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Comportamento_do_Indivíduo_-_A

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – UNIGRANRIO
Disciplina: Comportamento Organizacional
Professora: Gisela Camargo
Semestre: 2012.2
Conceitos sobre o Comportamento do Indivíduo
Comportamento
“O conjunto das reações que se podem observar num indivíduo, estando este em seu ambiente, e em dadas circunstâncias” (Dicionário Aurélio). 
“Toda atividade física de um organismo vivo, que pode ser constatada em princípio por outros observadores”. (ROBBINS, 2009). 
Crenças
Ato ou efeito de crer. Aquilo em que se crê. 
Convicção íntima. Fé religiosa. Opinião adotada com fé e convicção.
Crer em algo é acreditar em alguma coisa; é ter convicção íntima sobre algo.
É qualquer proposição simples, consciente ou inconsciente, inferida do que uma pessoa diz ou faz, capaz de ser precedida pela frase: “Eu creio que...”.
Temos crenças, por exemplo, sobre: 
pessoas; 
a natureza humana; 
o sentido da vida; 
o que é o mundo dos negócios; 
como são os professores etc. 
Algumas vezes os fatos confirmam as crenças e as pessoas gostam que isso aconteça, sentem-se certas e ajustadas no mundo. 
Outras vezes os fatos não dão apoio às crenças e somos surpreendidos, podendo causar reações tanto agradáveis quanto desagradáveis. 
Se a falta de confirmação for forte a pessoa pode entrar na defensiva, resistir, se revoltar. 
Valores
São as normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe ou sociedade. 
Os valores contêm um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indivíduo acredita ser correto, bom ou desejável. 
Os valores representam convicções básicas de que “um modo específico de conduta ou de condição de existência é, individualmente ou socialmente, preferível a um modo contrário ou oposto de conduta ou de existência”.
São padrões ou medidas para guiar as ações, atitudes, comparações, avaliações e justificativas do EU e do OUTRO. 
Os valores formam o alicerce do caráter da pessoa.
Uma parcela significativa dos nossos valores é adquirida através dos nossos pais, professores e círculo de amizade, isto é, normalmente os valores são aprendidos socialmente, mas podem também, ser criados pelo próprio sujeito.
A experiência de vida é capaz de fazer com que os valores mudem ou mesmo se aperfeiçoem. Frequentemente o que acontece é que acabamos reforçando os valores que já temos. 
Os valores são muito estáveis.
Depois de adultos tendemos a manter e defender algum núcleo básico que está dentro de nós, e que nos diz o que é realmente importante na vida e básico para a nossa individualidade.
Os valores possuem uma hierarquia de importância. Quando as pessoas vivenciam um conflito de valores, essa hierarquia muitas vezes ajuda na tomada de decisão.
Acatar os próprios valores aumenta a auto-estima, enquanto desviar-se, provoca culpa e conflitos.
Os valores são importantes no estudo do Comportamento Organizacional porque estabelecem a base para a compreensão das atitudes, da motivação e do nosso comprometimento com a empresa, além de influenciar na nossa percepção.
Valores de Rokeach
O estudioso Milton Rokeach criou uma escala formada por dois conjuntos de valores, contendo cada um 18 itens (colunas abaixo). Os valores terminais “se referem às metas que uma pessoa gostaria de atingir na vida”; os valores instrumentais “são meios para se cumprir as metas dos valores terminais” (ROBBINS, 2009, p.18).
Estes valores variam de acordo com o grupo que a pessoa pertence.
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Valores Terminais 
Vida confortável, emocionante 
Sentido de realização 
Mundo em paz, de beleza 
Igualdade, Sabedoria 
Segurança familiar 
Liberdade, Felicidade 
Harmonia interior 
Amor maduro 
Segurança nacional 
Prazer 
Salvação 
Respeito por si próprio 
Reconhecimento Social 
Amizade verdadeira 
Valores Instrumentais 
Ambição, Capacidade	
Mente aberta, Animação 
Limpeza 
Perdão 
Honestidade 
Afetividade, Ser prestativo 
Autocontrole 
Intelectualidade 
Responsabilidade 
Imaginação 
Independência, Coragem 
Lógica 
Obediência 
Polidez 
�
Os Valores em Diferentes Culturas
Vale lembrar que uma empresa não está limitada ao seu espaço geográfico, mas está em contato com o mundo por meio da globalização. Dessa forma, é importante conhecermos as culturas de diferentes países e lugares para entender o comportamento dos empregados.
O Modelo Geert Hofstede (estudo realizado com mais de 100 mil profissionais da empresa IBM, em 40 países):
Distância do poder – entendimento de uma população com relação ao poder.
Individualismo versus coletivismo – as pessoas preferem agir sozinhas ou no coletivo.
Quantidade de vida versus Qualidade de vida – as pessoas preferem dinheiro, bens (quantidade) ou valorizam mais o bem-estar (qualidade).
Fuga de incertezas – preferem-se modelos estruturados ou desestruturados.
