Buscar

DJi - Lugar do Crime - Lugar da Infração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- Índice Fundamental do Direito
Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades
Lugar da Infração - Lugar do Crime - Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal - CP - Código
Penal - DL-002.848-1940 - Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal Militar - Código Penal
Militar - CPM - DL-001.001-1969 - Local do Crime
Processo Penal
- determinação da competência: Art. 70 e 71, CPP
Lugar do Crime
"Uma vez esclarecido qual o território em que vigora a lei penal brasileira,
cumpre investigar quando nele se deve considerar cometida a infração.
Existem três teorias a respeito do lugar do crime:
1ª) Teoria da atividade: lugar do crime é o da ação ou omissão, sendo
irrelevante o local da produção do resultado.
2ª) Teoria do resultado: lugar do crime é aquele em que foi produzido o
resultado, sendo irrelevante o local da conduta.
3ª) Teoria da ubiqüidade ou mista: lugar do crime é tanto o da conduta
quanto o do resultado. Será, portanto, o lugar onde se deu qualquer dos
momentos do iter criminis. Essa teoria é também conhecida por teoria
mista. Observe-se que os simples atos preparatórios não constituem
objeto de cogitação para determinar o locus delicti, pois não são típicos.
Teoria adotada
a) No caso de um crime ser praticado em território nacional e o resultado
ser produzido no estrangeiro (crimes a distância ou de espaço máximo):
aplica-se a teoria da ubiqüidade, prevista no art. 62 do Código Penal,
isto é, o foro competente será tanto o do lugar da ação ou omissão
quanto o do local em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Assim, o foro competente será o do lugar em que foi praticado o último
ato de execução no Brasil (CPP, art. 70, § 1º) ou o local brasileiro onde
se produziu o resultado. Exemplo: de São Paulo, o agente envia uma
carta com Antrax para a vítima em Washington. O foro competente será
tanto o de São Paulo quanto o da capital norte-americana. Observe-se
que a expressão "deveria produzir-se o resultado" refere-se às hipóteses
de tentativa. Aplica-se a lei brasileira ao crime tentado cuja conduta tenha
sido praticada fora dos limites territoriais (ou do território por extensão),
desde que o impedimento da consumação se tenha dado no País. Não
importa tão-só a intenção do agente em consumar o delito em território
nacional. Assim, não haverá interesse do Estado em punir o agente se a
interrupção da execução e a antecipação involuntária da consumação
tenham ocorrido fora do Brasil, ainda que o agente tivesse a intenção de
obter o resultado em território nacional, porque, segundo Costa e Silva,
onde "nenhuma fase do delito - a atividade ou o resultado (lesão ou
simples periclitação) - se verifica, não tem o Estado interesse de punir.
Nada importa a intenção do agente. Ele por si só não viola nem põe em
Referências
e/ou
Doutrinas
Relacionadas:
Ação Penal
Agravantes no Caso
de Concurso de
Pessoas
Álibi
Analogia
Aplicação da Lei
Penal
Aplicação da Pena
Arrependimento
Posterior
Causas de Extinção
da Punibilidade
Circunstâncias
Competência em
Razão do Lugar
Competência pelo
Domicílio ou
Residência do Réu
Competência pelo
Lugar da Infração
Competência
Internacional
Comunicabilidade e
Incomunicabilidade
de Elementares e
Circunstâncias
Conatus
Concepção do
Direito Penal
Concurso de Crimes
Concurso de Pessoas
Conduta
Contagem do Prazo
perigo a ordem jurídica do Estado" (José Frederico Marques, Tratado,
cit. p. 306.).
O art. 62 omitiu a possibilidade da ocorrência parcial do resultado em
território nacional, porque o dispositivo legal faz referência tão-somente à
"parte" da ação ou omissão, mas não à "parte" do resultado. Não
obstante isso, pode-se entender que a ocorrência de parte do resultado
também é considerada resultado, devendo ser aplicada a lei brasileira no
caso de resultado parcial no Brasi1 (Nesse sentido: José Frederico
Marques, Tratado, cit., p. 305.).
Resultado, para fins de aplicação da lei penal brasileira, é aquilo que
forma a figura delitiva e que lhe é elemento constitutivo, não se incluindo,
portanto, nesse conceito os efeitos secundários do crime que se
produzam em território nacional. O único efeito do delito que importa é o
resultado típico, como, por exemplo, a morte no delito de homicídio.
