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Normas Brasileira de Auditoria Contabil

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CONSELHO REGIONAL DE 
CONTABILIDADE 
DO RIO GRANDE DO SUL 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS BRASILEIRAS 
DE CONTABILIDADE 
 
AUDITORIA INDEPENDENTE 
AUDITORIA INTERNA 
PERÍCIA CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
 
Atualizado até agosto de 2012 
EDITOR: 
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE 
DO RIO GRANDE DO SUL 
Rua Baronesa do Gravataí, 471 
90160-070 Porto Alegre-RS 
Fone/fax (51) 3254-9400 
E-mail: crcrs@crcrs.org.br 
Internet: http://www.crcrs.org.br 
 
 
 
 
 
COORDENADOR GERAL: 
Contador ZULMIR BREDA – Presidente do CRCRS 
 
 
 
 
 
Coordenação da edição: Márcia Bohrer Ibañez 
 
 
 
 
 
Edição revista e atualizada até 31 de agosto de 2012. 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
 
 
 
 
 
Colega: 
 
 
O Programa de Fiscalização Preventiva – Educação Continua-
da do CRCRS tem o objetivo fiscalizar por meio da atualização dos 
profissionais da Contabilidade do Rio Grande do Sul. 
 
Esta ação também é alcançada mediante a edição de livros, 
com abordagens tanto técnicas quanto da legislação profissional con-
tábil e das normas vigentes. 
 
Assim, afinados com essa diretiva, estamos, pois, mais uma 
vez pondo à disposição da Classe Contábil esta publicação, que con-
tém as Normas Brasileiras de Contabilidade relacionadas à auditoria 
independente, auditoria interna e perícia contábil, atualizadas até agos-
to de 2012. 
 
Porto Alegre, 31 de agosto de 2012. 
 
 
 
Contador ZULMIR BREDA 
Presidente do CRCRS 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
 
AUDITORIA INDEPENDENTE ................................. 13 
 
Resolução CFC nº 1.019, de 18-02-05. Dispõe sobre o Cadastro 
Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC), e dá outras providências ....... 15 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria 
Independente de Informação Contábil Histórica – NBC TA ...... 19 
 
Resolução CFC nº 1.279, de 08-04-10. Altera a data de aplicação 
das NBC TAs, aprovadas pelas Resoluções CFC n.os 1.201-09 
a 1.238-09, e das NBC TRs, aprovadas pelas Resoluções CFC 
n.
os
 1.274-10 e 1.275-10 ............................................................ 21 
Resolulão CFC nº 1.325, de 18-02-11. Altera a data de aplicação 
das NBC PA, NBCs TA e NBCs TR, aprovadas pelas Resolu-
ções CFC n.os 1.201-09 a 1.238-09; 1.274-10 e 1.275-10 e, no 
que for pertinente, os CTs aprovados pelas Resoluções CFC 
n.
os 1.320-11 a 1.322-11, para os trabalhos de auditoria das 
demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas não 
reguladas .................................................................................. 23 
Resolução CFC nº 1.329, de 18-03-11. Altera a sigla e a numera-
ção de normas, interpretações e comunicados técnicos ............. 26 
Resolução CFC nº 1.202, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 
ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para 
Trabalhos de Asseguração ........................................................ 29 
Resolução CFC nº 1.203, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 200 – 
Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da 
Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria ......... 58 
Resolução CFC nº 1.204, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 210 – 
Concordância com os Termos do Trabalho da Auditoria ........... 96 
Resolução CFC nº 1.205, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 220 – 
Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Con-
tábeis ...................................................................................... 124 
Resolução CFC nº 1.206, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 230 – 
Documentação de Auditoria .................................................... 146 
 6 
Resolução CFC nº 1.207, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 240 – 
Responsabilidade do Auditor em relação à Fraude, no Con-
texto da Auditoria das Demonstrações Contábeis .................... 162 
Resolução CFC nº 1.208, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 250 – 
Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de De-
monstrações Contábeis ........................................................... 219 
Resolução CFC nº 1.209, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 260 – 
Comunicação com os Responsáveis pela Governança ............. 238 
Resolução CFC nº 1.210, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 265 – 
Comunicação de Deficiência de Controle Interno ................... 267 
Resolução CFC nº 1.211, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 300 – 
Planejamento de Auditoria de Demonstrações Contábeis ........ 283 
Resolução CFC nº 1.212, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 315 – 
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante 
por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente ...... 298 
Resolução CFC nº 1.213, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 320 – 
Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria ... 360 
Resolução CFC nº 1.214, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 330 – 
Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados .............................. 372 
Resolução CFC nº 1.215, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 402 – 
Considerações de Auditoria para a Entidade que Utiliza Or-
ganização Prestadora de Serviços ........................................... 402 
Resolução CFC nº 1.216, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 450 – 
Avaliação das Distorções Identificadas Durante a Auditoria ... 432 
Resolução CFC nº 1.217, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 500 – 
Evidência de Auditoria ............................................................ 446 
Resolução CFC nº 1.218, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 501 – 
Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para 
Itens Selecionados .................................................................. 469 
Resolução CFC nº 1.219, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 505 – 
Confirmações Externas ........................................................... 483 
Resolução CFC nº 1.220, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 510 – 
Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais ........................................ 498 
Resolução CFC nº 1.221, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 520 – 
Procedimentos Analíticos ........................................................ 514 
Resolução CFC nº 1.222, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 530 – 
Amostragem em Auditoria ....................................................... 525 
Resolução CFC nº 1.223, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 540 – 
Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo 
e Divulgações Relacionadas .................................................... 545 
 7 
Resolução CFC nº 1.224, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 550 – 
Partes Relacionadas ............................................................... 600 
Resolução CFC nº 1.225, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 560 – 
Eventos Subsequentes ............................................................. 634 
Resolução CFC nº 1.226, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 570 – 
Continuidade Operacional ...................................................... 649 
Resolução CFC nº 1.227, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 580 – 
Representações Formais ......................................................... 669 
Resolução CFC nº 1.228, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 600 – 
Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações 
Contábeis de Grupos, incluindo o Trabalho dos Auditores dos 
Componentes .......................................................................... 689 
Resolução CFC nº 1.229, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 610 – 
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna ........................... 751 
Resolução CFC nº 1.230, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 620 – 
Utilização do Trabalho de Especialistas ................................. 761 
Resolução CFC nº 1.231, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 700 – 
Formação de Opinião e Emissão do Relatório do Auditor In-
dependente sobre as Demonstrações Contábeis ....................... 785 
Resolução CFC nº 1.232, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 705 – 
Modificações na Opinião do Auditor Independente ................. 823 
Resolução CFC nº 1.233, de 27-12-09. Aprova a NBC TA 706 – 
Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no 
Relatório do Auditor Independente .......................................... 856 
Resolução CFC nº 1.234, de 27-11-09.Aprova a NBC TA 710 – 
Informações Comparativas – Valores Correspondentes e De-
monstrações Contábeis Comparativas ..................................... 871 
Resolução CFC nº 1.235, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 720 – 
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informa-
ções Incluídas em Documentos que Contenham Demonstra-
ções Contábeis Auditadas ....................................................... 896 
Resolução CFC nº 1.236, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 800 – 
Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações 
Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas de Contabi-
lidade para Propósitos Especiais ............................................ 905 
Resolução CFC nº 1.237, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 805 – 
Considerações Especiais – Auditoria de Quadros Isolados das 
Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens 
Específicos das Demonstrações Contábeis .............................. 925 
 8 
Resolução CFC nº 1.238, de 27-11-09. Aprova a NBC TA 810 – 
Trabalhos para a Emissão de Relatório sobre Demonstrações 
Contábeis Condensadas .......................................................... 950 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Revisão de 
Informação Contábil Histórica – NBC TR ........................... 981 
 
Resolução CFC nº 1.275, de 22-01-10. Aprova a NBC TR 2400 – 
Trabalhos de Revisão de Demonstrações Contábeis ................ 983 
Resolução CFC nº 1.274, de 22-01-10. Aprova a NBC TR 2410 – 
Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Audi-
tor da Entidade ..................................................................... 1010 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Assegura-
ção de Informação Não Histórica – NBC TO ..................... 1059 
 
Resolução CFC nº 1.160, de 13-02-09. Aprova a NBC TO 3000 – 
Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão .. 1061 
Resolução CFC nº 1.354, de 15-07-11. Aprova a NBC TO 3402 – 
Relatórios de Asseguração de Controles em Organização 
Prestadora de Serviços ......................................................... 1092 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Serviço 
Correlato – NBC TSC ......................................................... 1153 
 
Resolução CFC nº 1.277, de 26-02-10. Aprova a NBC TSC 4400 
– Trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados sobre 
Informação Contábil ............................................................. 1155 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria Indepen-
dente Profissionais .............................................................. 1169 
 
Resolução CFC nº 821, de 17-12-97. Aprova a NBC P 1 – Nor-
mas Profissionais de Auditor Independente, com alterações e 
dá outras providências .......................................................... 1171 
Resolução CFC nº 1.100, de 24-08-07. Aprova a NBC P 1.6 – 
Sigilo .................................................................................... 1177 
Resolução CFC nº 1.023, de 15-04-05. Aprova a NBC P 1.8 – 
Utilização de Trabalhos de Especialistas .............................. 1181 
 9 
Resolução CFC nº 851, de 13-08-99. Aprova a NBC P 1 – IT – 01 
– Regulamentação do item 1.9 da NBC P 1 – Normas Profis-
sionais de Auditor Independente ........................................... 1188 
Resolução CFC nº 976, de 22-08-03. Aprova a NBC P 1 – IT – 03 
– Regulamentação do item 1.4 – Honorários da NBC P 1 – 
Normas Profissionais do Auditor Independente ..................... 1191 
 
