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Aula 7: Linguagem
Introdução
Nesta aula iremos estudar um pouco sobre a linguagem humana, relacionando a comunicação, conhecendo as áreas encefálicas diretamente relacionadas com nossa linguagem e o que ocorre quando algo não vai bem com essas vias: as afasias.
Comunicação e linguagem
Hoje sabemos que o uso da linguagem é uma característica unicamente humana, que engloba a fala, a compreensão e a nomeação, permitindo expressar o nosso pensamento, por meio, por exemplo, da comunicação falada. Essa exclusividade humana se dá devido à complexidade e sofisticação do nosso sistema nervoso, que distingue nossa espécie das demais. Muito mais do que emitir apenas sons, como fazem centenas de espécies para se comunicar, a nossa linguagem compreende um sistema de sons, gestos e símbolos que permitem nossa intercomunicação, com uso criativo de palavras de acordo com regras gramaticais sofisticadas que independem de situações estereotipadas.
Você pode estar pensando: Os macacos usam sons, gestos e símbolos, então devem ter uma linguagem como a nossa? A resposta é não, pois, esse conjunto de ações sempre ocorre em situações-chave: avisar o grupo da presença de adversários, demarcar território, defender a posição de macho alfa (dominante no grupo) etc. Eles aparentemente não se comunicam uns com os outros sem um motivo claro e necessário ao bem-estar do grupo ou de um membro. Pelo menos é o que mostram os estudos atuais. Pode ser que no futuro se comprovem outras ideias.
Outra questão relevante a cerca de nossa linguagem é o fato de que uma criança que não conviva com pessoas que falam, apresente sérias dificuldades para utilizar a linguagem falada.
Escutar e interagir com pessoas que falam dos 12 meses até os seis anos de idade é determinante para o desenvolvimento pleno da fala.
Áreas encefálicas relacionadas à linguagem
Os estudos que tentam explicar a linguagem humana são antigos, alguns trabalhos datam do século XVI. Porém, um real e recente entendimento, demonstra que praticamente todas as pesquisas que esclareceram a importância do encéfalo para a linguagem ocorreram a partir do século XX.
Observe e compreenda estas duas áreas encefálicas:
Área de Broca
Pesquisando em diversos pacientes com dificuldade para utilizar a linguagem falada, Paul Broca propõe em 1861 que lesões nos lobos frontais do cérebro eram importantes para a explicação destas limitações na comunicação. Na época o assunto foi polêmico, pois, de certa forma, propunha a existência de uma área da linguagem específica no cérebro. Em 1863 ele complementa suas colocações indicando o hemisfério esquerdo do lobo frontal com a área mais crítica nestes casos.
Área de Wernickie
Karl Wernickie, em 1874, descreve outras áreas no hemisfério esquerdo que também estavam envolvidas com a linguagem falada. Estas áreas ficam no lobo temporal (entre o córtex auditivo e o giro angular).
Estudando as afasias, ou seja, a perda parcial ou completa das habilidades da linguagem a partir de lesões no encéfalo, fica mais fácil de compreender a importância das áreas de Broca e Wernickie para a linguagem. Cabe ressaltar que em muitas afasias não há perda de qualquer faculdade cognitiva ou habilidade para mover os músculos faciais envolvidos com a fala.
Comunicação e linguagem – Afasias
Afasia de Broca
O portador apresenta grande dificuldade em falar, mesmo que tenha capacidade de entender o que escuta ou lê. Ou seja, a inteligência geralmente está preservada, mas a habilidade de se expressar pela linguagem falada não. 
Curiosamente há uma preferência por substantivos, verbos (não conjugados) e adjetivos e uma indiferença aos artigos e pronomes. Podemos resumir que nessa afasia a linguagem geralmente é entendida, mas não é produzida pelo portador.
Lesões na área de Broca interferem diretamente na produção da fala, pois os sinais corretos não podem ser enviados para o córtex motor. A compreensão permanece normal, pois a área de Wernickie está intacta.
