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RESUMO COMPLETO PARA AV1 PSICANÁLISE

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RESUMO PARA AV1 PSICANÁLISE
PSICANÁLISE- Pode ser apresentada como uma teoria que rompe definitivamente com a psiquiatria, neurologia e psicologia do século XIX.
Foi o resultado de uma série de articulações entre saberes e praticas que constituíram o solo histórico da época.
A CONSCIÊNCIA DA LOUCURA
Século XVI, o século das incertezas e confusões resultantes da derrubada das grandes verdades. Século crítico, aturdido pelas grandes descobertas, pelas invenções e pelas transformações políticas e religiosas.
O resultado foi um homem entregue a perplexidade e a duvida do que restou da destruição do Mundo e de Deus.
Segundo Montaigne, o Eu volta-se para si próprio, para sua consciência, mas não encontra nada, permanecendo na dúvida e no ceticismo.
Descartes faz da duvida de Montaigne, não o ponto final, mas o de partida para o seu pensamento.
SECULO XVI → O desvario e as incertezas.
SECULO XVII→ Racionalidade das consciência.
 → Partilha entre a razão e a desrazão 
 → Momento da emergência da LOUCURA, a razão produziu a loucura.
 Descrição minuciosa das condições que se deu a produção da 
loucura → Michel Foucault → produzir o saber sobre a loucura é 
produzir a própria loucura → diz ser a loucura uma produção do 
próprio século XVIII → a grande fabrica, o hospital, o grande 
artesão, o psiquiatra e o grande produtor, o laboratório.
O fundamental a se destacar em seu estudo é o fato de que, para ele, a loucura não se apresentava como uma substancia que apareceu de repente por força da dos estudos da razão, literalmente a loucura não existia, o que existia era a diferença e o lugar da diferença. Não havia o louco como uma entidade diferenciada, ele estava inserido na classe dos alcolatras, leprosos, delinquentes...
Segundo ele, o que se tinha era a denuncia da loucura, mas não sua definição e das formas como aparecia.
Descartes não foi o produtor da loucura, o que ele fez foi situar a nível de discurso o que transcendia as necessidades da época.
A loucura não atingia o pensamento, apenas o homem e segundo Descartes, não havia um pensamento louco, pois o pensamento, por ser regulado pela razão, opunha-se a loucura. O homem pode ficar louco, o pensamento não.
Se o que distingue o homem do animal é a racionalidade, o louco identifica-se com o animal. Daí as praticas de dominação da loucura, num certo período, terem adquirido características idênticas as empregadas para se domar um animal bravio.
A partir da denuncia da loucura, surge a consciência dos seus modos de aparição. Esse é o momento em que a loucura emerge como objeto do saber e não apenas como diferença a ser segregada e asilada.
O SABER PSIQUIATRICO
O que mais importava para o psiquiatra era apresentar o louco como um individuo perigoso e o saber, neste caso, não funcionava no sentido de procurar alguma razão na loucura ou de determinar as formas diferencias através da qual ela se manifestava, mas no sentido de apontar de forma absoluta se o individuo era louco ou não.
O diagnóstico psiquiátrico era absoluto.
O passo seguinte ao da denúncia da loucura não era propriamente a cura, mas o controle disciplinar do indiv. O Louco não era curado, mas encarcerado e domado.
O INTERROGATORIO E A COFISSÃO
O interrog. tinha como objetivo a busca de antecedentes e a obtenção de uma confissão.
Na impossibilidade de localizar no corpo do indiv. A substancia louca, a psiquiatria procurava esse substrato na família do louco.
A loucura era doença sem corpo e era considerada uma doença mental.
Ele era a forma de se chegar as lembranças individuais e familiares que indicariam os antecedentes da doença, adquirindo a loucura o caráter hereditário. 
Contudo, o saber obtido pelo interrogatório não era suficiente, ele não tinha nenhum valor terapêutico, funcionava apenas como prova de verdade.
O objetivo final do interrogatório era a obtenção de uma confissão, isto é, o reconhecimento, pelo paciente, de sua própria loucura. Uma vez obtida, tinha duplo valor: era indicativa da submissão do paciente a vontade do medico e além disso, era através dela que o paciente se livrava do mal.
