de cuidar da criação dos filhos, tem que participar de tudo, comunicar o que está acontecendo, etc. Cônjuges exercem em conjunto os deveres que decorrem do poder familiar (definição tá no par. 1º do 1.583). Na guarda compartilhada, tenta-se manter a convivência com os pais (não significa ficar 1 semana na casa de um, 1 semana na de outro – isso é guarda alternada). Na guarda compartilhada, a criança tem uma casa que é a sua matriz e estabelece-se um numero de visitações mínimas. A ideia é a da responsabilização comum. E se um dos pais falha com seus deveres e responsabilidades, descumpre suas cláusulas, pode ser punido com a diminuição do tempo que passa com o filho – art. 1584, § 4o: A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de convivência com o filho. A guarda compartilhada antes dessa lei sempre era vista pela doutrina como uma decisão conjunta dos pais. A novidade trazida em 2008 é que a guarda compartilhada pode ser requerida pelos cônjuges, por consenso ou por qualquer deles, ou mesmo decretada pelo juiz. Ele pode decretar ainda que ela não tenha sido requerida por nenhuma das partes (há quem entenda que se você entra pedindo guarda unilateral, o juiz poderia deferir a guarda compartilhada). Professora acha que a guarda compartilhada é maravilhosa, mas desde que as pessoas se entendam – se elas não têm um relacionamento bom, provavelmente a guarda compartilhada não vai funcionar. Aula – 07 de Maio de 2010-05-07 pegar o início!!! Divórcio No divórcio não é discutida a culpa. Divórcio Indireto ou por Conversao (Art. 1.580, CC): Pode ser requerido o divorcio por conversao após um ano do transito em julgado da sentença da separaçao judicial, independente de qual foi o tipo dessa separaçao. A segunda parte diz que voce pode entrar com essa açao contando da prévia separaçao de corpos e nao do transito em julgado da açao de separaçao judicial. Há a discussao se é necessária a liminar ou a sentença na açao de separaçao de corpos. Entao, se discute se esse prazo de um ano começa a correr da data da concessao da liminar ou do transito em julgado da sentença na cautelar de separaçao de corpos. Em relaçao a cautelar, a lei nao fala que é um ano do transito em julgado da sentença, por isso se permite a interpretaçao de que pode ser um ano a partir da concessao da liminar na cautelar. – NÃO ENTENDI ISSO MUITO BEM O problema é que a sentença na cautelar sai muitas vezes junto com a sentença da separaçao judicial. Isso porque o juiz concede a liminar e a parte dá entrada logo na açao principal e o juiz determina a suspensao da cautelar. No entanto, a açao de separaçao judicial pode durar muito tempo, enquanto a liminar já foi dada há muito tempo Pode conseguir o divórcio depois de 1 ano da separação de corpos A Lei 6.515 continha um artigo mais amplo do que esse, mas há um entendimento jurisprudencial francamente majoritário hoje de que ele não está mais sendo aplicado (art. 44) – antecipar a contagem do prazo não aconteceria só na cautelar de separação de corpos, poderia ser numa cautelar de posse e guarda dos filhos, arrolamento de bens, entrega de bens de uso pessoal, ação de alimentos. Se ficasse demonstrada em qualquer dessas ações a separação dos cônjuges, o prazo poderia ser antecipado para a sentença proferida em qualquer uma dessas ações, que tivesse precedido a separação judicial, mas esse entendimento não prevalece hoje. É só da medida cautelar da separação de corpos hoje (sentença ou concessão da liminar). A conversão em divórcio pode ser feita em cartório – se a separação consensual foi feita no Cartório, o prazo é de 1 ano a contar da lavratura da escritura pública no Cartório. A conversão em divórcio, mesmo que seja feita em juízo, é um procedimento extremamente simples. Se houve algum tipo de litígio, já foi resolvido no processo da separação. Art. 35, Lei 6.515 – conversão em divórcio será feita mediante pedido de qualquer dos cônjuges. Conversão em divórcio da separação judicial – distribui por dependência (pede o desarquivamento da separação e entra pedindo a distribuição por dependência). (também são distribuídas por dependência: cautelar e principal, execução distribuída por dependência à ação de conhecimento). Modificação de cláusula – é livre distribuição. A justificativa da corregedoria foi: se fosse por dependência, se entulhariam as varas mais antigas. Art. 36, Lei 6.515 – não cabe reconvenção na ação de divórcio porque vai pedir reconvenção de que? Não posso discutir culpa, nada... Não tem do que reconvir. Par. ún – a contestação só pode fundar-se em falta de decurso do prazo de 1 ano de separação judicial, descumprimento das obrigações assumidas pelo requerente na separação (entendimento sempre foi que seria obrigação assumida ou imposta). Em 88, como a Constituição só estabeleceu no par. 6º do 226 decurso de tempo pra conversão em divórcio, passou a se entender que esse inciso II do parágrafo único do art. 36 não teria sido recepcionado pela Constituição. O entendimento majoritário hoje, portanto, é que só impede a conversão a falta do decurso do prazo, inciso II não teria sido recepcionado/teria sido revogado pela CF. A conversão em divórcio só vai tratar disso, do decurso do tempo. Se por acaso as partes ingressarem com uma ação de conversão em divórcio em conjunto e quiserem alterar alguma coisa que tenha ficado estabelecida na contestação, você pode fazer isso na conversão desde que seja em comum acordo – se não for de comum acordo, há necessidade de estudo social do caso, estudo psicológico do caso, não cabe numa ação de conversão em divórcio. Se não houver acordo, se eles estiverem em litígio, essa discussão tem que ser feita pela via própria, em ação autônoma. Só pode fazer qualquer alteração pela conversão se for consensualmente. Da sentença não vai se fazer referência à causa que determinou a separação – “a culpa morre com o divórcio” e as pessoas estão divorciadas. O divórcio por conversão é muito simples. A conversão até pode ser litigiosa, e às vezes o é por motivos banais – ex: partes não se falam. Divórcio direto Está disciplinado no par. 2º do art. 1580: § 2o O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais de dois anos. Fundamento: 2 anos de separação de fato. O divórcio direto pode ser consensual ou litigioso. Art. 40, par. 2º da Lei 6.515 diz que será observado o procedimento da separação consensual no divórcio direto consensual (p.s: pode ser provado que eles já estavam com separação de corpos mesmo vivendo sob o mesmo teto – não se impõe que um deles tenha saído de casa, mas tem que ficar provada a quebra do dever de co-habitação). Já junta na inicial declaração de 2 testemunhas com firma reconhecida atestando a separação de fato dos cônjuges e as provas documentais que você tiver. Inciso III – Muitos cartórios não designam mais audiência de ratificação pro divorcio – se com a inicial você comprovar a separação de fato, muitos cartórios marcam a ratificação no balcão. Mas é fundamental que esteja comprovada na inicial a separação de fato há mais de 2 anos; se isso não estiver devidamente comprovado, juiz vai marcar uma audiência para que se comprove esses 2 anos de separação de fato. Inciso IV – “a partilha dos bens deverá ser homologada na ação de divórcio”- revogado pelo art. 1581/CC. 1581 diz que o divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. - Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges. Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão. – juízes tem requerido que no caso de incapacidade, o curador represente, não ascendente, irmão. Divórcio direto litigioso – ainda que estejam separadas de fato há mais de 2 anos,