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Tecido_cartilaginoso

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Lamara L. V. Rocha
TECIDO CARTILAGINOSO
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Tecido conjuntivo especializado de consistência rígida, que mantém certo grau de flexibilidade;
Introdução
Não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente ou através do líquido sinovial nas cavidades articulares;
Não possui vasos linfáticos e nervos.
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Suporte de tecidos moles;
Funções
Revestimento de superfícies articulares para absorção de choques e facilitação de deslizamentos;
Participação na formação e crescimento de ossos longos;
Forma o molde inicial de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário.
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Células: CONDRÓCITOS
Estrutura
Fibras: COLÁGENAS (TIPO II)
 COLÁGENAS + ELÁSTICAS
SFA: GLICOSAMINOGLICANAS
 PROTEOGLICANAS
 GLICOPROTEÍNAS
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A consistência firme da cartilagem se deve às ligações eletrostáticas entre as GAGs sulfatadas e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água presas às GAGs (água de solvatação);
Outras Características
As cartilagens (exceto as articulares e fibrosas) são envolvidas por uma bainha de tecido conjuntivo denominada PERICÔNDRIO.
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Compostos de agrecana preenchem o interstício entre os feixes de fibras colágenas;
as cadeias laterais de GAGs das PGs formam pontes eletrostáticas com o colágeno;
A glicoproteína de adesão condronectina conecta os condrócitos à MEC.
Gartner, Hiatt (1999)
MEC da Cartilagem
100 a 200 moléculas de agregana se ligam não covalentemente ao ácido hialurônico;
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Bainha de tecido conjuntivo denso (em sua maior parte) que envolve as cartilagens, exceto a fibrocartilagem e cartilagem articular;
Pericôndrio
Duas camadas: 
 EXTERNA: fibrosa (colágeno tipo I), com fibroblastos e vasos sanguíneos; 
 INTERNA: celular (células condrogênicas).
Funções: 
 (1) fonte de novos condrócitos para o crescimento; 
 (2) nutrição da cartilagem.
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Junqueira, Carneiro (1999)
Matriz Interterritorial
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Gartner, Hiatt (1999)
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Ross et al. (1993)
In vivo, ocupam toda a lacuna;
Nos preparados histológicos aparecem retraídos.
Condrócito
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condrócito
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Os periféricos são achatados e os centrais mais arredondados;
Têm núcleo grande, nucléolo proeminente, citoplasma pouco corado, muitas mitocôndrias, RER e Complexo de Golgi desenvolvido;
Condrócitos
Vivem sob baixas tensões de oxigênio, degradando a glicose por mecanismo anaeróbio;
Os nutrientes chegam do sangue por difusão, através da água de solvatação e pelo bombeamento promovido pelas forças de compressão.
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 As cartilagens são inicialmente formadas no embrião a partir do mesênquima:
Histogênese
Células mesenquimáticas retraem seus prolongamentos e tornam-se arredondadas;
As células multiplicam-se e formam aglomerados de células com citoplasma basófilo, conhecidas como condroblastos;
Inicia-se a síntese de matriz, afastando os condroblastos uns dos outros e aprisionando-os em lacunas dentro da matriz;
As células aprisionadas (condrócitos) ainda se dividem, formando grupos de 2 ou mais células (grupos isógenos).
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Histogênese
Junqueira, Carneiro (1999)
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INTERSTICIAL:
 À medida que os condrócitos de um grupo isógeno produzem matriz, são empurrados para longe um do outro, ocupando lacunas separadas (crescimento a partir do interior da cartilagem).
Crescimento
Martini (1989)
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APOSICIONAL:
 As células condrogênicas oriundas do pericôndrio sofrem divisão e se diferenciam em condroblastos, que começam a elaborar a matriz extracelular (crescimento a partir da periferia da cartilagem).
Crescimento
Martini (1989)
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HIALINA: delicadas fibrilas de colágeno tipo II na MEC;
Tipos de Cartilagem
ELÁSTICA: poucas fibrilas de colágeno II e muitas fibras elásticas;
FIBROSA: muitas fibras de colágeno I.