Orientação para o longo prazo versus orientação para o curto prazo – as pessoas costumam pensar no futuro (longo prazo) ou ainda se colocam presas ao passado e do presente (curto prazo).
“Em termos amplos, valores são o que prezamos, estimamos ou consideramos muito importante.” 
(James C. Hunter – Como se tornar um líder servidor). 
Atitudes
As atitudes são afirmações avaliadoras – favoráveis ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas ou eventos. 
Refletem como um indivíduo se sente em relação a alguma coisa.
É uma predisposição para responder a determinado objeto/situação, no geral, de forma favorável ou desfavorável. 
São menos estáveis que os valores, podendo mudar mais facilmente.
São organizações relativamente duradouras, de crenças inter-relacionadas que descrevem, avaliam e defendem a ação com relação a um objeto, pessoa ou situação.
As “atitudes” não são o mesmo que “valores”, mas ambos estão inter-relacionados. Você pode perceber isso observando os 3 (três) componentes de uma atitude:
Componente Cognitivo: 
A convicção de que “discriminar é errado” é uma afirmação avaliadora. Essa opinião é o componente cognitivo, pressupõe um conhecimento acerca do objeto a que se está referindo. 
Componente Afetivo: 
É o segmento da atitude que se refere ao sentimento e as emoções e se traduz na afirmação: “não gosto do João por que ele discrimina as minorias”. 
Componente Comportamental: 
Refere-se a intenção de comportar-se de uma maneira com alguém ou alguma coisa. Estabelece um estado de predisposição à ação. Ex: “vou evitar a presença do João, por causa dos meus sentimentos em relação a ele”. 
Atitudes Relacionadas ao Trabalho
Satisfação com o trabalho: 
	Atitude geral de uma pessoa em relação ao trabalho que realiza. Uma pessoa que tem um alto nível de satisfação com o trabalho apresenta atitudes positivas em relação a ele, enquanto aquela insatisfeita apresenta atitudes negativas. 
Envolvimento com o trabalho: 
	É uma adição mais recente a literatura do CO. Entende-se como seria o grau em que uma pessoa se identifica psicologicamente com seu trabalho, e considera o seu desempenho nele algo valioso para si. Significa então, uma maior identificação com as tarefas realizadas do que com a organização. 
Comprometimento Organizacional: 
	É definido como a situação em que o trabalhador se identifica com a empresa e seus objetivos, desejando-se manter parte da organização. 
Observações sobre as Atitudes e o Trabalho:
Para a organização, tanto o envolvimento com o trabalho quanto o comprometimento organizacional demonstram pouca rotatividade e absenteísmo dos colaboradores.
O comprometimento organizacional define um menor índice de rotatividade, por apresentar uma resposta mais duradoura à organização, mais do que o envolvimento com o trabalho, que demonstra o grau de satisfação do indivíduo com a atividade que realiza, onde qualquer outra empresa poderá satisfazê-lo. 
Mudanças no cenário das relações de trabalho apontam um enfraquecimento do comprometimento organizacional. 
Dimensões do Comprometimento:
Afetivo: sentimento de pertencer, sentir-se bem na empresa, de ver os problemas da organização como seus, ter forte ligação emocional. 
Continuação: refleteo grau que o indivíduo se sente prisioneiro pelos altos custos ligados a abandonar a empresa. Pode ser também decorrente do sentimento de que já investiu muito de si, e que se deixasse a organização não conseguiria nada melhor fora. 
Normativo: sentimento de dever algo, obrigação em retribuir o que a organização fez ou faz, bem como a idéia de que um empregado deve ser leal a sua empresa e não ficar mudando de uma para outra.
Dissonância Cognitiva
As pessoas tendem a valorizar a coerência, tanto a própria, como a do outros. Quando percepções, informações ou idéias entram em conflito, muitas pessoas sentem-se desconfortáveis. 
Cognição é a percepção de um indivíduo sobre suas atitudes, crenças e comportamentos.
A dissonância cognitiva é uma inconsistência. Ela se refere a qualquer incompatibilidade que um indivíduo percebe entre suas cognições (crenças, valores, atitudes e comportamentos), causa tensão e desconforto.
Se surgir alguma incoerência entre os elementos cognitivos, as pessoas serão motivadas a restaurar a harmonia entre esses elementos de maneira que pareçam racionais e coerentes. Tentarão reduzir a dissonância e, assim, o desconforto. 
Os seres humanos valem-se de diversas estratégias para remover a tensão. Às vezes, partem em busca de novas informações, às vezes, modificam suas atitudes, às vezes simplesmente observam a sensação desagradável e tentam reduzi-la. 
Festinger descreveu 3 (três) situações que levam à dissonância cognitiva e motivam a mudança:
As cognições pessoais são incoerentes com os padrões sociais - Ex: Infidelidade com a esposa.
Pessoas esperam determinado evento e ocorre outro - Ex: Traição do amigo.
O comportamento que contradiz as atitudes - Ex: Fumar cigarro.