Desse modo, não se aplica a regra da territorialidade se a conduta e o
resultado ocorreram no exterior, porém os efeitos secundários do crime
sucederam no Brasil. Exemplo: os efeitos patrimoniais que surgem no
Brasil em decorrência da morte do sujeito, vítima de um homicídio
praticado na Argentina.
Aplicação da teoria da ubiqüidade nas várias hipóteses
Nos crimes conexos: não se aplica a teoria da ubiqüidade, devendo cada
crime ser julgado pelo país onde foi cometido, uma vez que não
constituem propriamente uma unidade jurídica. Exemplo: furto cometido
na Argentina e receptação praticada no Brasil. Aqui somente será julgada
a receptação.
No crime complexo: tomado o delito como um todo, aplica-se a regra do
art. 6º, sem cindir-se a figura típica, mesmo que o resultado juridicamente
relevante se verifique aliunde e o delito-meio no território nacional.
Na co-autoria, participação ou ajuste: o crime dá-se tanto no lugar da
instigação ou auxílio como no do resultado.
No delito permanente e no crime continuado: nas ações consideradas
juridicamente como unidade, o crime tem-se por praticado no lugar em
que se verifica um dos elementos do fato unitário.
Nos delitos habituais: o locus delicti é o de qualquer dos fatos (singulares,
análogos ou repetidos) que pertencem à figura delitiva, pois o "tipo" serve
de elo entre os diversos atos.
b) No caso de a conduta e o resultado ocorrerem dentro do território
nacional, mas em locais diferentes (delito plurilocal): aplica-se a teoria do
resultado, prevista no art. 70 do Código de Processo Penal: a
competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração
ou, no caso de tentativa, pelo local em que for praticado o último ato de
execução. Exemplo: vítima é ludibriada, mediante emprego de ardil, em
Descalvado e, após ter sido induzida em erro, acaba por entregar o
dinheiro ao golpista, na cidade vizinha de São Carlos. Esta última será
competente para julgar o estelionato, pois nela é que se produziu o
resultado "vantagem ilícita", com o qual se operou a consumação. Na
hipótese dos crimes dolosos contra a vida, tendo em vista a
impossibilidade de serem arroladas, para o plenário, as testemunhas que
residam fora do local do Júri, deve-se entender que o juízo competente
Crime
Crime Consumado
Crime Continuado
Crime Impossível
Crime Preterdoloso
ou Preterintencional
Crimes Culposos
Crimes Dolosos
Critérios
Determinativos da
Competência
Culpabilidade
Desistência
Voluntária e
Arrependimento
Eficaz
Direito Internacional
Direito Penal no
Estado Democrático
de Direito
Efeitos da
Condenação
Eficácia de Sentença
Estrangeira
Elementares
Estado de
Necessidade
Estrito Cumprimento
de Dever Legal
Exercício Regular do
Direito
Exigibilidade de
Conduta Diversa
Extraterritorialidade
Extraterritorialidade
da Lei Penal
Brasileira
Fato Típico
Fontes do Direito
Penal
Função Ético-Social
do Direito Penal
Ilícito Penal
Ilicitude
Imputabilidade
Infração Penal
Interpretação da Lei
Penal
Irretroatividade da
será o do local da ação e não o do resultado, tendo em vista a
conveniência na instrução dos fatos. Tomando-se como exemplo uma
briga de bar em Jundiaí, durante a qual são desferidos golpes de faca
contra a vítima, com nítida intenção homicida, sendo esta levada ao
Hospital das Clínicas em São Paulo, onde vem a falecer em razão das
lesões, não há como negar que todas as testemunhas presenciais se
encontram em Jundiaí (em São Paulo, só estão o médico e os enfermeiros
que atenderam o moribundo). Por força do princípio da verdade real,
supera-se a regra do art. 70 do CPP e considera-se como lugar do crime
o local da conduta, onde a prova poderá ser produzida com muito mais
facilidade e eficiência. Nesse sentido:"Conflito de Competência
homicídio - vítima alvejada a tiros numa comarca, vindo a falecer em
outra - competência do Juízo onde ocorreu a agressão. Se o interesse do
processo é a busca da verdade real, tem-se que a ação penal deve
desenvolver-se no local que facilite a melhor instrução" (STJ, 3ª Seção,
ReI. Min. Anselmo Santiago, CComp 17.112-PR, j. 13-5-1998, DJU,
17-8-1998, p. 16. No mesmo sentido: STJ, 3ª Seção, ReI. Min.
