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HELLEN MARTINS PROPEDEUTICA II Ranula É um termo usado para os mucoceles que ocorrem no soalho da boca. O termo rânula também tem sido usado para descrever outras tumefações semelhantes no soalho da boca, incluindo os cistos verdadeiros do ducto salivar, cisto dermoide e higromas císticos. Embora a fonte do extravasamento de mucina seja usualmente a glândula submandibular, as rânulas podem originar-se do ducto submandibular ou, possivelmente, das glândulas salivares menores do soalho da boca. CARACTERISTICAS CLINICAS Apresentam-se como uma tumefação azulada, flutuante, com a forma de cúpula no soalho da boca. As lesões mais profundas podem ter coloração normal. As rânulas tendem a ser maiores do que os mucoceles em outras localizações da boca; elas podem atingir muitos centímetros de diâmetros, ocupar todo o soalho da boca e elevar a língua. A rânula localiza-se lateralmente à linha média, um aspecto que pode ajudar a distingui- la do cisto dermoide. Assim como outros mucoceles, a rânula pode romper-se e liberar o conteúdo mucoso, apenas para formar-se novamente. Uma variante clinica incomum, a rânula mergulhante ou rânula cervical, ocorre quando extravasamento de mucina disseca o músculo miloióide e produz tumefação no pescoço. Uma tumefação concomitante no soalho da boca pode estar ou não presente. Se não houver lesão na boca, não haverá suspeita de diagnostico clinico de rânula. Rânula. Aumento de volume azulado no lado esquerdo do assoalho de boca. CARACTERISTICAS HISTOPATOLÓGICAS A aparência microscopia de uma rânula é semelhante à do mucocele, embora esteja em outra localização. A mucina extravasada é circundada por tecido de granulação reacional que caracteriscamente contem histiócitos espumosos. Rânula Mergulhante. Aumento de volume de consistência amolecida no pescoço. TRATAMENTO E PROGNOSTICO O tratamento da rânula consiste na remoção da glândula sublingual e/ou marsupialização. A marsupialização (descompressão) consiste na remoção da porção superior da lesão intraoral, que geralmente pode ser bem- sucedida para rânulas pequenas e superficiais. Entretanto, a marsupialização frequentemente não é bem-sucedida em rânulas grandes, em que a maioria dos autores enfatiza que é importante considerar a remoção da glândula acometida para a prevenção de recorrências da lesão. Se a glândula for removida, a dissecção meticulosa do limite da lesão pode não ser necessária para sua resolução, mesmo para as rânulas mergulhantes. Caso seja possível a identificação da porção específica da glândula sublingual que originou a lesão, a excisão parcial da glândula pode ser bem-sucedida.
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