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TEORIA DA LITERATURA E ESCOLAS LITERÁRIAS REVISÃO ENEM 2021 LITERATURA E PROCESSO SOCIAL CONCEITO DE TEXTO LITERÁRIO E USOS DA LINGUAGEM: Organiza e especifica o texto de gênero literário; CONCEITOS GERAIS: Língua: elementos organizados; Linguagem: capacidade humana; Texto: manifestação comunicativa interpretada; Contexto comunicativo: funções sociais em uso. Uso especial da língua; SISTEMA DE COMUNICAÇÃO: O que difere e o que assemelha os testos do gênero literário? Século XX; Contexto- situação; Mensagem- informação; Emissor- criador; Receptor- destinatário; Canal- meio; Código- sistema de regras que deve ser seguido. Ambas as obras literárias são processos comunicativos; O que difere são as ênfases, contextos, etc. FUNÇÕES DA LINGUAGEM: Conteúdo que incide sob as informações dos testos literários; Recursos específicos que focam em certos elementos; Emotiva- transmissão e ênfase nas emoções- figura do emissor; Referencial- centro da informação e no conteúdo da mensagem- referente, mensagem e informação; Conativa- convencimento- foco no receptor; Metalinguística- autorreferenciada, o texto falando do próprio texto- voltada para o código do texto; Fática- teste comunicativo- centrada no canal; Poética- combinação e função da literatura- aspectos de outras funções. TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO-LITERÁRIOS: LITERÁRIO: Dimensão estética; Plurissignificativo; Função poética- funções particulares; NÃO-LITERÁRIO: Dimensão informativa; Restrição de sentido; Função referencial predominante. ASPECTOS DO TEXTO LITERÁRIO: Valorização da forma; Importância da linguagem; Utilizar a as palavras de maneira artística; Singularização da expressão; Organização particular; Recursos fónicos característicos. GÊNEROS LITERÁRIOS INTRODUÇÃO: Nascimento ou origem; Organizar os gêneros literários de acordo com suas respectivas características; CRITÉRIO RITMO: Prosa- textos construídos em forma de parágrafos- horizontal; Poesia- aspectos de sentimentos, subjetividade- vertical. CRITÉRIO HISTÓRICO: Dramático- caráter teatral e a interpretação de papeis; Narrativo- perspectiva de sequência histórica; Lírico- expressão poética e pessoal. Contatos em comum. LÍRICO: Expressão da subjetividade Expressão do “eu”; Lira- instrumento; Poesia X poema; Poesia- categoria; Poema- singularidade; FORMA: Modo que o texto foi produzido; 1ª pessoa; Verso e estrofe; Métrica, número de sílabas por verso- contagem, disposição e ênfase-, e rima, plano categórico, fonético e posicional; Rimas ricas- classes de palavras diferentes; Esquematização das estrofes- emparelhada, alternada e interpolada. CONTEÚDO: Expressão do “eu”; Individualismo; Eu-lírico ou poemático; Subjetivo; Função poética; Função emotiva. DRAMÁTICO: Origem grega; Ação de expor os acontecimentos; Texto teatral é o centro das ações cênicas- principal, roteiro cênico, secundário, rubrica, conservação do sentido e das ações manuais; Autor- ator- diálogo- público- sem narrador- cenário: composição da obra dramática cênica; Partes de uma apresentação cênica- atos- são os capítulos- cenas- ações dentro dos atos; Organização- exposição- conflito- desenlace; Historicamente- culto ao deus Dionísio e Aristóteles- Grécia Antiga; Tipologia- tragédia- destino, comédia- cômica, auto- moral e religiosa, e farsa- moral e mundana. NARRATIVO: Quem? O que? Como? Onde? Quando? Por quê? Textos nos quais algum ou alguns indivíduos faz algum tipo de ação, em um determinado local e tempo, e isso é contado por alguém; Componentes: tempo; enredo; espaço; narrador; personagem; Tempo: psicológico ou cronológico; Enredo: alinear ou linear; Espaço: clima, físico ou