Buscar

DJi - Medidas de Segurança

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

- Índice Fundamental do Direito
Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades
Medidas de Segurança - Art. 96 a Art. 99, Medidas de Segurança - Código Penal - CP - DL-002.848-
1940 - Art. 3º, Medidas de Segurança - Aplicação da Lei Penal Militar - Código Penal Militar - CPM -
DL-001.001-1969 - Art. 110 a Art. 120, Medidas de Segurança - Código Penal Militar - CPM - DL-
001.001-1969 - Medidas de Segurança - Contravenções Penais - DL-003.688-1941 - Execução das
Medidas de Segurança - Execução - Código de Processo Penal - CPP - DL-003.689-1941 - Execução
das Medidas de Segurança - Execução - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969 -
Medidas Assecuratórias - Direito Penal
Penal
- cessação de periculosidade; desinternação ou liberação: Art. 97, § 3º,
CP
- cômputo do tempo de prisão provisória, de prisão administrativa e de
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico: Art. 42, CP
- direitos do internado: Art. 99, CP
- espécies: Art. 96, caput, CP
- exame de cessação de periculosidade; perícia médica; realização: Art.
97, § 2º, CP
- extinção da punibilidade; insubsistência: Art. 96, parágrafo único, CP
- fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança: Art. 351,
CP
- imposição para inimputáveis: Art. 97, caput, CP
- substituição de pena privativa de liberdade; semi-imputáveis: Art. 98,
CP
- sujeição do condenado; homologação da sentença estrangeira: Art. 9º,
II, CP
- tempo de duração: Art. 97, § 1º, CP
- tratamento ambulatorial; internação por determinação judicial: Art. 97, §
4º, CP
Processo Penal
- aplicação; em caso de absolvição no jugamento pelo júri: Art. 492, II,
c, CPP
- aplicação em sentença absolutória: Art. 386, Parágrafo único, III, CPP
- aplicação em sentença condenatória: Art. 387, IV e V, CPP
- cessação ou não da periculosidade; verificação ao fim do prazo mínimo
de duração de: Art. 175, LEP
- detentiva; conteúdo da ordem de internação: Art. 173, LEP
- detentiva; livramento do sentenciado mediante cessação da
periculosidade: Art. 179, LEP
- disciplina da execução: Arts. 171 a 179, LEP
- exame para verificação da cessação de periculosidade; quando poderá
ser ordenado: Art. 175, LEP
- execução: Arts. 171 a 179, LEP
Referências
e/ou
Doutrinas
Relacionadas:
Abandono de Cargo
Público
Abandono de
Incapaz
Abandono Intelectual
Abandono Material
Ação Penal
Agravo Criminal
Analogia
Antijuridicidade
Antijurídico
Aplicação da Pena
Aplicação Provisória
de Interdições de
Direitos e Medidas
de Segurança
Arrependimento
Posterior
Cessação da
Periculosidade
Circunstâncias
Classificação dos
Crimes
Comunicabilidade e
Incomunicabilidade
de Elementares e
Circunstâncias
Concepção do
Direito Penal
Concurso de Crimes
- trânsito em julgado da sentença de revogação; ordem judicial para
desinternação: Art. 179, LEP
 Medida de Segurança
 É a Sanção Penal de natureza marcadamente preventiva, consistente
em internação ou tratamento ambulatorial, e que tem por objetivo impedir
que o criminoso de alta periculosidade venha a delinqüir novamente. As
espécies de medidas de segurança são apontadas no Art. 96 do CP.
 Enquanto a pena tem caráter acentuadamente retributivo, a medida de
segurança tem natureza especialmente preventiva, e que se funda na
periculosidade do agente. Com o brilho costumeiro, Magalhães Noronha
robustece nossa argumentação: "Como a pena, é a medida de segurança
sanção penal. Bem sabemos que esta concepção não é pacífica, mas
ontologicamente, para nós, elas não apresentam distinção. São outras
diferenças que as caracterizam, e de natureza quantitativa antes que de
qualidade. Na pena prevalece o cunho repressivo, ao passo que na
medida de segurança predomina o fim preventivo; porém, como já se fez
sentir, a prevenção também não é estranha à pena" (Direito Penal, São
Paulo, Saraiva, 1º v., 25ª ed., 1987, p. 298). A medida de segurança tem
dois pressupostos inafastáveis: a prática de fato tipificado como crime e a
periculosidade do agente. Além disso, como a pena, a medida de
segurança somente pode ser aplicada após processo regular, mesmo
isolada. A internação em hospital psiquiátrico (CP, Art. 96, I) tem caráter
detentivo, sendo exemplo a medida de segurança detentiva imposta a
inimputável por enfermidade mental (CP, Art. 26). Quanto ao tratamento
ambulatorial (CP, Art. 96, II) tem caráter restritivo. Em caso de
internação, se a pena prevista para o delito for a detenção, o agente
poderá ser submetido a tratamento ambulatorial (CP, Art. 97). Observar:
L. 7.210, de 11.7.1984 (Lei de Execução Penal): arts. 171 a 174 e 175
a 179.
