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DIREITO DE PROPRIEDADE Perda da propriedade Nome do aluno: Matrícula: Nome do aluno: Matrícula: Nome do aluno: Matrícula: Nome do aluno: Matrícula: Nome do aluno: Matrícula: Campus: Brooklin Noturno Perda da propriedade Conceito de Propriedade O Nosso Código Civil vigente, não conceituou a propriedade, mas deixou claro o seu conteúdo, no artigo 1.228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-lá do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Maria Helena Diniz conceitua que a propriedade não foge ao disposto ao referido artigo, ou seja, o poder que uma pessoa tem de usar, gozar, e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, dentro dos limites estabelecidos pela lei, bem como de reivindicá-lo das mãos de quem injustamente o detenha. Perda da propriedade O artigo 1.275 do Código Civil, reza sobre as causas que geram a perda da propriedade, promovendo enumeração apenas exemplificativa, sendo que o caput desde artigo faz menção a outras causas prováveis e previstas no mesmo diploma legal, como, por exemplo, a usucapião, a acessão, a morte, o término da sociedade conjugal na qual se fez eficaz a comunhão universal de bens e o implemento de condição resolutiva se a propriedade era resolúvel. Vale também dizer que em razão do caráter da perpetuidade do domínio o simples não uso do bem não promove sua perda, salvo se configurar abandono ou então se for usucapido por outrem. Perda da propriedade – ALIENAÇÃO Esta modalidade decorre do jus disponiendi (disponibilidade) sendo uma forma de extinção subjetiva do domínio, em que o titular desse direito, ou seja, o proprietário da coisa por sua própria vontade transmite o bem ou direito a outrem de forma onerosa, como na compra e venda ou gratuitamente, como na doação; bem móvel por meio da tradição ou imóvel com o devido registro no cartório de registro de imóveis. Sendo este, um negócio jurídico bilateral, pois o adquirente deve aceitá-lo. Vigora o principio segundo o qual ninguém transfere mais direitos do que possui. Pode também ocorrer de forma compulsória, como na arrematação. Como a alienação não é suficiente para transmitir a propriedade dos bens imóveis, indispensável o registro do título transmissivo junto ao Cartório de Imóveis (Código Civil, artigos 1.275, | e parágrafo único, e 1.227). Sendo coisa móvel, necessária a tradição (Código Civil, artigos 1.267 e 1.226). Perda da propriedade – RENÚCIA Ato unilateral pelo qual o titular do domínio declara expressamente sua vontade de abrir mão do direito sobre a coisa. Na perda da propriedade de modo voluntário, impera a vontade do titular do direito em perder a propriedade. O proprietário estará abrindo mão da propriedade, se desprendendo da propriedade, de livre e espontânea vontade, por ato unilateral. Ao renunciar a uma propriedade, o proprietário renunciante não estará transferindo ao patrimônio para outro, mas sim manifestando sua vontade soberana de não mais possuir o bem, não importando com quem ficará a propriedade após seu ato de renúncia. Para que a renúncia seja válida juridicamente, necessário se faz que seja comunicada inequivocamente através de escritura pública e subordinada a registro. Embora se possa renunciar a qualquer bem, apenas os bens imóveis exigem o registro da escritura. Após essa providência o bem passa a ser de ninguém. A renúncia é irrevogável, não admite arrependimento. É, porem, imprescindível que o proprietário detenha o absolutismo, a perpetuidade e a exclusividade do bem para que possa exercer seu direito de renúncia, uma vez que estas são as três Características que definem a propriedade, sem as quais (ou sem uma só delas), torna-se impossível o exercício do direito de renunciar, pois estará implícita a ausência de um dos Elementos Constitutivos da propriedade plena, o "jus abutendi", ou seja, o direito de dispor da coisa como bem entender. Embora a falta de um dos Elementos não