psicológico; Narrador: 1ª pessoa: personagem, contando a própria história ou testemunha; 3ª pessoa: não está presente na ação- observador ou onisciente; Personagem: posição- principal ou secundário- protagonista e antagonista; complexidade- plano ou circular- simples e elaborados, respectivamente. Discurso: direto- próprio personagem- indireto- narrador- indireto livre- fusão de ambos.; Tipologia narrativa: romance; novela; conto; crônica; fábula; diário e epopeia; Singularidade e especificidade; Romance, novela, conto, crônica e fabula: núcleo narrativo, tamanho médio, concepção de enredo e público; Diário: caráter documental, retratação de um evento que aconteceu, entradas, autor e realidade; Epopeia: primeiro gênero narrativo produzia na história literária no ocidente, poesia narrativa, herói e história de um povo. HISTÓRIA LITERÁRIA INTRODUÇÃO: Como abordar obras literárias? Incluir e valorizar a contextualização histórica; Considerações iniciais: obras- autores- público: contexto- história literária- concepções e valores artísticos. CONCEPÇÃO DE ARTE: O que é arte? Conceito complexo, envolve técnica e habilidade- apenas os seres humanos produzem arte e tem necessidade da mesma; Uso artístico da palavra; Funções não utilitárias- usos específicos dos textos; Tipo de construção humana em evolução; Expressão; Contemplação; Reflexão; Sátira; Crítica. ORIGENS DA LITERATURA: Literatura- a arte de escrever; belas letras; Considerações sobre literatura: escrita; objetivo expressivo/artístico; público; autores; obras; Existe a literatura oral e ela não deve ser desprezada; Marco- a invenção da escrita; Interesse artístico/religioso; Expressivo. HISTORICAMENTE: Oriente: Gilgamesh- Rig Veda- Livro dos Mortos- Tao Te Ching; Ocidente: Epopeia-Homero- Hesíodo- Epopeia- Virgílio- Horácio; Bases da literatura mundial, primeiras obras. BASES: Literárias: cultura clássica- Grécia e Roma; Ocidentais: cultura judaica cristã- Pentateuco. CONCEITOS-CHAVE: Cânone: obras valorizadas; aspectos de uma dada história e certo momento histórico; cronologia; língua; local; Linha do tempo: sequência e ordem dos movimentos literários artísticos na humanidade; Dinâmica pendular: aproximação ou distanciamento de movimentos e ideias anteriores ou seguintes; Estilo individual: aspectos particulares de um dado autor; pouco repetidos; temáticos ou técnicos; Estilo de época ou escola literária: aspectos repetitivos; tendências; múltiplos autores; obras. EX.: Realismo: retrato realístico, descritivismo e crítica social- estilho de época; Machado de Assis: narrador intruso, ironia, retrato da sociedade- estilo individual. TROVADORISMO INTRODUÇÃO Início oficial - 1189/1198 - Cantiga da Ribeirinha - Paio Soares de Taveirós Término - 1434 - Fernão Lopes - Guarda-mor da Torre do Tombo Primeira Escola literária em língua portuguesa Representa o surgimento da tradição literária Tradição temática ainda pertinente CONTEXTO HISTÓRICO - IDADE MÉDIA Idade Média (Século VdC - XVdC) Feudalismo Teocentrismo Sociedade Estamental Organização cavalheiresca Cruzadas ORIGENS DO TROVADORISMO Região da Península ibérica foi dominada por muitos povos em épocas diversas: o Romanos, Bárbaros, Árabes Portugal se consolida na Idade Média (Século XII) Surgimento da língua portuguesa (Século XIII) GÊNEROS PRODUZIDOS Início Século XII - Cantiga da Ribeirinha Cantigas - Poesias cantadas Novelas de Cavalaria - Escritos sobre feitos dos cavalheiros Prosa doutrinária - Valores e regras transmitidas Genealogias - Livros de linhagens nobres CANTIGAS Origem provençal populares Escrita em redondilha musicadas o Trovador, Segrel, Menestrel, Jogral, Soldadeira galaico-portuguesas Divide-se em: o Líricas o