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Aula 10

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Aula 10: Estados de consciência
Arquitetura do sono
O sono é estudado pelo registro polissonográfico, que representa o conjunto de dados obtidos pela análise de eletroencefalograma (EEG), eletrocardiograma (ECG), eletromiograma (atividade muscular) e eletrooculograma (atividade do globo ocular), que permite conhecer aspectos comportamentais, autônomos e da atividade cerebral.
Durante o sono, a reatividade a estímulos externos é baixa, a atividade motora é baixa, a postura é estereotipada (deitado com olhos fechados), eletromiograma e eletrooculograma com baixa atividade média, redução da frequência cardiorrespiratória com redução da tensão arterial, redução da motilidade gastrintestinal, redução em até dois graus da temperatura corporal e redução da atividade metabólica.
Os estágios do sono:
Cinco estágios de sono distintos podem ser medidos pelo exame descrito acima. Veja o detalhamento de acordo com o DSM IV:
O estágio 1 (sono NREM) representa uma transição da vigília para o sono e ocupa cerca de 5% do tempo gasto dormindo, em adultos saudáveis.
O estágio 2 (sono NREM), caracterizado por formatos de ondas de EEG específicos (fusos de sono e complexos K), ocupa cerca de 50% do tempo de sono.
Os estágios 3 e 4 (sono NREM), também conhecidos coletivamente como sono de ondas lentas, são os níveis mais profundos de sono e ocupam cerca de 10-20% do tempo de sono.
O sono REM, durante o qual ocorre a maior parte de sonhos típicos, na forma de histórias, ocupa cerca de 20-25% do sono total.
Os estágios do sono têm uma organização temporal característica ao longo da noite. Os estágios NREM 3 e 4 tendem a ocorrer da primeira terça parte à metade da noite e sua duração aumenta em resposta à privação do sono. 
O sono REM ocorre ciclicamente durante a noite, alternando-se com sono NREM a cada 80-100 minutos, aproximadamente. A duração dos períodos de sono REM aumenta pela manhã.
O sono humano também varia caracteristicamente ao longo da vida. Após uma relativa estabilidade, com grandes quantidades de sono de ondas lentas na infância e início da adolescência, a continuidade e a profundidade do sono deterioram-se ao longo da faixa de idade adulta. 
Essa deterioração é refletida por maior vigília e sono do estágio 1 com redução dos estágios 3 e 4. Ou seja, o indivíduo vai tendo períodos de sono mais leve. Em vista disso, a idade deve ser considerada no diagnóstico de um Transtorno do Sono.
O sono REM só ocorre em aves e mamíferos, podendo representar até 20% do TTS (tempo total de sono).
Vigília:
Corresponde a todo período entre um episódio de sono e outro, o organismo responde a estímulos do ambiente, apresenta comportamento ativo com atividade locomotora e motora normais e demonstra postura dinâmica. Representa o período em que estamos acordados.
Sonhos:
Para a neurobiologia o ato de sonhar representa uma experiência subjetiva da qual só tomamos consciência quando acordamos. É extremamente difícil de ser estudada, pois depende de colaboração completa do indivíduo.
Por que dormimos?
Descanso? Então, porque as pessoas cansadas não dormem mais do que normalmente? E as descansadas, por que não dormem menos? A neurociência ainda não tem respostas para essas perguntas, mas ela pode afirmar que o sono é imprescindível à vida.
Os ciclos de sono e vigília permitem adaptação ao meio, são comuns a todos os vertebrados e variam de espécie para espécie quanto aos seus intervalos. Geralmente estão associados a fenômenos cíclicos da natureza.
Que estrutura regula os ciclos?
O SNC. Através de relógios biológicos que recebem informações do ambiente, logo, suas oscilações dependem das variações no ambiente.
O hipotálamo, por exemplo, controla os ritmos circadianos através do núcleo supraquiasmático, onde encontramos núcleos de corpos celulares que recebem axônios provenientes de ambas as retinas (aferências: a luz atua como temporizador) e geram eferências para diversos núcleos hipotalâmicos (controlam as funções autonômicas viscerais) e talâmicos (controlam os comportamentos motivados). Lesões ou remoção bilateral destes núcleos tornam os períodos de atividade aleatórios.
