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Farmacologia Gaby Alfaro Antipsicóticos • Psicose: associado a esquizofrenia; percepçāo alterada da realidade; ESQUIZOFRENIA • Psicose: distúrbios do pensamento, percepçāo, afeto e comportamento que levam a uma perda de contato com a realidade; • Causas: funcionais e orgânicas; Funcionais: esquizofrenia e distúrbios afetivos; Orgânicas: demência (pacientes idosos) , síndrome de retirada e intoxicações (anfetaminas e machonha); • Antigamente, chamava-se de demência precoce; • O primeiro surto psicótico costuma ocorrer no final da adolescência ou início da vida adulta (20 a 25 anos); podendo evoluir ou nāo; • Sintomas positivos: “o que tem a mais”; postura ativa; alucina; nāo consegue se comunicar direito; mais visível; chamam mais a atenção; I. Alucinações: alterações da percepção (auditiva, olfativa, visual e tátil); II. Delírio: alterações no pensamento (perseguições, inveja, megalomania); III. Distúrbios de pensamento: fala desorganizada; - Atraem a atenção para a doença do paciente. • Sintomas negativos: “ o que tem a menos” prejudicam a pessoa; chama menos a atenção; I. Falta de iniciativa; II. Anedonia: falta de interesse, de prazer; III. Embotamento afetivo: diminuição da habilidade de expressar-se emocionalmente; IV. Isolamento social; V. Pobreza de linguagem; - Prejudicam a pessoa em ter uma vida cotidiana; • Normalmente, o tratamento de esquizofrenia é baseado na cura dos sintomas positivos; • Curso das manifestações dos sintomas: a esquizofrenia é uma neuro deficiência; inicia-se na infância; o primeiro surto psicótico ocorre na adolescência\vida adulta; nāo é percebido nesse meio tempo os sintomas para serem associados a esquizofrenia; - Alterações cognitivas, motoras e modificações sociais sāo notórias desde a infância; alterações genéticas; - Nas próximas fases de vida: ansiedade e depressão; - Sintomas psicóticos: início da fase adulta; Alterações sāo precedidas por sintomas negativos, OU SEJA, os primeiros sintomas sāo os negativos e cognitivos que iniciam; Depois sāo os sintomas positivos e que normalmente é a fase que inicia-se o tratamento; • Ocorrência: evolução dos surtos (denominado surtos psicóticos pelo fato dessas manifestações nāo estarem presente durante toda a doença; momento de pico das manifestações e momentos de normalização); I. Paciente apresenta um surto de alteração de alucinação e delírio e após isso, NĀO MANIFESTA MAIS NADA!; Nāo manifesta mais surtos após o primeiro; II. Paciente com surtos isolados e intervalos com comportamento normais, em relação aos sintomas positivos; os sintomas negativos sāo mantidos; objetivo é controlar os momentos de surtos; III. Paciente que apresenta manifestações nos surtos psicóticos e nos intervalos; ou seja, nāo retorna pro basal; apresenta um pequeno linear de manifestação; torna-se estável; IV. Paciente em que a esquizofrenia vai progressivamente piorando; caso mais grave; ocorre surtos e em cada período de remição apresentam níveis de comportamento residual maior; • Causas: causas sāo desconhecidas e complexas, envolvendo componentes genéticos e ambientais; experiências perinatais; e na gestação que podem haver diversos fatores que podem aumentar a disposição da pessoa; interação entra a genética e o ambiental (vida 1 DELÍRIO ALUCINAÇÃO Percepção da realidade ESQUIZOFRENIA – Transtorno Psicótico PSICOSE – “Distúrbios do pensamento, percepção, afeto e comportamento que levam a uma perda do contato com a realidade.” FUNCIONAIS: esquizofrenia e distúrbios afetivos ORGÂNICAS: demência, síndrome de retirada e intoxicações (anfetamina, maconha). ESQUIZOFRENIA Transtorno psiquiátrico crônico e incapacitante Natureza Complexa Manifestações Múltiplas O Iluminado ESQUIZOFRENIA OCORRÊNCIA DE SURTOS Cerca de 1/3 dos pacientes se enquadram no grupo 4 (apresentam sintomas mesmo entre os surtos psicóticos e estes vão se intensificando com o tempo) ESQUIZOFRENIA Não manifesta mais surtos após o primeiro Manifesta surtos periódicos Manifesta sintomas também entre os surtos OCORRÊNCIA DE SURTOS Cerca de 1/3 dos pacientes se enquadram no grupo 4 (apresentam sintomas mesmo entre os surtos psicóticos