Portanto a Medida de segurança é a "sanção penal imposta pelo Estado,
na execução de uma sentença, cuja finalidade é exclusivamente
preventiva, no sentido de evitar que o autor de uma infração penal que
tenha demonstrado periculosidade volte a delinqüir.
Finalidade: é exclusivamente preventiva, visando tratar o inimputável e o
semi-imputável que demonstraram, pela prática delitiva, potencialidade
para novas ações danosas.
Sistemas
a) Vicariante: pena ou medida de segurança.
b) Duplo binário: pena e medida de segurança.
Nosso Código Penal adotou o sistema vicariante, sendo impossível a
aplicação cumulativa de pena e medida de segurança. Aos imputáveis,
pena; aos inimputáveis, medida de segurança; aos semi-imputáveis, uma
ou outra, conforme recomendação do perito.
Pressupostos
a) Prática de crime.
b) Potencialidade para novas ações danosas.
Prática do crime: não se aplica medida de segurança:
a) se não houver prova da autoria;
Concurso de Pessoas
Conduta
Contagem do Prazo
Crime Consumado
Crime Continuado
Crime Impossível
Crime Preterdoloso
Culpabilidade
Desinternação ou
Liberação
Condicional
Desistência
Voluntária e
Arrependimento
Eficaz
Detração
Detração Penal
Direito Penal
Direito Penal no
Estado Democrático
de Direito
Direitos do
Condenado ou
Internado
Efeitos da
Condenação
Eficácia de Sentença
Estrangeira
Elementares
Erro de Tipo
Espécies de Medidas
de Segurança
Estabelecimentos
Penais
Estado de
Necessidade
Estrito Cumprimento
de Dever Legal
Exame de Sanidade
Mental
Execução das
Medidas de
Segurança
Exercício Regular do
Direito
Exigibilidade de
Conduta Diversa
Extinção da
Punibilidade
b) se não houver prova do fato;
c) se estiver presente causa de exclusão da ilicitude;
d) se o crime for impossível;
e) se ocorreu a prescrição ou outra causa extintiva da punibilidade.
- em todos esses casos, não ficou demonstrada a prática de infração
penal; logo, não se impõe a medida de segurança (não é qualquer doente
mental que recebe essa sanção, mas tão-somente aqueles que realizam
fatos típicos e ilícitos).
Periculosidade: é a potencialidade para praticar ações lesivas. Revela-se
pelo fato de o agente ser portador de doença mental.
Na inimputabilidade, a periculosidade é presumida. Basta o laudo apontar
a perturbação mental para que a medida de segurança seja
obrigatoriamente imposta.
Na semi-imputabilidade, precisa ser constatada pelo juiz. Mesmo o laudo
apontando a falta de higidez mental, deverá ainda ser investigado, no caso
concreto, se é caso de pena ou de medida de segurança.
No primeiro caso, tem-se a periculosidade presumida. No segundo, a
periculosidade real.
Espécies de medida de segurança
a) Detentiva: intemação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico
(CP, art. 97).
b) Restritiva: sujeição a tratamento ambulatorial (CP, art. 97).
Medida de segurança detentiva: possui as seguintes características:
a) é obrigatória quando a pena imposta for a de reclusão;
b) será por tempo indeterrninado, perdurando enquanto não for
averiguada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade;
c) a cessação da periculosidade será averiguada após um prazo mínimo,
variável entre um e 3 anos;
d) a averiguação pode ocorrer a qualquer tempo, mesmo antes do
término do prazo mínimo, se o juiz da execução determinar (LEP, art.
176).
Desinternação: será sempre condicional, devendo ser restabelecidaa
situação anterior se o agente, antes do decurso de um ano, pratica fato
indicativo de sua periculosidade (não necessariamente crime).