A LOUCURA EXPERIMENTAL
Loucura X Simulação
O psiquiatra era capaz de identificar a loucura, mas não sabia o que ela era.
A possibilidade de compreensão da loucura é oferecida por MOREAU DE TROUS através de seus experimentos sobre o haxixe, ele aplica a droga em si próprio com o objetivo de produzir os mesmos sintomas da loucura, adquirindo com isso um saber direto sobre a loucura. Segundo ele, este era o caminho para a sua compreensão.
Contudo, ele vai ainda mais longe, e diz que para se conseguir estes resultados, não é preciso produzir a loucura experimentalmente, basta sonharmos. O sonho produz as mesmas características da loucura.
O que FREUD fez, foi tomar este fato como um principio de analise.
A HIPNOSE
Precedida historicamente pelo Mesmerismo que se utilizava de charlatanismo para obter seus resultados através do efeito de sugestão. 
Foi exatamente sob o prisma da sugestão que vai se constituir o principio da técnica hipnótica empregada por Freud.
Segundo James Braid, o efeito obtido pela hipnose depende apenas do estado físico e psíquico do paciente.
O medico passa a dispor inteiramente do corpo do paciente, e este domínio permite tanto a eliminação de sintomas como a domesticação do comportamento.
CHARCOT
Renomado neurologista, estudou a existência ou não de uma lesão anatômica, anatomia patológica, relativa a determinados sintomas da histeria.
 Formaram-se então dois grandes grupos de doenças: aquelas com uma sintomatologia regular com lesões orgânicas identificáveis pela anatomia e, aquelas outras – as neuroses – que eram perturbações sem lesões e sintomatologia nada regular.
Aos seus olhos, apesar da ausência de um referencial anatômico, a histeria apresentava uma sintomatologia bem definida, obedecendo a regras precisas, afastando com isso a hipótese de simulação.
Charcot a introduz no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso.
A HIPNOSE
Freud vai a Paris assistir a um curso de Charcot e adere entusiasmado a seus ensinamentos sobre a histeria de que ela não era uma simulação, q era uma doença funcional e com um conjunto de sintomas bem definidos apresentados tanto em homens como em mulheres.
O problema continuava: a dificuldade em apresentar uma sintomatologia regular para a histeria.
Charcot passa a produzir através de drogas e da hipnose a regularidade do quadro histérico, trazendo a histeria para o campo da neurologia e a retirando das mãos do psiquiatra.
O LUGAR DO HISTERICO DEVERIA SER O HOSPITAL E NÃO O ASILO.
Por efeito da imposição médica, os pacientes histéricos passam a fornecer os sintomas que lhes eram exigidos – a crise histérica passa a ser fabricada.
O emprego da hipnose tinha por objetivo o controle da situação. Através da sugestão hipnótica o medico podia obter um conjunto de sintomas histéricos bem definido e regular.
É numa tentativa de superar esse impasse que Charcot vai elaborar a teoria do trauma.
Para ele trauma seria uma situação permanente, um estado hipnótico permanente que poderia ter caudado uma cegueira, uma paralisia ou outro sintoma qualquer.
A necessidade de o paciente narrar sua historia pessoal era fundamental para que o medico pudesse localizar o momento traumático responsável pela histeria.
O QUE ELE NÃO ESPERAVA ERA QUE DESSAS NARRATIVAS SURGISSEM, REPETIDAMENTE, HISTORIAS CUJO COMPONENTE SEXUAL DESEMPENHASSE UM PAPEL PROMORDIAL.
Estava selado então o pacto entre a histeria e a sexualidade, pacto este que foi severamente recusado por Charcot e se transformou em ponto de partida e núcleo central da investigação freudiana.
TRAUMA E AB-REAÇÃO
Enquanto persistiu a teoria do trauma, Freud não pode desenvolver suas teorias sobre a sexualidade.
Freud recomendava dois tipos de tratamento para a neurose histérica: afastamento do paciente de seu ambiente familiar e sua internação num hospital para se criarcondições ideais de observação e controle das crises.
