Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
- Índice Fundamental do Direito Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades Lugar da Infração - Lugar do Crime - Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal - CP - Código Penal - DL-002.848-1940 - Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal Militar - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969 - Local do Crime Processo Penal - determinação da competência: Art. 70 e 71, CPP Lugar do Crime "Uma vez esclarecido qual o território em que vigora a lei penal brasileira, cumpre investigar quando nele se deve considerar cometida a infração. Existem três teorias a respeito do lugar do crime: 1ª) Teoria da atividade: lugar do crime é o da ação ou omissão, sendo irrelevante o local da produção do resultado. 2ª) Teoria do resultado: lugar do crime é aquele em que foi produzido o resultado, sendo irrelevante o local da conduta. 3ª) Teoria da ubiqüidade ou mista: lugar do crime é tanto o da conduta quanto o do resultado. Será, portanto, o lugar onde se deu qualquer dos momentos do iter criminis. Essa teoria é também conhecida por teoria mista. Observe-se que os simples atos preparatórios não constituem objeto de cogitação para determinar o locus delicti, pois não são típicos. Teoria adotada a) No caso de um crime ser praticado em território nacional e o resultado ser produzido no estrangeiro (crimes a distância ou de espaço máximo): aplica-se a teoria da ubiqüidade, prevista no art. 62 do Código Penal, isto é, o foro competente será tanto o do lugar da ação ou omissão quanto o do local em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Assim, o foro competente será o do lugar em que foi praticado o último ato de execução no Brasil (CPP, art. 70, § 1º) ou o local brasileiro onde se produziu o resultado. Exemplo: de São Paulo, o agente envia uma carta com Antrax para a vítima em Washington. O foro competente será tanto o de São Paulo quanto o da capital norte-americana. Observe-se que a expressão "deveria produzir-se o resultado" refere-se às hipóteses de tentativa. Aplica-se a lei brasileira ao crime tentado cuja conduta tenha sido praticada fora dos limites territoriais (ou do território por extensão), desde que o impedimento da consumação se tenha dado no País. Não importa tão-só a intenção do agente em consumar o delito em território nacional. Assim, não haverá interesse do Estado em punir o agente se a interrupção da execução e a antecipação involuntária da consumação tenham ocorrido fora do Brasil, ainda que o agente tivesse a intenção de obter o resultado em território nacional, porque, segundo Costa e Silva, onde "nenhuma fase do delito - a atividade ou o resultado (lesão ou simples periclitação) - se verifica, não tem o Estado interesse de punir. Nada importa a intenção do agente. Ele por si só não viola nem põe em Referências e/ou Doutrinas Relacionadas: Ação Penal Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas Álibi Analogia Aplicação da Lei Penal Aplicação da Pena Arrependimento Posterior Causas de Extinção da Punibilidade Circunstâncias Competência em Razão do Lugar Competência pelo Domicílio ou Residência do Réu Competência pelo Lugar da Infração Competência Internacional Comunicabilidade e Incomunicabilidade de Elementares e Circunstâncias Conatus Concepção do Direito Penal Concurso de Crimes Concurso de Pessoas Conduta Contagem do Prazo perigo a ordem jurídica do Estado" (José Frederico Marques, Tratado, cit. p. 306.). O art. 62 omitiu a possibilidade da ocorrência parcial do resultado em território nacional, porque o dispositivo legal faz referência tão-somente à "parte" da ação ou omissão, mas não à "parte" do resultado. Não obstante isso, pode-se entender que a ocorrência de parte do resultado também é considerada resultado, devendo ser aplicada a lei brasileira no caso de resultado parcial no Brasi1 (Nesse sentido: José Frederico Marques, Tratado, cit., p. 305.). Resultado, para fins de aplicação da lei penal brasileira, é aquilo que forma a figura delitiva e que lhe é elemento constitutivo, não se incluindo, portanto, nesse conceito os efeitos secundários do crime que