Esses núcleos geram os ritmos, não são responsáveis pela construção da atividade.
O epitálamo (região onde encontramos a glândula pineal) controla os ritmos circanuais, monitorando as estações do ano e sincronizando funções que variam anualmente (hibernações, ciclos reprodutivos etc). A luz também atua como sincronizadora, no entanto, o sistema é mais complexo do que o hipotalâmico. A Pineal secreta melatonina que possui ação na redução da atividade das gônadas em diversas espécies no inverno (poucas horas de luz). Quanto maior a noite, maior a quantidade de melatonina secretada, mostrando que a glândula atua como um sinalizador de fotoperíodo.
Ritmos biológicos:
A cada 24 horas nós dormimos uns mais, outros menos. De acordo com a periodicidade de nossa fisiologia, respeitamos diversos ritmos. 
Observe alguns exemplos:
Ultradiano: 
Frequência maior do que uma vez ao dia: picos de alguns hormônios, como o LH etc.
Circaanual:
 Frequência anual: variações com as estações do ano: hibernações, florações etc.
Circadiano: 
Frequência constante de uma vez ao dia: metabolismo de alguns nutrientes, medicamentos, sono e vigília, atividade e repouso, temperatura corporal etc.
Infradiano: 
Frequência menor do que uma vez ao dia: secreções hormonais etc.
Circasseptano:
 Frequência semanal: renovação celular de alguns tecidos etc.
Circamensal: 
Frequência mensal: renovação celular, secreção hormonal etc.
Sabemos que a luz atua como um sincronizador dos ritmos circadianos, pois lesões do trato óptico deixam o indivíduo privado da visão; no entanto, seus ritmos continuam preservados. A lesão do nervo óptico leva a alterações do ritmo para aproximadamente 26 horas.
Existem outros elementos sincronizadores: 
Esses elementos são capazes de modificar a duração de nossos períodos de dia e noite:
- Turno de trabalho
- Oportunidade de lazer
- Luz elétrica
- Medicamentos e drogas excitatórias etc.
Distúrbios do sono: Transtornos Primários
São aqueles que não são causados por transtornos mentais, por condições médicas em geral, ou por uso de alguma uma substância química (lícita ou não).
Transtornos Primários do Sono:
Dissonias:
Definidas por variações anormais na quantidade, na qualidade ou tempo de sono.
Insônia Primária: é caracterizada pela dificuldade de iniciar o sono ou se manter dormindo. É considerada ainda quando a pessoa reporta sono não reparador. Para um diagnóstico preciso já deve durar pelo menos um mês e estar causando comprometimento nas atividades sociais e ocupacionais.
Hipersonia Primária: é caracterizada pela sonolência excessiva, que dura pelo menos um mês e que é reportada por episódios de sono muito prolongados ou por sono diurno exagerado. Assim como a insônia, deve estar causando comprometimento nas atividades sociais e ocupacionais para um diagnóstico preciso. Comumente está associada com excessiva dificuldade de acordar de manhã. Em alguns casos os cochilos diurnos são prolongados (uma hora ou mais) e considerados não reparadores, deixando no indivíduo uma sensação de sonolência.
Narcolepsia: é caracterizada por ataques repetidos e irresistíveis de sono reparador, cataplexia (episódios de perda súbita, reversível e bilateral do tono muscular, com duração de segundos a minutos, geralmente precipitados por intensa emoção) e intrusões recorrentes de elementos do sono REM no período de transição entre o sono e a completa vigília (paralisia dos músculos voluntários ou alucinações tipo oníricas). A sonolência do indivíduo tipicamente diminui após um ataque de sono, retornando algumas horas depois. Para diagnóstico preciso, deve ocorrer por mais de três meses.
Transtorno do sono relacionado à respiração: hipopneia e apneia do sono.
Transtorno do ritmo circadiano do sono: é caracterizado por um desajuste entre o sistema circadiano de sono-vigília endógeno do indivíduo, com as necessidades relativas ao tempo e duração do sono.
