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METABOLISMO ÓSSEO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO 1.Fisiologia do metabolismo ósseo O tecido ósseo é composto por matriz orgânica (20-40%) e compartimento mineral (50-70%), além dos nervos, vasos e medula óssea. a) Matriz orgânica - composta pela matriz proteica e lipídios. 80-90% da matriz proteica: fibras colágenas (colágeno tipo I - 90%). Responde pela flexibilidade, absorção das forças de tensão e organização estrutural do osso. b) Compartimento mineral - composto pela matiz óssea Cálcio e fósforo (mais abundantes) e magnésio, que se depositam principalmente na forma de cristais de hidroxiapatita. Responde pela resistência óssea. 2.Componentes celulares do osso a) Célula osteogênica Célula-tronco mesenquimal pluripotente com a capacidade de se diferenciar em algumas células, especialmente, adipócitos, condrócitos e osteoblastos. b) Osteoblastos Células responsáveis pela síntese de osso. Essas células fazem a matriz osteóide que vai sendo mineralizada e dando origem a um osso novo. c) Osteócitos São células ósseas maduras, encobertas pela matriz osteóide. d) Osteoclatos Células derivadas do sistema fagocítico monocitário, multinucleadas e que têm a capacidade de reabsorver osso. Ao nascimento: 75-90g Mulher jovem: 2.400g Homem jovem: 3.300g Genética (50-80% da variabilidade) Sexo masculino e etnia negra 3.Pico de massa óssea Quantidade de tecido ósseo ao final da maturação óssea. Durante a infância e a adolescência, o indivíduo constrói o seu banco de massa óssea. Conteúdo mineral: Determinantes da massa óssea e de sua evolução ao longo da vida: O pico de massa óssea é o principal determinante da saúde óssea em fases posteriores da vida. 4.Regulação da diferenciação dos osteoclastos (Sistema osteoprotegerina-RANKL) Quando há necessidade de aumento de reabsorção óssea, os osteoblastos tendem a formar mais RANK ligantes (RANKL). Quando, por outro lado, é necessário diminuir essa formação óssea, eles começam a formar mais osteoprotegerina, que se liga no ligante do RANK. 5.Regulação da diferenciação dos osteoclastos (Via da Wnt/beta-catenina) Via responsável pela regulação e diferenciação dos osteoblastos. METABOLISMO ÓSSEO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO 6.Homeostase do cálcio Papel da vitamina D na homeostase do cálcio Papel do paratormônio (PTH) na homeostase do cálcio Papel da calcitonina na homeostase do cálcio Embora denominada de "vitamina", trata-se de um hormônio. É sintetizada na pele; em condições ideais, não é necessária na dieta; é transportada no sangue; sua forma ativa se liga a receptores específicos nos tecidos-alvo. Luz solar (radiação UVB): principal responsável por gerar vitamina D. Na pele, a UVB converte o 7-DHC na pré-vitamina D3. A pré-D3 sofre isomerização e conversão em colecalciferol. O PTH é um peptídeo linear produzido e secretado pelas paratireoides, sendo sua principal forma o PTH 1-84. Principais estímulos para secreção: hipocalemia (participação do receptor sensor do cálcio nas células paratireoidianas) e hiperfosfatemia. Tem como papel fisiológico a manutenção da calcemia (principal) e a redução da fosfatemia. A calcitonina é um hormônio proteico composto por 32 aminoácidos sintetizado pelas células parafoliculares da tireoide (células C). O principal estímulo para sua secreção é a hipercalemia. E tem como papel fisiológico promover ações metabólicas contrárias às do PTH.
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