se produzam em território nacional. O único efeito do delito que importa é o resultado típico, como, por exemplo, a morte no delito de homicídio. Desse modo, não se aplica a regra da territorialidade se a conduta e o resultado ocorreram no exterior, porém os efeitos secundários do crime sucederam no Brasil. Exemplo: os efeitos patrimoniais que surgem no Brasil em decorrência da morte do sujeito, vítima de um homicídio praticado na Argentina. Aplicação da teoria da ubiqüidade nas várias hipóteses Nos crimes conexos: não se aplica a teoria da ubiqüidade, devendo cada crime ser julgado pelo país onde foi cometido, uma vez que não constituem propriamente uma unidade jurídica. Exemplo: furto cometido na Argentina e receptação praticada no Brasil. Aqui somente será julgada a receptação. No crime complexo: tomado o delito como um todo, aplica-se a regra do art. 6º, sem cindir-se a figura típica, mesmo que o resultado juridicamente relevante se verifique aliunde e o delito-meio no território nacional. Na co-autoria, participação ou ajuste: o crime dá-se tanto no lugar da instigação ou auxílio como no do resultado. No delito permanente e no crime continuado: nas ações consideradas juridicamente como unidade, o crime tem-se por praticado no lugar em que se verifica um dos elementos do fato unitário. Nos delitos habituais: o locus delicti é o de qualquer dos fatos (singulares, análogos ou repetidos) que pertencem à figura delitiva, pois o "tipo" serve de elo entre os diversos atos. b) No caso de a conduta e o resultado ocorrerem dentro do território nacional, mas em locais diferentes (delito plurilocal): aplica-se a teoria do resultado, prevista no art. 70 do Código de Processo Penal: a competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração ou, no caso de tentativa, pelo local em que for praticado o último ato de execução. Exemplo: vítima é ludibriada, mediante emprego de ardil, em Descalvado e, após ter sido induzida em erro, acaba por entregar o dinheiro ao golpista, na cidade vizinha de São Carlos. Esta última será competente para julgar o estelionato, pois nela é que se produziu o resultado "vantagem ilícita", com o qual se operou a consumação. Na hipótese dos crimes dolosos contra a vida, tendo em vista a impossibilidade de serem arroladas, para o plenário, as testemunhas que residam fora do local do Júri, deve-se entender que o juízo competente Crime Crime Consumado Crime Continuado Crime Impossível Crime Preterdoloso ou Preterintencional Crimes Culposos Crimes Dolosos Critérios Determinativos da Competência Culpabilidade Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz Direito Internacional Direito Penal no Estado Democrático de Direito Efeitos da Condenação Eficácia de Sentença Estrangeira Elementares Estado de Necessidade Estrito Cumprimento de Dever Legal Exercício Regular do Direito Exigibilidade de Conduta Diversa Extraterritorialidade Extraterritorialidade da Lei Penal Brasileira Fato Típico Fontes do Direito Penal Função Ético-Social do Direito Penal Ilícito Penal Ilicitude Imputabilidade Infração Penal Interpretação da Lei Penal Irretroatividade da será o do local da ação e não o do resultado, tendo em vista a conveniência na instrução dos fatos. Tomando-se como exemplo uma briga de bar em Jundiaí, durante a qual são desferidos golpes de faca contra a vítima, com nítida intenção homicida, sendo esta levada ao Hospital das Clínicas em São Paulo, onde vem a falecer em razão das lesões, não há como negar que todas as testemunhas presenciais se encontram em Jundiaí (em São Paulo, só estão o médico e os enfermeiros que atenderam o moribundo). Por força do princípio da verdade real, supera-se a regra do art. 70 do CPP e considera-se como lugar do crime o local da conduta, onde a prova poderá ser produzida com muito mais facilidade e eficiência. Nesse sentido:"Conflito de Competência homicídio - vítima alvejada a tiros numa comarca, vindo a falecer em outra - competência do Juízo onde ocorreu a agressão. Se o interesse do processo é a busca da verdade real, tem-se que a ação penal deve desenvolver-se no local que facilite a melhor instrução" (STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, CComp 