Para eliminar os sintomas o tratamento consistia em dar ao paciente, sob hipnose, uma sugestão que fizesse remover o distúrbio, contudo, esse procedimento apenas eliminava o sintoma, mas não removia a causa.
Freud propõe então que se empregasse o método criado por Breuer, a hipnose, que consistia em fazer o paciente remontar, sob o efeito hipnótico, a pre-historia psíquica da doença a fim de que se possa ser localizado o acontecimento traumático que originou o distúrbio.
Surge o caso clinico Anna O em que Freud se utiliza da sugestão no tratamento da histeria conjuntamente com a hipnose.
A pratica da sugestão foi abandonada posteriormente por Freud, que retornou a método mais investigador de Breuer.
A NOÇÃO DE DEFESA
Freud só teve pleno acesso ao fenômeno da defesa quando abandonou a tecnica da hipnose.
O procedimento hipnótico era, sem que ele soubesse, o obstáculo maior ao fenômeno que será transformado num dos pilares da teoria psicanalítica: a defesa ou recalque.
A teoria do recalque é a pedra angular sobre a qual repousa a psicanalise.
A defesa aparece como uma forma de censura por parte do ego do paciente à ideia ameaçadora, forçando-a a manter-se fora da consciência.
Nesse momento começa a se operar a passagem do método catártico para o psicanalítico.
Freud não se contentava com generalizações e desde seus trabalhos iniciais já é possível encontrar um esforço de sua parte no sentido de fornecer um modelo teórico capaz de conferir um esquema ou projeto do aparelho psíquico.
 
 A SEXUALIDADE
Na verdade, a sexualidede já era bastante tematizada pela medicina, psiquiatria, entre outros ramos, a grande originalidade de Freud não foi descobri-la, ela já estava lá, e sim tomar a sexualidade ao pé da letra e construir sua edificação a partir daí. A partir do estudo do caso de Anna O e sua paixão pelo medico que a cuidava, fenômenos da transferência e da contratransferência.
Ocorreu uma verdadeira explosão discursiva sobro o sexo. Nunca se falou tanto sobre ele.
CAPITULO III
O DISCURSO DO DESEJO
A Interpretação de Sonhos
O livro A Interpretação de Sonhos, Freud, foi muito mal recebida pelos psiquiatras e pela critica da época. No entanto, após esse fracasso inicial a obra foi sendo compartilhada pela quase totalidade dos estudiosos da psicanalise.
A Int. de Sonhos é sem duvida um dos livros mais importantes deste século.
Entre a elaboração do Projeto e a Interpretação de Sonhos acontece algo muito importante para o futuro da psicanalise: A DESCOBERTA DO COMPLEXO DE ÉDIPO.
Escreveu Freud que os impulsos hostis dirigidos contra os pais são um elemento integrante das neuroses e que, no filho, esse desejo de morte está voltado contra o pai, enquanto na filha, está voltado contra a mãe.
Este evento é considerado por ele como universal e acontece no inicio da infância.
Segundo ele, o sonho dos neuróticos não difere do sonho das pessoas normais e chega a dizer que a diferença entre a neurose e a saúde vigorosa vigora apenas durante o dia, assim os sonhos não são apenas a via privilegiada de acesso ao inconsciente, eles são tb o ponte de intercessão entre o normal e o patológico.
Os sonhos não são absurdos, são realizações do desejo, são produções e comunicações da pessoa que sonha e é através do relato feito por ela que tomamos conhecimento dos seus sonhos e o que é interpretado psicanaliticamente não são seu sonhos mas sim seu relato.
A pessoa que sonha sabe o significado do seu sonho, apenas não sabe que sabe, e isso ocorre, segundo Freud, porque a censura o impede de saber.
Portanto, o que temos não são mais neurônios catexizados, mas sim sentidos a serem interpretados. Este é o ponto em que a psicanalise se articula com a linguagem e rompe definitivamente com qualquer referencial neurológico, os sonhos possuem um sentido.
SENTIDO E INTERPRETAÇÃO
Segundo ele, os sonhos tem realmente um sentido e que o método cientifico de interpretá-los é possível, porem o sentido do sonho não é imediatamente acessível nem ao sonhador, nem ao interprete, pois a razão de tudo isso se deve a censura que cujo efeito é produzir uma deformação onírica, deformação essa que detem o papel de proteger o sujeito do caracter ameaçador dos seus desejos.