anule o fato de ser proprietário, impede de modo absoluto a prática do direito de renunciar. Finalizando, ao renunciar, o proprietário simplesmente exerce seu direito de dispor da propriedade da forma como melhor lhe aprouver, direito soberano que lhe garante a Constituição Federal. Cumpre salientar, que se a imóvel, imprescindível o registro do ato renunciativo no Registro de Imóveis (Código Civil, artigos 1.275, inciso II e parágrafo único, e 108). Perda da propriedade – ABANDONO O abandono também é um ato unilateral, em que o titular do domínio se desfaz, ou seja, abre mão de seus direitos sobre a coisa. Este se diferencia da renúncia, pois aqui não há manifestação expressa. Por exemplo, se o titular de um imóvel (casa), o abandona, decorrido três anos o imóvel passará para o domínio do poder público. E se este imóvel estiver localizado em zona rural o bem se dará a iniciativa da União, sendo em zona urbana e, passado três anos, incorporar-se ao domínio do Município ou Distrito Federal. Não basta que o proprietário deixe de cumprir com seus deveres de ordem fiscal, revelando, assim, seu total desinteresse pelo bem. Se imóvel, além de cessados os atos de posse o proprietário deverá deixar de satisfazer os ônus fiscais, havendo, então, pressunção absoluta na intenção do abandono, sendo assim o simples não uso não gera a perda da propriedade, ou seja, deve-se provar o animus abandonandi (Código Civil, artigo 1.276, parágrafo 2°). Vale Salientar que durante o prazo mencionado acima, o proprietário poderá reivindicar o imóvel, já que o seu domínio sob a propriedade apenas se extingue ao término do lapso temporal referido. Perda da propriedade – PERECIMENTO A perda pelo perecimento da coisa decorre da perda do objeto. Desaparecendo o objeto da propriedade, por força natural ou atividade humana, não existe mais o direito, por lhe faltar o objeto. Trata-se de modalidade involuntária de perda da propriedade (Código Civil, artigo 1.275, |V). Sendo assim há duas modalidades de perecimento, a parcial e a total. Perecimento Parcial: O termo mais correto ao falarmos de perecimento parcial seria Deterioração, que é o mesmo que diminuição da propriedade. Como exemplo de deterioração, podemos pensar em um proprietário de um boi reprodutor, que é coisa móvel, a partir do momento que o boi não reproduzir mais, consideramos a deterioração da coisa, pois ele não perde a coisa inteira, e só uma qualidade da coisa. Se o boi morresse, seria perecimento da coisa. O Perecimento total é causa de perda, perda irreparável e definitiva do imóvel, que acontece por eventos climáticos, como falamos acima, avalanches, terremotos, tsunamis e etc. Podemos citar o exemplo de um proprietário de uma ilha e essa é encolhida, ou seja, tomada pelo mar, assim fazendo-a desaparecer e seu proprietário perder o poder que tinha sobre ela. Outro exemplo é a queda de objeto no mar, podendo ocorrer que este objeto não foi destruído, porém, não há possibilidade de contato físico pelo homem. Sendo assim, o direito de propriedade recai sobre alguma coisa, algum bem, e inexistindo o objeto, inexiste o direito que havia sobre ele. Perda da propriedade – DESAPROPRIAÇÃO E REQUISIÇÃO Referências bibliográficas - Maria Helana Diniz, curso de direito civil brasileiro: direito das coisas - Nery Junior, Nelson. Nery, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Anotado, 2ª Ed. São Paulo. - Acesso em 18/10/2011 < http://www.jurisway.org.br > - Venosa, Sílvio de Salvo. Direito Civil – Direitos Reais, 3ª Ed. São Paulo: Atlas. - Fiuza, Cesar. Direito Civil – Curso Completo. 5ª Ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2002. - Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 5 : Direito das Coisas. 6ª edição, São Paulo: Saraiva, 2011. - Konrad, Mario Alberto . Konrad, Sandra Ligian Nerling. Direito Civil 2, Resposabilidade civil, direito das coisas, 3ª Ed. Saraiva – 2010.
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