17.112-PR, j. 13-5-1998, DJU, 17-8-1998, p. 16. No mesmo sentido: STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Adhemar Maciel, j. 12-7-1994, DJU, 20-3-1995, p. 6079. Em sentido contrário, entendendo que o foro competente é sempre o do local do resultado: STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Hamilton Carvalhido, CComp 34557-PE,j. 26-6-2002, DJU, 10-2-2003.). c) No caso dos crimes de menor potencial ofensivo, sujeitos ao procedimento da Lei n. 9.099/95: foi adotada a teoria da atividade. Esta é a redação do art. 63 da lei: "A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração". Regras especiais 1) Quando incerto o limite entre duas comarcas, se a infração for praticada na divisa, a competência será firmada pela prevenção (CPP, art. 70, § 3º). 2) No caso de crime continuado ou permanente praticado em território de duas ou mais jurisdições, a competência será também firmada pela prevenção (CPP, art. 71). 3) No caso de alteração do território da comarca, por força de lei, após a instauração da ação penal, o Superior Tribunal de Justiça tem aplicado analogicamente o art. 87 do Código de Processo Civil, que trata da perpetuatia jurisdictianis, mantendo a competência original. 4) Súmula 521 do STF: "o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado". 5) No homicídio, quando a morte é produzida em local diverso daquele em que foi realizada a conduta, a jurisprudência entende que o foro competente é o da ação ou omissão, e não o do resultado (STJ, 5ª T., RHC 793, DJU, 5-11-90, p. 12435). Essa posição é majoritária na jurisprudência e tem por fundamento a maior facilidade que as partes têm para produzir provas no local em que ocorreu a conduta. Ela é, contudo, contrária à letra expressa da lei, que dispõe ser competente o foro do local do resultado (CPP, art. 70 - teoria do resultado). 6) No crime de falso testemunho praticado por precatória, a Lei Penal Legítima Defesa Lei Penal no Espaço Leis de Vigência Temporária Limites de Penas Livramento Condicional Local do Crime Lugar Lugar Inacessível Medida de Segurança Nexo Causal Objeto do Direito Penal Pena de Multa Penas Privativas de Liberdade Potencial Consciência da Ilicitude Prescrição Princípio da Legalidade Princípio da Territorialidade Reabilitação Reincidência Resultado Sanção Penal Suspensão Condicional da Pena Tempo do Crime Tempo do Crime e Conflito Aparente de Normas Tentativa Teoria do Crime Territorialidade Territorialidade da Lei Penal Brasileira Tipicidade Tipo Penal nos Crimes Culposos Tipo Penal nos Crimes Dolosos jurisprudência tem entendido como competente o juízo deprecado, uma vez que foi nele que ocorreu o depoimento fraudulento (RT, 605/298, e RITI5P, 100/539.). 7) No uso de documento falso, a competência é do lugar em que se deu a falsificação (RT, 541/336.). 8) O Tribunal de Justiça de São Paulo entende que, no delito de aborto, o juízo competente é o do local da conduta, e não o do lugar da morte do feto (RITJSP, 122/565, e RT, 524/358.). 9) De acordo com o Código de Processo Penal: a) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência será estabelecida pelo domicílio do réu (art. 72, caput). Do mesmo modo, firma-se a competência pelo domicílio do réu quando não se sabe a que EstadoMembro pertence o lugar do fato (STJ, DJU, 9-11-1992, p. 20331.); b) se o réu tiver mais de um domicílio, a competência será firmada pela prevenção (art. 72, § 1º); c) se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato (CPP, art. 72, § 2º); d) no caso de ação penal exclusivamente privada, o querelante poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu ao foro do local do crime, ainda que este seja conhecido (CPP, art. 73); e) domicílio é o lugar onde a pessoa se estabelece com ânimo definitivo ou exerce suas ocupações habituais (novo CC, arts. 70 e 71); f) no caso de a pessoa ter vários domicílios, qualquer um será considerado como tal (novo CC, art. 71). 