Local da internação: internado será recolhido a estabelecimento dotado
de características hospitalares (art. 99 do CP). Na falta de vaga, a
internação pode dar-se em hospital comum ou particular (RJTJSP,
91/388; Damásio E. de Jesus, Comentários, cit., v. 2, p. 230.), mas
nunca em cadeia pública (JTACrimSP, 92/132; RT, 6081325; HC
138.478, da 8" Câm. do TACrimSP.); inclusive, o Supremo Tribunal
Federal já se manifestou pela possibilidade de internação em hospital
particular (HC 64.494-5-SP, 2ª T., Rel. Min.Aldir Passarinho, j. 25-11-
1986, unânime, DJU, 27-2-1987, p. 2953.). Dessa forma, constitui
constrangimento ilegal a manutenção de réu destinatário da medida de
segurança em estabelecimento inadequado por inexistência de vaga em
hospital (JTACrimSP, 90/103 e 92/132.).
Medida de segurança restritiva: tem como características:
a) se o fato é punido com detenção, o juiz pode submeter o agente a
tratamento ambulatorial;
Extraterritorialidade
da Lei Penal
Brasileira
Fato Típico
Fontes do Direito
Penal
Fuga de Pessoa
Presa ou Submetida a
Medida de Segurança
Função Ético-Social
do Direito Penal
Ilicitude
Imposição da Medida
de Segurança para
Inimputável
Imputabilidade
Inimputáveis
Internação
Internado
Interpretação da Lei
Penal
Irretroatividade da
Lei Penal
Legítima Defesa
Leis de Vigência
Temporária
Limites de Penas
Livramento
Condicional
Lugar do Crime
Medida (s)
Medidas
Assecuratórias
Medidas Cautelares
Medidas de
Segurança a
Inimputáveis
Nexo Causal
Objeto do Direito
Penal
Outras Medidas
Cautelares
Pena de Multa
Penas Privativas de
Liberdade
Penas Restritivas de
Direitos
Perícia Médica
Potencial Consciência
b) o tratamento ambulatorial será por prazo indeterminado até a
constatação da cessação da periculosidade;
c) a constatação será feita por perícia médica após o decurso do prazo
mínimo;
d) o prazo mínimo varia entre um e 3 anos;
e) a constatação pode ocorrer a qualquer momento, até antes do prazo
mínimo, se o juiz da execução determinar (LEP, art. 176).
Critério para fixar o prazo mínimo: será fixado de acordo com o grau de
perturbação mental do sujeito, bem como segundo a gravidade do delito.
Com relação a este último ponto, deve-se ressaltar que, embora a
medida de segurança não tenha finalidade retributiva, não devendo, por
isso, estar associada à repulsa do fato delituoso, a maior gravidade do
crime recomenda cautela na liberação ou desinternação do portador de
periculosidade.
Liberação: será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação
anterior se, antes do decurso de um ano, o agente praticar fato indicativo
de sua periculosidade (não necessariamente crime).
Possibilidade de aplicação de medida de segurança detentiva (internação
em hospital de custódia e tratamento) em crime apenado com detenção: a
medida de segurança de tratamento ambulatorial nos crimes apenados
com detenção é facultativa, ficando condicionada ao maior, ou menor,
potencial de periculosidade do inimputável, de modo que pode o juiz
optar pela sua intemação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico, mediante exame do caso concreto e da periculosidade
demonstrada. Dessa forma temos a seguinte regra:
a) crime apenado com reclusão: a intemação em hospital de custódia e
tratamento psiquiátrico é obrigatória (CP, art. 97), não podendo ser
aplicada a medida de segurança restritiva (tratamento ambulatorial);
b) crime apenado com detenção: o tratamento ambulatorial é facultativo
(CP, art. 97), podendo, conforme o caso, o juiz aplicar a medida de
segurança detentiva (intemação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico).
A respeito dessa questão já decidiu o Supremo Tribunal Federal: "Tanto
a intemação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico como o
acompanhamento médico-ambulatorial pressupõem, ao lado do fato
típico, a periculosidade, ou seja, que o agente possa vir a praticar outro
crime. Tratando-se de inimputável, a definição da medida cabível ocorre,
em primeiro plano, considerando o aspecto objetivo - a natureza da pena
privativa de liberdade prevista para o tipo penal. Se é o de reclusão,
impõe-se a internação. Somente na hipótese de detenção é que fica a
critério do juiz a estipulação, ou não, da medida menos gravosa - de
tratamento ambulatorial. A razão de ser da distinção está na gravidade da
figura penal na qual o inimputável esteve envolvido, a norte ar o grau de
periculosidade - Arts. 26, 96 e 97 do CP" (RT 693/427).
