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Parvovirus - trabalho av2

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Parvovirus
 
                O parvovírus humano B19 foi descoberto em Londres, na década de 70, por Yvonne Cassart, durante uma avaliação de métodos laboratoriais para a pesquisa, entre doadores de sangue, do antígeno de superfície da hepatite B (AgHBs).
                Em 1980 o parvovírus B19 foi identificado no sangue de dois soldados com quadro febril e, logo após, associado a diversos quadros clínicos como crise aplástica transitória, eritema infeccioso, artrite aguda, anemia crônica e hidropisia fetal.
                E mais recentemente outros relatos associaram o B19 com as síndromes da trombocitopenia, da vasculite sistêmica necrozante, da encefalopatia, da dermatomiosite, da hepatite fulminante e da conjuntivite.
 
CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS
 
                
 O parvovírus B19 é um vírus com cerca de 23nm, de estrutura icosaédrica, constituído por uma única fita de DNA e não envelopado. Foi o primeiro vírus da família Parvoviridae considerado patogênico para o homem.
 Por ser um vírus autônomo, o parvovírus B19 infecta células que estejam em fase S da mitose para se replicar, como é o caso das células da linhagem eritrocitária, localizadas na medula óssea, e também das células hepáticas fetais.
                A ligação do vírus à célula se dá através da proteína do capsídeo VP2 e do antígeno P, que é um determinante do tipo sanguíneo, presente na superfície das células. Este receptor encontra-se presente não apenas na superfície dos eritrócitos maduros e dos seus progenitores, como também em megacarióticos, células endoteliais, placenta e células miocárdicas fetais e hepáticas, explicando assim as implicações patofisiológicas que o B19 pode causar.
 A existência da ligação do B19 ao antígeno P foi comprovada após a constatação de que pessoas que não possuem este antígeno em suas células são naturalmente resistentes a infecção por este patógeno.
 
EPIDEMIOLOGIA
 
 Estudos realizados em populações urbanas indicam que 50 e 80%  dos adultos possuem anticorpos Igg que evidenciam uma infecção passada.
                Partículas do B19 estão presentes no sangue e nas secreções do trato respiratório das pessoas infectadas.
 A transmissão pode ser direta, através do contato pessoa a pessoa; parenteral ou vertical (da mãe para o feto).
 No contato direto, a taxa de infecciosidade é alta, o que explica a ocorrência de surtos em família, grupos escolares, hospitais e cidades.
              
  A presença de anticorpos varia com a idade, podendo estar entre 2% e 15% em crianças de 1 a 5 anos, 15% e 60% nas idades de 5 a 19 anos e 30% e 70% em adultos.
                A prevalência de anticorpos pode aumentar se uma população está mais exposta ao vírus, como pé o caso de pacientes hemofílicos submetidos a tratamentos com muitas unidades de fatores de coagulação (fator VIII e fator IX) provenientes de diversos doadores de sangue.
Grupos de risco:
 Gestantes não imunes, nas quais a infecção pode provocar aborto espontâneo e hidropisia fetal não imune;
 Indivíduos portadores de alguns tipos de anemia hemolítica crônica ou enzimopatia das células vermelhas, nas quais pode causar anemia grave;
 Pacientes imunodeprimidos, nos quais pode provocar anemia crônica.
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 
              
  O teste mais utilizado para o diagnóstico de infecção pelo B19 é a pesquisa de anticorpos específicos por enzima imuno ensaio.
                Isso é possível porque a viremia por B19 é, em geral, breve, e o aparecimento dos sintomas coincide com a queda da viremia e a elevação dos níveis séricos de anticorpos. A sensibilidade do diagnóstico através da determinação de IGM específico excede 90% no primeiro mês após o aparecimento dos sintomas.
                Os anticorpos IGG aparecem alguns dias após os IGM e permanecem, por vezes, presentes no soro do paciente até vários anos após a infecção, e sua presença é associada à imunidade protetora.

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