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Direito de Família - Resumo Completo (aula Katia Regina)

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VII do art. 1.659.
	Mesmo na comunhão universal proventos do trabalho não se comunicariam.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
	Os frutos se comunicam sempre, mesmo que sejam frutos de bens particulares.
Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à administração dos bens.
Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro.
Separação Total de Bens
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
	Legislador resolveu respeitar em absoluto a escolha dos cônjuges – se eles fazem um pacto de separação total de bens, não só não haverá comunicabilidade de nada, como também os bens serão administrados exclusivamente pelo seu proprietário (para que um administre os bens dos dois, isso tem que estar expresso no pacto antenupcial). Cônjuges não estão sujeitos à autorização conjugal para praticar qualquer ato de disposição sobre seus bens, móveis ou imóveis. Ou seja, total liberdade de administração e disposição. 
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial
	A questão da contribuição para os encargos da família não é necessariamente de 50% de cada um, é na proporção dos rendimentos de cada cônjuge. 
	Separação obrigatória – 1.641. Mesmo no regime de separação total de bens escolhido pelos cônjuges, nada impede que eles adquiram bens em condomínio, e podem estipular percentuais diferenciados de cada um. E mesmo no regime de separação convencional, no momento de extinção da sociedade conjugal, se um dos cônjuges fizer prova de que contribuiu para a aquisição de determinado bem, ainda que ele tenha sido colocado no nome de um só, esteja formalmente na propriedade de um dos cônjuges, é possível partilhar o bem em respeito ao princípio que veda o enriquecimento sem causa.
Aula – 30 de Abril de 2010 – caderno Ana
Cheguei atrasada
d) Regime de Participação Final nos Aqüestos: VER NO LIVRO
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- Dissoluçao da Sociedade Conjugal:
O direito brasileiro ainda preve o sistema dual para dissolução do casamento, composto pela separação judicial e pelo divórcio. Está em curso um projeto de lei para extinguir a separação judicial. Para que o casamento se dissolva, o divórcio é necessário. Somente a partir desse podem os ex-conjuges contrair novo casamento. Na separação, não há dissolução da sociedade conjugal. Se ainda nao houve o divorcio e um dos conjuges morre, o outro conjuge que era separado judicialmente passa para o estado civil de viuvo. O que rompe o vínculo matrimonial efetivamente é o divorcio. 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário à sentença de separação judicial.
IPC!!! OBS: Não está enumerada aqui a separação de fato, mas a jurisprudência entende que essa dissolve a sociedade conjugal (incluindo nisso até o regime de bens).
a) Separação Judicial
Temos no direito brasileiro três tipos separação judicial: 
i) litigiosa 
Separação litigiosa não é sinônimo de separação judicial, pois nem toda separação judicial é litigiosa, já que pode ser consensual. A separação litigiosa pode ser, ainda:
- culposa (CC, art. 1572, caput)
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia (agressao fisica) ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.
O art. 1572 é a previsão legal da separação judicial litigiosa culposa, que é aquela em que um cônjuge vai imputar ao outro culpa na separação do casamento, e a razão é a grave violação dos deveres do casamento. Todos os deveres dos cônjuges previstos no Art. 1566, se quebrados, autorizam ao cônjuge o direito de pleitear a ação de separação judicial culposa. O art. 1572, caput, deve ser conjugado com o art. 1573. As hipóteses acima acabam abarcando qualquer tipo de quebra do dever conjugal. O juiz pode entender que a culpa é de ambos, do réu, do autor reconvindo e ainda pela hipótese do paragrafo único. Nesses casos, ninguém conseguiu fazer prova contundente da culpa, o que a principio teria que forçar o juiz a julgar improcedente o pedido e não separar os dois. No entanto, o PU diz que, mesmo o juiz entendendo que não houve comprovação de culpa, estando evidente a impossibilidade de vida em comum, pode o juiz decretar a separação sem culpa de nenhum dos dois. 
Julgado procedente o pedido nessas ações, em relação ao nome, o cônjuge tem a opção de manter ou não o nome de casado. Nome é direito da personalidade e uma vez adotado o nome, a opção para manter ou retirar o mesmo é do próprio cônjuge. A lei só excepciona, na hipótese de separação culposa, que o cônjuge declarado culpado possa ser obrigado a tirar o nome do outro, desde que haja o pleito do cônjuge inocente e se isso não acarretar as hipóteses dos incisos do artigo abaixo. Por exemplo, Luiza Brunet. Se tirar o Brunet - que era de um primeiro marido dela - ninguém mais vai reconhecê-la. No momento da separação você pode querer manter o nome e depois querer tirar - isso é possível. A possibilidade de perder o nome de casado, portanto, é uma das consequências da decretação da culpa. 
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
§ 1o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro.
§ 2o Nos demais casos caberá à opção pela conservação do nome de casado.
A culpa, se nao afetar diretamente os filhos, nao influi em nada na guarda e visitaçao desses. 
Existe uma regra que o cônjuge culpado, em principio, de acordo com o art. 1.704, perde o direito de alimentos. Se ninguém tem a necessidade, não ha nem que se falar em alimentos. Porém, se o cônjuge culpado necessitar de alimentos, nas hipóteses do paragrafo único abaixo (não há outros parentes em condições para prestar alimentos ou não tem aptidão para o trabalho), poderá ser decretado o pagamento de pensão indispensável para a sobrevivência do cônjuge (não é para garantir o modo de vida, compatível com a condição social).
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando
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