Correção pela professora em 06 março 2012 SEMANA 2 - Edilene Araújo dos Santos – 4º Período - Direito – Manhã – Campus Menezes Côrtes DIREITO DO TRABALHO Tema - A identificação da relação de trabalho e da relação de emprego Aplicação Prática Teórica - CASO CONCRETO 1 (OAB/RJ – 28º EXAME – NOV.2005) Severino, a partir de 2000, passou a frequentar cultos na Igreja Novo Dia. Verificando a exacerbada fé de Severino, o Sacerdote Rolando o convocou em 03/02/2001 para prestar alguns serviços durante o culto, como ajudante. Dada a dedicação e o carisma de Severino, as funções a ele delegadas foram acumulando-se a ponto de ter que, a partir de 12/08/2001, morar nas dependências da Igreja, recebendo alimentação e vestuário do Pastor, além de R$ 300,00 para demais despesas. Severino trabalhava diariamente, em média, durante dez horas, inclusive nos finais de semana, cuidando de tarefas que variavam da faxina e manutenção da Igreja até os preparativos e execução do culto, como a coleta de doações, contabilizadas pelo próprio Severino. Em 15/06/2004 Severino flagrou o Sacerdote desviando dinheiro da Igreja para enriquecimento pessoal e, ao denunciá-lo ao Bispo foi expulso da Igreja. Daí pergunta-se: a) Há possibilidade de configuração do vínculo de emprego? Resposta: Sim, estão presentes todos os requisitos, (art. 3º CLT) quais sejam: pessoalidade (Severino é pessoa física e ele mesmo prestava o serviço); habitualidade (Severino trabalhava diariamente, em média, durante 10 horas por dia), subordinação (era ajudante do Pastor Rolando, era o pastor que decidia o que ele fazia), onerosidade (recebia alimentação e vestuário do pastor além de trezentos reais para as outras despesas). certa b) Qual princípio do Direito do Trabalho justificaria tal pedido de vínculo de emprego? Resposta: Principio da Primazia da Realidade, o que vale para o Direito do Trabalho é a realidade. Os fatos prevalecem sobre aquilo que foi formalmente pactuado. certa CASO CONCRETO 2 (OAB/CESPE – 2008.3) - Antônio, policial militar, nos horários de folga, presta serviços de segurança para a empresa Irmãos Gêmeos Ltda. Acreditando ter sido despedido injustamente, promoveu reclamação trabalhista pleiteando valores que supostamente lhe seriam de direito. A empresa arguiu que o contrato de trabalho seria nulo, visto que o estatuto da corporação militar, a que Antônio estava submetido, proíbe o exercício de qualquer outra atividade. Na qualidade de advogado (a) contratado (a) por Antônio, apresente a fundamentação jurídica adequada para afastar a argumentação de nulidade do contrato de trabalho do policial militar na referida empresa de segurança. Resposta: Já sedimentada a Súmula 386 do TST declara que presentes os requisitos do art. 3º ( Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário) é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto Militar. certa QUESTÕES OBJETIVAS 1ª) (OAB/PB – VUNESP – 2003.1) Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Assim sendo, não são empregados: a) os autônomos, os eventuais, os avulsos, os estagiários, os profissionais liberais, os domésticos, o pequeno empreiteiro. b) os eventuais, os avulsos, os estagiários, os profissionais liberais, os domésticos e o pequeno empreiteiro. c) os avulsos, os estagiários, os profissionais liberais, os domésticos, o pequeno empreiteiro. d) os autônomos, os eventuais, os avulsos e o pequeno empreiteiro. certa 2ª) (OAB/CESPE – 2008.2) Ciro trabalha como taxista para uma empresa que explora o serviço de táxi de um município, sendo o automóvel utilizado em serviço por Ciro de propriedade da mencionada empresa. Em face da situação hipotética apresentada, de acordo com a legislação trabalhista, Ciro é considerado: empregado. certa b) empresário. c) trabalhador avulso. d) trabalhador autônomo.