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Cerebelo

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CerebeloCerebeloCerebeloCerebelo
Dra Carmem Adilia Simões da Fonseca
Junho de 2008
TE
Vista sagital do tronco encefálico, com ênfase no cerebelo
Foto cerebelo e medula espinhal – Neuroanatomia / UFBA
Funções Motoras
• Auxiliar na seqüência das atividades motoras
Especialmente vital nas atividades musculares rápidas
• Monitorar e fazer ajustes corretivos
• Auxilia na progressão homogênea rápida de um 
movimento muscular para o seguinte
SINERGIA: conjunto harmônico da freqüência, 
amplitude, força e direção dos movimentos. 
�A excitação elétrica não causa qualquer sensação 
consciente e nem movimento motor – “área silenciosa”.
� É vital em atividades musculares rápidas.
� A perda acarreta incoordenação motora, sem a 
paralisia de nenhum músculo e sem déficts sensoriais.
O cerebelo recebe informações:
-Informações do córtex motor cerebral sobre a 
seqüência das contrações musculares desejadas
-Informações sensoriais das partes periféricas do 
corpo
� Compara os movimentos reais com os movimentos 
originalmente programados pelo sistema motor.
� Envia sinais corretivos subconscientes instantâneos 
para correção.
O cerebelo se desenvolve 
dos lábios rômbicos das 
placas alares da ponte, que 
se estendem e se fundem 
formando a placa cerebelar.
A e B – visões sagitais do cerebelo
C e D – plano de corte de B, mostrando 
as relações entre as fissuras póstero-
lateral e primária. 
O cerebelo se conecta ao troco encefálico através de 3 
pares de pedúnculos cerebelares: inferior, médio e 
superior.
Vista lateral (A) e posterior (B) do TE demonstrando os pedúnculos inferior 
(corpos justa-restiforme = verde escuro + corpos restiforme = vermelho), 
médio (verde claro) e superior (azul).
Trigêmio
Facial
Hipoglosso
Vestíbulococlear
Troclear
Lobos anatômicos do cerebelo, vistos da parte lateral.
O lobo floconodular funciona juntamente com o sistema vestibular no controle do 
equilíbrio do corpo.
Partes funcionais do cerebelo, vistas da projeção póstero-inferior, com a parte mais 
inferior do cerebelo rebatida para fora. 
Controle dos mov. musc. do corpo 
axial, pescoço, ombro e quadris Mãos e dedos
Pés e artelhos
Planejamento
global de mov.
motores
seqüenciais
Os lóbulos cerebelares são constituídos por pequenas dobras, as folhas 
(folia, no singular: folium) 
Visão mediano-sagital do cerebelo (D) em comparação com as vistas 
correspondentes do cerebelo em imagens por RMN (T2)
Mesencéfalo
Medula 
Oblonga
Visão desdobrada da superfície cerebelar.
À D, os lobos e fissuras. À E, suprimento sangüíneo e os núcleos profundos. 
Vermis (cinza), Zona intermediária (verde) e Zona lateral do hemisfério (azul).
Origem e curso das artérias que servem o cerebelo vistos pela face lateral
Vista aberta (vide canto sup. E) do córtex cerebelar demonstrando os 
lobos, lóbulos e as principais fissuras. Os lóbulos do hemisfério são 
designados pelo prefixo “H”. 
Núcleos Cerebelares
• Núcleo fastigial (cerebelar medial)
• Núcleo globoso (interposto ou interpósito posterior)
• Núcleo emboliforme (interposto ou interpósito anterior)
• Núcleo dentado ou denteado (cerebelar lateral)
Os núcleos cerebelares em corte transversal
Lent, R.: Cem Bilhões de Neurônios
Córtex Cerebelar
• Camada Granular
- Constituída pelas céls. granulares, céls. de Golgi e as células 
unipolares em formato de escova (CUE).
- As céls. granulares liberam glutamato ou aspartato (excitatórias).
- As CUE possuem uma restrita distribuição no córtex (excitatórias).
- As céls. de Golgi são as maiores e liberam GABA (inibitórias).
• Camada de células de Purkinje
- Únicos neurônios eferentes do cortex cerebelar.
- Liberam GABA e inibem os neurônios-alvo nos núcleos cerebelares
e vestibulares.
• Camada Molecular
- Processos das fibras paralelas, das céls. estreladas e das céls. em 
cesto, dendritos das céls. Purkinje e das céls. Golgi, e as fibras 
trepadeiras. 
A. Corte sagital 
médio do 
cerebelo
B. Detalhe 
histológico do 
córtex cerebelar
Camada molecular: 
céls. estreladas, céls. 
em cesto e os 
dendritos das céls. 
Purkinje.
Células de Purkinje
(corpos celulares).
Camada granular: 
células granulares, 
céls. Golgi e fibras 
musgosas. 
