do poder legislativo que deleguem competência ao poder executivo podem ser de prazo indeterminado. Bastando para que cesse tal competência a edição de resolução que revogue a anterior.
É possível que o presidente elabore mais de uma lei a partir de tal delegação? Sim, a não ser que a delegação estipule competência para somente uma lei.
É possível que delegada competência para o executivo, o congresso vote e aprove LO ou LC sobre o mesmo assunto? Sim. Em caso de conflito, quem prevalecerá? LO e LC ou LD?
Rio, 31/08/2011
Medidas Provisórias:
Art. 62 da CRFB
Diz-se comumente que tem força de leis. De fato tem, mas há uma especificidade pois se posterior a uma lei, não a revoga, enquanto MP.
A MP diferente das outras espécies normativas, situa-se no início do processo legislativo. Tem tendência a se tornar uma lei, mas isso não é uma regra.
Teoria das Reedições sucessivas das MPs:
O presidente poderia, como fez, por exemplo, FHC, reeditar após o prazo de 30 dias, a MP, caso não fosse rejeitada pelo congresso Nacional e nem mesmo convertida em lei.
Em 2001 tivemos uma EC 41 que tornou o dispositivo acima de sintético a analítico.
Tal emenda alterou substancialmente o art. 62, proibindo, por exemplo, as reedições sucessivas.
Art. 62:
 - MPs não podem abordar matéria de LC (art. 68, § 1º )
§ 3º - é preciso muito cuidado ao ler esse parágrafo, como veremos no final da aula.
A MP é editada e vigora por 60 dias. Ao lermos o § 7º poderíamos pensar que as MPs poderiam vigorar por no máximo
 120 dias, mas se lemos o §4º percebemos uma situação bem diferente.
E para percebemos o real prazo de validade de uma MP, vamos ao art. 57.
Cuidado:
 - Antes da EC 41 tínhamos uma reedição.
 - Após a EC 41 temos a possibilidade de prorrogação.
Sendo assim não podemos dizer que o prazo máximo de vigor de uma MP é de 120 dias. Saibamos que 120 dias é prazo para o Congresso votar sua transformação em lei excluídos os dias de recesso.
Processo de avaliação da MP pelo Congresso Nacional
Art. 62, § 9º - Comissão Mista. Com as MPs não se tem muito tempo para realizar a votação, daí a necessidade dessa comissão mista. E assim é constituída para que esteja legitimada em relação as duas casas do Congresso Nacional. Tal comissão mista analisa a MP como projeto de lei.
Pode ser que a lei, originada de uma respectiva MP tenha texto diferente. E isso, caso ocorra, terá sido em função da atividade dessa comissão.
Após a análise dessa comissão a MP é encaminhada para votação. 
§ 8º e art. 47 da CRFB
Encaminhada para votação, conforme § 5º, as duas casas do congresso serão submetidas a votação mas somente se estiverem respeitados os pressupostos constitucionais. A análise da presença desses pressupostos é na verdade uma forma de verificar se tal MP é constitucional ou não. Temos na verdade um controle prévio de constitucionalidade.
§ 6º - vemos com esse parágrafo o bloqueio de pauta de deliberações legislativas do Congresso Nacional
Projeto de Lei de Conversão de Medida Provisória
Alguns defenderam que tal dispositivo era inconstitucional, por violar a separação dos poderes. Essa tese não foi adotada. Entretanto percebemos que tal parágrafo prejudicava em maior escala a própria sociedade.
O que o poder legislativo vem fazendo é considerar que o bloqueio somente ocorre em relação á sessões ordinárias, mas não extraordinárias.
Percorrido esse caminho, 4 são as possibilidades finais:
 - MP transformada em Lei revoga lei anterior, que até então tinha somente perdido sua eficácia (durante a vigência da MP).
- Rejeição - basta que uma casa seja contra.
 - Perda de eficácia – ocorre em decorrência do tempo máximo de apreciação de uma MP no congresso.
§ 11º não há como pensar que o congresso pode votar um decreto legislativo em meros 60 dias.
 - § 12º - veto ou sanção presidencial. Durante esse intervalo a medida provisória em seu texto original segue vigorando.
Rio, 05/09/2011
Decretos Legislativos:
É o instrumento legislativo que permite ao congresso nacional limitar os poderes do poder executivo. Ler art. 49 da CF.
Ex: decreto legislativo que retroagem e suspende os efeitos de uma MP (art. 49, V)
Quórum: 
O decreto legislativo para ser aprovado, pode ter seu quorum alterado em razão da matéria da qual trata.
Art. 84, X e art. 49, IV – pesos e contrapesos.
Existem decretos legislativos para os quais não há quórum específico, para estes: art. 47.
Art. 49, IV - quórum diferenciado (maioria absoluta) conforme art. 136 e 137
Dessa forma, qual o quórum para aprovar decreto legislativo? Depende da matéria.
Tratados Internacionais – art. 49, I e art. 84, VIII – Vemos que, embora o presidente tenha competência para assinar os tratados, o Congresso Nacional tem competência para resolver sobre eles definitivamente.
O problema que essa expressão traz é esperado. Afinal o que é decidir definitivamente?
O senso comum nos indica que seria dizer sim ou não.
A interpretação sobre essa expressão é que o congresso resolve definitivamente quando diz NÃO.
Quando o congresso aprova o tratado, elabora decreto legislativo (quorum do art. 47).
Por fim o decreto legislativopermite que o presidente ratifique e em seguida baixe decreto promulgatório. Ou não ratifique.
Em 2004 tivemos a EC 45 adicionando um parágrafo 3º ao artigo 5º. Fato que viabilizou um caminho alternativo para aprovação de Tratados Internacionais.
Se o Congresso Nacional aprova tratado conforme o dispositivo acima, ele passará a ter validade com o próprio Decreto Legislativo, não havendo lugar para sanção ou veto do presidente.
Esse decreto legislativo será equivalente a uma emenda. O decreto legislativo aprovado conforme art. 47 será superior as leis e inferior a constituição.???? checar
Muitos defendem que o processo presente nesse dispositivo é uma possibilidade e não uma exigência. O grande prejuízo de não se entender isto dessa forma é a impossibilidade de se aprovar tratados internacionais de matérias com menos credibilidade.
Um outro problema que se apresenta é aquele relativo a perda de vigência de tratados Internacionais.
Com relação ao tratado com força de emenda. Para que ele perca sua vigência é necessário um ato legislativo com o respectivo quórum.
Com relação ao tratado conforme art. 47, a teoria adotada no Brasil, é que o presidente possa, depois de ratificar, tempos depois, denunciá-lo. O que se mostra problemático, uma vez que há um agigantamento do poder executivo.
Outra tese é que o presidente pode denunciar, mas o congresso deve referenda tal denúncia, através de um decreto legislativo conforme art. 47. Se o congresso resolve definitivamente, deve fazê-lo não só com relação á aprovação mas também com relação a denúncia.