 Ele não leva ao sono nem a vigíliae, sim, a episódios variados (ora sono, ora atividade) ao longo do dia, o que causa comprometimento da vida social e ocupacional.
Transtorno de pesadelo: é caracterizado por sonhos assustadores que levam o indivíduo a despertar plenamente alerta; os sonhos assustadores e interrupção do sono causam sofrimento significativo à vida social e ocupacional.
Transtorno de sonambulismo: é caracterizado por episódios repetidos de atividade motora complexa, que ocorre durante a primeira parte da noite e inclui levantar-se da cama e deambular pelas dependências da casa, enquanto apresenta olhar vazio e relativa ausência de resposta à comunicação com os outros; sendo acordado, tem uma lembrança limitada do que ocorreu.
Transtorno de terror noturno: é caracterizado pela ocorrência repetida de terror durante o sono, com despertar abrupto, acompanhado por grito de pânico. Pode durar de 1 a 10 minutos nos quais se observa grande excitação e manifestações claras de medo. O indivíduo é difícil de despertar ou confortar, no entanto, quando desperta não reporta nenhum sonho ou apenas imagens fragmentadas. No dia seguinte tem amnésia para o ocorrido.
Parassonias: caracterizadas pela presença de eventos comportamentais ou fisiológicos considerados anormais e que ocorrem durante o sono, em estágios específicos do sono ou nas transições de sono e vigília.
Transtornos secundários do sono:
Transtorno do sono relacionado a transtorno mental: é caracterizado por queixas de dificuldades com o sono. E é resultante de algum transtorno mental, como os transtornos de humor ou ansiedade, sendo suficientemente incômodo para necessitar de atenção clínica específica.
Transtorno do sono devido a uma condição médica geral: é caracterizado pelas queixas de baixa qualidade do sono, consequente dos efeitos fisiológicos diretos de uma doença.
Transtorno do sono induzido por substância: é caracterizado por reclamações de dificuldades do sono causadas pelo uso atual ou recente de uma substância química, inclusive medicamentos.
Você sabia? 
Que as aves migratórias passam dias em voo, durante os quais tiram diversas “minissonecas” de poucos segundos, que são fundamentais para o sucesso da migração?  
Que as baleias e os golfinhos adormecem um único hemisfério cerebral de cada vez; desta forma, o outro hemisfério pode controlar a respiração e evitar o afogamento? Lembrem-se: eles são mamíferos e respiram ar. Exatamente como nós! 
Que os períodos de sono variam entre as diversas espécies animais?
Jumentos: cerca de quatro horas.
Humanos: cerca de sete a oito horas.
Ratos: cerca de 12 horas.
Coelhos: cerca de 14 a 15 horas.
Gatos: cerca de 17 a 18 horas.
1. A família de um jovem de 16 anos procura auxílio médico por observar que, com certa frequência, o rapaz apresenta um comportamento estranho durante a noite. Quando todos acreditam que ele já está dormindo ele anda pela casa, move objetos, retorna para o quarto e aparentemente se recusa a responder a qualquer pergunta. Nas manhãs seguintes aos episódios, ao ser perguntado sobre o fato, ele nega conhecimento ou tem apenas vagas lembranças. O quadro descrito sugere uma:
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1) Dissonia. 
2) Parassonia. 
3) Narcolepsia. 
4) Hipersonia. 
5) Hipopneia. 
Parte inferior do formulário
2. Entre os transtornos do sono listados abaixo, qual representa uma condição primária:
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1) O relacionado a transtorno mental. 
2) O relacionado à respiração. 
3) O que ocorre devido a uma condição médica geral. 
4) O induzido por medicamentos. 
5) O que ocorre devido ao consumo de drogas ilícitas. 
Parte inferior do formulário
3. A principal região do encéfalo a controlar os ritmos circanuais, monitorando as estações do ano e sincronizando funções que variam anualmente (hibernações, ciclos reprodutivos etc.), em diversas espécies, é:
Parte superior do formulário
1) Hipotálamo. 
2) Quiasma óptico. 
3) Núcleos supraquiasmático. 
4) Tálamo. 
5) Epitálamo. 
Parte inferior do formulário

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