Resolução CFC nº 1.201, de 27-11-09, Aprova a NBC PA 01 – 
Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Fí-
sicas) de Auditores Independentes ......................................... 1197 
Resolução CFC nº 1.323, de 21-01-11. Aprova a NBC PA 11 – 
Revisão Externa de Qualidade pelos Pares ........................... 1240 
Resolução CFC nº 1.377, de 08-12-11. Aprova a nova redação da 
NBC PA 12 – Educação Profissional Continuada ................. 1255 
Resolução CFC nº 1.109, de 29-11-07. Dispõe sobre NBC PA 13 
– Norma sobre Exame de Qualificação Técnica para Registro 
no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) ........................... 1272 
Resolução CFC nº 1.311, de 09-12-10. Aprova a NBC PA 290 – 
 Trabalhos de Auditoria e Revisão ......................................... 1281 
Resolução CFC nº 1.312, de 09-12-10. Aprova a NBC PA 291 – 
Independência – Outros Trabalhos de Asseguração .............. 1361 
 
Comunicados Técnicos de Auditoria Independente ................ 1407 
 
Resolução CFC nº 1.155, de 23-01-09. Aprova o Comunicado 
Técnico CTA 01 que trata da emissão de Parecer de Auditores 
Independentes face à edição da NBC TG 13 .......................... 1409 
Resolução CFC nº 1.320, de 21-01-11. Aprova o CTA 02 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis Individuais e Consolidadas referentes aos e-
xercícios findos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2010 . 1424 
Resolução CFC nº 1.321, de 21-01-11. Aprova o CTA 03 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis Individuais e Consolidadas de Instituições Fi-
nanceiras e Demais Instituições Autorizadas a Funcionar pelo 
Banco Central do Brasil (BCB) de exercícios findos em, ou a 
partir de, 31 de dezembro de 2010 ........................................ 1449 
Resolução CFC nº 1.322, de 21-01-11. Aprova o CTA 04 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
 10 
ções Contábeis Individuais e Consolidadas de Entidades Su-
pervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados 
(SUSEP) referentes aos exercícios findos em, ou a partir de, 
31 de dezembro de 2010 ........................................................ 1475 
Resolução CFC nº 1.331, de 18-03-11. Aprova o CTA 05 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis de Fundos de Investimento referentes aos e-
xercícios ou períodos findos em, ou a partir de, 31 de dezem-
bro de 2010 ........................................................................... 1497 
Resolução CFC nº 1.332, de 18-03-11. Aprova o CTA 06 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis do exercício social iniciado a partir de 1º de 
janeiro de 2010 de companhias abertas que estejam apresen-
tando, conforme facultado pela Deliberação CVM nº 656-11, 
nessas demonstrações contábeis anuais, nota explicativa evi-
denciando, para cada trimestre de 2010 e de 2009, os efeitos 
no resultado e no patrimônio líquido decorrentes da plena 
adoção das normas contábeis de 2010 .................................. 1504 
Resolução CFC nº 1.333, de 18-03-11. Aprova o CTA 07 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis Individuais e Consolidadas de Entidades su-
pervisionadas pela ANS referentes ao exercício findo em 31 
de dezembro de 2010 ............................................................ 1508 
Resolução CFC nº 1.334, de 18-03-11. Aprova o CTA 08 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis das Entidades Fechadas de Previdência Com-
plementar (EFPC) referentes ao exercício findo em 31 de de-
zembro de 2010 ..................................................................... 1516 
Resolução CFC nº 1.335, de 18-03-11. Aprova o CTA 09 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre Demonstra-
ções Contábeis do exercício social encerrado em, ou a partir 
de, 31 de dezembro de 2010 de entidades de incorporação 
imobiliária ............................................................................ 1541 
Resolução CFC nº 1.336, de 18-03-11. Aprova o CTA 10 – Emis-
são do Relatório (Parecer) do Auditor Independente sobre 
Demonstrações Contábeis de Pequenas e Médias Empresas 
referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 ...... 1551 
Resolução CFC nº 1.338, de 15-04-11. Aprova o CTA 11 – Emis-
são de Relatórios de Revisão das Informações Trimestraisdo 
 11 
ano de 2010 a serem reapresentadas, considerando as normas 
contábeis vigentes em 2010 ................................................... 1575 
Resolução CFC nº 1.387, de 30-03-12. Aprova o CTA 12 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre as Demons-
trações Contábeis de Grupo Econômico que não elabora de-
monstrações contábeis consolidadas e a controladora não se 
enquadrar nos requerimentos previstos no item 10 da NBC 
TG 36 – Demonstrações Consolidadas .................................. 1577 
Resolução CFC nº 1.388, de 30-03-12. Aprova o CTA 13 – Emis-
são do Relatório do Auditor Independente sobre as Demons-
trações Contábeis Individuais e Consolidadas de Entidades 
Supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde Suplemen-
tar (ANS) referentes aos exercícios findos em, ou a partir de, 
31 de dezembro de 2011 ........................................................ 1589 
Resolução CFC nº 1.393, de 25 de maio de 2012. Aprova o CTA 
14 – Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre 
Demonstrações Contábeis de Instituições Autorizadas a Fun-
cionar pelo Banco Central do Brasil, em decorrência da op-
ção facultada pela Resolução CMN n.º 4.036-11 para diferi-
mento do resultado líquido negativo, a partir de 1º de janeiro 
de 2012, de renegociações de operações de crédito cedidas 
até 30 de novembro de 2011 .................................................. 1599 
Resolução CFC nº 1.405, de 25 de agosto de 2012. Aprova o CTA 
15 – Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as 
Demonstrações Contábeis Intermediárias Individuais de Enti-
dades Supervisionadas pela SUSEP, referentes ao semestre 
findo em 30 de junho de 2012, em decorrência da edição da 
Circular SUSEP n.º 446-12 ................................................... 1603 
 
Resolução CFC nº 1.345, de 19-05-11. Aprova o CTR 01 – Emis-
são de Relatório de Revisão das Informações Trimestrais 
(ITR) a partir de 2011 ........................................................... 1609 
Resolução CFC nº 1.353, de 15-07-11. Aprova o CTR 02 – Emis-
são de Relatório de Revisão das Informações Trimestrais (IFT 
e ITR) de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil ............................................................. 1625 
 
Resolução CFC nº 1.396, de 22-06-2012. Aprova o CTSC 01 – 
Relatório sobre a Aplicação de Procedimentos Previamente 
Acordados para Atendimento ao Despacho nº 4.991-11 e Ofí-
 12 
cio nº 507-12 da Superintendência de Fiscalização Econômi-
ca e Financeira (SFF) da Agência Nacional de Energia Elé-
trica (ANEEL) ....................................................................... 1641 
Resolução CFC nº 1.400, de 27-07-2012. Aprova o CTSC 02 – 
Relatório sobre a Aplicação de Procedimentos Previamente 
Acordados para Atendimento ao Despacho n.º 514/12 da Su-
perintendência de Fiscalização Econômica e Financeira 
(SFF) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) .... 1656 
 
AUDITORIA INTERNA .............................................. 1667 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de Auditoria 
Interna – NBC TI ................................................................ 1669 
 
Resolução CFC nº 986, de 21-11-03. Aprova a NBC TI 01 – Da 
Auditoria Interna .................................................................. 1671 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais do Audi-
tor Interno – NBC PI .......................................................... 1681 
 
Resolução CFC nº 781, de 24-03-95. Aprova a NBC PI 01 – 
Normas Profissionais do Auditor Interno .............................. 1683 
 
PERÍCIA CONTÁBIL .................................................. 1687 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de Perícia – 
NBC TP ............................................................................... 1689 
 
Resolução CFC nº 1.243, de 10-12-09. Aprova a NBC TP 01 – 
Perícia Contábil ................................................................... 1691 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Perito – 
NBC PP ............................................................................... 1715 
 
Resolução CFC nº 1.244, de 10-12-09. Aprova a NBC PP 01 – 
Perito Contábil ........................................................................ 1717 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA INDEPENDENTE 
• Cadastro Nacional de Auditores Independen-
tes do CFC 
• NBC TA 
• NBC TR 
• NBC TO 
• NBC TSC 
• Normas Profissionais 
• NBC PA 
• Comunicados Técnicos 
 15 
 
 
RESOLUÇÃO CFC nº 1.019(1) 
de 18 de fevereiro de 2005 
 
 
Dispõe sobre o Cadastro Nacional de 
Auditores Independentes (CNAI) do Conse- 
lho Federal de Contabilidade (CFC), e dá 
outras providências. 
 
 
O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atri- 
buições legais e regimentais, 
 
Considerando que a NBC P 5, aprovada pela Resolução CFC nº 
1.018-05, previu a organização do Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); 
 
Considerando que o Exame de Qualificação Técnica para registro no 
Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho 
Federal de Contabilidade é um dos requisitos para a inscrição do Conta-
dor no citado cadastro de auditores independentes; 
 
Considerando a importância de se estimular o estudo das Normas 
Brasileiras de Contabilidade inerentes à área de Auditoria; 
 
Considerando a necessidade de se conhecer o âmbito de atuação 
dos profissionais que militam no campo da Auditoria Independente; 
 
Considerando o interesse de se ampliar a exigência do cumpri-
mento do Programa de Educação Continuada para todos os que atuam 
no campo da Auditoria Independente; 
 
Considerando que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 
detém a competência para instituir e legislar os documentos pertinen-
tes ao Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), 
 
RESOLVE: 
 
 16 
Art. 1° O Contador regularmente registrado no Conselho Regio-
nal de Contabilidade (CRC), independente do tempo de inscrição, 
tendo sido aprovado no Exame de Qualificação Técnica, terá direito 
ao registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) 
do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
 
Art. 2º Comporão o Cadastro Nacional de Auditores Independentes 
(CNAI) os Contadores com registro regular na Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), até 10 de dezembro de 2003, na condição de Res-
ponsáveis Técnicos de empresa de auditoria ou como pessoa física, inde-
pendente de se submeterem ao Exame de Qualificação Técnica. 
 
