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MÚSCULO LISO
	Embora o músculo liso seja formado por fibras bem menores que o músculo esquelético (diâmetro 20 vezes menor e comprimento milhares de vezes menor), muitos dos princípios básicos da contração são aplicados a ambos. Essencialmente as mesmas forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina geram a contração do músculo liso, mas a organização interna das fibras é inteiramente diferente entre os músculos liso e esquéletico.
Tipos de músculos lisos:
Músculo liso multiunitário
	É formado por fibras independentes, cada uma atuando de modo completamente independente das demais, sendo muitas vezes inervada por terminação nervosa única, como é o mais característico para o músculo esquelético em geral. Além disso, as superfícies externas dessas fibras (como nas esqueléticas) são revestidas por fina camada formada por uma mistura de fibrilas de colágeno e proteoglicanas que isola a fibra de suas vizinhas.
	A característica mais importante das fibras multiunitárias é que cada uma pode contrair-se independentemente das outras; isso contrasta, em grande parte, com o controle predominante nos músculos lisos viscerais por estímulos não neurais. Além disso, só muito raramente esses músculos apresentam contrações espontâneas.
Músculo liso unitário
	A expressão "unitário" se refere a uma grande massa de centenas a milhões de fibras musculares que se contraem juntas, como uma só unidade. Essas fibras ocorrem geralmente em feixes ou camadas, e suas membranas celulares são aderentes entre si, em diversos pontos, de modo a que a força gerada por uma fibra muscular pode ser transmitida para as demais. Também as membranas celulares são unidas por "junções abertas" o que permite o fluxo de íons de uma célula para outra, propagando o potencial de ação de uma fibra para a fibra seguinte, fazendo com que todas as fibras se contraiam em conjunto. Devido as interconexões presentes neste tipo de músculo liso, ele é também chamado de músculo liso sincicial. Como este músculo liso é encontrado na parede da maioria das vísceras do corpo, inclusive intestino e vias biliares, ele é referido como músculo liso visceral.
Princípios da contração do músculo liso
	A célula muscular lisa apresenta numerosas estruturas chamadas massas densas (ou corpos densos). Estas estruturas são formadas por substância amorfa e podem ocorrer soltas no citoplasma ou ancoradas à membrana celular. Essas massas densas são interligadas por filamentos, chamados de filamentos intermediários e com função desconhecida. Também interligando os corpos densos existem feixes de miofilamentos, análogos ao da célula estriada, com posição predominantemente paralela ao maior eixo da célula. Como na fibra esquelética, no músculo liso são encontrados os filamentos delgados e grossos. Contudo, na célula lisa, estes filamentos apresentam algumas características próprias, que são:
1. O filamento fino não contém troponina;
2. O teor de actina e de tropomiosina é o dobro do encontrado na célula esquelética, e o de miosina é de apenas um quarto;
3. Não há uma disposição regular entre os filamentos, com três a cinco filamentos grossos, cercados por um número bem maior de filamentos finos; e
4. O pequeno número de filamentos grossos, entre as extremidades dos filamentos finos não permite que se percebam estriações transversais. A outra extremidade dos filamentos finos se liga aos corpos densos fixados a membrana celular, em justaposição as células vizinhas fazendo interconexões mecânicas, servindo de pontos de fixação para a contração miofibrilar dessas células. Provavelmente os filamentos intermediários realizam esta função em conjunto com os corpos densos mesmo estando soltos no citoplasma.
	Os principais filamentos do músculo liso são de actina e miosina, que apresentam características químicas semelhantes as dos filamentos do músculo esquelético.
	O processo contrátil é ativado por íons cálcio, dependendo também de energia resultante da hidrólise de ATP pela ATPase miosínica.
	A maioria das contrações do músculo liso resulta em contrações tônicas prolongadas, podendo perdurar por horas ou até dias. Logo, é de se esperar que existam diferenças nas características, tanto físicas quanto químicas, da contração do músculo liso em relação ao músculo esquelético.
O papel do cálcio na contração
	Como no músculo esquelético, o principal fator desencadeante na contração do músculo liso é um aumento na concentração intracelular de cálcio iônico. Este aumento pode ser desencadeado por estimulação por uma fibra nervosa, por estímulo hormonal, por estiramento da fibra, ou por alteração química do meio externo.
	Como o músculo liso não contem troponina, a sua contração é ativada por mecanismo inteiramente diferente. Em lugar da troponina, as células lisas contem grande quantidade de outra proteína reguladora, a CALMODULINA. Embora também se ligue a quatro íons cálcio, ela difere da troponina, no modo como desencadeia a reação de contração. A calmodulina ativa as pontes cruzadas de miosina, e a contração ocorre nas seguintes etapas:
1. Os íons cálcio se fixam a calmodulina
2. O complexo calmodulina-cálcio ativa a miosina quinase, enzima fosforilativa
3. A miosina quinase fosforila a cadeia regulatória (uma das cadeias leves) do braço da miosina. Uma vez fosforilada, a cabeça adquire a capacidade de se fixar ao filamento de actina e seguir por todo o processo o ciclo da contração muscular.