Atravessada pelas 
fibras trepadeiras e 
pelos axônios das 
céls. Purkinje. 
Climbing fiber: fibra trepadeira Mossy fiber: fibra musgosa 
Céls. Purkinje no plano sagital (A) e no transversal (B). Céls. Granulares (C e D). Cél. 
Golgi (D). Fibras Musgosas (F) e suas rosetas. Em F, nível ultra-estrutural dos 
dendritos das céls. Purkinje circundados pelas fibras paralelas.
Célula 
Unipolar em 
Formato de 
Escova 
(CUE ou 
UBC)
Restrita às 
estruturas 
vestibulo-
cerebelares.
Excitatórias: 
glutamato
Funções: 
controle dos 
movimentos 
do olho, 
reflexo ves-
tibuloocular e 
diversos 
mecanismos 
posturais.
Circuitos Neuronais
• Vias aferentes cerebelares
- Córtex cerebral
-Tronco encefálico
• Vias aferentes da periferia
Tratos espinocerebelares (condução 120 m/s)
A.Somatotopia do córtex cerebelar
B.Somatotopia fraturada no lobo perimediano de um 
primata
• Vias eferentes cerebelares
-Vermis→ núcleo fastigial→ Tronco Encefálico (bulbo e ponte)
-Zona intermediária → núcleo interpósito→ Tálamo e Córtex Cerebral
-Zona lateral → núcleo denteado→ Tálamo e Córtex Cerebral 
Unidade Funcional do Córtex Cerebelar
Células de Purkinje & Células Nucleares Profundas
• Entrada:
-Fibra aferente em trepadeira (aspartato)
Origem: olivas inf. bulbo; Disparo complexo (PA – cél. Purkinje) 
-Fibra aferente musgosa (glutamato); Disparo Simples
Origem: TE e ME; sinapses c/ cels. granulares
-Fibras em multicamadas (monoaminérgicas ou peptidérgicas)
• Saída:
-Célula nuclear profunda
Disparo ou Espícula Complexa
Disparo ou Espícula Simples
À esquerda: circuito neuronal básico do cerebelo, com neurônios 
excitatórios (em vermelho) e a célula de Purkinje que é inibitória (em preto).
À direita: relação física dos núcleos cerebelares profundos com o córtex 
cerebelar e suas três camadas. 
2006
Tipos celulares 
e relações 
sinápticas no 
córtex 
cerebelar nos 
planos 
transverso e 
sagital
A. Conexões entre as fibras 
musgosas (MF), através das 
céls. granulares (GrC), para 
as céls. Purkinje (PC), céls. 
estreladas (SC) células em 
cesto (BC). As céls de 
Purkinje inibem os 
neurônios dos núcleos 
cerebelares profundos 
(ICNC).
B. Ingresso de uma fibra 
trepadeira (PC) em uma PC.
C. Excitação de uma cél. Golgi
(GoC) por uma fibra MF 
através da via das céls. GrC, 
com inibição destas últimas 
céls. pelas primeiras.
D. Combinação desses 
circuitos.
PF: Fibra paralela 
Equilíbrio entre excitação e inibição nos
núcleos cerebelares profundos
Fibras aferentes trepadeiras e musgosas ⇒⇒⇒⇒ EXCITAÇÃO
Células de Purkinje⇒⇒⇒⇒ INIBIÇÃO
�Em repouso: > excitação
�Mov. motor rápido: ↑↑↑↑ excitação (sinais oriundos do córtex 
motor e TE). Alguns segundos depois chegam os sinais 
inibitórios (das céls. Pukinje) – feedback negativo
Isto impede que o movimento ultrapasse a dimensão programada 
Outras céls. inibitórias cerebelares: céls. em cesto e 
céls. estreladas; camada molecular do córtex cerebelar; 
inibição lateral das céls. Punkinje adjacentes. 
Representação diagramática das interações sinápticas no córtex cerebelar.
+, sinápses excitatórias e -, sinapses inibitórias
⇐⇐⇐⇐ Ativação
Sinais eferentes “Liga-Desliga” do cerebelo
Córtex cerebral → Vias não cerebelares TE e ME → músc. agonista
⇒⇒⇒⇒ contração
Ao mesmo tempo:
Fibras musgosas → sinais paralelos da ponte para o cerebelo:
-Ramo para as células nucleares profundas = + sinais excitatórios →
sist. motor corticoespinhal cerebral ⇒⇒⇒⇒ Forte sinal de Ligar (sinais 
corticais + sinais cerebelares) = início da contração musc. é + forte
-Ramo para as cél. granulares → fibras paralelas (condução lenta) →
céls. Purkinje→ inibição das céls. nucleares profundas ⇒⇒⇒⇒ Desligar
Simultaneamente: Desligamento dos músc. antagonistas no início do 
movimento edepois o seu ligamento no término do movimento 
Correção dos erros motores
• Alteração da sensibilidade das céls. Purkinje
• Importante papel das fibras trepadeiras 
O Cerebelo e Aprendizado Motor
• Envolvido no processo de aquisição de comportamento 
motores, incluindo movimentos voluntários que 
necessitam de habilidade.
