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tem a execução da pena privativa de liberdade suspensa, a mercê do cumprimento das condições legais e judiciais. 5.4.1. Para as modalidades simples e especial, o período de prova varia entre dois e quatro anos; 5.4.2. Para o sursis etário ou humanitário, entre quatro e seis anos. Suspensão Condicional da Pena 6. Descumprimento das Condições 6.1. Durante o período de prova, será aferido se o condenado efetivamente faz jus à liberdade que lhe foi mantida, 6.2. As causas de revogação podem ser obrigatórias ou facultativas. 6.2.1. Obrigatórias: artigo 81, I a III, CP. 6.2.2. Facultativas: artigo 81, § 1º, CP. Suspensão Condicional da Pena 7. Prorrogação do sursis 7.1. Além das hipóteses anteriormente analisadas, o sursis terá ter seu prazo automaticamente prorrogado se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, dilação esta que se estende até o julgamento definitivo (artigo 81, § 2º, CP). 7.2. A prorrogação automática não decorre da prática de outro delito; tampouco do fato de estar respondendo a inquérito policial ou procedimento investigatório conduzido pelo MP, mas de processo penal formalmente deflagrado, isto é, de denúncia judicialmente recebida. Suspensão Condicional da Pena 8. Cumprimento Integral das Condições 8.1. Decorrido o período de prova sem que se tenha havido revogação, considerar-se-á extinta a pena privativa de liberdade (artigo 82 CP). 8.2. Trata-se de causa de extinção da punibilidade não contemplada no rol do artigo 107 CP. Roteiro 31: Livramento Condicional 1. Noções introdutórias 2. Conceito 3. Pressupostos 4. Unificação das Penas 5. Cumprimento das Condições e Período de Prova 6. Descumprimento das Condições 7. Suspensão 8. Prorrogação 9. Cumprimento Integral Livramento Condicional 1. Noções Introdutórias 1.1. O livramento condicional é concebido e aplicado como uma etapa intermediária entre o aprisionamento e a plena liberdade. 1.2. Trata-se de uma medida utilizada pelos países que adotam o sistema progressivo de cumprimento de pena. Livramento Condicional 2. Conceito 2.1. Consiste na liberação antecipada, mediante determinadas condições, do condenado que cumpriu uma parte da pena que lhe foi imposta. 2.2. Verificação empírica da aptidão do condenado para abreviar, ainda que precariamente, o tempo de prisão, saindo do estabelecimento para reintegrar-se socialmente. 2.3. Não há consenso doutrinário sobre sua natureza. No Brasil, a doutrina majoritária entende que trata-se de direito subjetivo do apenado, desde que atendidos os pressupostos legais. Livramento Condicional 3. Pressupostos 3.1. Segundo o artigo 131 da LEP, o livramento condicional poderá ser concedido ao condenado que vier a atender aos requisitos do artigo 83 CP. 3.1.1. Pena privativa de liberdade seja igual ou superior a dois anos; 3.1.2. Cumprimento de mais de um terço da pena, se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 3.1.3. Cumprimento de mais da metade da pena, em caso de reincidência em crime doloso; 3.1.4. Cumprimento de mais de dois terços da pena, em caso de condenação por crime hediondo ou assemelhados, salvo se reincidente específico em crimes desta natureza; Livramento Condicional 3. Pressupostos 3.1.5. Comprovação de comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; 3.1.6. Reparação do dano, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo; 3.1.7. Submissão a exame criminológico, em caso de condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. 3.2. O artigo 83, III, CP, arrola, ainda, três fatores de natureza subjetiva que visam aferir se o apenado responde satisfatoriamente às expectativas relacionadas com a sua reinserção social: 3.2.1. Comportamento satisfatório no curso da execução penal; Livramento Condicional 3. Pressupostos 3.2.2. Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; 3.2.3. Aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto. Livramento Condicional 4. Unificação de Penas 4.1. Artigo 84 CP. As penas que correspondam a infrações diversas devem ser somadas para efeito do livramento. 4.2. O artigo 75, § 1º, CP, e o artigo 111 da LEP, cuidam da questão da unificação, para atender, respectivamente, ao limite máximo de cumprimento de pena (trinta anos), bem assim à fixação do regime inicial de cumprimento de pena. Livramento Condicional 5. Cumprimento das Condições e Período de Prova 5.1. As condições a serem observadas pelo liberado, durante o período de prova, devem estar especificadas na sentença que concede o benefício (artigo 85 CP). 5.2. O artigo 132 da LEP disciplina os termos da sentença concessiva do livramento, prevendo um rol de condições obrigatórias e facultativas que deverão ser observadas pelo liberado. 5.3. As condições obrigatórias são: 5.3.1. Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; Livramento Condicional 5. Cumprimento das Condições e Período de Prova 5.3.2. Comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação; 5.3.3. Não mudar do território da comarca do Juízo da Execução, sem prévia autorização deste. 5.4. Por seu turno, as condições facultativas são: 5.4.1. Não mudar de residência, no território da comarca, sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da assistência ou fiscalização da medida (Patronato); 5.4.2. Recolher-se à habitação em hora fixada; 5.4.3. Não frequentar determinados lugares. Livramento Condicional 6. Descumprimento das Condições 6.1. As condições impostas ao liberado devem ser estritamente observadas, sob pena de cancelamento do benefício e regressão ao regime anteriormente fixado. 6.2. As causas de revogação podem ser obrigatórias ou facultativas. 6.2.1. Obrigatórias (artigo 86 CP): condenação irrecorrível por crime cometido durante o benefício. Condenação irrecorrível por crime cometido antes do benefício. 6.2.2. Facultativas (artigo 87 CP): deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença. Superveniência de sentença condenatória irrecorrível, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. Livramento Condicional 7. Suspensão 7.1. Trata-se de medida cautelar que visa resguardar os interesses da sociedade, em razão da natural demora até se chegar a uma sentença condenatória irrecorrível que acarrete, só então, a revogação definitiva do benefício. 7.2. Artigo 145 da LEP. Diferentemente da revogação, que é definitiva, a suspensão se dá a título provisório, ou seja, pendente da decisão final que selará o destino do apenado que tenha praticado outra infração enquanto liberado. Livramento Condicional 8. Prorrogação 8.1. A prorrogação do livramento ou do seu período de prova efetivamente não existe. Isso porque, o artigo 89 CP contempla norma impeditiva da extinção da pretensão punitiva estatal, visto que, se houver condenação, será revogado o livramento que estava suspenso, desprezando-se o tempo correspondente ao período de prova para fins de cômputo de pena cumprida. 8.2. A jurisprudência do STF e do STJ apontam no sentido de rejeitar a hipótese de prorrogação do livramento, reconhecendo-se, tão-somente, as medidas de suspensão, de caráter cautelar, e de revogação, como decisão final. Livramento Condicional 9. Cumprimento Integral 9.1. Decorrido o prazo referente ao período de prova – sem suspensão ou revogação