Outra tese é a de Joaquim Barbosa é que o presidente somente possa denunciar o tratado com prévia autorização do congresso mediante decreto legislativo.
Resolução:
Art. 51 e 52
Na câmara federal e no Senado Federal, os cargos públicos são criados pelas resoluções respectivas, embora o salário de tais cargos devem ser criados por uma lei. Lei esta, sujeita a aprovação pela outra casa e sanção ou veto presidencial.
Tal como o decreto legislativo, o quórum variará conforme a matéria. A regra é a do art. 47.
Atenção:
Decretos Legislativos em âmbito federal são bicamerais.
Resoluções em regra são unicamerais. Entretanto temos uma resolução do congresso que é bicameral (art. Lei delegada)
No âmbito do estadual e municipal, tanto decreto e legislativos quanto resoluções serão unicamerais, haja visto que existe uma casa legislativa nesses entes federativos.
Pelo principio da Simetria podemos dizer que assembleia legislativa e câmara de vereadores criam cargos a com resoluções.
Em suma , a utilização de decretos e resoluções será utilizado conforme art. 41, 51 e 52 conforme o principio da simetria.
Rio,12/09/2011
Comissões Parlamentares de Inquérito
Atividade de cunho investigatório
Art. 58, § 3º - Este dispositivo deve ser lido com cuidado. O problema começa quando o mesmo fala em poderes investigatórios das autoridades judiciais. Afinal de contas o juiz no Brasil não investiga ninguém. Entretanto devemos lembrar que o juiz, embora não investigue, tem o poder de coletar provas das mais diversas formas. Não devemos ler essa expressão de forma literal. O que na verdade o legislador quis dizer é que as CPIs terão poderes análogos ao do juiz quando coleta provas (ex: quebra de sigilo bancário, escuta de conversas telefônicas, condução coercitiva de testemunha, apreensão de documentos…), entretanto a finalidade é distinta pois estas comissões não decidirão, não acusarão e nem mesmo julgaram nada.
PROVA: OBS: o que o juiz decide monocraticamente, as CPIs decidirão de forma colegiada, segundo o princípio da Colegialidade. Vemos por esses dois motivos (finalidade, colegialidade) que o poder das CPIs é análogo,mas distinto do poder dos magistrados. A regra é a equiparação, a exceção é a diferenciação:
Art. 5º, XII
Art. 7º, XI e XII da CF
Art. 5º, LXI
Esses atos somente o judiciário pode realizar. As CPIs não em respeito à Cláusula de Reserva de Jurisdição.
Caso a CPI necessite da realização desses atos especificamente necessitará de Ordem Judicial. 
As CPIs são da essência do poder Legislativo podendo ser realizados tanto na Cam. Federal, Congresso, Assembléias Legislativas e até mesmo Câmaras Municipais.
Tribunais De Contas 
O orçamento é previsto por uma lei. A administração pública somente deve agir com respaldo na legalidade (art. 37, caput). O orçamento é que indicará os gastos e tributos do respectivo ente federativo. 
Os tribunais de contas suprem na verdade, uma potencial atecnia dos membros do legislativo na análise dos gastos. O Tribunal se apresenta como um auxiliar do poder legislativo na fiscalização do ente federativo, em relação ao parâmetro que é o orçamento. Dessa forma o Congresso Nacional será auxiliado pelo TCU na fiscalização do exercício econômico da União.
Art. 71 da CRFB
O Tribunal de Contas apesar de auxiliar, toma decisões próprias, e é justamente por isso que podemos chamá-lo de Tribunal. Algumas decisões podem ser inclusive condenatórias.
Lei 8443 / 92
 Todo Poder Legislativo elabora a lei Orçamentária da entidade da qual pertence. 
União – Congresso auxiliado pelo TCU
Estados e DF – Assembléias Legislativas e TCE
Municípios – Câmaras Municipais somente.
Quanto a este último federativo surge um problema, afinal, quem auxiliará a Câmara Municipal.
Conflito entre §1º e§ 4º.
§1º - A câmara Municipal será auxiliada pelo:
TCE
TCM
TCMs – Tribunal de Contas dos Municípios (criado pelo estado)
§ 4º - Anteriormente a CF de 88 somente os municípios RJ e SP tinham criado TCM. No Pará havia um TCE e um TCMs. Em outros lugares não tínhamos nem um tipo, nem o outro.
Em suma, percebemos com esses dispositivos que os municípios que antes da CF de 88 já haviam criados seus TCM / TCMs assim permaneceriam. Sendo vedado conforme o parágrafo 4º a criação de novos após a CF de 88.
Poderes dos Tribunais de Contas 
Art. 71 – embora fale do TCU, pelo princípio da Simetria podemos aplicar aos TCEs e TCMs.
§ 3º - poder claramente decisório
 Inciso III
PEGAR AULA PASSADA
Rio, 19/09/2011
PROVA
Art. 55
I – Ver art. 54
II – Caso da Jaqueline Roriz, em que se discutiu se ato anterior ao mandato pode gerar quebra de decoro parlamentar. O professor entende que tal ato não configuraria quebra de decoro se provado e conhecido antes da eleição. Entendendo que após a diplomação tal ato daria ensejo a quebra de decoro.
III – Cada ano representa uma sessão legislativa. Cada sessão se divide em dois períodos legislativos. A cada sessão legislativa o parlamentar pode faltar um terço das reuniões ordinárias sem autorização.
IV- Este inciso gera problema pois não define quais são os casos de suspensão e de perda dos direitos de políticos. Por isso vamos ao art. 15 da CRFB
Art. 15:
I – Perda. Situação em que o indivíduo deixa de ser brasileiro. Sem nacionalidade brasileira o cidadão não pode votar, quanto menos ser eleito. Devemos interpretar esse artigo extensivamente de modo que o apliquemos nas duas hipóteses de perda da nacionalidade do art. 12, § 4º.
OBS: Também se perde a nacionalidade brasileira quando se requere a um outro país.
Hipóteses de perda de nacionalidade: art. 12, § 4º. Cuidado: o que a nossa constituição veda é que se busque uma nacionalidade que lhe é devida por lei. PROVA
II – Suspensão
III – Este dispositivo não se aplica aos congressistas.
IV – Escusa de consciência. A doutrina defende que essa é uma hipótese de perda. O professor defende que essa é uma hipótese de suspensão. A perda dos direitos políticos ocorrerá caso o indivíduo se recuse a cumprir tanto a obrigação legal quanto a obrigação alternativa.
V – A simples condenação por improbidade administrativa não acarreta a perda dos direitos políticos. Para tanto é necessário que a sentença afirme expressamente.