Conversão do tratamento ambulatorial em internação: o § 4º do art. 97
prevê que poderá o juiz, em qualquer fase do tratamento ambulatorial,
determinar a internação do agente, se essa providência for necessária
para fins curativos. O contrário não ocorre, uma vez que não previu a lei
a possibilidade de o juiz converter a medida de internação em tratamento
da Ilicitude
Prazo para Medidas
de Segurança
Prescrição
Prescrição Antes de
Transitar em Julgado
a Sentença
Pressupostos de
Aplicação da Medida
de Segurança
Princípio da
Legalidade
Processo de
Aplicação de Medida
de Segurança por
Fato não Criminoso
Quase-Crime; Semi-
Imputável
Reabilitação
Reformatio In Pejus
Reincidência
Resultado
Sanção Penal
Segurança
Substituição da Pena
por Medida de
Segurança para o
Semi-Imputável
Suspensão
Condicional da Pena
Tempo do Crime e
Conflito Aparente de
Normas
Tentativa
Teoria do Crime
Territorialidade da
Lei Penal Brasileira
Tipicidade
Tipo Penal nos
Crimes Culposos
Tipo Penal nos
Crimes Dolosos
ambulatorial.
A Lei de Tóxicos e a inaplicabilidade do art. 97 do CP: não se aplica a
regra geral prevista no art. 97 do Código Penal, segundo a qual a
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico será
obrigatória se o crime for punido com reclusão. Para os crimes previstos
na Lei de Tóxicos, aplica-se o art. 10 da referida lei - Atividades de
Atenção e de Reinserção Social de Usuários ou Dependentes de Drogas
- Atividades de Prevenção do Uso Indevido, Atenção e Reinserção
Social de Usuários e Dependentes de Drogas - Sistema Nacional de
Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad - Medidas para Prevenção do
Uso Indevido, Atenção e Reinserção Social de Usuários e Dependentes
de Drogas - Normas para Repressão à Produção não Autorizada e ao
Tráfico Ilícito de Drogas - Crimes - L-011.343-2006, e a intemação só
será determinada se imprescindível para a eficácia do tratamento.
Semi-imputável (CP, art. 98): aplica-se o sistema vicariante: ou o juiz
reduz a pena de 1/3 a 2/3, ou a substitui por medida de segurança. A
decisão que determina a substituição precisa ser fundamentada (RJTJSP,
101/435; Damásio E. de Jesus, Direito penal, cit., 23. ed., v. 1, p. 232.),
e só deve ser determinada se o juiz entendê-Ia cabível, inexistindo direito
subjetivo do agente. A diminuição de pena é obrigatória (Damásio E. de
Jesus, Código Penal, cit., p. 93; RT, 514/313. Contra: Superior Tribunal
de Justiça, RE 1.732, 6' T., DJU, 9-4-1990, p. 2752.).
Vale mencionar a decisão do Superior Tribunal de Justiça no sentido de
que "no sistema da nova Parte Geral do Código Penal é possível a
substituição da pena pela medida de segurança do art. 98 do CP em sede
de apelação, ainda quando esta seja apenas da defesa, não se aplicando
a súmula 525 do STF, elaborada quando vigente o sistema duplo-binário"
(RT, 6551366.).
Medida de segurança e "Reformatio In Pejus" (Súmula 525 do STF): o
Supremo Tribunal Federal pronunciou-se no sentido de que, "com a
reforma penal de 1984, a medida de segurança passou a ser aplicada
somente aos inimputáveis e aos semi-imputáveis, podendo substituir a
pena privativa de liberdade quando for o caso, conforme inteligência dos
arts. 97 e 98 do CP; assim, a Súm. 525 do STF, editada antes da citada
reforma, subsiste apenas para vedar a reformatio in pejus no caso
específico da medida de segurança" (RT, 749/590.). As medidas desegurança submetem-se também aos princípios da reserva legal e da
anterioridade, uma vez que acarretam gravame e restrição ao jus libertatis
do sentenciado.
