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aos crimes cometidos pelos representantes do Estado, que ofenderiam a ordem, a legalidade e a segurança internacional; seriam infrações internacionais os crimes contra a paz, os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade. 3.1.2. Segunda: infrações internacionais cometidas por particulares, que seriam, por exemplo, a pirataria, o tráfico internacional de entorpecentes e falsificação de moeda. 3.1.3. Assim, enquanto a primeira categoria teria, fundamentalmente, objetivos políticos, na segunda tal fato não ocorreria. Crimes Internacionais 3. Classificações 3.2. Em um terceiro sentido, ainda mais amplo, seria aplicável à delinquência internacional por contaminação ou difusão: conjunto daqueles crimes, convencionais ou não, que passam de um Estado a outro de forma epidêmica graças à rapidez dos meios de transporte, à instantaneidade das comunicações e à atividade dos mass media. 3.3. Este último aspecto transformou o crime na notícia por excelência e, com isso, o potencializou. Crimes Internacionais 4. Estrutura e Imputação 4.1. A construção de uma teoria do crime no Direito Penal Internacional enfrenta algumas dificuldades, em razão de suas particularidades. 4.2. Há diferenças importantes entre o Direito Penal interno e o Direito Penal Internacional, que se manifestam em questões básicas, como, por exemplo, no caso do princípio da reserva legal. 4.3. Se, na esfera interna, o princípio da legalidade é admitido e incorporado à imensa maioria das legislações contemporâneas, no Direito Penal Internacional, ainda existem dúvidas quanto à sua real significação e o seu alcance. Crimes Internacionais 4. Estrutura e Imputação 4.4. Espera-se que a implantação do Tribunal Penal Internacional permanente seja responsável pela adoção de regras mais claras e concretas. 4.5. A partir das fontes do Direito Penal Internacional, foi construída uma estrutura de crime basicamente bipartida, fazendo referência a responsabilidade individual e suas causa de exclusão, também conhecidas como defences. 4.6. Distingue-se o modelo encontrado na esfera do Direito Penal Internacional do modelo comumente aceito, que faz referência a injusto e a culpabilidade. Roteiro 22: Teoria da Pena 1. Noções introdutórias 2. Conceitos 3. Princípios Constitucionais 4. Penas Admitidas 5. Penas Proibidas Teoria da Pena 1. Noções Introdutórias 1.1. Sanção penal o gênero do qual pena e medida de segurança são as espécies existentes no ordenamento jurídico brasileiro. 1.2. A imposição de pena, enquanto consequência jurídica do fato, legitima-se diante da culpabilidade. 1.3. Sem culpabilidade ou com a responsabilidade penal diminuída, a pena cede ou pode vir a ceder para a medida de segurança. Teoria da Pena 2. Conceitos 2.1. Pena: perda de um direito imposta pelo Estado em razão da prática de uma infração penal. 2.2. Medidas de segurança: medidas terapêuticas aplicáveis aos inimputáveis e semi-imputáveis, caso pratiquem conduta definida como crime, por lhes faltar sanidade. Teoria da Pena 3. Princípios Constitucionais 3.1. Personalidade da pena (artigo 5º, XLV, CF88): a pena não passará da pessoa do condenado. 3.2. Individualização da pena (artigo 5º, XLVI, CF88): todo indivíduo tem o direito de ter a pena a ele aplicada individualmente, consideradas todas as suas características e condições pessoais, além de se valorar o que efetivamente fez (mesmo em caso de concurso de pessoas). Teoria da Pena 4. Penas Admitidas 4.1. No Brasil, as penas que são admitidas são tradicionalmente previstas nos respectivos diplomas constitucionais. 