e estes vão se intensificando com o tempo) ESQUIZOFRENIA Não manifesta mais surtos após o primeiro Manifesta surtos periódicos Manifesta sintomas também entre os surtos OCORRÊNCIA DE SURTOS Cerca de 1/3 dos pacientes se enquadram no grupo 4 (apresentam sintomas mesmo entre os surtos psicóticos e estes vão se intensificando com o tempo) ESQUIZOFRENIA Não manifesta mais surtos após o primeiro Manifesta surtos periódicos Manifesta sintomas também entre os surtos OCORRÊNCIA DE SURTOS Cerca de 1/3 dos pacientes se enquadram no grupo 4 (apresentam sintomas mesmo entre os surtos psicóticos e estes vão se intensificando com o tempo) ESQUIZOFRENIA Não manifesta mais surtos após o primeiro Manifesta surtos periódicos Manifesta sintomas também entre os surtos Farmacologia Gaby Alfaro inteira e principalmente na adolescência, em que há uma interação social maior); Influência hereditária: é possível que há uma relevância quando há casos na família; Interação de uma pessoa que apresenta uma condição pré- genética com associação a fatores ambientais; OU SEJA, INTERAÇĀO DAS CAUSAS GENÉTICAS E AMBIENTAIS; Infecções; aceitação social (pertencer a grupos minoritários) e uso de maconha (principalmente na fase inicial da adolescência); sāo gatinhos, principalmente quando há fator genético; Transtorno do neurodesenvolvimento: pelo fato que a formação final do SNC ocorre até os 25 anos; influenciado desde a carga genética e perinatais (hipoxia e infeções), sendo fatores de vulnerabilidade; Crise psicótica: precedida de vários fatores, como, mudar de casa, perder um familiar, entrar na faculdade, término, entre outros; Raro o individuo reconhecer e ter consciência de que realmente está doente, tornando difícil a adesão ao tratamento; - Dimensão biológica: o fármaco atua modulando algum fator biológicos; questão genética; - Anormalidades estruturais, de estruturas específicas do SNC; sāo consideradas vertentes; - Traumas na infância; alteração do cognitivo; vertente social; relevância da aceitação social; • Fisiopatologia e bases biológicas: - Disfunções neuroquímica: dopamina e glutamato; • Dopamina: base do transtorno e do tratamento; Neurotransmissāo dopaminérgica: - Neurotransmissores apresentam vias especificas no SNC; 4 principais vias: condições especificas; I. Via mesocortical: participa de processos de cognição, humor e atenção; II. Via mesolímpica: motivação e recompensa; exacerbada nos pacientes com esquizofrenia na manifestação dos surtos psicóticos; III. Nigroestriatal: função motora; importante em efeitos colaterais de fármaco utilizados; IV. Tuberoinfundibular: liberação de prolactina; sem importância pra esquizofrenia; - Pacientes com esquizofrenia: aumento de dopamina na via mesolímpica; aumentando a ativação de receptores D2 (processo de recompensa); manifestação de sintomas de alucinação e delírio; sintomas positivos; - Tratamento: antagonizar a via mesolímpica pelo aumento de dopamina; - Estudos indicam que a diminuição da dopamina na via mesocortical esteja relacionada com o sistema negativo pelo fato de apresentarem diminuição de D1; • Alterações anatômicas: redução do tamanho de estruturas subcortais, como amígdala e hipocampo e hipofrontalidade; • Tratamento: - Primeira substância utilizada: clorpromazina; descoberta por acaso; procurava-se na época substância pra utilização na parte da anestesia; sendo uma revolução; houve melhoras comportamentais: desligados do meio e mais relaxado e calmo; “revolução farmacológica”; - Antipsicóticos de primeira geração (neuroléptico): haloperidol(utilizado até hoje); mesmo com estruturas e classes distintas, apresentam a mesma resposta; Sāo chamados de tranquilizantes maiores, neuroléptico e antipsicóticos típicos (primeira geração); Houve a observação de que a clorpromazina e a dopamina apresentavam semelhanças na estrutura química, pelo fato de terem visto uma sobreposição espacial entre as duas substâncias; surge a relação dopaminérgica; Neurotransmissāo dopaminérgica: - Neurotransmissāo clássica: neurônio pré e pós sináptico, fenda (local em que o neurotransmissor é liberado), enzimas de metabolização (MAO: metabolização de sereotonina e noradrenalina. Além