Inimputabilidade do menor de 18 anos: não se aplica medida de
segurança, sujeitando-se o menor à legislação própria (Lei n. 8.069/90,
Estatuto da Criança e do Adolescente).
Competência para revogar a medida de segurança: com o advento da Lei
n. 7.210/84 (art. 176), a competência para conhecer do pedido de
revogação da medida de segurança, por cessação da periculosidade, é
do juiz da execução e não mais da segunda instância, ficando, nesse
passo, revogado o art. 777 do CPP (Nesse sentido: RJTJSP, 95/518.).
Medida de segurança e a detração: o juiz deve fixar na sentença um
prazo mínimo de duração da medida de segurança, entre um e 3 anos.
Computa-se nesse prazo mínimo, pela detração, o tempo de prisão
provisória, o de prisão administrativa e o de internação em hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento adequado (CP,
arts. 41 e 42).
Relatório psiquiátrico do estabelecimento penal: não supre o exame de
cessação da periculosidade (Nesse sentido: JTACrimSP, 83/491.).
Laudo sem fundamentação e impreciso: não tem valor, sendo necessário
que seja fundamentado e conclua expressamente se cessou ou não a
periculosidade (Nesse sentido: JTACrimSP, 79/173.).
Procedimento para execução da medida de segurança: comporta os
seguintes passos:
a) transitada em julgado a sentença, expede-se a guia de internamento ou
de tratamento ambulatorial, conforme a medida de segurança seja
detentiva ou restritiva;
b) é obrigatório dar ciência ao Ministério Público da guia referente à
internação ou ao tratamento ambulatorial;
c) o diretor do estabelecimento onde a medida de segurança é cumprida,
até um mês antes de expirar o prazo mínimo, remeterá ao juiz um
minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou a
permanência da medida;
d) o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
e) o relatório não supre o exame psiquiátrico (vide supra);
f) vista ao Ministério Público e ao defensor do sentenciado para
manifestação dentro do prazo de 3 dias para cada um;
g) o juiz determina novas diligências ou profere decisão em 5 dias;
h) da decisão proferida caberá agravo, com efeito suspensivo (LEP, art.
179).
Aplicação provisória da medida de segurança: é inadmissível. Não há
suporte legal. A Lei n. 7.209/84, que modificou o Código Penal, não
repetiu a regra do art. 80 do Código de 1940, sendo certo que tal
modificação também propiciou a revogação dos arts. 378 e 380 do
Código de Processo Penal, que tratam da aplicação provisória da medida
de segurança.
Prescrição e medida de segurança: a medida de segurança está sujeita à
prescrição, porém não há na legislação disposição específica que a
regule. Assim, há entendimento no sentido de que, não havendo
imposição de pena, o prazo prescricional será calculado com base no
mínimo abstrato cominado ao delito cometido pelo agente (Nesse
sentido: JTACrimSP, 88/313 e 89/266; RT, 623/292 e 6411330.
Doutrina: Damásio E. de Jesus, Prescrição penal, 4. ed., São Paulo,
Saraiva, 1989, p. 94.). Todavia, o TACrimSP já decidiu em sentido
contrário, entendendo que o prazo deverá ser calculado com base no
máximo da pena abstratamente cominada: "como as medidas de
segurança não se confundem com penas, o trato prescricional não pode
ter como parâmetro o quantum fixado pelo decisum para sua duração,
mas sim o máximo da pena abstratamente cominada ao ilícito pela lei, nos
termos dos arts. 97, parágrafo único, e 109 do CP" (RT, 680/355.). Em
se tratando de medida de segurança substitutiva, há posicionamento no
sentido de que deve ser levada em conta para efeitos de prescrição a
reprimenda cominada na sentença e substituída (TJSP, RT, 6411330.).
Observe-se que, operada a prescrição, que é uma das causas de
extinção da punibilidade, não mais se impõe a medida de segurança nem
subsiste a que tenha sido imposta (CP, art. 96, parágrafo único).
Conversão da pena em medida de segurança: é possível que no curso da
execução da pena privativa de liberdade sobrevenha doença mental ou
perturbação da saúde mental ao condenado. Nesses casos, a LEP
autoriza ao juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou da
autoridade administrativa, a conversão da pena privativa de liberdade em
medida de segurança (LEP, art. 183). A conversão somente poderá
ocorrer durante o prazo de cumprimento da pena, e exige perícia médica.
