E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros de riscos de engenharia / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Geraldo José Ferreira da Silva Júnior. – Rio de Janeiro : ENS, 2019. 63 p. ; 28 cm Formato: E-Book. ISBN: 978-85-7052-688-5 1. Seguros de riscos de engenharia. I. Silva Júnior, Geraldo José Ferreira da. II. Título. 0018-2226 CDU 368.187 19ª EDIÇÃO RIO DE JANEIRO 2019 REALIZAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO ASSESSORIA TÉCNICA GERALDO JOSÉ FERREIRA DA SILVA JUNIOR – 2019/2017 NELSON FLORES DUARTE – 2018 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL PICTORAMA DESIGN É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola Nacional de Seguros SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diver- sas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e resseguro cada vez mais qualificado. Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros ofe- rece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiên- cias com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica. A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior. Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros. SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA SUMÁRIO INTERATIVO 1. SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA 7 DEFINIÇÃO E OBJETIVO DO SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA 8 HISTÓRICO 9 O Seguro de Riscos de Engenharia no Brasil 10 CARACTERIZAÇÃO 10 ESTRUTURA DA APÓLICE 11 Hierarquia das Cláusulas 12 FIXANDO CONCEITOS 1 13 2. OBRAS CIVIS EM CONSTRUÇÃO/INSTALAÇÃO E MONTAGEM (OCC/IM) 16 CONCEITOS BÁSICOS 17 Objeto Segurado 17 Segurado 17 Bens Seguráveis 17 Cobertura Básica de Obras Civis em Construção e Instalação e Montagem – OCC/IM 19 Riscos Cobertos – Cobertura Básica 20 Riscos Excluídos 21 Vigência do Seguro – Prazo (Plurianual) 22 Prorrogação 24 Importância Segurada ou Limite Máximo de Indenização (LMI) 24 Taxação 26 Franquias 27 Indenização 27 FIXANDO CONCEITOS 2 29 SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA 3. COBERTURAS ADICIONAIS (OCC/IM) 33 INTRODUÇÃO 34 CLÁUSULAS 35 Cobertura de Despesas Extraordinárias 35 Cobertura de Tumultos, Greves e Lockout 35 Coberturas de Manutenção – Simples, Ampla e Garantia 36 Cobertura de Desentulho do Local 38 Cobertura de Equipamentos Móveis ou Estacionários Utilizados na Obra 38 Cobertura de Obras Concluídas 39 Cobertura de Riscos do Fabricante 39 Cobertura de Danos em Consequência de Erro de Projeto 40 Cobertura de Responsabilidade Civil Geral 40 Cobertura de Responsabilidade Civil Cruzada 42 Cobertura de Propriedades Circunvizinhas 43 Cobertura de Afretamento de Aeronaves 44 Honorários de Peritos 45 Cobertura Adicional de Incêndio Após Entrega da Obra (Período de Cobertura de até 90 dias) 45 Cobertura de Obras Temporárias 45 Cobertura de Responsabilidade Civil Empregador 45 FIXANDO CONCEITOS 3 47 4. SINISTRO 50 NOÇÕES DE REGULAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE SINISTROS 51 FIXANDO CONCEITOS 4 54 ESTUDOS DE CASO 55 SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA ANEXO 57 Definições importantes 57 GABARITO 62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63 SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA 7 UNIDADE 101 SEGUROS de RISCOS de ENGENHARIA ■ Conhecer os principais aspectos, conceitos e necessidades que deram início ao Seguro de Riscos de Engenharia. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DEFINIÇÃO E OBJETIVO DO SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA HISTÓRICO CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURA DA APÓLICE FIXANDO CONCEITOS 1 TÓPICOS DESTA UNIDADE UNIDADE 1 8SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA DEFINIÇÃO E OBJETIVO DO SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA Durante a execução de uma obra civil, podem surgir despesas não previs tas no projeto, resultantes de danos imprevistos durante a construção, instalação e montagem de estruturas e/ou equipamentos, além de prejuí zos inesperados com o funcionamento normal das máquinas. Entendese por seguro de Riscos de Engenharia aquele em que o segu rado contrata, obrigatoriamente, a cobertura básica de Obras Civis em Construção e/ou Instalações e Montagens. A Cobertura Básica de Obras Civis em Construção e/ou Instalações e Mon tagens se aplica basicamente à garantia contra danos materiais, súbitos e imprevistos, decorrentes de eventos cobertos durante o prazo de execu ção e vigência da apólice. Mediante o pagamento de uma quantia considerada pequena em face da grande exposição de riscos sujeitos a significativas perdas, o segurado protege seu patrimônio, objeto do seguro, contra possíveis abalos finan ceiros no curso de suas atividades. O seguro de riscos de engenharia tem o objetivo de garantir ao segura do, indenização dos prejuízos causados por acidentes (eventos súbitos e imprevistos) durante execução de obras civis, instalação e montagem de máquinas e equipamentos. UNIDADE 1 9SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA Os bens cobertos são a obra em si e seus materiais, o objeto de monta gem/instalação e equipamento ou máquina em funcionamento. Através do histórico, você conhecerá o surgimento deste seguro. HISTÓRICO Nos primórdios da Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, o domínio do conhecimento sobre máquinas era por demais rudimentar, e consequen temente, eram precárias as condições de manutenção e operação dessas máquinas, fato que se traduzia em frequentes explosões de caldeiras a vapor, largamente utilizadas como principal força motriz nas indústrias. Foi então criada na Inglaterra, por um grupo de engenheiros, a apólice denominada Boiler Inspection and Explosion Insurance (Seguro de inspe- ção e explosão de caldeiras) que, além de inspeções periódicas nas insta lações industriais, visava à cobertura securitária, com a reposição de bens avariados em acidentes de explosão durante seu funcionamento. Em constante evolução, o seguro estendeuse a outros tipos de máquinas também suscetíveis de serem danificadas, surgindo o que hoje é deno minado Seguro de Quebra de Máquinas (primeira modalidade criada no Seguro de Engenharia). Atualmente, a SUSEP, ao estabelecer regras e critérios para operação da carteira de Riscos de Engenharia, através da Circular 540/2016, promoveu alterações pontuais, e as modalidades de Quebra de Máquinas e Equipamentos Eletrônicos deixaram de fazer parte dessa carteira, e suas contratações passaram a ser oferecidas pelo merca do como coberturas adicionais do Seguro de Riscos Patrimoniais. Naquela ocasião, os industriais começaram a perceber também que, duran te a instalação e montagem dessas máquinas, e principalmente no perío do de testes delas, ocorriam danos sem qualquer proteção securitária. Foi então criada a segunda modalidade dos Seguros de Riscos de Engenharia, conhecida como Instalações e Montagens, que garante cobertura a danos acidentais ocorridos durante as fases de instalação e montagem dos equi pamentos nas fábricas. Com o aumento da procura pelo seguro, foram sendo introduzidas melho rias nas condições das apólices, fazendo com que surgisse posteriormente a modalidade Seguro de Obras Civis em Construção. UNIDADE 1 10SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA — O Seguro de Riscos de Engenharia no Brasil O Ramo de Riscos de Engenharia foi criado no Brasil em 1970. Até então, era apenas uma modalidade da carteira de Riscos Diversos. Essa altera ção justificouse pelo volume bastante elevado de pedidos de