O sonho se inscreve portanto em dois registros: o que corresponde ao sonho lembrado e contado pela pessoa, e um outro oculto, inconsciente, que o interprete pretendo atingir através da sua interpretação. O material do 1º Freud chama de conteúdo manifesto, o material do 2º de pensamentos oníricos latentes.
Encontra o sentido de um sonho é percorrer o caminho que nos leva do conteúdo manifesto aos pensamentos latentes, e o procedimento que nos permite isso é a interpretação.
 É bom lembrar que: O que se interpreta não é o sonho sonhado, mas o relato do sonho.
Para dar sentido ao sonho Freud prende-se aos vários elementos oníricos que funcionam como significantes e que uma vez estruturados, fornecerão o sentido do sonho.
Freud distingue dois métodos de interpretação de sonhos: método da interpretação simbólica e método da decifração.
Interpretação simbólica – considera a totalidade do sonho procurando substitui-lo por outro que seja igual a ele e inteligível.
Decifração – considera cada elemento constituinte como um sinal criptográfico e fixo.
Ambos os procedimentos padecem de defeitos graves.
Segundo Freud, devemos tomar como objeto de nossa atenção não o sonho como um todo, mas parcelas isoladas de seu conteúdo. 
Cada elemento do sonho funciona como um significante de algo oculto e inconsciente e o sentido do sonho não esta presente desde o inicio, ele surgirá a partir do momento que iniciar seu trabalho de estruturação.
O inconsciente aparece como aquilo de que se fala, a sua maneira, com sintaxe particular.
Os significantes são as distorções a que os pensamentos oníricos latentes são submetidos que vão nos servir de meio para chegarmos a sintaxe do inconsciente.
Enquanto o discurso chamado racionalista procurava afastar o desejo para que a verdade pudesse aparecer na sua pureza, a psicanalise vai procurar exatamente a verdade do desejo. Sua função é fazer aparecer o desejo que o discurso oculta, e esse desejo é o da nossa infância, com todas as censuras que foi submetido.
O único modo desse desejo aparecer, de transpor a barreira imposta continuamente pala censura, é de uma forma distorcida, cujo exemplo privilegiado é o sonho manifesto.
O sonho manifesto é efeito da distorção cuja causa é a censura e é este trabalho de distorção que Freud dá o nome de elaboração onírica ou trabalho do sonho.
Freud compara a censura dos sonhos à censura da imprensa.
O trabalho que transforma os pensamentos latentes em conteúdo manifesto, impondo-lhe uma distorção que os torna inacessível ao sonhador chama-se elaboração onírica e, o trabalho inverso, que procura chegar ao conteúdo latente partindo do manifesto que visa decifrar a elaboração onírica, é o trabalho de interpretação, fenômeno chamado de regressão.
Freud aponta quatro mecanismos fundamentais do trabalho do sonho:
A condensação – conteúdo manifesto do sonho é menor que o latente, isto é, existe uma tradução abreviada. Pode operar de três maneiras:
 - omitindo determinados elementos do conteúdo latente
-permitindo q apenas alguns elementos apareçam
-combinando vários elementos do conteúdo
O deslocamento – Tal como a condensação, o deslocamento é obra da censura dos sonhos, e opera basicamente de duas maneiras:
- pela substituição de um elemento latente por um outro mais remoto
- quando o acento é mudado de um elemento importante para outros sem importância.
A figuração – consiste na transformação dos elementos do sonho em imagens. Este mecanismo se encarrega sozinho de proceder a distorção do sonho.
A elaboração secundaria – consiste numa modificação do sonho a fim de que ele apareça sob a forma de uma historia coerente e compreensível, aproximando-se do pensamento diurno.
SOBREDETERMINAÇÃO E SUPERINTERPRETAÇÃOA sobredeterminaçao - o sentido de um sonho nunca se esgota numa única interpretação, e isso porque todo sonho é sobredeterminado, isto é, um mesmo elemento do sonho manifesto pode nos remeter a séries de pensamentos latentes inteiramente diferentes.