Satíricas Líricas o Amor Eu-lírico masculino Vassalagem amorosa Platonismo Coita de Amor Amor cortês o Amigo Coita de amor Falta do Amigo(amante) Mulherdo povo Confissão para o interlocutor Satíricas o Escárnio indiretas duplo sentido mestria o Maldizer direta vulgar xingamento NOVELAS DE CAVALARIA Ciclos o Clássico - Origem na cultura greco-latina o Carolíngio - Carlos Magno e seus feitos o Bretão (Arturiano) - Demanda do Santo Graal HAGIOGRAFIAS E GENEALOGIAS Hagiografias o Histórias dos santos Genealogias o Livros de linhagens o Origens dos nobres CANCIONEIROS E AUTORES Cancioneiros o Compilações o conjuntos de textos Ajuda, Vaticana, Colocci Brancuti Autores o Don Dinis o Paio Soares de Taveirós o João Garcia Guilhade o Martim Codax o Afonso Sanches o Aires Nunes HUMAMISMO INTRODUÇÃO Início oficial - 1434 - Fernão Lopes - Guarda-mor da Torre do Tombo Término - 1527 - Medida Nova - sá de miranda Período de transição da Idade Média para a Idade Moderna Destaque o Teatro o Crônica o Poesia Palaciana o Prosa doutrinária CONTEXTO HISTÓRICO Declínio da organização feudal Mercantilismo Ascensão da Burguesia Grandes Navegações Renascimento Cultural Homem Como medida para todas as coisas Consolidação de portugal como Estado moderno Revolução de Avis OS CRONISTAS - FERNÃO LOPES Crônica - historiografia Regiocentrica Centrada em fatos Fernão Lopes o Guarda-mor da Torre do Tombo o Estilo e técnica histórica Crônica d’El Rei D Pedro, Crônica d’El Rei D Fernando, Crônica D’El Rei D João I PROSA DOUTRINÁRIA Doutrinária e moralista Educação da realeza e fidalguia Esporte - Caça Virtudes morais Livro de montaria - D joão I Livro de Ensinança de Bem Cavalgar toda Sela - D. Duarte POESIA PALACIANA Circunstância o Esparsa, trova, Vilancete, cantiga Quatrocentista Cancioneiro Geral - Garcia Rezende TEATRO VICENTINO Origem mistérios e milagres, Juan del Encina Gil Vicente - 44 Peças Teatro portador de uma moral cristã ou mundana - Bifrontista Peças de poucos atos, enredo simples, personagens tipo e alegóricos Moral cristã base teocêntrica Divisões o Mistérios o Milagres o Moralidades - Alegorias, autos o Destaque - trilogia das barcas destino das almas nos pós-morte Glória Purgatório Inferno Profanas Críticos aos vícios Divisões o Farsas o Momos o Sotties o Destaques Farsa do velho do horto Inês Pereira Quem tem farelos? RENASCIMENTO INTRODUÇÃO Renascimento Século XVI Era moderna Racionalismo o Produções de maior destaque - Poesia Lírica e Épica CONTEXTO HISTÓRICO Século XVI Absolutismo Monarquico Mercantilismo Grandes Navegações Renascimento Cultural e Científico Perspectiva antropocentrica TÉCNICAS E VALORES Produção por meio do Mecenato Popularização de novas técnicas o Perspectiva o Uso da tinta a óleo o Estudo da anatomia o Matemática o Classicismo - Valorização da cultura e dos padrões greco-latinos CONCEPÇÕES DE ARTE Três momentos que fazem parte dos valores artísticos Renascentistas o Trecento - Antecedente (Ainda Idade Média) Giotto(Pintura) Música Sacra Escultura em Baixo Relevo Arquitetura Gótica o Quattrocento - Primeiro momento Botticelli Música Polifônica Verrocchio (Escultura) Brunelleschi (Arquitetura) o Cinquecento - Auge Da Vinci Michelangelo Claudio Monteverdi (Música) ESTILOS E TENDÊNCIAS Valores literários mais presentes no Renascimento: Classicismo Estilo Predominante Estudo e mímese (imitação natural) Referências greco-latinas Racionalismo Universalismo Equilibrio Clareza Simplicidade na expressão Composição estéticamente concebida (beleza) Valores literários mais presentes no Renascimento: Maneirismo Estilo de transição para o Barroco Subjetivismo - sentimentos e emoções Desequilibrio Obscurantismo Ornamentalismo na expressão