Afasia de Wernickie
Diferindo significativamente da afasia de Broca, na afasia de Wernickie a fala é fluente, no entanto a compreensão é precária. Neste caso, como a região é responsável por transformar sons em palavras, o entendimento do que é dito fica significativamente prejudicado. 
Como a área de Broca está intacta o indivíduo fala, no entanto, a produção verbal não passa de uma locução de frases sem sentido.
Afasia de condução
Ocorre por lesão nas fibras do fascículo arqueado, que comunica a área de Broca com a área de Wernickie. Atente que nesta afasia de condução as áreas estão preservadas, apenas as fibras que as comunicam estão lesionadas. 
O portador desta afasia compreende bem e fala bem, no entanto, apresenta dificuldades de repetição de palavras.
Afasia em bilíngues
Pessoas que dominam dois idiomas ao serem acometidas, por exemplo, por um AVC (acidente vascular cerebral) podem desenvolver uma afasia curiosa, geralmente elas tendem a apresentar dificuldades com o idioma aprendido secundariamente, enquanto a língua-mãe pode ficar apenas parcialmente prejudicada, de acordo com a gravidade da lesão. Uma pessoa que aprendeu dois idiomas ao mesmo tempo (por exemplo, o paterno e o materno, que eram diferentes) tende a apresentar dificuldades em ambos em casos de AVC.
 Essa particularidade é interessante e se dá pela utilização de células nervosas diferentes, quando aprendemos línguas em tempos distintos.
Comunicação e linguagem – Surdez
Estudos em indivíduos surdos, usuários da linguagem de sinais, revelam dados interessantes: 
Lesões do hemisfério esquerdo podem promover sintomas semelhantes às afasias de Broca: o indivíduo compreende bem a linguagem de sinais, mas não consegue se expressar utilizando-a. Atentar que o problema não é motor, a habilidade motora das mãos está preservada, o que está complicado é a construção da linguagem.
Afasias semelhantes às de Wernickie também são observadas, o indivíduo não compreende bem a linguagem de sinais e, apesar de realizar os diversos movimentos que correspondem a determinados sinais, não constrói sentenças adequadamente e não consegue se comunicar.
1. Leia com atenção os trechos abaixo retirados de entrevista do psicólogo Howard Gardner (1974) com um de seus pacientes:
Perguntei ao Sr. Ford sobre seu trabalho antes de ele vir ao hospital.
“Eu sou um si... não... homem... uh, bem... de novo.”
Perguntei se ele era da guarda costeira.
“Não, er, sim... navio... Massachu... chusetts... Guarda Costeira... anos.”
Considerando seus estudos sobre afasias, podemos afirmar que o caso acima representa uma afasia de:
Parte superior do formulário
1) Wernickie 
2) Condução 
3) Broca 
4) Anomia 
5) Sensorial 
2. Leia com atenção o trecho abaixo retirado de outra entrevista do psicólogo Howard Gardner (1974) com um de seus pacientes:
Perguntei o que trouxe o paciente para o hospital.
“Menino, tô suando, tô nervoso, você sabe, de vez em quando eu sou pego, não posso mencionar o tarripoi... um mês atrás, bem pouco, me dei bem, eu me impus bem, enquanto, por outro lado, você sabe o que eu quero dizer, tenho de correr por aí, dar uma olhada, explorando e todo esse tipo de coisa.”
Parte superior do formulário
1) Wernickie 
2) Condução 
3) Broca 
4) Anomia 
5) Sensorial 
3.
Os erros parafásicos são comuns em diversas afasias estudadas na aula. Assinale abaixo aquela afasia onde NÃO observamos essa característica:
Parte superior do formulário
1) Wernickie 
2) Condução 
3) Broca 
4) Anomia 
5) Sensorial 
Parte inferior do formulário
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