A Superinterpretação – Esta diz respeito a segunda interpretação que se sobrepõe a primeira e nos fornece um outro significado do sonho distinto daquele que foi obtido anteriormente. Esta não ocorre devido a má interpretação anterior e sim, não há interpretação completa, não se pode chegar ao umbigo do sonho, não há uma verdade essencial e imutável a ser descoberta.
O SIMBOLISMO NOS SONHOS
A questão do simbolismo não recebeu de inicio grande importância, mas recebeu nova formulação depois.
Um símbolo não indica nenhuma coisa em particular, ele apenas denota uma espécie de coisa.
É esse caráter arbitrário que faz com que ele seja toma num sentido amplo.
Ele não pertence a um universo físico ou biológico e sim ao universo do sentido.
Em lugar de definirmos o homem como sendo um animal racional, deveríamos defini-lo como um animal simbólico, pois não é a racionalidade que torna possível a simbolização, mas ao contrario, esta que é precondição da racionalidade humana.
Freud emprega o termo símbolo como sinônimo de sinal, um mero sinal temporal de um acontecimento traumático.
O código que permite decifrar o símbolo é absolutamente privado, individual, nada tendo de universal. A única forma de chegarmos ao seu significado é através das associações feitas pelo paciente, apenas ele detem a chave que permite articular o sinal e o sinalizado.
 
A PRIMEIRA TOPICA
A Tópica refere-se aos vários modos e graus de distribuição do desejo, sendo que os lugares aos quais ele se refere são lugares metafóricos e não lugares anatômicos. São estabelecidas analogias ao aparelho psíquico.
O núcleo essencial do texto permanece sendo o que ficou estabelecido como constituindo a 1ª tópica freudiana, isto é, a concepção do aparelho psíquico formado por instancias ou sistemas: o sistema inconsciente, o pre-inconsciente e o consciente. Esse aparelho é orientado no sentido progressivo-regressivo e é marcado pelo conflito entre os sistemas.
OS SISTEMAS Ics, Pcs e Cs
Segundo Freud, o aparelho psíquico é formado por sistemas cujas posições relativas se mantem constantes de modo a permitirem um fluxo orientado num determinado sentido. O que importa não são os lugares ocupados por esses sistemas, mas a posição relativa que cada um mantem com os demais. 
Nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos ou externos) e termina numa descarga motora. 
A primeira representação do aparelho psíquico seria, pois, a um conjunto formado por dois sistemas: um que receberia os estímulos e que ficaria localizado na extremidade sensoria do aparelho – sistema perceptivo – Pept, e outro sistema que ficaria localizado na extremidade motora e que daria acesso à atividade motora – sistema motor – M.
Recepção dos estímulos – Pept
Armazenamento – Mnem
Atividade motora – M
Assim, um sistema Pept, situado na frente do aparelho psíquico, recebe os estímulos perceptivos, mas não os registra nem os associa, porque ele necessita ficar permanentemente aberto aos novos estímulos.
Aos sistemas mnêticos fica reservado receber as excitações do primeiro sistema e as transformar em traços permanentes.
Existia ainda uma instancia critica entre os mnens em que Freud denominou inconsciente.
É nesse momento em que o termo inconsciente deixa de ser tudo aquilo que estava fora do campo atual da consciência, para ser empregado como um sistema do aparelho psíquico.
A construção esquemática do aparelho psíquico apresentada por Freud não pretende ser a transcrição de nenhuma estrutura anatômica existente, mas sim a construção topológica que visa oferecer uma descrição do funcionamento do aparelho. Mais do que tudo, importa a sua orientação progressivo-regressiva. Assim, pela posição que ocupa no interior do aparelho, o sistema Ics só pode ter acesso à consciência através do sistema Pcs/Cs.
É no ics que Freud localiza o impulso à formação dos sonhos. O desejo inconsciente liga-se a pensamentos oníricos e procura uma forma de acesso à consciência graças a diminuição da censura durante o sono. Enquanto na vigília o processo de excitação percorre normalmente o sentido progressivo, nos sonhos e nas alucinações a excitação percorre caminho inverso. É nesse caminho para trás da excitação que Freud dá o nome de regressão.
REGRESSÃO

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