disso, metaboliza dopamina por ser monoaminas); - As substâncias antipsicóticas como a clorpromazina que apresentava essa similaridade com a dopamina, sendo capaz de reagir com receptor D2 diminuindo a sua atividade; - Na esquizofrenia, há excesso de D2 na via mesolímpica e por isso, a função do antipsicótico é antagonizar o receptor; ou seja, o efeito antipsicótico é reduzir o efeito da dopamina; - Substâncias pscicoestimulantes, exemplo a cocaína que pode estar associada a eventos psicóticos por aumentar o nível de dopamina; 2 CAUSAS � GENÉTICAS � AMBIENTAIS ESQUIZOFRENIA As causas da esquizofrenia são complexas e ainda não bem conhecidas, envolvendo componentes genéticos e ambientais. 50% de concordância entre gêmeos univitelinos 1% da população Maior incidência também entre parentes Infecções maternas no segundo trimestre da gestação Pertencer a grupos minoritários Uso intenso de Cannabis sativa CONHECIDA COMO TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO, UMA VEZ QUE A FORMAÇÃO FINAL DO SNC OCORRE ATÉ OS 25 ANOS ESQUIZOFRENIA TRATAMENTO OBSERVAÇÃO DE QUE A ESTRUTURA ESPACIAL DA DOPAMINA E CLORPROMAZINA SÃO SEMELHANTES ESQUIZOFRENIA TRATAMENTO ESQUIZOFRENIA NEUROTRANSMISSÃO DOPAMINÉRGCA Farmacologia Gaby Alfaro - Dois grandes grupos de receptores dopaminérgicos: D1 e D2: modificações de vias celulares; - Vias dopaminérgica: 1. Via mesolímpica: responsável pelos sintomas positivos; 2. Via mesocortical: responsável pelos sintomas negativos; • Clorpromazina: antipsicóticos de primeira geração ou típicos; - Melhora os sintomas positivos; - Bloqueio de receptores D2 na via mesolímpica; - Nāo melhora os sintomas negativos; - Induz efeitos extrapiramidais ou tipo-parkinsonianos pelo fato do bloqueio de D2 na via nigro-estrital (via responsável pela motricidade); - Antagonista de qualquer D2 presente; nāo é específico de uma via; - Paciente apresenta rigidez, tremores finos e extremidade, acatsia (incapacidade de ficar parado), discinesia (movimentos involuntários); problemas pra caminhar; bradicnesia (lentidão dos movimentos); - Efeitos motores a longo prazo dos antipsicóticos (discinesia tardia): movimentos involuntários, principalmente na face e sua incidência aumenta com a idade e o uso crônico de neuroléptico. Acomete também língua, tronco e membros. Incapacitante. • Antipsicóticos de segunda geração ou atípicos: Clozapina - Melhora os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia; - Nāo causam efeitos colaterais extrapiramidais; - Nas doses usuais (terapêuticas) apresentam mais efeitos nas vias mesocorticais do que a nigro-estrital; • Antipsicóticos: antagonizam outros tipos de receptores, além do D2, responsáveis por diversos tipos colaterais; • Menor a porcentagem de KI (afinidade); • Quanto menor o KI, maior a afinidade; • Clorpromazina: apresenta efeitos anticolinérgicos como a boca seca, sedação, ganho de peso. Efeitos colaterais por uma baixa seletividade; • Efeitos indesejáveis nāo dopaminérgicos: - Muscarínico: boca seca, constipaçāo, visão borrada, retenção urinária; - H1: sedação, ganho de peso; - Alfa-1: hipotensão postural, problemas de ejaculação; • Clozapina: deu origem aos antipsicóticos atípicos; • Os antipsicóticos de segunda geração: todos produzem incidência menor de efeitos parkinsonianos, mas nenhum é igual, em termos de eficácia, à clozapina; controlam parcialmente os efeitos negativos e nāo melhora os déficits cognitivos; - Respiridona; - Clozapina; - Olanzapina; - Aripiprazol; - Quetiapina; • Necessidade de novas drogas: melhor tolerabilidade e melhor resposta ao tratamento; 3 ESQUIZOFRENIA NEUROTRANSMISSÃO DOPAMINÉRGCA Antipsicóticos – reduzem Psicoestimulantes - aumentam ESQUIZOFRENIA Os efeitos “extrapiramidais”, que são alterações motoras como acatisia e discinesia, constituem a chamada “síndrome Parkinsoniana”. São decorrentes do bloqueio de D2 da via nigro-estriatal. ESQUIZOFRENIA Os efeitos “extrapiramidais”, que são alterações motoras como acatisia e discinesia, constituem a chamada “síndrome Parkinsoniana”. São decorrentes do bloqueio de D2 da via nigro-estriatal. ANTIPSICÓTICOS ANTIPSICÓTICOS
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