V- (do art. 55)
Art. 55, § 3º - atenção, pois o dispositivo fala que a mesa da casa respectiva “declarará”. Não havendo portanto votação. A perda no caso dos incisos III a IV é certa e decidida.
VI – é específico, o que explica a inaplicabilidade do inciso III do art. 15 aos congressistas.
Art. 55, §2º - A mesa da casa respectiva “decidirá”.
Podemos dizer que nos inicisos I, II e VI teremos um comportamento discricionário. E que nos incisos III,IV e V teremos um comportamento vinculado. Isto é quando a lei manda que se faça algo de determinada maneira.
PEGAR INÍCIO DA AULA –
O que ocorrerá caso se descubra durante a investigação de um crime comum, que um provável suspeito é o presidente? A atividade investigatória continuará. Se o crime for estranho a atividade do presidente, não se pode ir além da investigação. Terminado o inquérito, este deve seguir para o MP. Cabendo ressaltar que somente o PGU pode acusar o presidente. Que somente poderá ser julgado pelo STF.
Mas quando temos uma infração penal comum ligada a atividade do presidente?
Obs: cuidado com este termo. Pois tem diversos significados. No art. 86 devemos entender como infrações penais comuns como todas infrações excetuados os crimes de responsabildadde.
Art. 85 – Atenção pois este artigo não típica o crime de responsabilidade, mas sim uma exemplificação dos bens que os crimes de responsabilidade podem ofender.
Tipificação não há pois o art. nem mesmo é claro. Para que haja tipifcação é necessário que se descreva os crimes de forma clara e específica.
Os crimes de responsabilidade estão estipulado em Lei Específica (1079 / 50). 
Para que um crime comum tenha vinculo com o exercício da profissão do presidente duas situações são possíveis: quando determinado ofende o decoro ou quando se o crime é praticado em razão das funções (assassinato de um adversário político). Entretanto a doutrina é divergente quanto ao assunto.
Infração penal comum não ligada às funções - § 4º do art. 86
Pelo crime de responsabilidade qualquer cidadão pode acusar o presidente da República. A denúncia popular é um direito político e a acusação deve ser protocolada na Câmara Federal.
Infração penal comum ligada as funções do presidente. Denúncia ou queixa podem ser oferecidas (respectivamente por PGRep e qualquer cidadão que tenha sido ofendido) ao STF. Devendo este obter autorização da Câmara para dar andamento ao processo.
Deputados Federais quando autorizam o andamento do processo fazem um juízo de valor não somente jurídico mas também político. E conveniente que se permita o julgamento do presidente da República? O juízo de admissibilidade dos deputados levarão em consideração esses dois aspectos.
No caso de Collor de Mello permitiu-se que o então presidente se defendesse antes de ser julgado pelo STF, conforme art. 5º, LV. Haja visto que mesmo antes de ser julgado ele estava em posição passiva de acusação. Outro argumento defendido por ele é que deveria ter o direito de defesa, uma vez que se permitido o andamento do processo ele já ficaria suspenso de suas funções – art. 86, § 1º.
Atenção:
Quando a câmara impede o andamento do processo nos crimes de responsabilidade, a possilidade de responsabilizar o presidente por tal crime.
Quando a câmara impede o andamento do processo nos crimes comuns ligados a função. Esse impedimento é apenas temporário, de forma que o processo pode “caminhar” quando o acabar o mandato do presidente.
Rio, 26/09/2011
 Retomando a Responsabilização do presidente da república:
- Crime de Reso (Lei específica) – Denúncia Popular Cam. Federal
- Crime ligados às funções – Denuncia ou queixa oferecida ao STF que deve consultar a CF (quórum de 2/3) que fará um juizo de admissibilidade. Em caso de admissão (art. 51, I ) a CF o deliberará por meio de uma resolução
 - Crime não ligado as funções – suspensão da pretensão punitiva
OBS: lembrando que a consulta a câmara é muito importante pois permite a defesa do presidente. Haja visto que a simples admissão, leva a suspensão do presidente de suas funções.
Art. 86, § 1º - Muita atenção ao texto do inciso I - PROVA. Pois tal inciso fala que o CF autoriza (“se”) o STF ao recebimento da denuncia ou da queixa. Autoriza, mas não determina. Pode ser que o STF não receba a denuncia ou a queixa (indeferimento da petição inicial), caso em que não se aplicará o disposto no inciso I. 
Enquanto no inciso II, o Senado fica obrigado a analisar a denuncia ou a queixa.
Em suma, a CF fará juízo de admissibilidade nos dois casos, entretanto os efeitos serão distintos, a depender do crime em questão. Se for Crime de Resp inciso 2 – CF fica obrigada a analisar a questão. Se for crime comum ligado as funções inciso I – possibilidade de recebimento da denuncia ou queixa pelo STF
OBS: Limite para suspensão das funções – Parágrafo 2º - 180 dias. Que foi o que aconteceu no caso Collor.
Falamos da admissão, mas a não admissão também gera conseqüências distintas, a depender do tipo de crime. Nos crimes de Resp. – não admissão encerra-se o processo, fim de papo (O presidente só pode ser julgado pelos crimes de resp. enquanto estiver no cargo). Nos crimes comuns ligados as funções, suspende o prazo prescricional da pretensão punitiva. Haja visto que, findo seu mandato, o pres. Deve responder por tal crime.
Trabalhemos com a idéia de que a admissão aconteceu:
Crime de Responsabilidade - Art. 52, I com Art. 86, caput + parágrafo único – nesse julgamento no SF, o presidente será o Ministro Presidente do STF.
OBS: Não é possível aqui o HC, haja visto que nos crimes de resp. não existe pena privativa de liberdade. Tanto é que o presidente Collor, para se proteger se utilizou dos mandatos de segurança. À época o que o pres. Collor de Mello fez foi renunciar ao cargo, tentando em uma manobra política, evitar que além da perda de cargo ele ficasse privado do exercício de qualquer função pública (p.u do art. 52). A despeito do que o direito constitucional comparado mostra (perda do cargo como pena principal e 8 anos, como pena meramente acessória, somente podendo ser aplicada caso a pena principal também o fosse), o SF considerou que tal tese não prevaleceria, e também o STF quando analisou pedido de Collor para declarar inconstitucional da decisão do senado.
Um outro aspecto interessante do Caso Collor – tese alegada pelo advogado de Collor- que alegou que os senadores que antes da votação, já haviam manifestado seu voto não poderiam votar – tese que foi afastada, haja visto que o julgamento era político.
Nos crimes comuns ligados as funções Art. 86, § 3º - O presidente ao ser condenado, deixa de ser presidente, o que obtemos por interpretação sistemática do art. 15, III. O Art. 55 afasta o art. 15, III somente dos congressistas, mas não do presidente.