Art. 3º O Contador aprovado no Exame de Qualificação Técnica se-
rá inscrito de forma automática no Cadastro Nacional dos Auditores In-
dependentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).(2) 
 
§ 1º O Conselho Federal de Contabilidade disponibilizará em sua 
página na internet a certidão de registro no CNAI, a partir da data de 
publicação do resultado no Diário Oficial da União.(2) 
 
§ 2º Para manutenção de seu cadastro, o profissional deverá com-
provar sua participação no Programa de Educação Continuada, nos 
termos estabelecidos em resoluções do CFC.(2) 
 
Art. 4º Serão excluídos, de ofício, do CNAI os profissionais que: 
a) não comprovarem a participação no Programa de Educação Con-
tinuada nos termos das resoluções do CFC que tratam dessa matéria. 
b) forem suspensos do exercício profissional; 
c) tiverem os seus registros baixados pelos Conselhos Regionais 
de Contabilidade (CRCs); e 
d) forem excluídos dos registros dos órgãos regulamentadores, no 
status correspondente ao referido órgão. 
 
Art. 5º O reingresso do profissional no CNAI, sanadas as condi-
ções que determinaram a exclusão, conforme art. 4º, dependerá: 
a) da obtenção de novo certificado de aprovação do Exame de 
Qualificação Técnica; 
b) do pedido de nova inscrição; e 
c) do pagamento dos emolumentos. 
Art. 6º O
 
profissional inscrito no CNAI deverá manteros seus 
dados cadastrais atualizados, acessando o site do CFC. 
 
 17 
Art. 7º O Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), 
cuja inscrição será concedida pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC), conterá, no mínimo, as seguintes informações: 
a) nome do Auditor por extenso; 
b) número de registro no CNAI; 
c) número do registro no Conselho Regional de Contabilidade; 
d) nacionalidade e naturalidade; 
e) data de nascimento; 
f) número de registro no CPF/MF; 
g) número do RG/RNE; 
h) título e data da diplomação e nome da instituição de ensino 
expedidora do diploma; 
i) especializações e títulos; 
j) empresa(s) a(s) qual(is) se acha vinculado e o tipo de vínculo, 
se for o caso; e 
k) dados sobre a comprovação do cumprimento do Programa de 
Educação Continuada. 
 
Art. 8° O CNAI será mantido e monitorado pelo Conselho Fede-
ral de Contabilidade (CFC), a quem caberá administrar e esclarecer 
toda a matéria inerente ao mesmo. 
 
Art. 9° As Certidões de Registro serão emitidas pelos Conselhos 
Regionais de Contabilidade (CRCs), quando requeridas pelos cadas-
trados ou obtidas por meio eletrônico no site do CFC. 
 
Art. 10. Ao presidente do Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC) caberá resolver os casos omissos e as dúvidas resultantes da 
aplicação da presente Resolução, dando ciência ao Plenário de suas 
decisões. 
 
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 18 de fevereiro de 2005. 
 
José Martonio Alves Coelho – Presidente 
 
 
 
(1) Publicada no DOU, de 28-02-2005. 
(2) Redação dada pela Resolução CFC nº 1.147-08, publicada no DOU de 16-12-2008. 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de 
Auditoria Independente de Informação Contábil 
Histórica – NBC TA 
 21 
 
 
RESOLUÇÃO CFC nº 1.279(1) 
de 08 de abril de 2010 
 
 
Altera a data de aplicação das NBC TAs, 
aprovadas pelas Resoluções CFC n.os 1.201-
09 a 1.238-09, e das NBC TRs, aprovadas 
pelas Resoluções CFC n.os 1.274-10 e 1.275-
10. 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercí-
cio de suas atribuições legais e regimentais, 
 
CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas Bra-
sileiras de Contabilidade aos padrões internacionais; 
 
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade é 
membro associado da Federação Internacional de Contadores (IFAC); 
 
CONSIDERANDO que a Federação Internacional de Contadores 
(IFAC), de forma consistente com o entendimento expressado pelo 
Comitê Internacional de Normas de Auditoria e Asseguração (Interna-
tional Auditing and Assurance Standards Board (IAASB), para efeito 
de transição no primeiro ano de implementação, esclareceu, posteri-
ormente, por meio de comunicado específico, que a data de vigência 
das Normas Internacionais de Auditoria (International Standards on 
Auditing (ISAs) editadas e previstas no Projeto Clarity pode ser en-
tendida como não incluindo auditorias de demonstrações contábeis 
para períodos inferiores a 12 (doze) meses, contados a partir da data 
de início da vigência das referidas normas; 
 
CONSIDERANDO que a prorrogação da data de aplicação suge-
rida pela IFAC teve como intenção fornecer um período de tempo 
necessário para a realização de atividades, como, por exemplo, desen-
volvimento e/ou atualização dos programas de treinamento; mudanças 
ou atualizações na metodologia aplicada na execução dos trabalhos de 
 22 
auditoria, previstas nos manuais e ferramentas utilizadas; assim como 
a atualização dos programas e dos procedimentos de auditoria; 
 
CONSIDERANDO que no Brasil as Normas Brasileiras de Conta-
bilidade Técnica de Auditoria Independente de Informação Contábil 
estão sendo implementadas conjuntamente com as Normas Brasileiras 
de Contabilidade Técnica de Revisão de Informação Contábil Histórica, 
 
RESOLVE, ad referendum: 
 
Art. 1º A aplicação das NBC TAs, aprovadas pelas Resoluções 
CFC n.os 1.201-09 a 1.238-09, não será exigível para as auditorias de 
demonstrações contábeis para períodos, completos ou intermediários, 
que se findam antes de 30 de dezembro de 2010, aplicando-se, neste 
caso, as normas anteriormente vigentes. 
 
Art. 2º Os relatórios de auditoria a serem emitidos sobre demons-
trações contábeis para períodos, completos ou intermediários, que se 
findam antes de 30 de dezembro de 2010, devem seguir os modelos da 
NBC T 11, aprovada pela Resolução CFC n.º 820-97. 
 
Art. 3º As NBC TRs 2400 e 2410, aprovadas, respectivamente, pe-
las Resoluções CFC n.os 1.275-10 e 1.274-10, passam a vigorar a partir 
de 31 de dezembro de 2010. A revisão das Informações Trimestrais 
(ITRs), requerida pela Comissão de Valores Mobiliários; das Informa-
ções Financeiras Trimestrais (IFTs), requerida pelo Banco Central do 
Brasil para os trimestres que se findam em 31 de março, 30 de junho e 
30 de setembro de 2010, ou em outra data até 30 de dezembro de 2010, 
e de qualquer relatório de revisão sobre demonstrações contábeis inter-
mediárias emitido até 30 de dezembro de 2010, deve ser procedida de 
acordo com as normas vigentes antes da sua aprovação. 
 
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 8 de abril de 2010. 
 
Juarez Domingues Carneiro – Presidente 
 
 
(1) Publicada no DOU, de 09-04-2010. 
 23 
 
 
RESOLUÇÃO CFC nº 1.325(1) 
de 18 de fevereiro de 2011 
 
 
Altera a data de aplicação das NBC PA, 
NBCs TA e NBCs TR, aprovadas pelas Reso-
luções CFC n.os 1.201-09 a 1.238-09; 1.274-
10 e 1.275-10 e, no que for pertinente, os CTs 
aprovados pelas Resoluções CFC n.os 1.320-
11 a 1.322-11, para os trabalhos de auditoria 
das demonstrações contábeis de pequenas e 
médias empresas não reguladas. 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercí-
cio de suas atribuições legais e regimentais, e com fundamento no 
disposto na alínea “f” do art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295-46, alterado 
pela Lei n.º 12.249-10, 
 
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade 
editou por meio das Resoluções CFC n.os 1.201-09 a 1.238-09, datadas 
de 27 de novembro de 2009, a Norma Brasileira de Contabilidade 
Profissional do Auditor Independente – NBC PA e as Normas Brasi-
leiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria Independente de Infor-
mação Contábil Histórica – NBCs TA, no processo de convergência 
das Normas Brasileiras às Normas Internacionais de Auditoria (Inter-
national Standard on Auditing - ISAs) editadas pela Federação Inter-
nacional de Contadores (IFAC); 
 
CONSIDERANDO que a adoção em sua plenitude da NBC PA e 
das NBCs TA, requer por parte dos auditores independentes um perí-
odo de tempo adequado para a realização de atividades de mudanças, 
atualização, adoção e/ou adaptação do processo de documentação dos 
trabalhos efetuados, revisão e/ou elaboração de novos manuais de 
procedimentos de auditoria e, principalmente, treinamento e aperfei-
çoamento de todo o corpo técnico para habilitá-lo a cumprir de forma 
 24 
plena as Normas Brasileiras, especialmente para as firmas de auditoria 
de pequeno e médio portes; 
 
CONSIDERANDO as dificuldades identificadas de implantação 
e adaptação às alterações introduzidas pelas novas normas de auditoria 
editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, nos prazos requeri-
dos pelas Resoluções n.os 1.201-09 a 1.238-09, 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º Fica prorrogada a aplicação das NBCs PA e TA, aprova-
das pelas Resoluções CFC n.os 1.201-09 a 1.238-09, das NBCs TR, 
aprovadas pelas Resoluções CFC n.os 1.274-10 e 1.275-10 e, no que 
for pertinente, dos CTs aprovados pelas Resoluções CFC n.os 1.320-11 
a 1.322-11, para as auditorias de demonstrações contábeis das peque-
nas e médias empresas não reguladas, ainda que tenham requerimento 
de prestação pública de contas. 
 