Jogos linguísticos Uso de antíteses, paradoxos, oxímoros Itália Francisco de Sá de Miranda Il Douce stil nuovo - o doce estilo novo o stilnouvistas - Dante, Boccaccio, Petrarca o Soneto - 14 versos, dois quartetos e dois tercetos o Decassílabo o oitava CAMÕES - BIOGRAFIA Nasce em 1525 (?) Morre em 1580 Local impreciso Originário da nobreza empobrecida Participa da corte de D. João III Obtém formação letrada substancial Ingressa no serviço militar Desavenças - Degredo - Goa/Macau Retorno - 1570 Publicação da obra “Lusíadas” 1572 Recebe um soldo real Morre em 10 de junho CAMÕES - OBRA Transita em vários gêneros: o Teatro o Épica o Lírica Divisão: o Medida velha Valores medievais e humanistas Modelo Vicentino “Auto de Filodemo (1587) Comédia “El-rei Seleuco” (1616 - póstumo) - auto o Medida nova Lírica - sonetos, odes, elegias, canções, églogas, sextinas, oitavas, epopeias “Lusíadas” (1572) “Sonetos” (1595 - póstumo) LÍRICA CAMONIANA Divisão: o Tradicional o Renascentista o Pós-Renascentista Temas abordados:: o Tradicional: amor, natureza, ambiente palaciano, saudade o Clacissista amor platônico, saudade, destino, beleza, mudança o Maneirismo sinuosidade de pensamento, exagero, pessimismo, brevidade da vida, desconcerto do mundo o Gêneros de destaque: Medida velha: Esparsa, endechas, trovas, glosas e voltas Medida nova: Soneto, canção, égloga, ode ÉPICA CAMONINANA Epopeia: o História de um povo o Poesia narrativa o Herói o inspirada em obras clássicas - “Íliada”, “Odisséia” e “Eneida” ‘Lusíadas”: o 1572 o Povo Luso o Viagem de Vasco da Gama à Índia o Estrutura: 10 Cantos (capítulos) 1102 estrofes 8816 versos Metrificado em decassílabo heróico (tons fortes na 6ª e 8ª sílaba poética de cada verso) Estrofes agrupadas em 8 versos (oitava) Esquema rímico (abababcc) - Rimas cruzadas e emparelhadas Divisão: o Proposição Introdução - Canto I o Invocação Inspiração - Canto I o Dedicatória homenagem - Canto I o Narração Viagem e aventuras - Canto II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX o Epílogo Conclusão e comentário do poeta - Canto X o Poesia narrativa o Herói o inspirada em obras clássicas - “Íliada”, “Odisséia” e “Eneida” ‘Lusíadas”: o 1572 o Povo Luso o Viagem de Vasco da Gama à Índia o Estrutura: 10 Cantos (capítulos) 1102 estrofes 8816 versos Metrificado em decassílabo heróico (tons fortes na 6ª e 8ª sílaba poética de cada verso) Estrofes agrupadas em 8 versos (oitava) Esquema rímico (abababcc) - Rimas cruzadas e emparelhadas o iniciado in medias res - pelo meio - Do lado do Índico, conversando junto ao Rei de Melinde o Episódios: Concílio dos deuses - Canto I Inês de Castro - Canto III Velho do Restelo - Canto IV Gigante Adamastor - Canto V Ilha dos Amores - IX OUTROS AUTORES Sá de Miranda: o introdutor da medida nova em Portugal o Poesias o Cancioneiro Geral Bernardin Ribeiro: o Prosa - “Menina e Moça”, Ao longo da Ribeira o Poesia - “Églogas” e outros poemas Antonio Ferreira Discípulo de sá de Miranda Comédia - “Bristo e Cioso” Tragédia - “Cartas” QUINHENTISMO INTRODUÇÃO: Mundo europeu- renascimento; Quinhentismo- primeiro momento- literatura colonial- 1500; Movimento que fala do Brasil dentro do território brasileiro; Relatos de viagem- literatura de informação; Literatura catequética. CONTEXTO HISTÓRICO: O novo mundo; Século XVI- marca também uma crise na igreja, de um lado, as novas forças burguesas e, de outro, as forças tradicionais da cultura medieval; Mercantilismo- domínio do lucro- ascensão da burguesia; Grandes navegações-iniciadas no século XV, vão intensificar no século seguinte; Caráter historiográfico; Dupla expansão- portuguesa e católica- companhia de Jesus- jesuítas e processo de catequização dos