Adhemar Maciel, j. 12-7-1994, DJU, 20-3-1995, p. 6079. Em sentido
contrário, entendendo que o foro competente é sempre o do local do
resultado: STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Hamilton Carvalhido, CComp
34557-PE,j. 26-6-2002, DJU, 10-2-2003.).
c) No caso dos crimes de menor potencial ofensivo, sujeitos ao
procedimento da Lei n. 9.099/95: foi adotada a teoria da atividade. Esta
é a redação do art. 63 da lei: "A competência do Juizado será
determinada pelo lugar em que foi praticada a infração".
Regras especiais
1) Quando incerto o limite entre duas comarcas, se a infração for
praticada na divisa, a competência será firmada pela prevenção (CPP,
art. 70, § 3º).
2) No caso de crime continuado ou permanente praticado em território
de duas ou mais jurisdições, a competência será também firmada pela
prevenção (CPP, art. 71).
3) No caso de alteração do território da comarca, por força de lei, após
a instauração da ação penal, o Superior Tribunal de Justiça tem aplicado
analogicamente o art. 87 do Código de Processo Civil, que trata da
perpetuatia jurisdictianis, mantendo a competência original.
4) Súmula 521 do STF: "o foro competente para o processo e
julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão
dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a
recusa do pagamento pelo sacado".
5) No homicídio, quando a morte é produzida em local diverso daquele
em que foi realizada a conduta, a jurisprudência entende que o foro
competente é o da ação ou omissão, e não o do resultado (STJ, 5ª T.,
RHC 793, DJU, 5-11-90, p. 12435). Essa posição é majoritária na
jurisprudência e tem por fundamento a maior facilidade que as partes têm
para produzir provas no local em que ocorreu a conduta. Ela é, contudo,
contrária à letra expressa da lei, que dispõe ser competente o foro do
local do resultado (CPP, art. 70 - teoria do resultado).
6) No crime de falso testemunho praticado por precatória, a
Lei Penal
Legítima Defesa
Lei Penal no Espaço
Leis de Vigência
Temporária
Limites de Penas
Livramento
Condicional
Local do Crime
Lugar
Lugar Inacessível
Medida de Segurança
Nexo Causal
Objeto do Direito
Penal
Pena de Multa
Penas Privativas de
Liberdade
Potencial Consciência
da Ilicitude
Prescrição
Princípio da
Legalidade
Princípio da
Territorialidade
Reabilitação
Reincidência
Resultado
Sanção Penal
Suspensão
Condicional da Pena
Tempo do Crime
Tempo do Crime e
Conflito Aparente de
Normas
Tentativa
Teoria do Crime
Territorialidade
Territorialidade da
Lei Penal Brasileira
Tipicidade
Tipo Penal nos
Crimes Culposos
Tipo Penal nos
Crimes Dolosos
jurisprudência tem entendido como competente o juízo deprecado, uma
vez que foi nele que ocorreu o depoimento fraudulento (RT, 605/298, e
RITI5P, 100/539.).
7) No uso de documento falso, a competência é do lugar em que se deu
a falsificação (RT, 541/336.).
8) O Tribunal de Justiça de São Paulo entende que, no delito de aborto,
o juízo competente é o do local da conduta, e não o do lugar da morte do
feto (RITJSP, 122/565, e RT, 524/358.).
9) De acordo com o Código de Processo Penal:
a) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência será
estabelecida pelo domicílio do réu (art. 72, caput). Do mesmo modo,
firma-se a competência pelo domicílio do réu quando não se sabe a que
EstadoMembro pertence o lugar do fato (STJ, DJU, 9-11-1992, p.
20331.);
b) se o réu tiver mais de um domicílio, a competência será firmada pela
prevenção (art. 72, § 1º);
c) se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro,
será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato (CPP,
art. 72, § 2º);
d) no caso de ação penal exclusivamente privada, o querelante poderá
preferir o foro do domicílio ou residência do réu ao foro do local do
crime, ainda que este seja conhecido (CPP, art. 73);
e) domicílio é o lugar onde a pessoa se estabelece com ânimo definitivo
ou exerce suas ocupações habituais (novo CC, arts. 70 e 71);
f) no caso de a pessoa ter vários domicílios, qualquer um será
considerado como tal (novo CC, art. 71).