§ 1º Incluem-se na prorrogação as pequenas e médias empresas 
que não tenham seus instrumentos de dívida ou patrimoniais negocia-
dos em mercado de ações; que não sejam instituições financeiras, con-
forme definidopelo Banco Central do Brasil, que não estejam sujeitas 
a regulação, ou em processo de registro, da Comissão de Valores Mo-
biliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
 
§ 2º Esta prorrogação pode ser adotada no exame das demonstra-
ções contábeis para os períodos, completos ou intermediários, que se 
encerrarem até 31 de dezembro de 2011, inclusive, restaurando-se 
para esse período de prorrogação as normas anteriormente revogadas 
pelo art. 4º da Resolução CFC n.º 1.203-09, de 27 de novembro de 
2009. 
 
§ 3º É facultada e incentivada a aplicação das normas a que se re-
fere o caput deste artigo para as auditorias de demonstrações contábeis 
das entidades compreendidas na definição do caput para período ou 
exercício iniciado a partir de 1º de janeiro de 2010. 
 
Art. 2º Os pareceres de auditoria a serem emitidos sobre demons-
trações contábeis das pequenas e médias empresas e de outras entida-
des, cuja execução dos trabalhos tenha observado o disposto no caput 
 25 
do art. 1º, devem seguir o modelo da NBC T 11, aprovada pela Reso-
lução CFC n.º 820-97. Nesses casos, as normas aplicáveis devem ser 
identificadas nos pareceres de auditoria como “normas de auditoria 
aprovadas no Brasil pela Resolução CFC n.º 820-97”. 
 
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, 
retroagindo os seus efeitos a 31 de dezembro de 2010. 
 
Brasília, 18 de fevereiro de 2011. 
 
Juarez Domingues Carneiro – Presidente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) Publicada no DOU, de 1º-03-2011. 
 26 
 
 
RESOLUÇÃO CFC nº 1.329(1) 
de 18 de março de 2011 
 
 
Altera a sigla e a numeração de normas, 
interpretações e comunicados técnicos. 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercí-
cio de suas atribuições legais e regimentais, e com fundamento no 
disposto na alínea “f” do art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295-46, alterado 
pela Lei n.º 12.249-10, 
 
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade 
editou a Resolução CFC n.º 1.328-11 que altera a estrutura das Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade e adota novas siglas e numerações 
para normas, interpretações e comunicados técnicos, 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º Alterar a sigla e a numeração das normas citadas abaixo, 
conforme segue: 
DE PARA 
NBC T 1 NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL 
NBC T 19.10 NBC TG 01 
NBC T 7 NBC TG 02 
NBC T 3.8 NBC TG 03 
NBC T 19.8 NBC TG 04 
NBC T 17 NBC TG 05 
NBC T 10.2 NBC TG 06 
NBC T 19.4 NBC TG 07 
NBC T 19.14 NBC TG 08 
NBC T 3.7 NBC TG 09 
NBC T 19.15 NBC TG 10 
NBC T 19.16 NBC TG 11 
NBC T 19.17 NBC TG 12 
NBC T 19.18 NBC TG 13 
NBC T 19.23 NBC TG 15 
 27 
NBC T 19.20 NBC TG 16 
NBC T 19.21 NBC TG 17 
NBC T 19.37 NBC TG 18 
NBC T 19.38 NBC TG 19 
NBC T 19.22 NBC TG 20 
NBC T 19.24 NBC TG 21 
NBC T 19.25 NBC TG 22 
NBC T 19.11 NBC TG 23 
NBC T 19.12 NBC TG 24 
NBC T 19.7 NBC TG 25 
NBC T 19.27 NBC TG 26 
NBC T 19.1 NBC TG 27 
NBC T 19.26 NBC TG 28 
NBC T 19.29 NBC TG 29 
NBC T 19.30 NBC TG 30 
NBC T 19.28 NBC TG 31 
NBC T 19.2 NBC TG 32 
NBC T 19.31 NBC TG 33 
NBC T 19.35 NBC TG 35 
NBC T 19.36 NBC TG 36 
NBC T 19.39 NBC TG 37 
NBC T 19.32 NBC TG 38 
NBC T 19.33 NBC TG 39 
NBC T 19.34 NBC TG 40 
NBC T 19.42 NBC TG 41 
NBC T 19.40 NBC TG 43 
NBC T 19.41 NBC TG 1000 
IT 08 ITG 01 
IT 13 ITG 02 
IT 03 ITG 03 
IT 06 ITG 06 
IT 07 ITG 07 
IT 01 ITG 08 
IT 09 ITG 09 
IT 10 ITG 10 
IT 11 ITG 11 
IT 12 ITG 12 
IT 14 ITG 13 
IT 15 ITG 15 
IT 16 ITG 16 
 28 
NBC TE 11 ITG 2001 
NBC T 10.23 CTG 01 
CT 03 CTG 02 
IT 02 CTG 03 
CT 05 CTG 04 
CT 06 CTG 05 
CT 01 CTG 2000 
CT 04 CTG 2001 
CT 02 CTA 01 
CT 07 CTA 02 
CT 08 CTA 03 
CT 09 CTA 04 
NBC P 3 NBC PI 01 
NBC T 12 NBC TI 01 
NBC TA 01 NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL 
NBC PA 03 NBC PA 11 
NBC PA 4 NBC PA 12 
NBC PA 5 NBC PA 13 
 
Art. 2º As citações de sigla e de numeração em texto de normas 
em vigor editadas pelo CFC, ora alteradas, são substituídas pela nova 
denominação da norma, interpretação ou comunicado técnico. Essas 
normas serão substituídas no sítio do CFC pelas versões atualizadas 
das normas objeto desta Resolução. 
 
Art. 3º Em função da alteração da denominação da Norma NBC 
TE 11 para Interpretação ITG 2001, da Norma NBC T 10.23 para 
Comunicado CTG 01 e de Interpretação IT 02 para Comunicado CTG 
03, esses normativos devem também ser ajustados nos respectivos 
textos no que for pertinente. 
 
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. 
 
Brasília, 18 de março de 2011. 
 
Juarez Domingues Carneiro – Presidente 
 
 
 
 
(1) Publicada no DOU, de 22-03-2011. 
 29 
A Resolução CFC n.º 1.329-11 alterou a sigla e a numeração desta Norma de 
NBC TA 01 para NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL. 
 
RESOLUÇÃO CFC nº 1.202(1) 
de 27 de novembro de 2009 
 
 
Aprova a NBC TA ESTRUTURA CON- 
CEITUAL – Estrutura Conceitual para Tra-
balhos de Asseguração.(3) 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercí-
cio de suas atribuições legais e regimentais, 
 
CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas Bra-
sileiras de Contabilidade aos padrões internacionais; 
 
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade é 
membro associado da IFAC – Federação Internacional de Contadores; 
 
CONSIDERANDO a Política de Tradução e Reprodução de 
Normas, emitida pela IFAC em dezembro de 2008; 
 
CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao inte-
resse público, recomenda que seus membros e associados realizem a 
tradução das suas normas internacionais e demais publicações; 
 
CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes, 
a IFAC autorizou, no Brasil, como tradutores das suas normas e publi-
cações, o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON – Institu-
to dos Auditores Independentes do Brasil; 
 
CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos fir-
mado, outorgou aos órgãos tradutores os direitos de realizar a tradu-
ção, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e 
em formato eletrônico, 
 
RESOLVE: 
 30 
 
Art. 1º. Aprovar a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – 
“Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração”, elaborada de 
acordo com a sua equivalente internacional Estrutura Conceitual da 
IFAC. 
 
Art. 2º. Alterar a sigla da NBC TA 01 – Revisão Externa de Qua-
lidade pelos Pares, aprovada pela Resolução CFC nº 1.158-09, para 
NBC PA 03 – Revisão Externa de Qualidade pelos Pares.(2) 
 
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados 
em ou após 1º. de janeiro de 2010. 
 
Brasília, 27 de novembro de 2009. 
 
