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@ISABELDANTASDIAS Tuberculose cutânea Tuberculose cutânea é causada pelas micobactérias do complexo que contém os agentes Mycobacterium tuberculosis (principal), M. bovis, bacilo BCG. Trata-se de Bacilos Álcool-Ácido Resistentes (BAAR), mas que não formam globias (como acontece com o M. leprae). As lesões são de fundo granulomatoso, com necrose caseosa (granuloma caseoso). Pode ser classificada como primária x secundária: Primária: pct nunca teve contato anterior com o bacilo. Secundária: pct previamente sensibilizado. Via exógena: inoculação cutânea processa-se diretamente na pele - cancro tuberculoso, tuberculose verrugosa e, raramente, lúpus vulgar. Via endógena: comprometimento cutâneo ocorre secundariamente por autoinoculação, por contiguidade ou pela via hematogênica a partir de um foco de tuberculose a distância - escrofuloderma, lúpus vulgar, tuberculose orifical, tuberculose miliar. Classificação @isabeldantasdias Fametro/Medicina Referência: Azulay, dermatologia. 7°edição É raro; + frequente em crianças; em adolescentes - prática de tatuagens e piercings. Úlcera indolor, rasa, de fundo granuloso, coberta por crosta espessa, com bordas subminadas eritematoazuladas no local da inoculação. 2-4 após o contato primário, no individuo não previamente sensibilizado. Eritema nodoso acompanha 10% dos casos. Adenopatia pode ou não fistulizar. As localizações + frequentes: face, extremidades e genitália. A regressão pode ser espontânea com formação de cicatrizes em 4 a 7 semanas ou há a possibilidade de desenvolvimento de lesão de lúpus vulgar ou de tuberculose verrucosa. O PPD se torna positivo em 3 a 6 semanas. Cancro tuberculoso É indolor; Não há adenopatia; Lesão papulotuberosa, que vegeta com aspecto verrucoso e seco; Há tendencia à evolução centrífuga, de modo serpiginoso, com areas de amolecimento e exsudação purulenta, progredindo com cicatrização central; Localização + frequente: mãos; Decorre de inoculação exógena em paciente previamente sensibilizado pelo bacilo. Tuberculose verrucosa É a forma crônica da TB; Caracteriza-se por lesão tuberosa, em placa, que pode ulcerar, com evolução lenta e progressiva. Localizada frequentemente na face, podendo invadir mucosas. Pode apresentar apresentações distintas, classificadas como: -Planas: serpiginosa ou policíclica. -Hipertróficas: ceratósica ou tumoral. -Ulcerosas: necrose e ulceração da placa, com deformidades cicatriciais e mutilações. -Vegetativa: necrose e ulceração sem cicatrização. A infecção é endógena (secundária), linfo- hematogênica ou, por continuidade, raramente exógena (primária). 40% está associado à linfoadenite; 10 a 30% há foco pulmonar. À diascopia - ¨nódulos de geleia de maça¨. Diagnostico diferencial: hanseníase; leishmaniose, sífilis terciária, lúpus eritematoso, etc. Lúpus vulgar Forma + frequente no Brasil; Caracteriza-se por abscessos frios que evoluem com fistulização, ulceração e aparecimento de bridas cicatriciais (goma). É sempre endógena; em geral, é secundária a uma tuberculose ganglionar ou óssea (por continuidade); no entanto, ocasionalmente, pode ser decorrente de disseminação hematogênica. Localizações frequentes: pescoço, regiao inguinocrural, epidídimo e, eventualmente, conjuntiva e boca. Embora possa regredir espontaneamente, deixando cicatriz, geralmente persiste por anos. Diagnostico diferencial: sífilis terciaria (goma), micetoma, esporotricose e hidradenite. Escrofuloderma Manifestação clínica rara; Lesão papulonodular eritematoamarelada que rapidamente evolui para formação de úlcera rasa, irregular, muito dolorosa, com fundo granuloso, ocorrência de pseudomembrana amarelada e friável, além de edema perilesional. As lesões são múltiplas. Acomete regiões orificiais ou periorificiais (boca, ânus, vulva e uretra). É decorrente de autoinoculação em portadores de tuberculose grave da área correspondente (tratos gastrointestinal e urogenitais e fossas nasais). Na boca, o local + frequente é a língua, seguido dos palatos mole e duro. Tuberculose orificial Tipo grave de tuberculose; Ocorre após processos anergizantes (sarampos, quimiot.) ou em imunodeprimidos (AIDS com CD4 <100); Caracteriza-se por lesões numerosas, papulosas, tuberosas, simétricas, com tendência a ulceração; Localizadas preferencialmente nos membros; A lesão pode curar deixando cicatrizes atróficas acrômicas. Decorrente de disseminação hematogênica, geralmente de foco pulmonar, na maioria dos casos levando a óbito. Bacilos são numerosos. Diagnóstico diferencial: foliculite, septicemia, meningococcemia e endocardite bacteriana. Tuberculose miliar Por 2 meses - Rifampicina 150 mg, isoniazida 75 mg, pirazinamida 400 m e etambutol 275 mg; Por 4 meses - Rifampicina 300 mg e isoniazida 200 mg Tratamento
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