	Quando a concentração de cálcio cai abaixo do seu nível crítico, todas as etapas descritas acima se invertem de modo automático, exceto pela fosforilação da cabeça de miosina. Essa inversão exige a ação de outra enzima, a miosina fosfatase, que remove o fosfato da cadeia leve regulatória, neste ponto o ciclo é interrompido e cessa a contração. O tempo necessário para o relaxamento da contração dependerá, em grande parte, da quantidade de miosina fosfatase ativa na célula.
	A duração dos ciclos das pontes cruzadas no músculo liso (fixação na actina, desligamento, nova fixação para outro ciclo) é muito, mas muito maior no músculo liso que no músculo esquelético; a freqüência desses ciclos no músculo liso, é no máximo de 1/100 a 1/300 da do músculo esquelético. Porém, admite-se que a fração de tempo em que as pontes cruzadas permanecem presas aos filamentos de actina, principal fator determinante da força de contração, é muito maior no músculo liso. O maior tempo no qual as pontes cruzadas permanecem presas, provavelmente decorre da baixa atividade ATPásica das cabeças de miosina do músculo liso.
Contração do músculo liso e gasto de energias
	O músculo liso para manter determinada tensão de contração consome apenas de 1/300 a 1/10 do que gastaria o músculo esquelético. Este fato decorre do longo tempo de fixação das pontes cruzadas, uma vez que cada fixação consome apenas uma molécula de ATP. Este fato é importante, já que muitas vezes é necessário a manutenção da contração por muito tempo.
	Um tecido muscular liso começa a se contrair dentro de 50 a 100 milisegundos após a excitação. Atinge o máximo em 1/2 seg. e começa a declinar sua força em 1 a 2 segundos; o tempo total da contração variando de 1 a 3 segundos. Essa duração é cerca de 30 vezes maior do que a do músculo esquelético. É bom lembrar que devido a multiplicidade de músculos lisos, o tempo da contração pode variar, de um tipo para outro, de 0,2 seg. até 30 segundos.
	Outra propriedade do músculo liso é a capacidade de se encurtar comprimento em porcentagem muito maior que o músculo esquelético, e ainda manter quase a força total de contração. Enquanto o músculo esquelético encurta em 1/3 seu comprimento, o liso reduz em até 2/3 de seu comprimento inicial.
	Embora a razão para essa maior capacidade de contração não seja conhecida, se acredita que as células do músculo liso apresentem diferentes comprimentos ótimos para superposição entre os filamentos de actina e miosina. Isto permitiria ao longo do processo contrátil novas fibras fossem atingindo seu ótimo, o que no total resultaria num encurtamentobem maior. Outra razão vem do fato dos filamentos de actina serem bem mais longos no músculo liso, permitindo um deslizamento muito maior dos filamentos, resultando em maior encurtamento.
O mecanismo de "tranca"
	O músculo liso, como já foi dito, pode ser mantido contraído, com força máxima, e baixíssimo gasto de energia. Este processo é chamado mecanismo de "tranca", e é causado pelo prolongado período de fixação das pontes cruzadas. 
	Desconhece-se, porém, porque esse mecanismo varia de um músculo liso para outro.
Relaxamento por “estresse” (esticamento) do músculo liso
	Uma característica importante do músculo liso encontrado em muitos órgãos ocos é a de manter a sua força de contração depois de um alongamento ou encurtamento. Isto impede variações por longo tempo na pressão interna desses órgãos, já que a musculatura se rearranja em alguns segundos.
	Por exemplo, se a pressão na bexiga aumenta após cerca de 15 segundos as células musculares se alongam, se reajustando ao novo volume, mantendo a mesma força de contração de antes. Provavelmente este reajuste se faz ao longo do processo de liga e desliga das pontes cruzadas, ou seja, o estiramento causado pelo aumento da pressão faz com que quando as pontes se "desliguem" se religuem depois em pontos cada vez mais afastados, até atingirem o novo equilíbrio.
	Neste processo é de importância clara o mecanismo de "tranca".
Proposta para a regulação do mecanismo de "tranca"
	Como as pontes cruzadas para se formarem dependem da ação da enzima miosina-quinase, assim como para se desfazerem as pontes depende da miosina fosfatase.