Maria Clara Cavalcante Bugarim – Presidente 
 
 31 
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE 
NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA 
CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO 
 
Índice Item 
INTRODUÇÃO 1 – 3 
PRINCÍPIOS ÉTICOS E NORMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE 4 – 6 
DEFINIÇÃO E OBJETIVO DO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO 7 – 11 
ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA CONCEITUAL 12 – 14 
RELATÓRIO SOBRE TRABALHO DE NÃO ASSEGURAÇÃO 15 – 16 
ACEITAÇÃO DO TRABALHO 17 – 19 
ELEMENTOS DO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO 20 
RELACIONAMENTO ENTRE TRÊS PARTES 21 – 30 
OBJETO 31 – 33 
CRITÉRIOS 34 – 38 
EVIDÊNCIAS 39 – 55 
RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO 56 – 60 
USO INDEVIDO DO NOME DO AUDITOR INDEPENDENTE 61 
APÊNDICE 
 
Introdução 
1. Esta Estrutura Conceitual define e descreve os elementos e os 
objetivos de um trabalho de asseguração, identificando os trabalhos 
aos quais são aplicadas as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA), 
Normas Técnicas de Revisão (NBC TR), e Normas para Outros Tra-
balhos de Asseguração (NBC TO). Ela proporciona orientação e refe-
rência para: 
(a) Profissionais de Contabilidade na prática de auditoria (Audi-
tores Independentes) quando executam trabalhos de asseguração. Pro-
fissionais de Contabilidade no setor público são remetidos para a Pers-
pectiva do Setor Público no final desta Estrutura Conceitual. Os Pro-
fissionais de Contabilidade que não estejam nem na prática de audito-
ria nem no setor público são encorajadosa considerar esta Estrutura 
Conceitual quando executarem trabalhos de asseguração;(*) 
(*) Um Profissional de Contabilidade que não esteja na prática de auditoria in-
dependente, por exemplo, um auditor interno, aplica esta estrutura e menciona 
em seu relatório esta estrutura e as NBC TA, NBC TR ou NBC TO que sejam 
aplicáveis. No caso do Profissional de Contabilidade, de outros membros da e-
quipe de trabalho e, quando aplicável, de outros empregados desse profissional 
não serem independentes da entidade auditada para a qual está sendo efetuado o 
trabalho de asseguração, a falta de independência e a natureza do relacionamen-
 32 
to com essa entidade devem ser divulgados no relatório do Profissional de Con-
tabilidade. Também não deve ser usada a palavra “independente” no título do 
relatório, e o propósito e o uso do relatório devem ser restritos. 
(b) outros envolvidos em trabalhos de asseguração, incluindo os 
usuários previstos do relatório de asseguração e a parte responsável; e 
(c) emissão de normas técnicas (NBC TA, NBC TR e NBC TO) 
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
2. Esta Estrutura Conceitual não estabelece normas próprias nem 
exigências relativas a procedimentos para execução de trabalhos de 
asseguração. As NBC TA, NBC TR e NBC TO contêm princípios 
básicos, procedimentos essenciais e respectiva orientação, de modo 
consistente com os conceitos desta Estrutura Conceitual, para a execu-
ção de trabalhos de asseguração. 
3. O que se segue é uma visão geral desta Estrutura Conceitual: 
• Introdução 
Esta Estrutura Conceitual trata dos trabalhos de asseguração exe-
cutados por auditores independentes. Ela proporciona orientação e 
referência para auditores independentes e para outros envolvidos em 
trabalhos de asseguração, como aqueles que contratam um auditor 
independente (contratante). 
• Definição e objetivo do trabalho de asseguração 
Essa parte da Estrutura Conceitual define os trabalhos de assegu-
ração e identifica os objetivos dos dois tipos de trabalhos de assegura-
ção, cuja execução é permitida ao auditor independente. Ela define 
esses dois tipos como “trabalhos de asseguração razoável” e “traba-
lhos de asseguração limitada”. (observação: quando se tratar de traba-
lho de asseguração de informações contábeis históricas (por exemplo, 
demonstrações contábeis), o trabalho de asseguração razoável é de-
nominado “auditoria”, e o trabalho de asseguração limitada é denomi-
nado “revisão”). 
 33 
 
• Abrangência da estrutura conceitual 
Essa parte distingue os trabalhos de asseguração de outros traba-
lhos, como os de consultoria. 
• Aceitação de trabalho 
Essa parte estabelece as características que devem estar necessa-
riamente presentes antes do auditor independente aceitar um trabalho 
de asseguração. 
• Elementos do trabalho de asseguração 
Essa parte identifica e discute os cinco elementos presentes nos 
trabalhos de asseguração executados por auditores independentes: um 
relacionamento de três partes, um objeto, critérios, evidências e um 
relatório de asseguração. Essa seção explica as diferenças importantes 
entre os trabalhos de asseguração razoável e os de asseguração limita-
da (também detalhadas no Apêndice). Essa seção discute também, por 
exemplo, as variações significativas no objeto dos trabalhos de asse-
guração, as características exigidas dos critérios adequados, o papel do 
risco e da materialidade nos trabalhos de asseguração, e como as con-
clusões são expressas em cada um dos dois tipos de trabalhos de asse-
guração. 
• Uso indevido do nome do auditor independente 
Essa parte discute as implicações da associação do auditor inde-
pendente com determinado objeto. 
Princípios éticos e normas de controle de qualidade 
4. Em adição a esta Estrutura Conceitual e às normas técnicas 
(NBC TA, NBC TR e NBC TO), os auditores independentes que exe-
cutam trabalhos de asseguração são disciplinados: 
(a) pelo Código de Ética Profissional do Contabilista do Conse-
lho Federal de Contabilidade (CFC), que estabelece princípios éticos 
fundamentais para os contabilistas; e 
(b) pela Norma de Controle de Qualidade (NBC PA 01 – Con-
trole de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Audi-
tores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de 
informação contábil histórica, outros trabalhos de asseguração e servi-
ços correlatos.) 
 34 
5. Os princípios fundamentais da ética profissional a serem ob-
servados pelos auditores independentes estão implícitos no Código de 
Ética Profissional do Contabilista do CFC, incluindo: 
(a) honestidade(ou integridade); 
(b) objetividade; 
(c) competência e zelo profissionais; 
(d) sigilo; e 
(e) comportamento profissional. 
6. O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas 
profissionais relacionadas mostram como a estrutura conceitual deve 
ser aplicada em situações específicas. Fornecem exemplos de salva-
guardas que podem ser adequadas para tratar das ameaças ao cumpri-
mento dos princípios fundamentais e fornece, também, exemplos de 
situações onde não há salvaguardas disponíveis para tratar as ameaças. 
Especificamente com referência à necessária Independência a norma, 
aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade, inclui uma aborda-
gem conceitual à independência, que leva em consideração, para cada 
trabalho de asseguração, as ameaças à independência, as salvaguardas 
aceitas e o interesse público. Isso exige que as firmas e os membros 
das equipes de asseguração identifiquem e avaliem as circunstâncias e 
os relacionamentos que possam gerar ameaças à independência e to-
mem ações adequadas para eliminar essas ameaças, ou reduzi-las a um 
nível aceitável, pela aplicação de salvaguardas. 
Definição e objetivo do trabalho de asseguração 
7. “Trabalho de asseguração” significa um trabalho no qual o 
auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de 
aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que não 
seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensura-
ção de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. 
8. O resultado da avaliação ou mensuração de um objeto é a in-
formação resultante da aplicação de critérios ao objeto. Essa informa-
ção resultante pode ser, por exemplo, as demonstrações contábeis de 
uma entidade, ou uma afirmação acerca da eficácia do seu controle 
interno, ou seja: 
 35 
(a) o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulga-
ção nas demonstrações contábeis (resultado da avaliação ou mensura-
ção de determinado objeto) da entidade resultam da aplicação da es-
trutura de relatórios financeiros para o reconhecimento, a mensuração, 
a apresentação e a divulgação, como as Práticas Contábeis Adotadas 
no Brasil (critérios), à sua posição patrimonial e financeira, ao seu 
desempenho operacional e aos seus fluxos de caixa (objetos). 
(b) uma afirmação acerca da eficácia do controle interno (resulta-
do) resulta da aplicação da estrutura conceitual para a avaliação da 
eficácia do controle interno, tais como os critérios (COSO ou Co-
Co(*)) em relação ao controle interno (objeto). 
(*) COSO vem da sigla em inglês aplicável ao Comittee of Sponsoring Organi-
zation of the Tradeway Comission, enquanto CoCo refere-se aos princípios do 
Instituto Canadense de Contadores. 
Ao longo desta Estrutura Conceitual, a expressão “informação 
sobre o objeto” é usada para significar o resultado da avaliação ou 
mensuração do objeto de acordo com os critérios aplicáveis. É a in-
formação a respeito do objeto sobre a qual o auditor independente 
obtém evidências apropriadas e suficientes, que permitam a funda-
mentação razoável a fim de expressar uma conclusão no relatório de 
asseguração. 
9. A informação sobre o objeto pode não estar expressa de forma 
apropriada no contexto do objeto e dos critérios, podendo, por isso, 
estar distorcida, eventualmente até numa extensão relevante. Isso o-
corre quando a informação sobre o objeto não reflete de forma apro-
priadaa aplicação dos critérios ao objeto; por exemplo, quando as 
demonstrações contábeis da entidade não representam adequadamente, 
em todos os aspectos relevantes, sua posição patrimonial e financeira, 
o desempenho operacional de suas operações e os seus fluxos de cai-
xa, conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, ou quando uma 
afirmação (ou afirmações) da entidade de que seu controle interno é 
eficaz não está declarada de forma adequada, em todos os aspectos 
relevantes, conforme o COSO ou o CoCo. 
10. Em alguns trabalhos de asseguração, a avaliação ou a mensu-
ração do objeto é executada pela parte responsável, estando a informa-
ção sobre o objeto na forma de afirmação pela parte responsável, a-
firmação essa que fica disponível aos usuários previstos. Esses traba-
lhos são denominados “trabalhos baseados em afirmação (ou afirma-
 36 
ções)”. Em outros trabalhos de asseguração, o auditor independente 
executa diretamente a avaliação ou a mensuração do objeto, ou obtém 
representação da parte responsável de que executou a avaliação ou a 
mensuração, a qual não fica disponível aos usuários previstos. A in-
formação sobre o objeto é prestada aos usuários previstos no relatório 
de asseguração. Esses trabalhos são denominados “trabalhos de relató-
rio direto”. 
11. Segundo esta Estrutura Conceitual, existem dois tipos de tra-
balhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor indepen-
dente: trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração 
limitada. O objetivo do trabalho de asseguração razoável é reduzir o 
risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, 
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma 
positiva de expressão da conclusão do auditor independente. O objeti-
vo do trabalho de asseguração limitada é o de reduzir o risco de traba-
lho de asseguração a um nível que seja aceitável, considerando as 
circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior do que no 
trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma negativa 
de expressão da conclusão do auditor independente.(*) 
(*) Circunstâncias do trabalho incluem os termos do trabalho, inclusive se ele se 
refere a trabalho de asseguração razoável ou limitada, as características do obje-
to do trabalho, os critérios a utilizar, as necessidades dos usuários previstos, as 
características relevantes e o ambiente da parte responsável, além de outros as-
suntos como eventos, operações, condições e práticas, que podem ter efeito sig-
nificativo sobre o trabalho. 
Abrangência da estrutura conceitual 
12. Nem todos os trabalhos executados por auditores independen-
tes são trabalhos de asseguração. Outros trabalhos frequentemente 
executados que não satisfazem a definição acima (e por isso não são 
previstos nesta Estrutura Conceitual) incluem: 
(a) trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços 
Correlatos (NBC TSC), tais como trabalhos de procedimentos previ-
amente acordados e compilações de informações financeiras ou de 
outras informações. 
(b) a elaboração de declarações de impostos em que não há uma 
conclusão que expresse qualquer forma de asseguração. 
(c) trabalhos de consultoria (ou de assessoria), tais como consul-
toria gerencial e de impostos.(*) 
 37 
(*) Trabalhos de consultoria utilizam profissionais com conhecimento técnico e 
acadêmico de contabilidade, especialização, experiência e conhecimentos adqui-
ridos no processo de consultoria. O processo de consultoria é um processo analí-
tico que envolve tipicamente algumas combinações de atividades relacionadas 
com: determinação de objetivos, descoberta de fatos, definição de problemas ou 
de oportunidades, avaliação de alternativas, desenvolvimento de recomendações 
(incluindo ações), comunicação de resultados e, às vezes, implantação e acom-
panhamento posterior. Relatórios (se emitidos) são escritos geralmente na forma 
de narrativas (ou forma longa). Geralmente, o trabalho executado é apenas para 
uso e benefício do cliente. A natureza e o alcance do trabalho são determinados 
por acordo entre o profissional de contabilidade e o cliente. Qualquer serviço 
que preencha a definição de trabalho de asseguração não é de consultoria, mas 
sim de asseguração. 
13. Um trabalho de asseguração pode ser parte de um trabalho 
mais amplo, por exemplo, quando um trabalho de consultoria para 
aquisição de empresa inclui a exigência de expressar asseguração 
quanto às informações contábeis históricas ou prospectivas. Nessas 
circunstâncias, esta Estrutura Conceitual aplica-se somente à parte de 
asseguração do trabalho. 
14. Os trabalhos a seguir, que podem satisfazer a definição apre-
sentada no item 7, não necessitam ser executados de acordo com esta 
Estrutura Conceitual: 
(a) trabalhos para testemunhar em processos legais com respeito 
a contabilidade, auditoria, aspectos fiscais e tributários ou outros as-
suntos; e 
(b) trabalhos que incluam opiniões profissionais, pontos de vista 
ou relatos, a partir dos quais o usuário possa inferir alguma assegura-
ção, se tudo o que se segue for aplicável: 
(i) essas opiniões, esses pontos de vista ou essa redação são 
meramente acessórios face ao trabalho como um todo; 
(ii) qualquer relatório emitido é expressamente restrito aos 
usuários previstos nele especificados; 
(iii) segundo entendimento por escrito com os usuários pre-
vistos, o trabalho não se destina a ser trabalho de asseguração; e 
(iv) o trabalho não foi apresentado como sendo de assegura-
ção no relatório emitido. 
 