Atenção a parte final do art. 55, p.u – percebemos que aqui o bis in idem não é proibido. É possível que haja duas punições por um mesmo fato – como crime de resp. no Senado e como Infração Penal Comum no STF. Aliás, foi justamente o que aconteceu com Collor de Mello.
No caso o SF condenou e o STF o absolveu por falta de provas.
Responsabilização dos Governadores de Estado ou do Distrito Federal:
Podemos dizer que, nesse assunto, temos uma lacuna da lei.
Art. 105, I, a
Art. 86, § 4º - lembrando que o STF considera que este dispositivo se aplica ao presidente por ser chefe de estado. Não se aplicando aos outros chefes do executivo, porque estes não são chefes de estado. Portanto pouco importa se o crime a se analisado está ligado ou não as funções. 
Os governadores nos crimes de resp e nos crimes comuns (ligados ou não a função) devem ser julgados pelos STJ.
A grande questão que se coloca: é necessário que alguma casa legislativa faça um juízo de admissibilidade?
 O que se coloca é que o STJ condenasse governador de estado sem pedir autorização da unidade federada por meio do poder legislativo respectivo, isto seria por via transversa uma hipótese de intervenção federal. Hipótese esta que não está prevista na constituição (art.34), e que portanto seria inconstitucional. Para que não seja uma intervenção federal o STJ deve, para processar, prender cautelarmente ou ainda condenar, requerer admissibilidade da casa legislativa respectiva (quórum de 2 / 3).
Entretanto após o caso do Governador José Roberto Arruda, afastou-se essa interpretação, já que muitos deputadostambém figuravam nas denuncias, o que impossibilitaria o julgamento do governador, haja visto que os deputados distritais não admitiriam análise do processo pelo STJ.
Rio, 28/09/2011
Vejamos agora a hipótese em que um governador de um estado ou do distrito federal comete um crime de responsabilidade. A CRFB silencia sobre o tema, de modo que temos uma verdadeira lacuna.
Diferentemente do que ocorre com as infrações penais comuns, nos crimes de responsabilidade não há como ser utilizado o principio da simetria. Isto é aplicar analogamente o que a const. fala no caso de infração penal comum do Pres. Da República.
Dessa forma muitas constituições estaduais passaram a dispor diferentemente sobre o tema. No caso do RJ a Assembleia Legislativa faz a juízo de admissibilidade (papel da CF) e também julga (SF). Vemos que a Assembleia Legislativa, acumula as duas funções.
 Na realidade todas as outras constituições estaduais adotam este regime, com exceção da const. de SP e Mato Grosso. 
A const. de SP fala que a Assembleia Legislativa fará o juízo de admissibilidade com quorum de 2/3, e caso haja admissão o governador deve ser julgado por um tribunal formado por parlamentares e desembargadores, escolhidos por sorteio. 
OBS: Existe uma ADIN contra tal sistema da const. paulista, que afirma que tal sistema seria um tribunal de exceção desrespeitando o art. 5, XXXVII	 da const.
A const. do MS nem mesmo tratou do tema, alegando que esta matéria não era da competência estadual, mas sim de competência federal – art. 22, I.
Art. 78 da Lei 1079 / 50 – Aqui temos um problema pois tal dispositivo também prevê um tribunal de exceção (opinião do professor). Entretanto o STF quando analisou um casa de SC, afirmou que o art. 78 ainda deveria ser aplicado.
Responsabilização dos Prefeitos:
Art. 29, X da CRFB	
Algumas verbas repassadas pela união ao município, adquire caráter de verba municipal. Entretanto alguma verbas permanecem com caráter da união quando repassadas aos municípios. E caso o prefeito desvirtue a utilização dessas verbas, ele será julgado por um ou outro tribunal a depender do caráter da verba desviada.
O prefeito será julgado pela 2 instancia do tribunal da justiça competente para julgar a matéria do crime da qual cometeu.
E quanto aos crimes de Responsabilidade? O prefeitos também pode cometê-lo. Entretanto a Lei 1079 não fala dos prefeitos. Isto se deve porque esta lei não se aplica a eles. A eles se aplica o Decreto Lei 201 / 67 que foi recepcionado pela CRFB de 88.
Tal decreto divide em dois tipos de crimes de responsabilidade. Aqueles que serão julgados pela Câmara Municipal, chamados próprios. E outros, que serão julgados pelo Tribunal de Justiça do estado, impróprios.
Percebemos que do presidente para o prefeito uma “blindagem decrescente”.
Sucessão e Substituição na chefia do poder executivo:
Presidente da República:
Aquele que assume como sucessor se torna presidente da República. Em verdade o vice presidente é o primeiro substituto e o único sucessor possível do presidente – art. 79. Devemos saber, todavia que existem outros substitutos possíveis – art. 80.
Aquele que substitui não se torna titular do cargo, mas simplesmente passa a exercer as funções.
Suponhamos que ao longo de um período presidencial (4 anos) os cargos de presidente e de vice presidente ficam vagos. E a const. afirma que a depender do biênio em que ocorreu a vacância deve ser feita uma nova eleição.
Lembrando que uma eleição direta no primeiro biênio ou indireta no segundo biênio será feita para preencher a vacância no tempo que falta para o término do respectivo período presidencial – art. 81, § 2º.
O presidente possui 4 substitutos. O governador possui 3 substitutos (vice governador, dep. Que preside a Assembleia Legislativa e Desembargador que preside o TJ), diferença que se explica pela bi-cameralidade do Congresso Nacional, e unicameralidade do poder legislativo estadual
O prefeito tem 3 substitutos (vice prefeito, vereador que preside a câmara municipal e vice presidente da mesma)
O governador do DF (vice governador, dep. Distrital do Câmara Legislativa do DF e ? – a inovação é justamente quanto ao terceiro substituto. Sabemos que o Poder Judiciário do DF tem competência sobre o DF e Territórios. O art. 22, I fala que a União tem competência exclusiva para legislar sobre o poder judiciário do DF. Dessa forma, José Afonso da Silva fala que não existe um poder judiciário do DF, mas sim no DF. Assim o substituto será….
Rio, 17/10/2010
Competências relativa ao presidente:
Art. 84. Na análise desse artigo cabe notar que a despeito do disposto, não podemos esquecer que a política é algo que foge à teoria.
Art. 61, § 1º, II, e
O disposto nesse artigo também se aplica por simetria aos governadores e prefeitos.
A nomeação é “livre” do respectivo chefe do executivo em questão. Entretanto a criação de um ministério ou de uma secretaria só pode ser feita mediante lei e aprovação do legislativo (mais uma vez freios e contrapesos).
PROVA – Depois que um ministro (ou secretário) é nomeado pode ser também por livre convencimento do chefe em questão ser exonerado.
Art. 87 
Polêmica que surge é quanto a natureza do ato de referendar dos ministros.