• Pode ser um local de armazenamento para o 
aprendizado de certos comportamentos reflexos, mas 
não é essencial nos casos de mov. vol. complexos.
Função do Cerebelo no Controle Motor Global 
1. Módulo Vestibulocerebelar (Arquicerebelo)
• Pequenos lobos floculonodulares + porções adjacentes 
do vermis (lóbulo IX ou paraflóculo).
• Controla o equilíbrio entre contrações musculares de 
agonistas e antagonistas da coluna, quadris e ombros 
durante alterações rápidas das posições corporais.
• Controla os músculos axiais (importante para o 
equilíbrio) e coordena movimento de cabeça e pescoço.
• Calcula antecipadamente, a partir das velocidades e 
direções, onde as diferentes partes estarão durante os 
próximos milissegundos – correção antecipatória. 
Nos casos de lesões no módulo vestibulocerebelar
observa-se:
- nistagmo cerebelar
- titubeação (tremores da cabeça)
- marcha atáxica ou ataxia truncal (andar cambaleante / 
alcoolizado). O paciente não consegue andar em fila e 
nem sobre os calcanhares ou sobre os dedos dos pés)
- desequilíbrio e facilidade para quedas
- postura de base ampla (pés + afastados)
2. Módulo Espinocerebelar (Paleocerebelo)
• Vermis do cerebelo posterior e anterior + as zonas 
intermediárias adjacentes.
• Regula movimento e tônus muscular.
• Fornece os circuitos responsáveis pela coordenação 
dos movimentos das partes distais das extremidades, 
especialmente as mãos e os dedos.
No caso de lesões observa-se déficts de coordenação. 
Geralmente, ocorrer dismetria (ultrapassagem dos 
movimentos da marca pretendida – “passar do ponto”) 
que resulta em ataxia (movimentos sem coordenação). 
3. Módulo Cerebrocerebelar (Neocerebelo)
Pontinocerebelar ou Pontocerebelar
• Zonas laterais dos hemisférios cerebelares.
• Comunicação com a área pré-motora e áreas 
samatossensorial primária e de associação.
• Modula a saída de impulsos do córtex motor.
• Planeja movimentos voluntários seqüenciais do corpo e 
das extremidades.
• Controla o planejamento e a iniciação dos movimentos.
• Promove a temporização dos movimentos seqüenciais.
Nos casos de graves lesões no módulo cerebrocebelar
observa-se:
- falta de coordenação dos movimentos complexos 
intencionais das mãos, dedos, pés e do aparelho fonador
- início tardio dos movimentos e movimentos imprecisos 
- ataxia dos membros com hipotonia levando a 
assinergia
- perda da capacidade subconsciente de predizer, 
antecipadamente, que distâncias as diferentes partes do 
corpo se movimentarão num dado intervalo de tempo
- pode ocorrer disartria (fala lenta e “arrastada”)
�Dissinergia: deterioração dos movimentos coordenados. 
�Disdiadococinesia: perda dos movimentos coordenados de 
pronação (A) e supinação (B); perda da progressão do movimento 
C e D).
Pc com 
lesão do 
lado D do 
cerebelo, 
afetando a 
mão 
direita
�Tremor cinético ou de intenção
Conforme o paciente move seu dedo para uma região próxima ao 
alvo (seu nariz), o tremor se acentua.
Exame Neurológico: Testes Cerebelares
Mistura de testes motores e de sensibilidade que avaliam a 
precisão do movimento.
• Manobra index-nariz
O paciente toca 
alternadamente o dedo 
do examinador e depois 
seu próprio nariz 
rapidamente.
• Manobra calcanhar-joelho
O paciente coloca o 
calcanhar no joelho 
oposto e o faz descer 
pela perna.
Avalia a precisão do 
movimento apendicular.
A incapacidade de 
realizar esta manobra é
chamada de ataxia de 
extremidades e é
sugestiva de danos nas 
partes mais laterais do 
cerebelo.
• Fenômeno de rebote
Incapacidade de interromper um movimento
Exemplo:
Se um paciente flexiona o seu antebraço contra uma resistência, 
ela é incapaz de interromper a flexão quando a resistência é
subidamente removida.
Estudo genético-clínico de 24 
pacientes com trissomia 18 
(síndrome de Edwards)
Sugayama, SMM e cols.; 1998.
HC - FMUSP
A trissomia 18 é a segunda trissomia autossômica 
mais freqüente entre os nativivos. E a hipoplasia do 
cerebelo é uma das anomalias mais freqüentes.

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