 38 
Relatório sobre trabalho de não asseguração 
15. O auditor independente que relate sobre um trabalho que não 
seja de asseguração, no âmbito desta Estrutura Conceitual, distingue 
claramente esse relatório de relatório de asseguração. Assim, para não 
confundir os usuários previstos, o relatório que não seja de assegura-
ção evita, por exemplo: 
(a) sugerir conformidade com esta Estrutura Conceitual ou com 
as NBC TAs, NBC TRs ou NBC TOs; 
(b) usar indevidamente as palavras “asseguração”, “auditoria” ou 
“revisão”; 
(c) incluir declaração que possa ser confundida com uma con-
clusão concebida para aumentar o grau de confiança dos usuários pre-
vistos acerca do resultado da avaliação ou mensuração de objeto de 
acordo com os critérios aplicáveis. 
16. O auditor independente e a parte responsável podem concor-
dar em aplicar os princípios desta Estrutura Conceitual a um trabalho 
quando não houver outros usuários previstos além da parte responsá-
vel, desde que sejam satisfeitas todas as outras exigências previstas 
nas NBC TAs, NBC TRs e NBC TOs. Nesses casos, o relatório do 
auditor independente inclui uma declaração restringindo o uso do rela-
tório à parte responsável. 
Aceitação de trabalho 
17. O auditor independente deve aceitar um trabalho de assegura-
ção somente se, com base em seu conhecimento preliminar das cir-
cunstâncias do trabalho, indicar que: 
(a) possa cumprir com as exigências do Código de Ética, como 
independência e competência profissional; e 
(b) o trabalho contém todas as seguintes características: 
(i) o objeto do trabalho é apropriado; 
(ii) os critérios a serem adotados são adequados e estão dis-
poníveis aos usuários previstos; 
(iii) o auditor independente tem acesso apropriado e sufici-
ente às evidências que darão suporte ou fundamentação para a 
sua conclusão; 
 39 
(iv) a conclusão do auditor independente, quer seja em for-
ma de Asseguração Razoável quer em forma de Asseguração 
Limitada, puder estar contida em relatório escrito; e 
(v) o auditor independente se satisfaz que há um propósito 
racional para o trabalho. Se houver uma limitação relevante na ex-
tensão do seu trabalho (ver item 55), provavelmente o trabalho não 
terá um propósito racional. O auditor independente pode considerar 
também que a parte contratante tem a intenção de associar o nome 
do auditor ao objeto de maneira não apropriada (ver item 61). 
As Normas específicas (NBC TAs, NBC TRs e NBC TOs) po-
dem incluir requisitosadicionais que necessitam ser satisfeitos antes 
da aceitação do trabalho. 
18. Quando um trabalho potencial não puder ser aceito como tra-
balho de asseguração, porque não evidencia todas as características do 
item anterior, a parte contratante pode estar em condições de identifi-
car um trabalho diferente, que satisfaz as necessidades dos usuários 
previstos. Por exemplo: 
(a) se os critérios originais não forem adequados, um trabalho 
de asseguração pode ainda ser executado, desde que: 
(i) a parte contratante possa identificar um aspecto do objeto 
original para o qual esses critérios sejam adequados, e o auditor 
independente possa executar o trabalho de asseguração com res-
peito a esse aspecto como um objeto por si próprio. Nesses casos, 
o relatório de asseguração torna claro que não se relaciona com o 
objeto original na sua totalidade; ou 
(ii) possam ser selecionados ou desenvolvidos critérios al-
ternativos para o objeto original. 
(b) a parte contratante pode solicitar um trabalho que não seja 
um trabalho de asseguração, como um trabalho de consultoria ou um 
trabalho de procedimentos previamente acordados. 
19. Uma vez aceito o trabalho de asseguração, o auditor indepen-
dente não pode alterar esse trabalho para trabalho de não asseguração, 
assim como não pode alterar o alcance do trabalho de asseguração 
razoável para trabalho de asseguração limitada sem uma justificativa 
razoável. Uma alteração de circunstâncias que afete as necessidades 
dos usuários previstos, ou um mal entendido com referência à nature-
 40 
za do trabalho, justifica geralmente o pedido para alteração no traba-
lho. Se essa alteração for feita, o auditor independente não deve igno-
rar a evidência obtida anteriormente à alteração. 
Elementos do trabalho de asseguração 
20. São discutidos nesta seção os seguintes elementos de traba-
lho de asseguração: 
(a) relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor inde-
pendente, a parte responsável e os usuários previstos; 
(b) objeto apropriado; 
(c) critérios adequados; 
(d) evidências apropriadas e suficientes; e 
(e) relatório de asseguração escrito na forma apropriada para 
trabalho de asseguração razoável ou para trabalho de asseguração 
limitada. 
Relacionamento entre três partes 
21. Os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o 
auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos. 
22. A parte responsável e os usuários previstos podem ser de di-
ferentes entidades ou da mesma entidade. Como exemplo do último 
caso, na estrutura de administração dualista, o conselho de administra-
ção pode procurar asseguração acerca da informação proporcionada 
pela diretoria executiva da entidade. O relacionamento entre a parte 
responsável e os usuários previstos necessita ser visto no contexto de 
trabalho específico e pode diferir de linhas de responsabilidade mais 
tradicionalmente definidas. Por exemplo, um executivo da alta admi-
nistração da entidade (usuário previsto) pode contratar o auditor inde-
pendente para executar um trabalho de asseguração sobre um aspecto 
particular das atividades da entidade, aspecto esse que é da responsa-
bilidade imediata de um nível mais baixo de gestão (parte responsá-
vel), mas pelo qual o executivo, em última análise, é responsável. 
Auditor independente 
23. A expressão “auditor independente”, como usada nesta Es-
trutura Conceitual, é mais ampla do que a usada nas NBC TAs ou 
NBC TRs, que se refere apenas a auditores independentes que execu-
 41 
tam trabalhos de auditoria ou de revisão de informações contábeis 
históricas. 
24. Pode ser solicitado ao auditor independente que execute tra-
balhos de asseguração em vasta gama de objetos. Alguns desses obje-
tos podem exigir conhecimentos especializados além dos geralmente 
possuídos por auditor independente. Conforme referido no item 17(a), 
um auditor independente não aceita um trabalho se seu conhecimento 
preliminar das circunstâncias do trabalho indicar que não serão satis-
feitos os requisitos éticos referentes à competência profissional. Em 
alguns casos, esse requisito pode ser satisfeito pelo auditor indepen-
dente pelo uso do trabalho de pessoas de outras áreas profissionais, 
referidas como especialista. Nesses casos, o auditor independente se 
satisfaz de que os especialistas que executam o trabalho possuem cole-
tivamente os conhecimentos e as habilidades exigidos, e que o auditor 
independente tem um nível adequado de envolvimento no trabalho e 
compreensão do mesmo para o qual seja usado qualquer especialista. 
Parte responsável 
25. A parte responsável é a pessoa (ou as pessoas) que: 
(a) e responsável pelo objeto no trabalho de relatório direto; ou 
(b) no trabalho com base em afirmação, a parte responsável é a 
responsável pela informação sobre o objeto (a afirmação) e pode ser 
responsável pelo objeto. Um exemplo de quando a parte responsável 
responde tanto pela informação sobre o objeto como pelo objeto é 
quando a entidade contrata um auditor independente para executar um 
trabalho de asseguração relacionado a um relatório que ela tenha ela-
borado sobre suas próprias práticas de sustentabilidade. Um exemplo 
de quando a parte responsável responde pela informação sobre o obje-
to, mas não pelo objeto, dá-se quando uma organização governamen-
tal contrata um auditor independente para executar um trabalho de 
asseguração, relativo ao relatório sobre as práticas de sustentabilidade 
da empresa privada, relatório esse que a referida organização gover-
namental tenha elaborado com o objetivo de distribuir para os usuários 
previstos. 
A parte responsável pode ser ou pode não ser a parte que contrata 
o auditor independente (a parte contratante). 
26. A parte responsável geralmente fornece ao auditor indepen-
dente uma representação formal (carta de representação da adminis-
 42 
tração), que avalia ou mensura o objeto de acordo com os critérios 
aplicáveis, devendo ela ficar ou não à disposição dos usuários previs-
tos como uma afirmação. No trabalho de relatório direto, o auditor 
independente pode não ser capaz de obter essa representação quando a 
parte contratante for diferente da parte responsável. 
Usuários previstos 
27. Os usuários previstos são a pessoa, as pessoas ou o grupo de 
pessoas para quem o auditor independente submete seu relatório de 
asseguração. A parte responsável pode ser um dos usuários previstos, 