Para a validade de um ato do presidente é necessário o referendo de todos os ministros? É razoável dizer que não. Haja visto que os referendos de cada ministro somente ocorrerão com relação a matéria do ato do presidente. Ou seja, determinado ministro somente referendará determinado ato do presidente, se a matéria de tal ato for de sua área de atuação.
OBS: sendo certo que quanto mais assuntos um ato do presidente abordar, tanto mais referendos serão necessários.
 Em verdade a polêmica que se coloca é: o que ocorre quando um ato do presidente não é acompanhado do(s) respectivo(s) referendo(s)?
Não podemos dizer que tal ato será invalido. Esta é a tese predominante Se assim fosse considerado estaríamos desrespeitando o caput do art. 84 da CRFB. Podemos atentar ainda para o inciso VIII do mesmo dispositivo. Vemos portanto, que o referendo é um ato de mera concordância do ministro em questão.
Mas se tal referendo não é obrigatório, qual a justificativa para sua existência? Já que o presidente pode nomear livremente, como também exonerar os seus ministros.
A não referenda ministerial evidencia conflitos de diferenças políticas. Ou seja muito embora não invalide o ato, a falta do referendo proporciona a discussão da legitimidade de tal ato, independentemente de sua validade ou não.
Poder Judiciário
Art. 93, I. Por outro lado não nos esqueçamos do quinto constitucional.
Vitaliciedade e não eletividade dos cargos.
O professor chama atenção para um possível aspecto elitista do poder judiciário
Ronald Dworkin – “A democracia não é a ditadura da maioria”
Mais do que outros poderes, o poder judiciário deve ter independência. Isto para que possa proferir suas decisões mais livres de influencias políticas. O que se torna essencialmente importante quando tais decisões tratam da minoria (umas das justificativas para a não eletividade de juízes por exemplo).
O poder judiciário é aquele que serve por excelência, ao menos em tese, à proteção da minoria.
Rio, 19/10/2011
Art. 5º, LIII – Princípio do Juíz Natural
 A estrutura do poder judiciário deve ser criada por lei. E tal criação não pode estar embasa em outro local que não a cosntituição.
Se a const. nada dissesse por exemplo sobre o juízes leigos, estes não seriam permitidos.
Art. 5º, XXXVII - Devemos falar ainda que tal principio define que a distribuição do trabalho no judiciário será feito por critérios objetivos e pré-fixados, de modo que por exemplo, um magistrado não possa escolher e nem mesmo se abster de julgar uma lide. Vemos que tal princípio impede a impessoalidade.
Ou seja tal principio influi não só na organização o judiciário, mas também e não menos importante no estabelecimento de padrões éticos a serem seguidos pelos magistrados.
Podemos citar por outro lado (mas como conseqüência) o princípio que proíbe os tribunais de exceção: nofundo esse pricnipio proíbe também que juizes, em casos comuns julgados por eles mesmos, julguem de forma totalmente distinta. Não que uma mudança de opinião seja vedada mas sim que caso mude de opinião a fundamente.
Sistema da Prova Legal:
Por esse sistema caberia ao legislador estabelecer previamente o valor que cada prova tem. Não é própria de estados democráticos (ex: testemunho de um nobre valendo mais que o de um plebeu). Esse sistema não deve ser aplicado
Contraposto a este, temos o sistema da íntima convicção:
Idéia de uma liberdade em excesso. É como se o juiz pudesse julgar sem estabelecer os fundamentos que o levaram a tal posição
OBS: por outro lado, conforme art. 5º, XXXVIII não podemos nos esquecer do Tribunal do Júri. Situação em que os jurados tem voto secreto, e nem mesmo precisam justificar tal voto. É por isto que dizemos que eles votam conforme a íntima convicção. Cabe lembrar que esta é uma situação residual.
Sistema do Livre convencimento ou persuasão racional:
o juiz tem liberdade para adotar uma posição, e interpretar determinados conflitos, desde que amparado por previsão legal e constitucional, isto é justificando sua posição.
É necessário que os magistrados fundamentem suas decisões..
Art. 93, IX da CRFB (Princípio da Motivação das decisões judiciais)
Visto isso, sabemos que o juiz para cumprir seu papel de persuasão racional, deve ser protegido (inclusive para que possa proteger a minoria). Art. 95:
Vitaliciedade: garantia de que o juízes não possam ser despedidos por tomarem posições diferentes.
Ex: como sabemos pessoas se tornam juízes por meio de concursos públicos – art. 95, I da CF. Os dois primeiros anos são um período probatório (estágio probatório). O juiz nesse período pode ser destituído administrativamente (não é necessário que tal decisão seja judicial )pelo seu juízo ou pelo CNJ.
Entretanto a vitaliciedade pode ser automática: quinto constitucional e Tribunais superiores. E nesses casos a perda do cargo, não pode decorrer por mera decisão administrativa, mas somente por decisão judicial.
Devemos ler conjuntamente com este inciso I, o art. 93, IV. Este dispositivo é muito importante pois prevê que os magistrados devem realizar cursos para alcançarem a vitaliciedade e que cria a obrigação de ume estudo contínuo.
Um outro aspecto muito importante: a vitaliciedade é uma garantia do cargo ou da função jurisdicional? Isto é pacífico na jurisprudência e doutrina. A vitaliciedade é uma garantia do cargo, e não somente das funções jurisdicionais.
Ex: Juíz diretor de um tribunal, que além do papel jurisdicional tem papel administrativo. Tal papel, ou também de outra natureza, será protegido pela vitaliciedade.
 Cuidado – pois a despeito do que dizemos acima temos uma exceção: Os ministros do STF em caso de crime de responsabilidade devem ser julgados pelo SF (art.52, II). Nesse caso o que levará a perda do cargo será uma resolução do senado (e não uma sentença judicial). A sentença judicial, também pode levar a perda do cargo em caso de crime comum, quando serão julgados pelo próprio STF.
Rio, 24/10/2011
Continuação sobre poder Judiciário:
II - Inamovabilidade do Juíz:
Por muito tempo se pensou que tal princípio se aplicaria somente aos juízes titulares. Recentemente o CNJ decidiu que tal princípio também se aplica ao princípios sunstitutos.
De fato aos juízes substitutos são permitidas maiores mobilidades pela direção do judiciário estadual. Lembrando que os juízes substitutos devem ser realocados por motivo prévio e pré 
fixado. Em caso de concorrência de vagas, preferir-se-á o magistrado com mais tempo de profissão.
Obs: este princípio é ainda mais importante porque impede que se aloque magistrados de uma determinada forma.
Art. 95, II da CRFB (c/c art. 93, VIII) – percebemos que mesmo os juízes titulares são “removíveis”. Esta é uma exceção ao princípio da Inamovabilidade.
Ex: juiz que causou escândalo na mídia e revolta na população. Sua remoção é possível nesse caso por interesse público.
A idéia no final das contas é que prepondere o interesse público.