As pessoas podem procurar reduzir a dissonância de algumas maneiras:
Modificação da atitude - “Não há nada errado em poluir o rio”;
Modificação do comportamento - Parar de poluir o rio;
Racionalização (invenção de razões plausíveis e aceitáveis para ocultar explicações reais de si próprio): “Preciso do emprego para sustentar meus filhos e para isso preciso colocar os interesses da organização acima dos interesses da sociedade”; 
Busca de outros elementos consonantes (para contrabalancear os dissonantes): “Os benefícios para a sociedade, como empregos e produtos, superam o custo causado pela poluição do rio”.
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Caráter
“O conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral.” 
(Dicionário Aurélio)
Caráter trata de nossa maturidade moral, que é a disposição de fazer a coisa certa. 
O senso moral (o que consideramos como certo ou errado) compete com outros desejos e tentações que são igualmente “naturais” para os seres humanos. 
Infelizmente, nossa percepção de moralidade é forjada pelo resultado do conflito entre o que sabemos ser certo e a maneira como decidimos nos comportar. Isto é, nem sempre agimos como deveria e, de acordo com o comportamento que adotamos, podemos gerar uma idéia distorcida do que é realmente certo.
“Nosso caráter é determinado por nossas opções.”
(James C. Hunter – Como se tornar um líder servidor). 
Percepção
“Processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais visando a dar significado ao seu ambiente” (ROBBINS, 2009).
SENSAÇÃO: É a operação que possibilita levar ao cérebro informações relativas aos fenômenos do mundo exterior, ou 
ao estado do organismo / Impressão causada numa formação receptora por um estímulo, e que, por via aferente, conduzida ao sistema nervoso central. 
Enquanto a sensação depende, em essência, do estímulo e da capacidade do indivíduo de registrá-lo, a percepção depende de acontecimentos anteriores que envolvem o mesmo estímulo e que afetarão a interpretação da sensação pelo cérebro. 
Percepção e Atenção Seletiva
A percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente quanto da pessoa que percebe.
O ato de perceber requer seletividade.
Necessidades, interesses e valores são também importantes influências sobre a atenção.
Teoria da Atribuição
Enquanto observamos os outros, tentamos entender as razões da conduta humana.
Recorremos a muitas simplificações e regras práticas para fazer inferências causais; portanto, nossas atribuições em geral são incompletas e frequentemente erradas.
Poucos assumem uma postura objetiva e consideram alternativas que contrariem as próprias crenças e percepções do momento.
Ao longo da vida, as pessoas adquirem redes de conhecimento (expectativas, esquemas ou estereótipos) que influenciam atribuições, assim como as próprias percepções, memórias e pensamentos.
As pesquisas sugerem que as primeiras impressões podem exercer influências poderosas nas expectativas e atribuições.
As expectativas dos outros também têm um impacto poderoso nas atribuições sociais.
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Segundo a Teoria da Atribuição, julgamos de maneiras diferentes as pessoas, conforme o sentido, o motivo que atribuímos a um dado comportamento.
Os comportamentos podem ter como motivos:
Internos (controle do indivíduo)
Externos (estímulo de fora)
Erro fundamental de atribuição 
Quando julgamos o comportamento das outras pessoas, tendemos a subestimar a influência dos fatores externos e superestimar a influência dos fatores internos ou pessoais.
Em nossa cultura, os observadores costumam dirigir a atenção para as qualidades pessoais do agente da ação – não à situação ou a outras pessoas -, como se essas qualidades fossem a principal causa das ações. Ex: se alguém não lhe cumprimenta achamos que é esnobismo, desinteresse e não que a pessoa está preocupada ou distraída.
Viés de autoconveniência 
É a tendência de os indivíduos atribuírem o próprio sucesso a fatores internos – como capacidade e esforço – e culparem os fatores externos – como falta de sorte – pelo fracasso.
A atribuição de causas internas ou externas ao comportamento de um indivíduo depende de 3 (três) fatores:
Consenso – ocorre quando todas as pessoas que enfrentam determinada situação respondem de maneira semelhante.
Coerência – é quando a pessoa reage da mesma maneira com freqüência.
Diferenciação – refere-se à manifestação de comportamentos diferentes em situações diferentes.
Distorções da Percepção
Percepção Seletiva: as pessoas interpretam seletivamente o que vêem a partir de seus interesses, antecedentes, experiências e atitudes.
Efeito de Halo: obtém-se a impressão geral de um indivíduo a partir de uma só característica.
Similaridade Assumida (projeção) ou “Efeito Igual a mim”: percepção dos outros de acordo com as características do observador.
Estereótipo: quando julgamos alguém com base na percepção que temos a respeito do grupo do qual essa pessoa faz parte.
Efeito de contraste: avaliação das características de uma pessoa afetadas pela comparação com outra pessoa. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DAVIDOFF, Linda. Introdução à psicologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2001.
HUNTER, James C. Como se tornar um líder servidor: os princípios de liderança de o Monge e o Executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
ROBBINS, Stephen. P. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
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