mas não pode ser o único. 
28. Sempre que possível, o relatório de asseguração é dirigido a 
todos os usuários previstos, mas em alguns casos, podem existir outros 
usuários. O auditor independente pode não ser capaz de identificar 
todos os que irão ler o relatório de asseguração, particularmente quan-
do houver grande número de pessoas que tenham acesso ao relatório. 
Nesses casos, particularmente quando for provável que possíveis leito-
res tenham vasta escala de interesses no objeto, os usuários previstos 
podem ser limitados aos principais interessados com demandas signi-
ficativas e comuns. Os usuários previstos podem ser identificados de 
diferentes formas, por exemplo, mediante acordo entre o auditor inde-
pendente e a parte responsável, com a parte contratante ou por lei. 
29. Sempre que possível, há envolvimento entre os usuários 
previstos ou os seus representantes com o auditor independente e a 
parte responsável (ou a parte contratante, se diferente) para determinar 
os requisitos do trabalho. Independente do envolvimento de outros e 
diferentemente de trabalho de procedimentos previamente acordados 
(que envolve relatar fatos identificados com base nos procedimentos, 
em vez de uma conclusão): 
(a) o auditor independente é responsável pela determinação da 
natureza, da época e da extensão dos procedimentos; e 
(b) é exigido do auditor independente que continue investigando 
qualquer assunto que tenha chegado ao seu conhecimento e que o leve 
a questionar se deve ser feita modificação relevante na informação 
sobre o objeto do trabalho. 
30. Em alguns casos,os usuários previstos (por exemplo, ban-
queiros e reguladores) exigem ou pedem à parte responsável (ou à 
parte contratante, se diferente) que providencie um trabalho de assegu-
 43 
ração a ser executado com uma finalidade específica. Quando os tra-
balhos forem destinados para usuários previstos especificados ou com 
uma finalidade específica, o auditor independente considera incluir 
uma restrição no relatório de asseguração que limita o seu uso a esses 
usuários previstos ou a essa finalidade. 
Objeto 
31. O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asse-
guração podem tomar várias formas, como: 
(a) desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição 
patrimonial e financeira histórica ou prospectiva, desempenho das 
operações e fluxos de caixa) para os quais a informação sobre o objeto 
pode ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulga-
ção nas demonstrações contábeis; 
(b) desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, de-
sempenho da entidade) para os quais a informação sobre o objeto pode 
ser o principal indicador de eficiência e eficácia; 
(c) características físicas (por exemplo, capacidade de instala-
ção) para os quais a informação sobre o objeto pode ser um documen-
to de especificações; 
(d) sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da enti-
dade ou o sistema de tecnologia da informação) para os quais a infor-
mação sobre o objeto pode ser uma afirmação acerca da sua eficácia; 
(e) o comportamento (por exemplo, governança corporativa da 
entidade, conformidade com regulamentação, práticas de recursos 
humanos) para o qual a informação sobre o objeto pode ser uma decla-
ração de conformidade ou uma declaração de eficácia. 
32. Os objetos têm diferentes características, incluindo o grau 
em que a informação acerca deles é qualitativa versus quantitativa, 
objetiva versus subjetiva, histórica versus prospectiva, e se relaciona a 
uma determinada data-base ou abrange um período. Essas característi-
cas afetam: 
(a) a precisão com que o objeto pode ser avaliado ou mensurado 
de acordo com os critérios; e 
(b) a persuasão da evidência disponível. 
 44 
O relatório de asseguração aponta características de particular re-
levância aos usuários previstos. 
33. Um objeto apropriado tem as seguintes características: 
(a) é identificável e passível de avaliação ou mensuração basea-
da em critérios identificados; e 
(b) as informações sobre esse objeto podem ser submetidas aos 
procedimentos que proporcionem evidência suficiente e que permitam 
uma conclusão apropriada, quer se trate de asseguração razoável quer 
de asseguração limitada. 
Critérios 
34. Os critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados 
para avaliar ou mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante, 
referências para a apresentação e a divulgação. Os critérios podem ser 
formais; por exemplo, na elaboração de demonstrações contábeis, os 
critérios podem ser as práticas contábeis adotadas no Brasil. Quando 
se relatar sobre controle interno, os critérios podem ser a estrutura 
conceitual estabelecida de controle interno, ou objetivos de controle 
individual especificamente planejados para o trabalho. Quando se 
relatar sobre conformidade, os critérios podem estar relacionados com 
lei, regulamento ou contrato. Exemplos de critérios menos formais 
são: código de conduta desenvolvido internamente (como o número de 
vezes que se espera que determinado comitê se reúna durante o ano) 
ou nível acordado de desempenho. 
35. São exigidos critérios adequados para a avaliação ou para a 
mensuração razoavelmente consistente de um objeto dentro do contex-
to de julgamento profissional. Sem uma base de referência proporcio-
nada por critérios adequados, qualquer conclusão está sujeita à inter-
pretação individual e a mal-entendidos. Critérios adequados dependem 
do contexto, isto é, são relevantes às circunstâncias do trabalho. Até 
para o mesmo objeto pode haver critérios diferentes. Por exemplo, 
quando o objeto é a satisfação do cliente, uma parte responsável pode 
selecionar o número de queixas de clientes satisfatoriamente resolvi-
das, e outra parte responsável pode selecionar o número de compras 
repetidas nos três meses que se seguem à compra inicial. 
36. Os critérios adequados apresentam as seguintes característi-
cas: 
 45 
(a) relevância: critérios relevantes contribuem para a tomada de 
decisão pelos usuários previstos; 
(b) integridade: os critérios são suficientemente completos 
quando os fatores relevantes, que podem influenciar as conclusões no 
contexto do trabalho, não foram omitidos. Critérios completos inclu-
em, quando relevante, pontos de referência (benchmarks) para a di-
vulgação e a apresentação; 
(c) confiabilidade: critérios confiáveis permitem a avaliação ou 
a mensuração razoavelmente uniforme do objeto, o que inclui, quando 
relevante, a apresentação e a divulgação, quando utilizada em circuns-
tâncias similares por auditores independentes igualmente qualificados; 
(d) neutralidade: critérios neutros contribuem para conclusões 
não tendenciosas; 
(e) entendimento: critérios compreensíveis possibilitam conclu-
sões claras e completas e sem o risco de interpretações significativa-
mente diferentes. 
A avaliação ou a mensuração de objeto com base nas próprias 
expectativas, julgamentos e experiência individual do auditor inde-
pendente não constituem critérios adequados. 
37. O auditor independente avalia a adequação de critérios para 
determinado trabalho ao considerar se eles refletem as características 
acima mencionadas. A importância relativa de cada característica de 
determinado trabalho é uma questão de julgamento. Os critérios po-
dem ser estabelecidos ou especificamente desenvolvidos. Os critérios 
estabelecidos são os que estão incorporados em leis ou em regulamen-
tos, ou os que são emitidos por reconhecidas organizações de especia-
listas, que seguem um processo transparente de tramitação. Critérios 
especificamente desenvolvidos são os aqueles planejados para a fina-
lidade do trabalho. Se os critérios forem estabelecidos ou especifica-
mente desenvolvidos, eles afetam o trabalho que o auditor indepen-
dente executa a fim de avaliar a sua adequação para determinado tra-
balho. 
38. Os critérios necessitam estar disponíveis aos usuários previs-
tos para lhes permitir compreender como o objeto foi avaliado ou 
mensurado. Os critérios podem estar à disposição dos usuários previs-
tos por uma ou mais das seguintes formas: 
 46 
(a) publicamente; 
(b) por meio de inclusão, de maneira clara, na apresentação da 
informação sobre o objeto; 
(c) por inclusão, de maneira clara, no relatório de asseguração; 
(d) por entendimento geral, como por exemplo, o critério de 
mensurar o tempo em horas e minutos. 
Os critérios podem, também, apenas estar à disposição de usuá-
rios previstos específicos; por exemplo, os termos do contrato ou cri-
térios emitidos por uma associação do setor que estejam apenas à dis-
posição dos que atuam nesse setor. Quando os critérios identificados 
estiverem apenas à disposição de usuários previstos específicos ou 
forem relevantes apenas para finalidade específica, o uso do relatório 