10) Compete ao Júri o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (CF, art. 5º, XXXVIII, d), mas o latrocínio, por ser crime contra o patrimônio, é da competência do juízo singular (Súmula 603 do STF), o mesmo ocorrendo com o crime de extorsão qualificada pelo resultado morte (STF, RE 97.556, DJU, 22-10-1982, p. 10743.). Competem ao Júri Federal, presidido por juiz federal, os crimes de competência da Justiça Federal e que devam ser julgados pelo tribunal popular, tais como: homicídio praticado a bordo de embarcação privada, de procedência estrangeira, em porto nacional, e contrabando em conexão com homicídio (fiscal aduaneiro troca tiros com contrabandista e o mata). 11) A justiça militar é a competente para: a) processar e julgar os integrantes das polícias militares nos delitos assim definidos em lei, bem como as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada, nos crimes dolosos contra a vida, a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças (CF, art. 125, § 4º, com a redação dada pela EC n. 45/2004). Excetuados os crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, de competência do júri popular, os demais crimes militares serão julgados pela própria Justiça Militar, observando-se que: 1) se cometidos contra militar (militar X militar), caberá o julgamento em primeiro grau ao Conselho de Justiça, órgão colegiado heterogêneo composto por juízes de carreira (togados) e juízes fardados; 2) sendo o crime militar cometido contra vítima civil, a decisão de primeira instância competirá, exclusivamente, aos juízes militares de carreira, singularmente, nos termos do § 5º do art. 125, acrescido pela EC n. 45/2004, ou seja, em decisão monocrática, afastando-se a participação do órgão colegiado e, portanto, sem a participação de militares de carreira no julgamento; b) processar e julgar os delitos cometidos em lugares sujeitos à Administração militar (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção, CComp 5.524-0- RS, ReI. Min. José Dantas, v. U., DI,18-3-1996.); c) julgar os crimes de favorecimento pessoal, mas somente quando se imputa ao favorecido um crime militar (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção, CComp 1O.250-0-SP, ReI. Min. Edson Vidigal, v. u., DJ, 30-10- 1995.). 12) Não compete à justiça militar, mas à comum: processar e julgar delito de abuso de autoridade (Cf. STJ, 3ª Seção, CComp 9.334-0-SP, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ, 12-21996; 3ª Seção, CComp 14.007-0-SP, ReI. Min. Cid Flaquer Scartezzini, v. u., DJ, 15-41996.); o crime de lesões corporais contra civil (Nesse sentido: STJ, 3ª Seção, CComp 9.420-0-SP, ReI. Min. William Patterson, v. u., DJ, 30-10- 1995.). 13) Os crimes dolosos contra a vida praticados por militar contra civil são de competência da justiça comum, devendo ser julgados pelo júri (CF, art. 125, § 4º, com a redação da EC n. 45/2004 e da Lei n. 9.299/96). Compete também à justiça comum processar e julgar delito decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de polícia militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de atividade (Súmula 6 do STJ). 14) Compete à justiça militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa (Súmula 78 do STJ). 15) Compete à justiça comum processar e julgar o crime de abuso de autoridade praticado por policial militar, mesmo estando em serviço, uma vez que nenhuma dasfiguras previstas na Lei n. 4.898/65 está prevista na legislação militar (Súmula 172 do STJ). 16) Compete também à justiça comum processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais (Súmula 53 do STJ). Também compete à justiça comum o julgamento de crime cometido por guarda civil metropolitano (STJ, ReI. Min. Edson Vidigal, DJU, 4- 10-1993, p. 20495, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, p. 27.). 17) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes cometidos contra bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (CF, art. 109, IV). 18) Competia à justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra a fauna, nos termos da Súmula 91 do ST J. Ocorre que, na sessão de 8 de novembro de 2000, a 3ª Seção do STJ deliberou pelo cancelamento da referida súmula, que havia sido editada em 21 de outubro de 1993, passando tais crimes para a competência, em regra, da justiça comum, excetuando-se apenas quando o fato atingir bens e interesses da União (CF, art. 109, IV), como, por exemplo, no caso de pesca ilegal no mar territorial brasileiro. 19) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função (Súmula 147 do STJ). Do mesmo modo, a ela compete o julgamento de crime cometido por funcionário público federal, no exercício de suas funções. Tratando-se de crime doloso contra a vida, incumbirá ao juiz federal presidi-lo (STJ, ReI. Min. José Dantas, DJU, 25-10-1993, p. 22447, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 26.). 20) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que indígena figura como autor ou vítima (Súmula 140 do STJ). Em se tratando de crime de genocídio, como se colocam em disputa os direitos indígenas como um todo, a competência passa para a justiça federal, nos termos do art. 109, XI, da CF. 21) Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime praticado contra sociedade de economia mista (Súmula 42 do STJ). 22) Compete à justiça comum julgar crime praticado contra agência do Banco do Brasil (STJ, 3ª Seção, CComp 1.403, DJU, 24-9-1990, p. 9965; e CComp 1.826, DJU, 22-4-1991, p. 4770.). 23) Compete à justiça comum estadual processar e julgar o crime de falsa anotação de carteira de trabalho e Previdência Social, atribuído a empresa privada (Súmula 62 do STJ). 24) Compete à justiça comum o julgamento de crime praticado em detrimento da Telesp (STJ, 3ª Seção, CComp 223, DJU, 4-9-1989, p. 14038.). 25) Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque (Súmula 48 do STJ). 26) Compete à justiça comum estadual, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades (SúmuIa 38 do STJ - inteligência do art. 109, IV, da CF). 27) Compete à justiça federal processar e julgar crime de falsificação de título de eleitor (RT, 553/340.). Também lhe compete a falsificação de carteira da OAB, por afetar interesse de autarquia federal (RT, 715/538.). 28) Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (STJ, CComp 1.204, DJU, 18-6-1990, p. 5679.). 29) Crime contra a organização do trabalho: depende. Se ofender a organização do trabalho como um todo, a competência será da justiça federal (STJ, 3ª Seção, CComp 1O.255-3-RS, ReI. Min. Edson Vidigal, v. n., DJ, 20-2-1995.); se atingir direito individual do trabalho, a competência será da justiça comum estadual (STJ, 3ª Seção, CComp 388, DJU, 16-1O-1989,p. 15854; CComp 1.182,RSTJ, 18/201.). 30) Emissão de cheque sem fundos contra a Caixa Econômica Federal: competência da justiça comum (RT, 581/309.). 31) Contrabando e descaminho: competência da justiça federal (STJ, 3ª Seção, CComp 1.078, DJU, 7-5-1990, p. 3825.). Considera-se competente o juízo federal do local onde foram apreendidos os objetos introduzidos ilegalmente no País, uma vez que se trata de delito permanente (nesse sentido: Súmula 151 do STJ). 32) Crime cometido a bordo de navio: compete à justiça federal de primeiro grau processar e julgar os crimes comuns praticados, em tese, no interior de navio de grande cabotagem, autorizado e apto a realizar viagens internacionais (STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Vicente Leal, DJU, 11- 12-1995, p. 43174. No mesmo sentido: RT, 729/509.). 33) Crime cometido em área de fronteira: compete à justiça comum estadual, porque não existe ofensa a bem, serviço ou interesse da União (STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, DJU, 5-8-1996, p. 26308, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 23.). 34) Compete à justiça comum estadual processar e julgar o crime de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino (Súmula 104 do STJ). 35) Compete à justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do CPP (Súmula 122 do STJ). 36) Compete à Justiça Federal o processo-crime contra bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pouco importando tenha ou não havido o registro imobiliário (STJ, 3ª Seção, CComp 19.157-MG, ReI. Min. José Dantas, DJU, 3-8-1998, p. 74.)." STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Vicente Leal, DJU, 11-12-1995, p. 43174. STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, DJU, 5-8-1996, p. 26308, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 23. STJ, 3ª Seção, CComp 19.157-MG, ReI. Min. José Dantas, DJU, 3-8- 1998, p. 74. STJ, 3ª Seção, CComp 223, DJU, 4-9-1989, p. 14038. STJ, CComp 1.204, DJU, 18-6-1990, p. 5679. STJ, 3ª Seção, CComp 1O.255-3-RS, ReI. Min. Edson Vidigal, v. n., DJ, 20-2-1995. STJ, 3ª Seção, CComp 388, DJU, 16-1O-1989,p. 15854; CComp 1.182,RSTJ, 18/201. STJ, 3ª Seção, CComp 1.078, DJU, 7-5-1990, p. 3825. STJ, ReI. Min. Edson Vidigal, DJU, 4-10-1993, p. 20495, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, p. 27. STJ, ReI. Min. José Dantas, DJU, 25-10-1993, p. 22447, apud Garcindo Filho, Jurisprudência, cit., p. 26. STJ, 3ª Seção, CComp 1.403, DJU, 24-9-1990, p. 9965; e CComp 1.826, DJU, 22-4-1991, p. 4770. STJ, 3ª Seção, CComp 5.524-0-RS, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ, 18-3-1996. STJ, 3ª Seção, CComp 1O.250-0-SP, ReI. Min. Edson Vidigal, v. u., DJ, 30-10-1995. STJ, 3ª Seção, CComp 9.334-0-SP, ReI. Min. José Dantas, v. u., DJ, 12-21996; 3ª Seção, CComp 14.007-0-SP, ReI. Min. Cid Flaquer Scartezzini, v. u., DJ, 15-41996. STJ, 3ª Seção, CComp 9.420-0-SP, ReI. Min. William Patterson, v. u., DJ, 30-10-1995. STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Anselmo Santiago, CComp 17.112-PR, j. 13- 5-1998, DJU, 17-8-1998, p. 16. STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Adhemar Maciel, j. 12-7-1994, DJU, 20-3- 1995, p. 6079 STJ, 3ª Seção, ReI. Min. Hamilton Carvalhido, CComp 34557-PE,j. 26-6-2002, DJU, 10-2-2003. Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1, Saraiva, 10ª ed., 2006 (Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências Jurídicas - 22 de outubro de 2009) Jurisprudência Relacionada: - Juízo - Competência - Passaporte Falso - Processo e Julgamento - Súmula nº 200 - STJ - Oficiais e Praças das Milícias dos Estados - Exercício de Função Policial Civil - Efeitos Penais Militares - Competência do Julgamento dos Crimes Cometidos por ou Contra Eles - Súmula nº 297 - STF Normas Relacionadas: Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal - CP - Código Penal - DL-002.848-1940 Art. 6º, Lugar do Crime - Aplicação da Lei Penal Militar - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969 Art. 88, Lugar da Infração - Competência pelo Lugar da Infração - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Art. 250, Prisão em Lugar Não Sujeito à Administração Militar - Prisão em Flagrante - Providências que Recaem Sobre Pessoas - Medidas Preventivase Assecuratórias - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Art. 339, Conservação do Local do Crime - Perícias e Exames - Atos Probatórios - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 Convenção sobre a Prevenção e Punição de Crimes Contra Pessoas que Gozam de Proteção Internacional, inclusive Agentes Diplomáticos - D-003.167-1999 Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional - D-004.388- 2002 Infrações Penais - Repercussão Interestadual ou Internacional - Repressão Uniforme - L-010.446-2002 Violação de Lugar ou Objeto - Contravenções Referentes ao Patrimônio - Lei das Contravenções Penais - DL-003.688-1941 Anterioridade da lei - Contagem de prazo - Eficácia de sentença estrangeira - Extraterritorialidade - Frações não computáveis da pena - Legislação especial - Lei excepcional ou temporária - Lei penal no tempo - Pena cumprida no estrangeiro - Tempo do crime - Territorialidade Ação Penal - Concurso de Pessoas - Crime - Crimes contra a administração pública - Crimes Contra a Família - Crimes contra a fé pública - Crimes Contra a Incolumidade Pública - Crimes Contra a Organização do Trabalho - Crimes Contra a Paz Pública - Crimes Contra a Pessoa - Crimes Contra a Propriedade Imaterial - Crimes Contra o Patrimônio - Crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos - Crimes Contra os Costumes - Extinção da Punibilidade - Imputabilidade Penal - Medidas de Segurança - Penas [Direito Criminal] [Direito Penal] Álibi Do latim alibi, em outro lugar. Alegação de fato comprobatório da inocência de alguém que seja suspeito da prática de crime. obs.dji: Lugar da Infração; Lugar do Crime Ir para o início da página Ir para o início da página
Compartilhar