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Hanseníase . Definição ➔ Hanseníase, Lepra, Doença de Hansen ➔ Infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácido resistente ➔ Principais manifestações da infecção ocorrem na ➔ Pele ➔ Nervos periféricos: danificados pela infecção direta do Mycobacterium leprae ou pela resposta imune do paciente à infecção -> perda de sensibilidade e função motora ➔ Morbidade: devido à disfunção dos nervos periféricos, incluindo lesões traumáticas e queimaduras indolores, infecções bacterianas secundárias, além de atrofia e contraturas musculares Fisiopatologia Imunologia ➔ Quanto maior o número de bactérias álcool-ácidoresistentes nas lesões de pele, menor o número de linfócitos ➔ Ainda não se sabe o determinante principal da resposta imune diferencial, embora evidências indiquem que sejam devido polimorfismos genéticos ➔ Resposta imune baseada em linfócitos T auxiliares-1 (Th1) que ➔ Poucas lesões de pele ➔ Poucas bactérias nas lesões ➔ Resposta imune do tipo Th2 ➔ Maior número de lesões cutâneas ➔ Grande quantidade de bactéria em suas lesões Patogenia da lesão nervosa ➔ Ocorre em todas as formas da hanseníase ➔ M. leprae invade as células de Schwann, as células gliais dos nervos periféricos ➔ Uma proteína da matriz extracelular neuroespecífica, a laminina-2, rodeia as células de Schwann e são capazes de promover uma ligação de alta afinidade com a M. leprae, permitindo a internalização do bacilo ➔ Uma vez internalizado, a M. leprae pode causar desmielinização direta dos nervos periféricos com a ausência da resposta imune ➔ A desmielinização ocorre sem morte ou toxicidade celular precoce, embora as células de Schwann e neurônios morram por apoptose mais tarde após a infecção ➔ M. leprae morto ou o PGL-1 (parte do leprae que faz contato com laminina-2) ainda é capaz de gerar dano nervoso continuado. ➔ Além da lesão direta, a resposta imune também contrinui para o dano nervoso, em especial na hanseníase paubacilar ➔ Proeminentes em lesões acentuadas e reversíveis: TNF-alfa, IL-1beta e interferon-gama ➔ As reações de reversão também são caracterizada.< por um aumento no número de linfócitos T CD4• nas lesões, e, pelo menos, algumas dessas.< células CD4• exibem um fenótipo citotóxico e matam célula de Schwann infectadas com M. leprae por meio da secreção do conteúdo de grânulos citotóxicos, dependente da ligação do antígeno à molécula do complexo de histocompatibilidade maior classe Il. ➔ Não está estabelecido se estes mecanismos de lesão nervosa ocorrem na hanseníase tuberculóide crônica, mas citocinas e linfócitos T semelhantes são encontrados nas lesões tuberculoides. Genética ➔ Casos de hanseníase agrupam-se em famílias parte pelo ambiente compartilhado e da exposição, mas também provavelmente devido determinantes genéticos da suscetibilidade ➔ O PARK2 e o PACRG são amplamente relatados Manifestações Clínicas Neurológicas ➔ Início insidioso Hanseníase Tuberculóide ➔ Comprometimento dos nervos periféricos é comum e é assimétrico ➔ Hipestesia ou anestesia das lesões, aumento de dor à palpação ➔ Nervos ulnar e fibular superficial podem estar visivelmente aumentados, dependendo da localização das lesões ➔ Complicações funcionais do nervo: atrofia, contraturas musculares ➔ Forma estável, não se converte nas formas boderline ou lepromatosa (virchoviana) Hanseníase Lepromatosa ➔ Aumento local de nervos não é característico ➔ Comprometimento nervoso: simétrico, além de distribuição em “meias” e “luvas, não relacionado com a localização das lesões na pele. ➔ Perda da sensibilidade → perda de sentido do toque leve, dor e pressão profunda ➔ Disestesia → enfraquecimento ou perda de um dos sentidos ➔ Complicações motoras: fraqueza muscular, atrofia dos músculos das mãos, pés, face desenvolvem-se na ausência de quimioterapia eficaz contra hanseníase ➔ Comprometimento do nervo facial: exposição corneana, ulceração, cegueira ➔ Comprometimento da mucosa nasal: rinorreia abundante, eliminar M. leprae nas suas secreções nasais - uma das principais fontes de bacilos para transmissão ➔ Estável, não converte para outras formas Formas Boderline de Hanseníase ➔ Formas são instáveis e progridem para forma lepromatosa, a menos que seja feito tratamento eficaz ➔ Ocorrem reações de reversão e reações de piora imunológica Hanseníase tuberculóide borderline ➔ Lesões semelhantes à hanseníase tuberculoide, mas são mais numerosas e podem ser acompanhadas por lesões-satélite em torno de lesões grandes ➔ Lesões assimétricas ➔ Comprometimento nervoso: espessamento ou dor à palpação de nervos locais, contudo as lesões na pele retém sensibilidade Hanseníase lepromatosa borderline ➔ Numerosas pequenas máculas, pápulas, placas e nódulos simétricos ➔ Infiltração cutânea difusa encontrada na hanseníase não se manifesta por completo
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