Na conversão, também são aplicáveis as normas gerais atinentes à
imposição de medida de segurança (CP, arts. 96 a 99) e sua execução
(LEP, arts. 171 a 179). Desse modo, realizada a conversão, a execução
deverá persistir enquanto não cessar a periculosidade do agente. Não
mais se cogita o tempo de duração da pena substituída. Contudo, há
posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a
medida de segurança convertida não pode ultrapassar o tempo de
duração do restante da pena, de modo que, se, encerrado o prazo da
pena, ainda persistir a necessidade de tratamento, deverá o condenado
ser encaminhado ao juízo cível nos termos do art. 682, § 2º, do CPP
(Nesse sentido, STJ, 5ª T., Rel. Min. Félix Fischer, HC 12957-SP, j. 8-
8-2000, DJU, 4 set. 2000, p. 175; STJ, 5ª T., Rel. Min. Edson Vidiga1,
HC 7.220-SP, j. 12-5-1998, DJU, 8jun. 1998, p. 148, e Lex-STJ
110/285; STJ, 5ª T., Rel. Min. José Dantas, RHC 2.445SP, j. 10-2-
1993, DJU, 31 maio 1993, p. 10678, e RSTJ, 50/400.). O entendimento
tem se orientado no sentido de que a medida de segurança imposta em
substituição à pena privativa de liberdade não pode ter duração
indeterminada, mas, no máximo, o tempo total imposto na sentença
condenatória. Portanto, para o STJ deve ser aplicado por analogia o art.
682, § 2º, do CPP, que rege a hipótese prevista no art. 41 do CP (mera
transferência do condenado), à hipótese prevista no art. 183 da LEP
(conversão em medida de segurança)."
STJ, 5ª T., Rel. Min. Félix Fischer, HC 12957-SP, j. 8-8-2000, DJU,
4 set. 2000, p. 175; STJ, 5ª T., Rel. Min. Edson Vidiga1, HC 7.220-
SP, j. 12-5-1998, DJU, 8jun. 1998, p. 148, e Lex-STJ 110/285; STJ,
5ª T., ReI. Min. José Dantas, RHC 2.445SP, j. 10-2-1993, DJU, 31
maio 1993, p. 10678, e RSTJ, 50/400.
Jesus, Damásio E. de, Prescrição penal, 4. ed., São Paulo, Saraiva,
1989.
TJSP, RT, 6411330; JTACrimSP, 88/313 e 89/266; RT, 623/292 e
6411330.
Jesus, Damásio E. de, Direito penal, 25. ed. São Paulo, Saraiva, v. 1.
Jesus, Damásio E. de, Código Penal anotado. São Paulo, Saraiva.
Jesus, Damásio E. de, Comentários ao Código Penal, 2. ed. São
Paulo, Saraiva 1986.
RJTJSP, 95/518.; JTACrimSP, 83/491; JTACrimSP, 79/173; RT,
514/313; RT, 749/590; RT, 6551366; RJTJSP, 101/435; HC 64.494-
5-SP, 2ª T., Rel. Min.Aldir Passarinho, j. 25-11-1986, unânime, DJU,
27-2-1987, p. 2953.
STJ, RE 1.732, 6' T., DJU, 9-4-1990, p. 2752.
JTACrimSP, 90/103 e 92/132.; JTACrimSP, 92/132; RT, 6081325;
HC 138.478, da 8" Câm. do TACrimSP.
Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1,
Saraiva, 10ª ed., 2006
(Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências
Jurídicas - 19 de dezembro de 2009)
Jurisprudência Relacionada:
- Absolvição Criminal - Prejudicial - Medida de Segurança - Cabimento
- Privação da Liberdade - Súmula nº 422 - STF
- As medidas de segurança para os penalmente inimputáveis são
relativamente indeterminadas, perdurando a sua execução enquanto
permanecer a periculosidade do agente (HC - TJSP, RJTJSP 95-506).
- Ante a edição da Lei nº 7.209-84, agora em vigor, o prazo mínimo de
duração de internação é de três anos, e não mais de seis anos, e essa
internação deverá se proceder em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado (TJSP,
RJTJSP 94-401).