	Logo, após a etapa inicial da contração, com altos níveis das duas enzimas, e ciclos repetidos de ligação e desligamento das pontes, a redução da atividade dessas enzimas resultará em tempo mais longo no ciclos das pontes, levando ao mecanismo de tranca. Como as cabeças de miosina não dependem de gasto de energia para se manterem ligadas a actina. O músculo liso poderá se manter contraído com pouco gasto de energia.
Controle neuro-hormonal da contração do músculo liso
	Diferentemente do músculo esquelético, o músculo liso pode ser estimulado a se contrair não só por estímulo nervoso mas por múltiplos tipos de sinais: estimulação hormonal e vários outros meios.
	A principal razão desta diferença é que a membrana das células musculares lisas contem muitos tipos distintos de proteínas receptoras, capazes de desencadear o processo contrátil. Outras proteínas receptoras são capazes de inibir a contração do músculo liso, o que representa outra diferença do músculo esquelético.
Junções neuromusculares do músculo liso
	No caso do músculo liso não há uma junção especializada como a placa motora do músculo esquelético. Fibras nervosas que enervam o músculo liso se ramificam difusamente por sobre uma lâmina de fibras musculares. Geralmente essas fibras não fazem contato direto com as fibras lisas, mas se espalham difusamente entre elas, secretando seus neurotransmissores no líquido intersticial, a alguns nanometros e até micrometros de distância das células musculares. Onde há várias camadas musculares as fibras nervosas, muitas vezes, só enervam a camada mais externa, e a excitação muscular passa dela para as mais internas pela propagação do potencial de ação pela massa muscular ou por difusão da substancia transmissora.
	Os axônios que enervam as fibras lisas não tem os botões terminais como nas fibras esqueléticas. A maioria dos finos terminais axônicos apresentam múltiplas varicosidades ao longo de sua extensão.
	Nesses pontos, as células de Schwann, são interrompidas de modo que o neurotransmissor possa ser secretada. A substância transmissora fica armazenada em vesículas nas varicosidades, como ocorre na placa motora esquelética. 
	Em alguns casos, geralmente no músculo multiunitário, as varicosidades estão diretamente sobre a membrana muscular, com separação de apenas 20 a 30 nm - mesma distancia das junções do músculo esquelético. Essas junções, como era de se esperar, levam a uma resposta muscular muito mais rápida do que as junções difusas.
	As respostas inibitórias ou excitatórias dos neurotransmissores dependerá do tipo de proteína receptora na membrana das células musculares lisas.
Potenciais de membrana e potenciais de ação no músculo liso
	O valor do potencial de membrana do músculo liso varia de um tipo para outro, além de depender de condições momentâneas do músculo. Contudo, em condições normais de repouso, o potencial de membrana é, em geral, de -50 a -60 mV, ou seja 30 mV menos negativo que no músculo esquelético.
Potenciais de ação
	No músculo liso unitário os potenciais de ação ocorrem da mesma forma que no músculo esquelético. Porém se acredita que o influxo iônico do potencial de ação seja provocado pela entrada de cálcio, e não de sódio. Porém, muitos músculos lisos multiunitários não apresentam potenciais de ação. Os potenciais de ação dos músculos viscerais ocorrem de duas formas:
- em ponta (spike); com platôs.
	Os potenciais em ponta atípicos acontecem na maioria dos músculos lisos unitários, com variação de cerca de 10 a 50 ms. de duração. Tais potenciais podem ser induzidos por diversos agentes reguladores neurohormonais, ou eletricamente.
	Os potenciais de ação com platôs apresentam uma retardada repolarização, que varia de centenas a milhares de milisegundos.
Os canais de cálcio e o potencial de ação
	A membrana da célula muscular lisa contem um número muito maior de canais de cálcio voltagem dependentes que o músculo esquelético, porém muito menor de canais de sódio voltagem dependentes.
	Logo, é o influxo de cálcio o responsável pelo potencial de ação. Isto ocorre de forma auto-regenerativa, como ocorre com o sódio nos neurônios e em músculos esqueléticos. Como os canais de cálcio se abrem com lentidão bem maior, isto explica a lentidão dos potenciais de ação das fibras lisas.
	Este mesmo cálcio que entra também atua no mecanismo contrátil desencadeando a contração.
	
Músculos lisos com atividade contrátil espontânea
	 Alguns músculos lisos são auto-excitáveis. Ou seja, surgem potenciais de ação sem que haja estímulo externo. Estes potenciais estão associados a presença de um ritmo ondulatório lento, também conhecido como ritmo elétrico básico, ou simplesmente ondas lentas.
	A onda lenta não é um potencial de ação. E uma propriedade local das fibras do músculo liso que compõem a massa muscular.
	A causa das ondas lentas é desconhecida, porém propõe-se que as ondas lentas sejam causadas por variação no bombeamento de sódio através da membrana. Outra proposta seria a de uma possível variação rítmica da condutância de canais iônicos de membrana.
