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LMA 3 - Material de Aula 2

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1
O Ato de Comer, a Digestão e a Saciedade 
 
 
 
Fases da Alimentação 
 
 1. Fase cefálica: a visão e o aroma do alimento disparam diversos processos 
fisiológicos que antecipam a chegada do desjejum. 
 A ativação do parassimpático e da divisão entérica do SNV leva à secreção de 
saliva na boca e de suco gástrico no estômago. 
 2. Fase gástrica: intensificação das respostas a partir da mastigação, 
deglutição e preenchimento do estômago com alimento. 
 3. Fase de substrato: à medida que o estômago é preenchido, o alimento 
parcialmente digerido se move para o intestino, os nutrientes começam a ser 
absorvidos e chegam à corrente sanguínea. 
 O término da refeição ocorre pelas ações coordenadas de diversos sinais de 
saciedade. 
 Três deles serão considerados a seguir: a distensão gástrica, a liberação do 
peptídio gastrintestinal colecistocinina e a liberação do hormônio pancreático 
insulina 
1. Distensão Gástrica 
 O estiramento das paredes do estômago é um sinal poderoso de saciedade. 
A parede do estômago é ricamente inervada por axônios mecanossensoriais. A 
maior parte dos axônios mecanossensoriais ascende para o encéfalo via nervo vago. 
Os axônios sensitivos vagais ativam neurônios no núcleo do trato solitário: tais 
sinais inibem o comportamento alimentar. O núcleo gustativo recebe aferentes 
sensitivos diretos das papilas gustativas. 
2. Colecistocinina (CCK) 
 Reduz a freqüência da ingestão e a quantidade ingerida nas refeições 
(descoberta ocorrida na década de 1970). A CCK está presente em algumas das 
células do intestino e em alguns dos neurônios do sistema nervoso entérico. É liberada 
como resposta à estimulação do intestino por certos tipos de alimento (especialmente 
lipídios). A principal ação da CCK (como peptídio da saciedade) é exercida sobre os 
axônios sensitivos vagais. A CCK atua sinergisticamente com a distensão gástrica na 
inibição do comportamento alimentar. A CCK pode ser encontrada também em 
determinadas populações neuronais no SNC. 
 
 
 
 
 2
3. Insulina 
 É produzida pelas células β do pâncreas. É utilizada para o transporte de 
glicose para as células do corpo, com exceção dos neurônios. É importante para o 
metabolismo anabólico (transporte de glicose para o fígado, músculo esquelético 
e tecido adiposo, para fins de armazenamento). É importante para o metabolismo 
catabólico, com liberação da glicose de seus sítios de armazenamento, sua captação 
por outras células do organismo e sua utilização como combustível. 
 Conseqüentemente, os níveis de glicose no sangue estão inversamente 
relacionados aos níveis de insulina. 
 Fase cefálica: na antecipação do alimento, a inervação parassimpática do 
pâncreas (via vago) estimula as células β a liberarem insulina; isto leva a uma queda 
nos níveis sanguíneos de glicose e à ativação de neurônios no encéfalo (NPY no 
núcleo arqueado), com estímulo à alimentação. 
 Fase gástrica: com a entrada do alimento no estômago, hormônios 
gastrintestinais (ex.: CCK) estimulam a secreção de insulina. 
 Fase de substrato: é a absorção intestinal do alimento; corresponde à 
secreção máxima de insulina, pelo estímulo causado pelo aumento dos níveis 
sanguíneos de glicose. 
 Aumento na insulinemia + aumento na glicemia = sinal de saciedade. 
 A insulina atua diretamente nos núcleos arqueado e ventromedial do 
hipotálamo para inibir o comportamento alimentar. 
 Parece que atua de maneira semelhante à leptina para regular o 
comportamento alimentar. 
II. POR QUE COMEMOS? 
 Esta questão se relaciona à motivação psicológica para comer. Um dos aspectos 
é o hedônico: refere-se ao prazer de comer. O prazer advém do sabor, do aroma e da 
visão do alimento e do ato de comer. 
 Outro aspecto é o da redução de impulso: a satisfação de um desejo. 
(Comemos porque estamos famintos e desejamos alimento.) 
 
 
 
 
 3
 
O Papel da Dopamina na Motivação 
 
 Relacionado à estimulação do sistema dopaminérgico mesolímbico. Este 
sistema tem um importante papel na motivação de comportamentos, inclusive do 
comportamento alimentar. Se um animal consome um alimento saboroso, isto leva à 
liberação de dopamina no encéfalo, causando uma sensação de prazer, o que o leva a 
buscar novamente este alimento para obter a mesma sensação. 
 
Serotonina, Alimento e Humor 
 Os níveis de serotonina no hipotálamo estão baixos durante o período pós-
absortivo; aumentam em antecipação à chegada de alimento; alcançam um pico 
durante uma refeição, especialmente em resposta a carboidratos. Na depressão, os 
níveis de serotonina encontram-se diminuídos no encéfalo. Portanto, isto poderia 
explicar a melhora do humor a partir do consumo de alimentos que levem a um 
aumento dos níveis encefálicos de serotonina. 
 Os carboidratos são os alimentos que mais elevam os níveis de serotonina no 
encéfalo porque a serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano, presente 
na dieta, e os níveis de triptofano no sangue variam de acordo com a quantidade de 
carboidratos na dieta.

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