III – Irredutibilidade de Subsídio:
Magistrados não terão seus valores remuneratórios reduzidos. Esta uma forma de impedir a interferência do executivo no judiciário.
Entretanto como visto no texto do dispositivo, existem algumas exceções.
Percebemos que essa irredutibilidade veda a redução nominal, mas não aquela simplesmente decorrente da inflação da moeda.
Os subsídios somente podem ser aumentados por Lei. E sempre aumentados, nunca diminuídos.
Art. 7º, IV e Art. 39 – todos esses dispositivos vedam a redução nominal 
Art. 201 – é a única exceção segundo o professor. Tem sua razão de ser na necessidade de proteger os aposentados. É a única hipótese de redução real.
Outra observação a ser feita é que tal irredutibilidade também não se aplica quando a redução da remuneração decorrer de ajustes tributários e previdenciários.
Alguns ainda citam como garantia: a imparcialidade.
Para o professor isto não é uma garantia, mas sim um dever.
Um pouco sobre a imparcialidade:
Não podemos entende-la como uma posição eqüidistante de bens jurídicos de uma lide. Pois como sabemos os bens jurídicos, dependendo do contexto, adquirirão valorações diversas. Mas afinal onde está a figura da imparcialidade, já que alguns valores de pronto são pré estabelecidos pelo magistrado em questão? O dever de imparcialidade tem muito mais a ver com a igualdade de condições e oportunidades que juiz confere as partes no processo.
Quinto Constitucional:
Exceção ao art. 93, I	
Percebemos claramente o sistema de freios e contrapesos.
O poder executivo é quem decidirá apoiado obviamente pelo Ministério Da Justiça.
Deverá haver uma lista tríplice para cada vaga. Dependendo daquele que tenha saído do cargo no tribunal (membro do MP, OAB)	o órgão respectivo indicará a lista.
Problema: art. 115 – I, falta de candidatos por não preencherem o requisito de tempo de trabalho. Resolução do MPT permitindo que membros lincenciados pudessem se candidatar. ADIN reconhecendo tal resolução como inconstitucional. Foram interpostos embargos infringentes a decisão do STF afirmando que de qualquer maneira a CF seria derespeitada. Por exemplo se não fosse indicada lista sextuple, o quinto ficaria incompleto retarda-se a jurisdição pela falta do quinto.
Uma eventual lista sem 6 indicados limitaria o poder de escolha dos tribunais e do executivo.
O que afinal se fez foi permitir a indicação de membros com menos de 10 anos de carreira. O STF concordou que essa era tese que menos desrespeitaria a constituição.
Rio, 26/10/2011
AULA KATIA
Salvo o quinto constitucional e a convocação para os tribunais superiores, o ingresso para a magistratura é por concurso publico com mecanismo de proteção a fraude (participação da OAB). art 93
Promocoes: 
Nenhuma promoção é só por merecimento ou por antiguidade. São alternadas promoções em que preponderam o merecimento e em seguida a antiguidade (ver alínea a). O criterio de merecimento é mais subjetivo e o que s equer com a alinea a é evitar é que a falta de transito político impeca que alguém com mérito suba.
Na alínea b o que se quer evitar é que um dos menos antigos dê um salto na carreira (tem que integrar a quinta parte dos mais antigos). 
Na alínea c se mostra que o merecimento não teria que ser puro subjetivismo: produtividade, presteza e cursos oficiais. Se o juiz não tem tanta produtividade mas está num desafio numa vara difícil, pode fazer jus ao merecimento ainda que não cumpra exatamente esses critérios.
Pelo 93, XI se vê que a competencia para decidir sobre as promoções é do Tribunal Pleno mas se o tribunal tiver mais de 25 membros, o regimento interno pode ter criado Orgao Especial que recebeu a a tribuicao administrativa de gerir as promoções.
Na alínea d se vê que a antiguidade envolve algum merecimento pois por 2/3 do Pleno ou do Orgao Especial o juiz pode ter sua promoção negada. Um juiz pode ser mais antigo mas ter um desmerecimento (ações contrarias movidas pelo CNJ, por exemplo). Não promover não é punir,entao ainda que o juiz não tenha sido julgado, o juiz processado não deve ter promoção.
Sentenças reformadas por falhas formais comprometem o mérito, mas não as dissidentes do Tribunal.
Toda decisão judicial tem que contar com justificativas e no 93 X se vê que a decisão dos trivbunais é tomada em sessão publica.
No 93, VII a lei especifica que o juiz precisa morar onde trabalha (emenda de 2004) para dar mais acesso a ele pelas partes. Só pode morar fora se o tribunal autorizar.
Na mesma linha, o 93, XII. Só podem ter férias coletivas os tribunais superiores, nao os de primeira instancia. O funcionamento do judiciário teria que ser ininterrupto mas ainda se faz o recesso de 20/12 a 6/01 Brasil afora. Berthier acha que esse recesso foi revogado pela EC 45. Recesso sobrevive por pleito da OAB para os advogados poderem parar.
93, XV – distribuição tem que ser imediata. é dever constitucional imposto ao Judicario.
Juizes : 
sentença – ato que poe fim ao processo, com ou sem resolução do merito
decisão interlocutória - decisão que nao poe fim ao processo, mas que pode causar prejuízo às partes
despachos (de mero expediente ou ordenatórios) que são atos sem conteúdo decisório.
Quando nasceu o CPC, esses atos eram sempre atos do juiz. Os juízes começaram a usar os serventuários para proferir despachos; as reformas do CPC passaram a prever isso. art 93, XIV - os serventuários podem realizar atos administrativos e atos de mero expediente, mantendo a vigência do principio do juiz natural por vedar que profiram sentenças. 
CNJ (103-B)
Padronizar e fiscalizar o funcionamento do Judiciario, investigando eventuais desvios de conduta de magistrados e servidores.
Quando foi criado, sob a alegação de ser um controle externo houve alegacao de 
Mas o CNJ é órgãos do proprio Judiciário, como dita o art 92, 1-A. Alem disso o CNJ tem 9 membros do próprio judiciário que podem por maioria vencer todas as deliberações do CNJ.
É portanto um órgão interno de fiscalização e regulação do Judiciário, com elementos externos.
Essa participação externa nao é novidade, as bancas da magistratura sempre teve um dos membros indicado pela OAB. Alem disso, o próprio quinto constitucional já previa essa participação de elementos externos na composição dos tribunais, entao a Emenda 45 apenas aumentou uma participação de elementos externos no poder judiciário que já vinha desde 5/10/88.
	
Rio, 31/10/2011
Pegar Aula passada PEN DRIVE – ANIVERSÁRIO DA JU.
Aula passada falamos sobre a criação do CNJ. Observação sobre a composição do CNJ. Não tem membros da Justiça Militar – art. 104 da CF.