	A maior importância das ondas lentas reside no fato de poderem gerar potenciais de ação. Toda vez que as ondas lentas ultrapassam o limiar para indução dos potenciais de ação (aproximadamente -35 mV) surge o potencial de ação que se propaga pela massa muscular levando a contração.
Resposta ao estiramento	
	Quando o músculo liso visceral é suficientemente estirado, podem surgir potenciais de ação espontâneos. 
	Estes potenciais resultam da diminuição da negatividade produzida pelo estiramento, que associada as ondas lentas leva a célula a atingir o limiar, disparando potenciais de ação. Esta resposta permite a um órgão oco, como o intestino, que seja excessivamente distendido, possa resistir ao estiramento com uma contração local.
Excitação ou inibição do músculo liso em resposta a hormônios (neurotransmissores)
	Alguns receptores protéicos da membrana da célula lisa abrem canais de sódio ou cálcio, despolarizando a membrana pelo mesmo mecanismo da resposta neural. Ocasionalmente podem ser produzidos potenciais de ação, ou incrementos dos potenciais rítmicos preexistentes. Contudo, em muitos casos, ocorre despolarização sem potenciais de ação. Todavia, deve ficar bem claro, que mesmo essa despolarização está associada a influxo de íons cálcio para desencadear a contração.
	Há também outros receptores de membranaque uma vez ativados inibem a contração. Isto ocorre pelo fechamento de canais de sódio ou de cálcio, impedindo a entrada desse íons positivos. Pode também ocorrer aumento da condutância a potássio, permitindo a saída desses íons positivos. De qualquer forma, ocorre aumento da negatividade celular. Esses estado de maior negatividade é chamado de hiperpolarização.
Acoplamento farmacomecânico	
	Algumas vezes a contração ou inibição é desencadeada por substancias (hormônios, neurotransmissores) sem que haja alteração do potencial de membrana. Nesses casos a substancia ativa um receptor da membrana que não abre canais iônicos, mas promove outras alterações. Como liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático, induzindo a contração. Pode haver também diminuição do cálcio citoplasmático, no caso de haver inibição. O processo como isto ocorreria ainda não é conhecido.
Importância da fonte de íons cálcio
	O retículo sarcoplasmático da célula muscular lisa é apenas rudimentar, se comparado ao do músculo esquelético, na maioria dos tipos de músculo liso. Assim, na maioria dos tipos de músculos lisos, quase todo o cálcio usado na contração vem, do líquido extracelular durante o potencial de ação. A disponibilidade de íons cálcio no meio extracelular é bem maior que no retículo da célula, e também o potencial de ação, do músculo liso é causado por influxo de cálcio. Como as células musculares lisas são bem menores que as esqueléticas, esses íons cálcio podem se difundir para todas as regiões do músculo liso, induzindo o processo contrátil. O tempo necessário para essa difusão é, em geral, de 200 a 300 mseg, e é dito período latente. Esse período latente é aproximadamente 50 vezes menor no músculo esquelético.
	Também pode haver entrada de cálcio por meio de canais de cálcio ativados por hormônios e esse cálcio também produz a contração. Normalmente esses canais não causam potenciais de ação, e muitas vezes, nem alteração do potencial de membrana, visto que a bomba de sódio mantém o potencial de membrana quase normal. Mesmo assim a contração permanece enquanto os canais estiverem abertos, já que o que leva a contração é a presença de cálcio iônico, e não a voltagem da célula. Esse é um meio de ocorrer contração do músculo liso, sem alteração significativa do potencial de membrana (acoplamento farmacomecânico).
	Algumas células musculares lisas contem retículo sarcoplasmático moderadamente desenvolvido. Estas células apresentam pequenas invaginações da membrana, chamadas de cavéolas, que entram em contato com os túbulos sarcoplasmáticos. Quando um potencial de ação atinge as invaginações das cavéolas, isso parece excitar a liberação de íons cálcio pelos túbulos sarcoplasmáticos, do mesmo modo como nos túbulos T do músculo esquelético.
	Em geral, quanto maior o retículo sarcoplasmático na célula, maior a rapidez com que ela se contrai, provavelmente porque o influxo de cálcio, pela membrana é muito mais lenta que a liberação pelo retículo sarcoplasmático.
A bomba de cálcio
	Para que ocorra o relaxamento do músculo liso é necessário que haja a remoção dos íons cálcio para fora da célula ou dentro do retículo sarcoplasmático. As bombas do músculo liso são bem mais lentas que as do retículo sarcoplasmático do músculo esquelético, por isso o período de contração do músculo liso é bem mais longo, da ordem de segundos, enquanto no músculo esquelético é de centésimos a décimos de segundo.
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