- Exigência da Lei - Requerimento do Exame da Cessação da
Periculosidade - Prazo da Medida de Segurança Imposta - Súmula nº
520 - STF
- Medida de Segurança - Aplicaçãoem Segunda Instância - Súmula nº
525 - STF
Normas Relacionadas:
Aplicação Provisória de Medidas de Segurança - Medidas
Preventivas e Assecuratórias - Código de Processo Penal Militar -
CPPM - DL-001.002-1969
Art. 3º, Medidas de Segurança - Aplicação da Lei Penal Militar -
Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Art. 126 e §§, Prescrição da Execução da Pena ou da Medida de
Segurança que a Substitui - Extinção da Punibilidade - Código
Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Art. 111, Pessoas Sujeitas às Medidas de Segurança - Medidas
de Segurança - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Art. 160, Inimputabilidade. Nomeação de Curador. Medida de
Segurança e Art. 160, Parágrafo único, Inimputabilidade Relativa.
Prosseguimento do Inquérito ou de Processo. Medida de
Segurança - Incidente de Insanidade Mental do Acusado -
Incidentes - Código de Processo Penal Militar - CPPM - DL-
001.002-1969
Art. 600, Internação por Doença Mental e Art. 603, Parágrafo
único, Medida de Segurança - Execução das Penas em Espécie -
Execução da Sentença - Execução - Código de Processo Penal
Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Art. 622, Medida de Segurança Detentiva. Exame para
Comprovar a Cessação da Periculosidade - Livramento
Condicional - Incidentes da Execução - Execução - Código de
Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Art. 659, Aplicação das Medidas de Segurança Durante a
Execução da Pena, Art. 660, Imposição da Medida ao Agente
Isento de Pena, ou Perigoso, Art. 670, Transgressão das Medidas
de Segurança e Art. 671, "c", Conveniência ou Revogação da
Medida - Cessação da Periculosidade. Verificação - Execução
das Medidas de Segurança - Execução - Código de Processo
Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Código Penal - L-007.209-1984 - Alteração
Estatuto do Idoso - L-010.741-2003
Execução das Medidas de Segurança - Execução - Código de
Processo Penal - CPP - DL-003.689-1941
Execução das Medidas de Segurança - Execução - Código de
Processo Penal Militar - CPPM - DL-001.002-1969
Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico -
Contravenções referentes à pessoa - Contravenções penais - DL-
003.688-1941
Medidas de Segurança - Código Penal Militar - CPM - DL-
001.001-1969
Medidas de Segurança - Contravenções Penais - DL-003.688-
1941
Ação Penal - Aplicação da Lei Penal - Concurso de Pessoas - Crime -
Crimes contra a administração pública - Crimes contra a existência, a
segurança e a integridade do Estado - Crimes Contra a Família - Crimes
contra a fé pública - Crimes Contra a Incolumidade Pública - Crimes
Contra a Organização do Trabalho - Crimes Contra a Paz Pública -
Crimes Contra a Pessoa - Crimes Contra a Propriedade Imaterial -
Crimes Contra o Patrimônio - Crimes contra o sentimento religioso e
contra o respeito aos mortos - Crimes Contra os Costumes - Extinção da
Punibilidade - Imputabilidade Penal - Penas
[Direito Criminal] [Direito Penal]
 
1 - Pressupostos de aplicação da medida de segurança
1º - Fato típico e Antijurídico (descrito como crime);
2º - Periculosidade do Agente;
3º - Personalidade do Agente.
2 - Conceito de periculosidade:
 É a potência, a capacidade, a aptidão ou a idoneidade que um homem tem para converter-se em causa de
ações danosas.
3 - Fatores e indícios de periculosidade:
 Os fatores são os elementos que, atuando sobre o indivíduo, o transformam nesse ser com probabilidade
de delinqüir.
 Os indícios são os sintomas de periculosidade, que são os antecedentes criminais, civis ou administrativos,
motivos, circunstâncias, objeto, meios, lugar, conseqüências, etc. do fato delituoso.
obs.dji: Aplicação; Medida de segurança; Periculosidade; Presunção de periculosidade - Contravenções
penais - DL-003.688-1941
4 - Espécies de medidas de segurança:
5 - Imposição da medida de segurança para inimputável
6 - Sistemas Vicariante (pena ou medida de segurança):
7 - Extinção da punibilidade:
obs.dji: Absolvição Criminal - Prejudicial - Medida de Segurança - Cabimento - Privação da Liberdade -
Súmula nº 422 - STF; Medida de segurança; Processo de aplicação de medida de segurança por fato não
criminoso
Ir para o início da página
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ir para o início da página

Outros materiais