Papel do CNJ:
Art. 103 – B, § 4º Controle administrativo, financeiro e do papel funcional é o que cabe ao CNJ. Percebe-se que atuação do Conselho não tem por objetivo influenciar na autonomia decisórias dos magistrados.
Inciso I – Poder Regulamentar. 
Ex: o magistrado não pode ter outra profissão, salvo o magistério. Art. 95, p.u, I. O juiz não está sujeito a uma jornada de trabalho pré-determinada. Uma questão que o CNJ volta e meia enfrenta, é a regulamentação do limite de horas (carga horária máxima) que o juiz pode trabalhar como professor. Sob pena de restar prejudicada a sociedade, por uma maior atenção do magistrado a sua função de professor.
Inciso II - ex: tribunal comprar carros superfaturados e sem licitação. Aqui fica claro o potencial conflito entre o CNJ e os tribunais.
Inciso III – OBS: a única medida que o CNJ não pode fazer é a destituição do cargo. Pois como vimos para que haja perda do cargo, quando vitalício, é necessária uma DECISÃO JUDICIAL.
As medidas podem ser cumulativas. Ex: aposentadoria compulsória. Perda do cargo.
Inciso III – embora só tenha autonomia para medidas administrativas, o CNJ pode provocar o MP para que os magistrados sejam julgados perante um tribunal.
Inciso V – dispositivo de extrema importância. Lembrando que os membros do poder judiciário também poder sofrer sanções administrativas por seus próprios tribunais. E é justamente sobre o poder de rever tais decisões que o trata o dispositivo.
Percebemos que de fato que ocorreu com a criação do CNJ é que aumentaram as possibilidades de punição dos magistrados.
Inciso VI – importante para observar e traçar metas de produtividade para os tribunais.
O problema é como definir quais os critérios para caracterizar o que é PRODUTIVIDADE.
Inciso VII – Maior controle do judiciário a nível interno, mas com boas repercussões externas, resultados positivos para a sociedade. Possibilidade de cobrança por resultados.
Repartição de Competências:
Como é feita a repartição de competências entre a justiça federal, do trabalho,eleitoral, militar, estadual, do distrito Federal e Territórios?
Regra geral: Para a união, as competências são aquelas numeradas nos art. 21 a 24.
	 Para os estados as competências são aquelas remanescentes – Art. 25, §1o da CF - RESIDUAL
Municípios – competência quando o assunto for de interesse local.
Distrito Federal – misto de competência estadual e municipal.
Essa regra geral se aplica ao poder de legislar e administrar. Para começar já sabemos que não há que se falar em competência jurisdicional dos municípios.
A bem da verdade a JF, do Trabalho, eleitoral, militar e JFDT são criadas e mantidas pela união.
Todo estado, por lei própria organizar seu poder judiciário. Exceção: Entretanto isto não se aplica ao DF. Ao DF se aplica o art. 22, XVII da CF. A organização da JFDT tem sua organização delimitada por leis Federais.
Art. 109 da CF - Competência da Justiça Federal.
Art. 114 – competências da justiça do Trabalho
Art. 121 – Lei complementar disporá sobre a organização da JE.
Art. 124 – A competência da Justiça Militar é apenas Penal (competência que a JT não tem).
À justiça estadual não tem competência definida propriamente para si. Na verdade percebemos que tanto a competência estadual para legislar e administrar como para prestação jurisdicional será Remanescente (COMPETÊNCIA REMANESCENTE) (o que também se aplica a JDFT). Sendo importante fazer a ressalva que a organização da JDFT será delimitada por LC.
Lei Orgânica do Estado disporá sobre org. da justiça estadual. Exceção: DF – art. 22, XVII.
Problemas:
- Assalto a Caixa Econômica Federal – JF é competente.
-Suponhamos que um dos assaltantes seja menor de idade. Este deverá ser julgado pela JE (Vara da Infância e da Juventude), já que não praticou crime, dada a sua inimputabilidade.
Rio, 07/11/2011
Funções essenciais da Justiça:
Valor da realização do Justo – valor constitucional
Ministério Público:			
Órgão criado basicamente para defender os Interesses Maiores da Sociedade. Entra em conflito com os poderes. Serve a sociedade e a realização do justo.
Alguns defendem que ele representa o 4º poder. Argumentos: autonomia financeira (orçamento próprio), autonomia administrativa (organização dos concursos). Olhando por esse ângulo, realmente parece que ele é um poder.
Entretanto é importante entender que, tal autonomia para estruturação própria, embora lembre os poderes, não se pode dizer que a atividade do MP é uma atividade fim, mas apenas uma atividade meio.
No fundo, poderes, assim são chamados, pela FUNÇÃO DECISÓRIA que têm. Sendo assim percebemos que a atividade finalística do MP não tem natureza decisória, mas sim a natureza de PROMOÇÃO (dos interesses da sociedade). Promoção porque “provoca” os outros poderes para que ajam de determinada maneira. Vemos, então que o MP é externo aos poderes.
Alguns podem ainda dizer que uma vantagem de considerar o MP um poder é transformá-lo em cláusula pétrea (conforme art. 60, § 4º da CF). Entretanto, ainda que não se defenda que o MP é um poder, ainda se poderia defender que sai existência é cláusula pétrea conforme art. 127 da CF – “O MP é ….. PERMANENTE”. A permanência do MP se verifica porque não pode ser abolido e também porque não para de funcionar. Haja visto, por exemplo que mesmo em caso de estado de sítio, a CF nada fala sobre sua interrupção.
Outra característica muito importante é que o MP deve defender a ordem jurídica (perspectivacoletiva) – Defensoria x MP. Ex: cadeirante e concurso público.
Interesses sociais e indisponíveis: 
A indisponibilidade de um direito não tem a ver como a pessoa individualmente trata tal direito, mas sim sua importância para a sociedade, para a coletividade. EX: quando determinado indivíduo é surrado por policiais – pouco importa se tal pessoa deseja processar os policiais. Sua integridade física é um direito indisponível, e independentemente de sua vontade o MP ajuizará ação (ação penal pública).
§1º - Princípios do MP:
Unidade – Muitos, erradamente, dizem que por força desse princípio, o MP é uno. Entretanto tal entendimento não se coaduna com o art. 128. Hoje, de forma diversa, há um entendimento crescente que o MP é uno em cada um de seus ramos. Ou seja, a unidade é, na verdade, uma unidade por ramos. Cada ramo com seu próprio Procurador Geral.
Variando a corrente que se adote, variará o entendimento sobre a possibilidade de litisconsórcio sobre os ramos do MP em uma ação. Quem defender a primeira tese não aceitará o litisconsórcio. Situação contrária se verificará, caso se adote a segunda tese.
Existe também a FUNÇÃO de MP eleitoral. Dada sua periodicidade, não há razão para que o MP eleitoral tenha um quadro próprio de membros. Os membros são egressos da justiça estadual e federal.