10) Compete ao Júri o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (CF,
art. 5º, XXXVIII, d), mas o latrocínio, por ser crime contra o patrimônio,
é da competência do juízo singular (Súmula 603 do STF), o mesmo
ocorrendo com o crime de extorsão qualificada pelo resultado morte
(STF, RE 97.556, DJU, 22-10-1982, p. 10743.). Competem ao Júri
Federal, presidido por juiz federal, os crimes de competência da Justiça
Federal e que devam ser julgados pelo tribunal popular, tais como:
homicídio praticado a bordo de embarcação privada, de procedência
estrangeira, em porto nacional, e contrabando em conexão com
homicídio (fiscal aduaneiro troca tiros com contrabandista e o mata).
11) A justiça militar é a competente para:
a) processar e julgar os integrantes das polícias militares nos delitos assim
definidos em lei, bem como as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada, nos crimes dolosos contra a vida, a competência do
júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças (CF, art. 125, § 4º, com a redação dada pela EC n. 45/2004).
Excetuados os crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, de
competência do júri popular, os demais crimes militares serão julgados
pela própria Justiça Militar, observando-se que: 1) se cometidos contra
militar (militar X militar), caberá o julgamento em primeiro grau ao
Conselho de Justiça, órgão colegiado heterogêneo composto por juízes
de carreira (togados) e juízes fardados; 2) sendo o crime militar cometido
contra vítima civil, a decisão de primeira instância competirá,
exclusivamente, aos juízes militares de carreira, singularmente, nos termos
do § 5º do art. 125, acrescido pela EC n. 45/2004, ou seja, em decisão
monocrática, afastando-se a participação do órgão colegiado e, portanto,
sem a participação de militares de carreira no julgamento;
b) processar e julgar os delitos cometidos em lugares sujeitos à
Administração militar (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção, CComp 5.524-0-
RS, ReI. Min. José Dantas, v. U., DI,18-3-1996.);
c) julgar os crimes de favorecimento pessoal, mas somente quando se
imputa ao favorecido um crime militar (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção,
CComp 1O.250-0-SP, ReI. Min. Edson Vidigal, v. u., DJ, 30-10-
1995.).
12) Não compete à justiça militar, mas à comum:
processar e julgar delito de abuso de autoridade (Cf. STJ, 3ª Seção,
CComp 9.334-0-SP, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ, 12-21996; 3ª
Seção, CComp 14.007-0-SP, ReI. Min. Cid Flaquer Scartezzini, v. u.,
DJ, 15-41996.);
o crime de lesões corporais contra civil (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção,
CComp 9.420-0-SP, ReI. Min. William Patterson, v. u., DJ, 30-10-
1995.).
13) Os crimes dolosos contra a vida praticados por militar contra civil
são de competência da justiça comum, devendo ser julgados pelo júri
(CF, art. 125, § 4º, com a redação da EC n. 45/2004 e da Lei n.
9.299/96). Compete também à justiça comum processar e julgar delito
decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de polícia militar,
salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de atividade
(Súmula 6 do STJ).
14) Compete à justiça militar processar e julgar policial de corporação
estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade
federativa (Súmula 78 do STJ).
15) Compete à justiça comum processar e julgar o crime de abuso de
autoridade praticado por policial militar, mesmo estando em serviço, uma
vez que nenhuma dasfiguras previstas na Lei n. 4.898/65 está prevista na
legislação militar (Súmula 172 do STJ).
16) Compete também à justiça comum processar e julgar civil acusado
de prática de crime contra instituições militares estaduais (Súmula 53 do
STJ). Também compete à justiça comum o julgamento de crime cometido
por guarda civil metropolitano (STJ, ReI. Min. Edson Vidigal, DJU, 4-
10-1993, p. 20495, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, p. 27.).
17) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes cometidos
contra bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas (CF, art. 109, IV).
18) Competia à justiça federal processar e julgar os crimes praticados
contra a fauna, nos termos da Súmula 91 do ST J. Ocorre que, na sessão
de 8 de novembro de 2000, a 3ª Seção do STJ deliberou pelo
cancelamento da referida súmula, que havia sido editada em 21 de
outubro de 1993, passando tais crimes para a competência, em regra, da
justiça comum, excetuando-se apenas quando o fato atingir bens e
interesses da União (CF, art. 109, IV), como, por exemplo, no caso de
pesca ilegal no mar territorial brasileiro.
19) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados
contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício
da função (Súmula 147 do STJ). Do mesmo modo, a ela compete o
julgamento de crime cometido por funcionário público federal, no
exercício de suas funções. Tratando-se de crime doloso contra a vida,
incumbirá ao juiz federal presidi-lo (STJ, ReI. Min. José Dantas, DJU,
25-10-1993, p. 22447, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p.
26.).
20) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que
indígena figura como autor ou vítima (Súmula 140 do STJ). Em se
tratando de crime de genocídio, como se colocam em disputa os direitos
indígenas como um todo, a competência passa para a justiça federal, nos
termos do art. 109, XI, da CF.
21) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime praticado
contra sociedade de economia mista (Súmula 42 do STJ).
22) Compete à justiça comum julgar crime praticado contra agência do
Banco do Brasil (STJ, 3ª Seção, CComp 1.403, DJU, 24-9-1990, p.
9965; e CComp 1.826, DJU, 22-4-1991, p. 4770.).
23) Compete à justiça comum estadual processar e julgar o crime de
falsa anotação de carteira de trabalho e Previdência Social, atribuído a
empresa privada (Súmula 62 do STJ).
24) Compete à justiça comum o julgamento de crime praticado em
detrimento da Telesp (STJ, 3ª Seção, CComp 223, DJU, 4-9-1989, p.
14038.).
25) Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar
e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque
(Súmula 48 do STJ).
26) Compete à justiça comum estadual, na vigência da Constituição de
1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades
(SúmuIa 38 do STJ - inteligência do art. 109, IV, da CF).
27) Compete à justiça federal processar e julgar crime de falsificação de
título de eleitor (RT, 553/340.). Também lhe compete a falsificação de
carteira da OAB, por afetar interesse de autarquia federal (RT,
715/538.).
28) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados
contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (STJ, CComp
1.204, DJU, 18-6-1990, p. 5679.).
29) Crime contra a organização do trabalho: depende. Se ofender a
organização do trabalho como um todo, a competência será da justiça
federal (STJ, 3ª Seção, CComp 1O.255-3-RS, ReI. Min. Edson Vidigal,
v. n., DJ, 20-2-1995.); se atingir direito individual do trabalho, a
competência será da justiça comum estadual (STJ, 3ª Seção, CComp
388, DJU, 16-1O-1989,p. 15854; CComp 1.182,RSTJ, 18/201.).
30) Emissão de cheque sem fundos contra a Caixa Econômica Federal:
competência da justiça comum (RT, 581/309.).
31) Contrabando e descaminho: competência da justiça federal (STJ, 3ª
Seção, CComp 1.078, DJU, 7-5-1990, p. 3825.). Considera-se
competente o juízo federal do local onde foram apreendidos os objetos
introduzidos ilegalmente no País, uma vez que se trata de delito
permanente (nesse sentido: Súmula 151 do STJ).
32) Crime cometido a bordo de navio: compete à justiça federal de
primeiro grau processar e julgar os crimes comuns praticados, em tese,
no interior de navio de grande cabotagem, autorizado e apto a realizar
viagens internacionais (STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Vicente Leal, DJU, 11-
12-1995, p. 43174. No mesmo sentido: RT, 729/509.).
33) Crime cometido em área de fronteira: compete à justiça comum
estadual, porque não existe ofensa a bem, serviço ou interesse da União
(STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, DJU, 5-8-1996, p. 26308,
apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 23.).
34) Compete à justiça comum estadual processar e julgar o crime de
falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular
de ensino (Súmula 104 do STJ).
35) Compete à justiça federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a
regra do art. 78, II, a, do CPP (Súmula 122 do STJ).
36) Compete à Justiça Federal o processo-crime contra bens tombados
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pouco
importando tenha ou não havido o registro imobiliário (STJ, 3ª Seção,
CComp 19.157-MG, ReI. Min. José Dantas, DJU, 3-8-1998, p. 74.)."
STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Vicente Leal, DJU, 11-12-1995, p. 43174.
STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, DJU, 5-8-1996, p. 26308,
apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 23.
STJ, 3ª Seção, CComp 19.157-MG, ReI. Min. José Dantas, DJU, 3-8-
1998, p. 74.
STJ, 3ª Seção, CComp 223, DJU, 4-9-1989, p. 14038.
STJ, CComp 1.204, DJU, 18-6-1990, p. 5679.
STJ, 3ª Seção, CComp 1O.255-3-RS, ReI. Min. Edson Vidigal, v. n.,
DJ, 20-2-1995.