indígenas- COLONIZAÇÃO; PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Retomada da mitologia pagã; Pureza das formas; Busca pela perfeição estética; Também pode ser chamado de Classicismo. TIPOLOGIA TEXTUAL: Brasil surge como tema principal; Manifestação literária- ideia a qual o texto é escrito com caráter utilitário com circulação no espaço sem função literária X Obra literária- circulação de textos com objetivo artístico, vão valer para o futuro; Expansão do mundo e colônias europeias e do catolicismo; Texto informativo- informar ou apresentar aos portugueses ou aos governantes sobre a terra dominada- literatura de viagem- primeiras impressões- exploradores; Texto doutrinário- catequese indígena- cartas- oferecer uma doutrinação específica, regras ou orientações- peças de teatro de cunho religioso. LITERATURA DE INFORMAÇÃO: A mais importante da época; Descrição sobre as primeiras impressões acerca do local; Foram os exploradores, pesquisadores e mercenários que produziram os textos; “Escribas” do novo mundo que vão relatar sobre a natureza e os índios- imagens; Cartas de viagem- carta de Pero Vaz de Caminha; Diários de navegação; Tratados de viagens- mais específicos e descritivos; CARTA A D. MANUEL (1500): Pero Vaz de Caminha. DUAS VIAGENS AO BRASIL (1557): Hans Staden- uma das descrições mais importantes sobre os índios. HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DO BRASIL (1576): Pero Magalhães Gândavo. HISTÓRIA DE UMA VIAGEM FEITA A TERRA DO BRASIL (1578): Jean de Lery- dominação francesa. TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL (1587): Gabriel Soares de Sousa. LITERATURA DOUTRINÁRIA: Um novo mundo com religião e costumes totalmente diferentes dos europeus; Valores que parecem ser produzidos na Europa, mas são produzidos no Brasil; Função catequista; Expansão do catolicismo; Consolidação do poder; Aculturação do poder; Forte participação dos padres jesuítas- tornar os indivíduos cristãos- gramática tupi; Peças teatrais, poemas, tratados e cartas; Representação dos nativos a partir da produção e leitura dos textos; DIÁRIO SOBRE A CONVERSÃO DO GENTIO (1556): Manoel da Nobrega. AUTO DO CRISMA (1578) e ARTE DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA MAIS USADA NA COSTA DO BARSIL (1595): José de Anchieta. Textos de cunho religioso e de doutrinação católica. BARROCO INTRODUÇÃO: Crise no renascimento; Racionalidade não dera o único piso; Reforma protestante- mudanças no mundo católico; Razão X Religião; Religioso X Profano; Fé X Razão; Século XVII- concretude da angustia; A incerteza da escolha certa- mal-estar; Movimento brasileiro e europeu. CONTEXTO HISTÓRICO: Século- XVII; Barroco- pérola irregular negra- singularidade, detalhes... Reforma protestante- 1517; Contrarreforma- Trento Jesuíta inquisição- Index; União Ibérica- invasão da Holanda; Tudo que acontecia na Europa, chegava ao Brasil. ARTE BARROCA: Misturas nas artes; “Gozar a alma ou viver no corpo? ” Jogo de luzes; Ênfase no movimento e na dor; Valores do século; Presença da igreja; Imagens sacras com feições populares; Plano da fé e da razão; Arte da contrarreforma: Oposições; alternâncias; fusões; emoções; dilaceramentos; ênfase no movimento; detalhismo- proliferação; Técnicas: Claro X escuro; Contraponto. TENDENCIAS LITERÁRIAS: Antropocentrismo X teocentrismo; Dualismo artístico X conciliação; Céu X Terra; Prazer X virtude; Fusionismo e oposição; Conceptismo- quevedismo- jogo de ideias para o convencimento objetivado; Cultismo- gongorismo- jogo de palavras- rebuscamento da forma. PORTUGAL: Morte de Camões; Colonização brasileira; Conflitos- Espanha e Holanda; Declínio do plano econômico e político; Pe. Antônio Vieira; Pe. Manuel