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Tipos de Cartilagem
Gartner, Hiatt (1999)
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A fresco é branco-azulada e translúcida;
Cartilagem Hialina
É o tipo mais freqüentemente encontrado no corpo:
 - nariz e laringe
 - extremidades ventrais das costelas
 - anéis da traquéia e brônquios
 	- discos epifisários de ossos em
 crescimento
	- superfícies articulares de articulações móveis
 
Ross et al. (1993)
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Cartilagem hialina – colágeno II
Forma o primeiro esqueleto do embrião
Responsável pelo crescimento dos ossos em extensão 
No adulto: fossas nasais, traquéia e brônquios, ossos longos
condroblasto
pericôndrio
Grupo isógeno
Matriz territorial e interterritorial
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Na MEC existem numerosas fibrilas de colágeno tipo II associadas a proteoglicanas muito hidratadas e glicoproteínas adesivas;
Cartilagem Hialina
Além do colágeno tipo II, que não forma grandes feixes, existem outros colágenos secundários (IX, X, XI);
A orientação das fibras está relacionada com resistência a forças mecânicas: na cartilagem articular, as fibras da superfície são paralelas a ela, enquanto as mais profundas formam fileiras curvas.
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A MEC em torno dos condrócitos é pobre em colágeno e rica em condroitino-sulfato, que contribui para a basofilia, metacromasia e reação PAS (+) dessa região (MATRIZ TERRITORIAL);
Cartilagem Hialina
A matriz interterritorial é mais rica em colágeno II e pobre em proteoglicanas.
Gartner, Hiatt (1999)
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Cartilagem Hialina
Recentemente identificou-se uma fina rede de fibras colágenas embebida num material semelhante à lâmina basal na região imediatamente adjacente às lacunas (proteção contra pressão mecânica).
Gartner, Hiatt (1999)
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Cartilagem Hialina
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Superfície Articular (diartroses)
Welsch (1999)
Membrana sinovial:
Macrófagos (Células A)
Fibroblastos (Células B)
Líquido sinovial:
Ácido hialurônico
Glicoproteínas (lubricina)
Exsudato plasmático
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Disco Epifisário
Welsch (1999)
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Correlação Clínica
Gartner, Hiatt (1999, p. 107)
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Localização:
 epiglote 
 pavilhão da orelha
 tubas auditivas interna e externa
 cartilagem cuneiforme da laringe
Cartilagem Elástica
A fresco, é mais amarelada e opaca que a hialina;
Além das fibrilas de colágeno tipo II, apresenta uma rede de fibras elásticas finas, contínuas com as do pericôndrio.
Gartner, Hiatt (1999)
(Orceína)
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Cartilagem Elástica 
(Aldeído-fucsina)
Os condrócitos são mais numerosos e maiores e a matriz é menos abundante em relação à hialina;
Na matriz territorial os feixes de fibras elásticas são mais abundantes e espessos que no resto da MEC.
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Cartilagem elástica
Encontrada no pavilhão auditivo, epiglote e laringe
Possui pericôndrio e, como a hialina, cresce principalmente por aposição
Crescimento aposicional e intersticial
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Cartilagem Elástica (Epiglote)
Detalhe da cartilagem
Cartilagem elástica
Mucosa
Ross et al. (1993)
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Localização:
 sínfise pubiana 
 discos articulares
 discos intervertebrais
 pontos de inserção óssea de alguns ligamentos e tendões.
Cartilagem Fibrosa (Fibrocartilagem)
Intermediária entre cartilagem hialina e tecido conjuntivo denso;
Ross et al. (1993)
(Mallory)
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Cartilagem Fibrosa (Fibrocartilagem)
Gartner, Hiatt (1999)
Não possui pericôndrio, tem pouca SFA e abundantes feixes de colágeno tipo I;
Condrócitos (originados de fibroblastos) organizados em fileiras paralelas, alternados com feixes espessos de fibras colágenas.
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Cartilagem Fibrosa (Fibrocartilagem)
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Núcleo pulposo: 
 Centro gelatinoso (rico em ácido hialurônico) com células que desaparecem aos 20 anos e é resistente à compressão.
Discos Intervertebrais
Constituídos de duas partes:
Anel fibroso:
 Circunda o núcleo pulposo; 
 Constituído de fibrocartilagem e tec. conj. denso na periferia;
 Resiste à tração.
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Discos Intervertebrais
Martini (1989)
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Cartilagem fibrosa
Formada por colágeno I, resistente a tensões.
Sempre associada a conjuntivo denso
Encontrada nos discos intervertebrais e sinfise pubiana
Não possui pericôndrio (crescimento apenas intersticial)
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OBRIGADA!
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