STJ, 3ª Seção, CComp 388, DJU, 16-1O-1989,p. 15854; CComp
1.182,RSTJ, 18/201.
STJ, 3ª Seção, CComp 1.078, DJU, 7-5-1990, p. 3825.
STJ, ReI. Min. Edson Vidigal, DJU, 4-10-1993, p. 20495, apud
Garcindo Filho, Jurisprudência, p. 27.
STJ, ReI. Min. José Dantas, DJU, 25-10-1993, p. 22447, apud
Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 26.
STJ, 3ª Seção, CComp 1.403, DJU, 24-9-1990, p. 9965; e CComp
1.826, DJU, 22-4-1991, p. 4770.
STJ, 3ª Seção, CComp 5.524-0-RS, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ,
18-3-1996.
STJ, 3ª Seção, CComp 1O.250-0-SP, ReI. Min. Edson Vidigal, v. u.,
DJ, 30-10-1995.
STJ, 3ª Seção, CComp 9.334-0-SP, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ,
12-21996; 3ª Seção, CComp 14.007-0-SP, ReI. Min. Cid Flaquer
Scartezzini, v. u., DJ, 15-41996.
STJ, 3ª Seção, CComp 9.420-0-SP, ReI. Min. William Patterson, v.
u., DJ, 30-10-1995.
STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, CComp 17.112-PR, j. 13-
5-1998, DJU, 17-8-1998, p. 16.
STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Adhemar Maciel, j. 12-7-1994, DJU, 20-3-
1995, p. 6079
STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Hamilton Carvalhido, CComp 34557-PE,j.
26-6-2002, DJU, 10-2-2003.
Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1,
Saraiva, 10ª ed., 2006
(Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências
Jurídicas - 22 de outubro de 2009)
Jurisprudência Relacionada:
- Juízo - Competência - Passaporte Falso - Processo e Julgamento -
Súmula nº 200 - STJ
- Oficiais e Praças das Milícias dos Estados - Exercício de Função
Policial Civil - Efeitos Penais Militares - Competência do Julgamento dos
Crimes Cometidos por ou Contra Eles - Súmula nº 297 - STF
Normas Relacionadas:
Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal - CP - Código
Penal - DL-002.848-1940
Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal Militar - Código
Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Art. 88, Lugar da Infração - Competência pelo Lugar da Infração
- Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Art. 250, Prisão em Lugar Não Sujeito à Administração Militar -
Prisão em Flagrante - Providências que Recaem Sobre Pessoas -
Medidas Preventivase Assecuratórias - Código de Processo
Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Art. 339, Conservação do Local do Crime - Perícias e Exames -
Atos Probatórios - Código de Processo Penal Militar - CPPM -
DL-001.002-1969
Convenção sobre a Prevenção e Punição de Crimes Contra
Pessoas que Gozam de Proteção Internacional, inclusive Agentes
Diplomáticos - D-003.167-1999
Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional - D-004.388-
2002
Infrações Penais - Repercussão Interestadual ou Internacional -
Repressão Uniforme - L-010.446-2002
Violação de Lugar ou Objeto - Contravenções Referentes ao
Patrimônio - Lei das Contravenções Penais - DL-003.688-1941
Anterioridade da lei - Contagem de prazo - Eficácia de sentença
estrangeira - Extraterritorialidade - Frações não computáveis da pena -
Legislação especial - Lei excepcional ou temporária - Lei penal no tempo
- Pena cumprida no estrangeiro - Tempo do crime - Territorialidade
Ação Penal - Concurso de Pessoas - Crime - Crimes contra a
administração pública - Crimes Contra a Família - Crimes contra a fé
pública - Crimes Contra a Incolumidade Pública - Crimes Contra a
Organização do Trabalho - Crimes Contra a Paz Pública - Crimes
Contra a Pessoa - Crimes Contra a Propriedade Imaterial - Crimes
Contra o Patrimônio - Crimes contra o sentimento religioso e contra o
respeito aos mortos - Crimes Contra os Costumes - Extinção da
Punibilidade - Imputabilidade Penal - Medidas de Segurança - Penas
[Direito Criminal] [Direito Penal]
Álibi
 Do latim alibi, em outro lugar.
 Alegação de fato comprobatório da inocência de alguém que seja suspeito da prática de crime.
obs.dji: Lugar da Infração; Lugar do Crime
Ir para o início da página
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ir para o início da página

Outros materiais