Bernardes; Pe. Francisco Manuel de Melo; Barroco português mesmo no Brasil, já que era uma colônia. BRASIL: Era do açúcar- oligarquias no Nordeste; Jesuítas- monopólio da cultura; Portugueses- monopólio do comércio; Expansão e consolidação da escravização negra e indígena; Ausência da imprensa; Bento Teixeira; Manoel Botelho de Oliveira; Gregório de Matos Guerra; Frei Manuel de Santa Maria de Itaparica. GÊNEROS PRODUZIDOS: Sermões- lidos durante as missas- local, doutrinário e sociais; Cartas- narrador é o próprio autor, lugar de produção explícito- diversos âmbitos- de forma geral, são mais restritas entre padres; Poesias- sonetos- 2 quartetos e 2 tercetos- técnicas renascentistas; Teatro- fundo pedagógico e doutrinário; Crônicas- relatos de determinadas situações; Teor religioso e mundano. PE. ANTONIO VIEIRA: Síntese do movimento barroco; Homem da igreja preocupado com os dogmas do catolicismo; Valores religioso e mundanos; Autor português criado no Brasil; Sermões e cartas- Razão X fé; Estilo conceptista- retórica dos jogos das ideias; Críticas políticas; Afirmações religiosas; Temáticas das raças, escravidão, dominações, etc. Vítima da contrarreforma; Obras com o objetivo do convencimento, crítica e conversão; Técnicas argumentativas; Apresentação, defesa e conclusão. GREGÓRIO DE MATOS GUERRA: Boca do céu e boca do inferno; Sátiras grotescas; Ascensão e purificação X zombaria e desejos sexuais; Elite local- crítica a todos os outros grupos; Sátiras X filosofia; Lírica X religiosidade; Produção vasta em poesias- sonetos; Textos mais longos sem formatação. ARCADISMO CONTEXTO HISTÓRICO Barroco- conflitos religiosos, pessimismo; Século XVIII- o século das luzes; Democracia, direitos civis, liberdade, igualdade; Iluminismo- razão é a única necessidade do ser humano, Voltarie: laicismo e liberalismo; Laicismo- estado e igreja independentes; Liberalismo- defesa dos direitos civis e igualdade; Queda do poder absolutista; PORTUGAL: - Alheio às ideias iluministas até, mais ou menos, 1755; - Marquês de Pombal- alinhamento do país com a Europa iluminista. CARACTERÍSTICAS GERAIS: 1690- Roma- Arcádia- combate ao barroco; poesia lírico-amorosas, delicada e bucólica; 1756- Portugal- Arcádia Lusitana; Revalorização do classicismo- racionalismo; equilíbrio; idealização; Simplicidade antibarroca; Personagens mitológicos; Bucolismo: vida campestre; Locus Amoenus: idealização da natureza perfeita; Fugere Urbem: a cidade seria um local de dor; Carpe Diem: aproveitar o momento presente; Também pode ser chamado de neoclassicismo. NEOCLASSICISMO NO BRASIL: Mudança de centro político- da Bahia para a região sudeste; 1768- Obras poéticas, Claudio Manuel da Costa; 1750- Surgem os primeiras ideias iluministas no Brasil; 1760- Declínio da extração de ouro- embasamento ideológico, alimentar a inconfidência mineira; Introdução da natureza nacional; Exposição da realidade colonial; Utilização do indígena como tema; Neoclassicismo brasileiro: Rio de Janeiro e Minas Gerais; Principais autores: Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Frei José Santa Rita Durão. AUTORES: Bocage- poesia satírica; poesia lírica; fase arcádica; fase pré-romântica- subjetivismo; confessionalismo; pessimismo; noturno; Claudio Manuel da Costa- ligado ao barroco; marcou o início do arcadismo no Brasil; Tomás Antônio Gonzaga- autor de Marília de Dirceu (lírica) - pseudônimos; Autor de Cartas Chilenas (satírica); Basílio da Gama e Frei José Santa Rita Durão- Uraguai; Caramuru; poesia épica; temas coloniais; descrição das paisagens naturais; retratação do índio. ROMANTISMO CONTEXTO HISTÓRICO: Europa- final do século XVIII; Revolução industrial- Inglaterra; Trabalhos