4.2. Na legislação atual, encontram-se dispostas no artigo 5º, XLVI, CF88, bem como no artigo 32 CP. 4.3. O rol constitucional das penas admitidas é apenas exemplificativo, e as hipóteses indicadas se mostram bastante amplas. Teoria da Pena 4. Penas Admitidas 4.4. Apesar de certa discrepância entre o texto constitucional e o texto do Código Penal, tem-se que as penas admitidas no Brasil são as seguintes: 4.4.1. Privativas de liberdade; 4.4.2. Restritivas de direitos; 4.4.3. Multa. 4.5. O Código Penal prevê que as primeiras serão cumpridas nas modalidades de reclusão e detenção (artigo 33 CP). Teoria da Pena 4. Penas Admitidas 4.6. Por fim, as penas restritivas de direitos serão cumpridas por meio de uma das seguintes modalidades: 4.6.1. Prestação pecuniária; 4.6.2. Perda de bens e valores; 4.6.3. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; 4.6.4. Interdição temporária de direitos; 4.6.5 Limitação de fim de semana. 4.7. A pena de multa, por sua vez, adota o sistema dos dias-multa, nos termos do artigo 49 CP. Teoria da Pena 5. Penas Proibidas 5.1. O artigo 5º, XLVII, CF88, proíbe as seguintes penas: 5.1.1. De morte, salvo em caso de guerra externa declarada; 5.1.2. De caráter perpétuo; 5.1.3. De trabalhos forçados; 5.1.4. De banimento; 5.1.5. Penas cruéis. 5.2. As penas proibidas se relacionam com a adoção de conceitos oriundos do Período Humanizador. Roteiro 23: Penas Privativas de Liberdade 1. Noções introdutórias 2. Espécies de Penas de Prisão 3. Regime prisional 4. Exame Criminológico 5. Detração Penal 6. Regulamentação Geral do Sistema Penitenciário e Direitos dos Presos 7. Trabalho Prisional 8. Remição Penal 9. Superveniência de Doença Mental 10. Monitoramento Eletrônico Penas Privativas de Liberdade 1. Noções Introdutórias 1.1. É elementar que exista, no sistema penal, uma modalidade mais gravosa de sanção do que as dos demais ramos do Direito. 1.2. Efetivamente, no ordenamento jurídico brasileiro, como em muitos outros, a pena de prisão figura como esse último instrumento punitivo (extrema ratio). 1.3. A prisão-pena significa a legítima privação do direito de liberdade do condenado. Penas Privativas de Liberdade 1. Noções Introdutórias 1.4. A prisão se tornou a principal referência do sistema penal brasileiro. Mais que isso, pode-se dizer que a pena privativa da liberdade e a prisão em geral passaram a simbolizar a ideia de punição no Brasil. 1.5. Um dado que chama a atenção contemporaneamente é, nos últimos anos, houve uma mudança estatística importante no sistema penal brasileiro: o número de pessoas submetidas a penas e medidas alternativas ultrapassou o número de pessoas presas. Penas Privativas de Liberdade 2. Espécies de Penas de Prisão 2.1. O ordenamento jurídico brasileiro prevê três espécies de pena de prisão: 2.1.1. Reclusão para delitos, de forma isolada, alternativa ou cumulativa com a pena de multa. 2.1.2. Detenção para delitos, de forma isolada, alternativa ou cumulativa com a pena de multa. 2.1.3. Prisão simples (para as contravenções penais, também isolada, alternativa ou cumulativamente com a sanção pecuniária). Penas Privativas de Liberdade 2. Espécies de Penas de Prisão 2.2. O artigo 33 CP assinala que a reclusão é a pena cujo cumprimento pode ser iniciado em qualquer um dos três regimes prisionais: fechado, semiaberto ou aberto. A pena de detenção, por sua vez, pressupõe que o início do seu cumprimento se dê no regime semiaberto ou aberto. 2.3. Com relação às medidas de segurança, de acordo com os artigos 96 e 97 CP: 2.3.1. Pena de reclusão, imposição da internação em hospital de tratamento e custódia; 2.3.2. Pena de detenção, em regra, a medida de segurança será cumprida em liberdade, ou seja, tratamento ambulatorial. Penas Privativas de Liberdade 2. Espécies de Penas de Prisão 2.4. A LEP dispõe sobre os