Indivisibilidade – qualquer membro do MP pode falar pelo outro desde que tenha recebido atribuição para tanto (em caso de férias, licença).
Independência Funcional – Os membros do MP podem e devem atuar segundo seu convencimento, de modo que nem mesmo o Procurador Geral do MP respectivo possa obrigar determinado membro de se comportar de uma, ou outra maneira.
Princípio do Promotor Natural (análogo ao do juiz natural, mas não está no art. 127) – os órgãos do MP são criados por lei, com prévia previsão constitucional. A repartição do trabalho deve ser feita a partir de critério objetivos e prévios. Art. 5, LIII da CF. Alguns defendem que esse dispositivo trata do também do principio acima. O STF afirma, por outro lado , que tal princípio não está na CF, mas que a CF comporta a lógica do princípio. O que para o professor é um tanto quanto incoerente.
Ainda sobre este princípio art. 129, §2º - membros do MP não podem ser nomeados, o que chegou a acontecer antes da CF de 88, e em alguns casos excepcionais após esta.
Rio, 09/11/2011
Continuação sobre o MP:
Art. 129, I: função clássica do MP como promotor da ação penal
II – o MP deve zelar para que de fato a sociedade tenha acesso aos serviços públicos que lhe são de direito. O MP serve aqui como agente que busca controlar a atividade do estado. Uma crtítica que se faz é que esse papel deveria ser da própria sociedade. Embora procedente na teoria
III - tutela de interesses difusos, coletivos individual homogêneo – chamados “transindividuais ou metaindividuais”. Nessa situação o MP abre Inquérito civil (para apurar se lesão de fato). E se for o caso Ação Civil Pública (para buscar a tutela de tal direito)
Tais conceitos são propriamente jurídicos. Por isso para que sejam entendidos é necessário que os veja a partir da idéia de relação jurídica, portanto:
Interesse difuso o direito constitucional, o caracteriza como aquele interesse que pertence a um grupo. Grupo este que deve ser indeterminável. Isto é, quando não há relação jurídica que possa ser verificada entre os membros desse grupo. Isto é, quando não relação jurídica que os identifiquem.
Ex: art. 225 do CF – Direito ao Meio Ambiente. Pertence por exemplo as gerações futuras.
Ex: contratação sem concurso público. Os prejudicados são aqueles que nem mesmo fizeram concurso público.
Interesse ou direito Coletivo:
O direito será coletivo quando pertencer a um grupo determinado ou determinável de pessoas. Quando houver uma relação jurídica entre as pessoas desse grupo que possuem um interesse comum indivisível.
Ex: ação civil pública para melhorar a alimentação de presos.
Interesse individual homogêneo:
Além de um grupo determinado ou determinável, o interesse comum é divisível.
Ex: Carros de um modelo que apresentam determinado defeito recorrentemente. 
MP ajuíza ação fazendo vários pedidos, quais sejam:
A condenação da montadora, através de obrigação de fazer mude seu processo produtivo de modo que futuros consumidores não sejam prejudicados – pedido para tutelar interesse difuso.
O Recall dos carros que já estão no mercado – pedido para tutelar interesse coletivo
A indenização daqueles que já tiveram seu carro danificado, cada um com sua especificidade (ex: um carro estava com o computador dentro, outro consumidor sofreu queimaduras…) – pedido para tutelar interesse individual homogêneo.
IV
Ex: participação do PGRepública????? como amicus Curiae nas ADINs. Isto quando não forem os próprios autores.
Ex: art. 34 da CF - intervenção federal . Inciso VII – princípios constitucionais sensíveis. Se determinado estado violar tais princípios, quem denunciará será o PGRep. O pGRep representará tal fato ao STF, que no caso de procedência indicará ao presidente da República que decrete intervenção federal no estado, para que cesse tal situação.
V
VI
VII – Sabendo que o poder de polícia do estado pode representar a máxima força do estado. Tal inciso é importante para que verifique os limites desse poder.
IX Ex: termo de ajustamento de conduta a despeito do que já foi dito sobre o exemplo do carro com defeito. Tal termo seria anterior ao ajuizamento da ação civil pública contra a montadora. Fica clara aqui a falta de poder decisório do MP.
Cuidado – os procuradores dos municípios, do estado ou advogados da união são aqueles que defendem seus respectivos entes federativos, como também prestam consultoria jurídica, que é vedada aos membros do MP.
OBS: Temos como defensores da união: os advogados gerais da união, os procuradores federais (autarquias ou órgão da administração indireta), e os procuradores da fazenda nacional (matéria tributária) a depender da matéria da lide.
O MP defende a sociedade. Enquanto os acima citados defendem seus respectivos.
Rio, 16/11/2011
Mais uma função do MP
Atuação como custus legis
OBS: a priori poderíamos pensar a partir da função de parte ou de custus legis que o MP só teria função dentro da esfera do poder jurisdicional. Para evitar tal pressuposição devemos entender o MP ora como órgão AGENTE (e não simplesmente como PARTE, quando já há uma ação ajuizada ), atua não somente quando iniciado determinado processo mas também antes deste – ex: termo de compromisso de ajustamento de conduta do qual já falamos – a idéia de orghao agente comporta a idéia da função investigatória, como também da função de ajuizar ações ; ora como órgão INTERVENIENTE (e não simplesmente como CUSTUS LEGIS). Tal observação é importante porque dessa forma podemos enxergar que atuação do MP transcende os limites da esfera judicial.
Função eleitoral do MP
Art. 128 – percebemos que na redação deste artigo a função acima não foi mencionada.
Função do MP junto aos Tribunais de Contas – art. 130 da CF. Essa função extrapola àquelas mencionados no art. 128. CUIDADO - os membros desse MP não são membros do MPU. Tanto é que os membros do MPU tem tratamento com a LC 75 / 93. Enquanto os membros do MPTCU tem tratamento na Lei 8443 / 92.
Esse é o panorama, entretanto um problema surgiu. Lembrando que cada estado tem um MP estadual – art. 128, II - próprio 
Art. 11 das ADCT. Um dos órgãos da Assembleia Legislativa de cada estado é o Tribunal de Contas do Estado. Algumas constituições estaduais tentaram impor que não houvesse um MPTCE próprio de cada estado. Mas sim que os membros destes proviessem do próprio MPEstadual.
O STF foi chamado analisar a questão e com base no art. 75 da CF decidiu que cada estado deveria ter seu próprio MPTCE.
Panorama geral:
MPU e seus 4 ramos
MPestados
MPTC da União, do estado ou dos municípios
Lembrando que o nome “tribunal” tem sentido uma vez que embora exerça papel auxiliar, tem função decisória.
Defensoria Pública:
Art. 134
Significados de Cidadania:
Como sinônimo de nacionalidade
Com sentido

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