de asseguração é restrito a esses usuários previstos ou a essa finalida-
de.(*) 
(*) Enquanto o relatório de asseguração pode ser de uso restrito, no caso de ter 
um propósito específico ou de ser destinado somente para determinados usuá-
rios previstos, a ausência de restrição em relação a um determinado leitor ou 
propósito não é indicativa, por si só, de que o auditor independente assume a 
responsabilidade legal perante esse leitor ou esse propósito. A assunção dessa 
responsabilidade depende das circunstâncias de cada caso e dos aspectos jurídi-
cos relevantes envolvidos. 
Evidências 
39. O auditor independente planeja e executa o trabalho de asse-
guração com atitude de ceticismo profissional para obter evidência 
apropriada e suficiente sobre se a informação relativa ao objeto estálivre de distorções relevantes. O auditor independente considera a 
materialidade, o risco do trabalho de asseguração, a quantidade e a 
qualidade das evidências disponíveis quando planeja e executa o tra-
balho, em especial quando determina a natureza, a época ou a exten-
são dos procedimentos de obtenção de evidência. 
Ceticismo profissional 
40. O auditor independente planeja e executa o trabalho de asse-
guração com atitude de ceticismo profissional, reconhecendo que po-
dem existir circunstâncias que façam com que a informação sobre o 
objeto contenha distorções relevantes. A atitude de ceticismo profis-
sional significa que o auditor independente faz uma avaliação crítica, 
mantendo-se de forma mentalmente questionadora, com referência à 
 47 
validade da evidência obtida e mantém-se alerta para qualquer evidên-
cia que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documen-
tos ou representações da parte responsável. Por exemplo, é necessária 
atitude de ceticismo profissional ao longo de todo o trabalho. Isso é 
necessário, para que o auditor independente reduza o risco de não 
identificar circunstâncias suspeitas, de generalizar em suas conclusões 
com base em observações e de usar pressupostos errados na determi-
nação da natureza, época e extensão dos procedimentos de obtenção 
de evidência e da avaliação dos respectivos resultados. 
41. O trabalho de asseguração raramente envolve a autenticação 
de documentos e o auditor independente não está treinado para ser, 
nem se espera que ele seja, especialista nesse tipo de autenticação. 
Contudo, o auditor independente considera a confiabilidade da infor-
mação a ser usada como evidência, por exemplo, fotocópias, fac-
símiles, documentos filmados ou digitalizados ou outros documentos 
eletrônicos, incluindo a consideração dos controles sobre a sua prepa-
ração e manutenção, quando relevantes. 
Suficiência e adequação da evidência suficiente e apropriada 
42. Suficiência é a medida da quantidade da evidência. Adequa-
ção é a medida da qualidade da evidência; isto é, a sua relevância e a 
sua confiabilidade. A quantidade de evidência necessária é afetada 
pelo risco da informação sobre o objeto conter distorções relevantes 
(quanto maior o risco, maior o nível de evidência que, provavelmente, 
será exigido) e também pela qualidade de tal evidência (quanto mais 
elevada a qualidade, menor o nível de evidência que será exigido). 
Assim sendo, a suficiência e a adequação de evidência estão inter- 
-relacionadas. Entretanto, a simples obtenção de mais evidência pode 
não compensar a sua inadequação ou falta de qualidade. 
43. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e 
pela sua natureza e é dependente das circunstâncias individuais em 
que é obtida. Podem ser feitas generalizações acerca da confiabilidade 
de várias espécies de evidências; porém, tais generalizações estão 
sujeitas a exceções importantes. Mesmo quando a evidência for obtida 
de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias capazes de 
afetar a confiabilidade da informação obtida. Por exemplo, a evidência 
obtida de fonte externa independente pode não ser confiável se a fonte 
não for abalizada. Embora reconhecendo que podem existir exceções, 
 48 
as seguintes generalizações acerca da confiabilidade da evidência 
podem ser úteis: 
(a) a evidência é mais confiável quando for obtida de fontes in-
dependentes, fora da entidade; 
(b) a evidência que é gerada internamente é mais confiável 
quando os controles internos são eficazes; 
(c) a evidência obtida diretamente pelo auditor independente 
(por exemplo, a observação da aplicação de controle) é mais confiável 
do que a evidência obtida indiretamente ou por inferência (por exem-
plo, a indagação acerca da aplicação de controle); 
(d) a evidência é mais confiável quando em forma documental, 
seja em papel, em forma eletrônica ou outro meio (por exemplo, a ata 
de reunião formalmente elaborada é mais confiável do que uma decla-
ração oral subsequente daquilo que foi discutido); 
(e) a evidência proporcionada por documentos originais é mais 
confiável do que a evidência proporcionada por fotocópias ou fac-
símiles. 
44. O auditor independente geralmente obtém mais segurança de 
evidência consistente quando for obtida de diferentes fontes ou de 
natureza diferente, do que de itens de evidência individualmente con-
siderados. Adicionalmente, a obtenção de evidência de fontes diferen-
tes ou de natureza diferente pode indicar que a evidência de item indi-
vidual não é confiável. Por exemplo, corroborar a informação obtida 
de fonte independente da entidade pode aumentar a segurança que o 
auditor independente obtém de representação da parte responsável. 
Por outro lado, quando a evidência obtida de fonte for inconsistente 
com a obtida de outra fonte, o auditor independente determina quais 
procedimentos adicionais de obtenção de evidência são necessários 
para resolver a inconsistência. 
45. Em termos de obter evidência apropriada e suficiente, é ge-
ralmente mais difícil obter segurança acerca da informação sobre o 
objeto cobrindo um período do que acerca da informação sobre o ob-
jeto em dado momento. Adicionalmente, as conclusões proporciona-
das sobre processos são geralmente limitadas ao período abrangido 
pelo trabalho; o auditor independente não proporciona conclusões 
sobre se no futuro o processo continuará a funcionar da maneira espe-
cificada. 
 49 
46. O auditor independente considera a relação entre o custo de 
obter evidência e a utilidade da informação obtida. Contudo, a questão 
da dificuldade ou do gasto envolvido não é por si só fundamento váli-
do para omitir procedimento de obtenção de evidência para o qual não 
há alternativa. O auditor independente usa o seu julgamento profissio-
nal e exerce o ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e a quali-
dade da evidência e, por conseguinte, sua suficiência e sua adequação 
para fundamentar o relatório de asseguração. 
Materialidade 
47. A materialidade é importante quando o auditor independente 
determina a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de ob-
tenção de evidência e quando ele determina se a informação sobre o 
objeto está isenta de distorção. Ao considerar a materialidade, o audi-
tor independente compreende e avalia quais fatores podem influenciar 
as decisões dos usuários previstos. Por exemplo, quando os critérios 
identificados permitirem variações na apresentação da informação 
sobre o objeto, o auditor independente considera como a apresentação 
adotada pode influenciar as decisões dos usuários previstos. A materi-
alidade é considerada no contexto de fatores quantitativos e qualitati-
vos, como a magnitude relativa, a natureza e a extensão dos efeitos 
desses fatores na avaliação ou na mensuração do objeto e os interesses 
dos usuários previstos. A determinação da materialidade e a importân-
cia relativa de fatores quantitativos e qualitativos em determinado 
trabalho são assuntos que envolvem o julgamento profissional do au-
ditor independente. 
Risco do trabalho de asseguração 
48. O risco do trabalho de asseguração é o risco de que o auditor 
independente expresse uma conclusão inapropriada caso a informação 
sobre o objeto contenha distorções relevantes(*). Em trabalho de asse-
guração razoável, o auditor independente reduz o risco de trabalho de 
asseguração a um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias, de 
modo a obter garantia razoável de confiabilidade como fundamento 
para uma forma positiva de expressão da sua conclusão. O nível do 
risco do trabalho de asseguração é mais elevado em trabalho de asse-
guração limitada do que em trabalho de asseguração razoável, por 
força das diferenças existentes em relação à natureza, à época ou à 
extensão dos procedimentos de obtenção de evidência. Contudo, em 
trabalho de asseguração limitada, a combinação da natureza, época e 
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extensão dos procedimentos de obtenção de evidência é, pelo menos, 
suficiente para o auditor