domésticos passam a ser fabris, com cidades industrias;Avanço político e econômico; Ascensão da burguesia e consequentemente do proletariado; Senhores- empresários; Servos- operários; Revolução Francesa- França; Consolidação do poder da burguesia; Livre iniciativa; Industrialismo econômico; Liberalismo político; Nacionalismo; LIBERDADE E INOVAÇÃO- SURGIMENTO DOS AUTORES ROMÂNTICOS; Escola literária que se emprega a liberdade de expressão- tom pessoal e melancólico- expressão dos sentimentos; Romance histórico- valorização da pátria e dos heróis; Contos e Inocência- Willian Blake; Os Miseráveis- Victor Hugo; Os Três Mosqueteiros- Alexandre Dumas. ROMANTISMO EM PORTUGAL: Influência direta para o Brasil; 1808- D. João VI- Brasil; 1820- Rebelião contra a Monarquia Absolutista- rei com poder absoluto; Retorno de D. Pedro I a Portugal e disputa com D. Miguel pelo trono; Liberalismo X Absolutismo; Marco inicial: 1825- Camões, Almeida Garrett: 1º Prisão ao arcadismo; 2º Início dos exageros; 3º Início dos traços Realistas; Almeida Garrett- Percursor, coma obra “Camões”; Alexandre Herculano- Historiografia, com a obra “Eurico, o Presbítero”; Camilo castelo Branco- Criador da novela passional portuguesa, com a obra “Amor de perdição”; Soares de Passos- Tom melancólico e de morte, com a obra “Noivado no Sepulcro”; João de Deus- Obra, “Campo de flores”; Júlio Denis- Otimismo e esperança, com a obra “As pupilas do senhor reitor”. CARACTERÍSTICAS GERAIS: Liberdade de expressão e criação; Individualismo e subjetivismo; Valorização das emoções; Nacionalismo; Escapismo e fuga da realidade- exagero e sonhos; Pessimismo; Valorização da natureza; Religiosidade; Realismo. ROMANTISMO NO BRASIL- POESIA: 1808- Chegada da família real portuguesa; 1822- Independência do Brasil; Exaltação da figura do índio; Suspiros poéticos e Saudades- Gonçalves de Magalhães; 1ª Geração- nacionalista e indianista: Índio como herói; Exaltação das paisagens naturais e da pátria; Primeira escola literária a qual o próprio Brasil vai “caminhando” sozinho com suas temáticas; Destaques: Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias- canção do exílio; 2ª Geração- ultrarromântica e mal do século: Individualismo e egocentrismo; Morte como refúgio e escapismo; Idealização do amor perfeito; Pessimismo; Saudosismo; Destaques: Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu; 3ª Geração- social e libertária: Questões sociais e sobre a abolição da escravidão; Linguagem enfática; Erotismo; Transição para o realismo; Destaque: Castro Alves- “O navio Negreiro”. ROMANTISMO NO BRASIL- PROSA: Surgimento dos folhetins, a partir da implantação da imprensa- telenovelas; Lucratividade; Herói idealizado; Nacionalismo; Flashbacks; Sentimentalismo; Indianista: Índio como herói; Paisagens naturais; Iracema e O Guarani. Urbano: Costumes urbanos; A Moreninha, Senhora, Memórias de um sargento de milícias. Histórico: Costumes do passado; Ficção e realidade; Minas de prata e Guerra dos Mascates. Sertanejo: Povo do interior; O sertanejo. REALISMO E NATURALISMO CONTEXTO HISTÓRICO: Segunda metade do século XIX; Consolidação da burguesia; Aceleração do sistema capitalista; Avanço científico e tecnológico; Alicerces da sociedade moderna: Mecanização do mundo e da vida; População marginalizada; Aumento das tensões políticas e sociais; Surgimento do proletariado urbano; Geração materialista (1870): Avanço científico e filosófico; Investigação da realidade e do comportamento humano; Evolucionismo de Charles Darwin; Determinismo histórico- o homem é influenciado pelo meio que vive; Negação ao cristianismo; Ideais antirromânticos e antiburgues; Realismo; Naturalismo; Parnasianismo; Romantismo: subjetividade, idealização e escapismo; Realismo: objetividade, racionalidade e realidade; Exposição e crítica da realidade- descrição bem detalhada; Inicio do realismo na Europa- 1857- Madame Bovary, Gustav Flaubert. CARCTERISTICAS: Oposição ao romantismo; Racionalismo; Representação fiel da realidade; Crítica social; Análise psicológica do homem; Narrativa minuciosa; Homem animalesco- obras naturalistas. REALISMO EM PORTUGAL: Poesia realista: Poesia: arma de combate e de ação, o poeta entra na luta social; Principal representante: Antero de Quental; 1ª fase: comprometimento da reforma social; 2ª fase: introspecção e solitário; Prosa realista e naturalista: Eça de Queirós; O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio; Combate à igreja e à burguesia; Racionalismo; Objetivismo; Engajamento na crítica social, marcada pela desigualdade proveniente do sistema burguês; Reforma da sociedade portuguesa; Casamento: estrutura do sistema burguês, adultério feminino, evidenciando traços do naturalismo. Mulher= fêmea; Família em decomposição. REALISMO NO BRASIL: Segunda metade do século XIX- partido republicano; Filosofia positivista; Evolucionismo; Trabalho livre; 1881- Memórias Póstumas de Brás Cubas e O Mulato, de Machado de Assis e Aluísio Azevedo, no realismo e naturalismo, respectivamente; Observação da realidade; Romances com cunho social; Fundação da Academia Brasileira de Letras- Machado de Assis- a literatura é realmente reconhecida e valorizada. REALISMO O BRASIL: AUTORES Aluísio Azevedo: 10 peças de teatro; 12 romances; O Mulato- preconceito racial; início da narrativa realista; O Cortiço: cotidiano carioca; RJ em crescimento; pobreza; aglomerações; alusão a movimentos animalescos; Denuncia social: João Romão- oportunista, capitalista e explorador. Raul Pompéia: O Ateneu- realismo psicológico; impressionismo; expressionismo; simbolismo; autobiografia; Colégio Abílio; denuncia do autoritarismo e conflitos psicológicos do protagonista. MACHADO DE ASSIS: Memórias Póstumas de Brás Cubas: Narrador personagem do além-túmulo; Relato imparcial e verídico; Brás Cubas- egocêntrico, prepotente e volúvel; Fracasso do protagonista; Realismo radiográfico. Dom Casmurro: Narrador personagem: D. Casmurro; Bentinho e Capitu; Insegurança, possessividade- narrador não confiável; Traição? Quincas Borba: Filósofo maluco de Memórias Póstumas; Mania de grandeza: Rubião; Narrativa em 3º pessoa; Rubião- professor mineiro, enfermeiro e pobre; Herdeiro de Quincas; Muda-se para o RJ; Ingenuidade; Homem- objeto do próprio homem. PARNASIANISMO CONTEXTO HISTÓRICO: Contemporâneo ao realismo e ao naturalismo; Final do século XIX; Abolição da escravidão; República; Liberdade; Poesia: A arte pela arte- metalinguagem; Parnasse: Região montanhosa da Grécia onde habitavam vários poetas- classicismo. CARACTERÍSTICAS: Vertente do realismo; Escolas realistas: racionalidade e objetividade Retratação da realidade e crítica social; Psicológico dos personagens; Inspiração substituída pela criação- cuidado com a linguagem e preocupação com a forma como os poemas são escritos; Realismo/naturalismo- crítica social; Parnasianismo- arte pela arte- em detrimento à realidade; Desprezo do tema; Valorização da técnica; Escola fechada em si, elitista; Preciosismo vocabular; Descritivismo; Metalinguagem; Esteticismo. AUTORES: Tríade parnasiana- Olavo Bilac- abordava, discretamente, temas nacionalistas; reflexões sobre a perfeição e a existência; presença da sensualidade e características românticas discretas; retomada das formas clássicas. - Alberto de Oliveira- perfeição na escrita; desprendimento do tema; escrita morna, sem vida; excesso de descrições. - Raimundo Correia- reflexões; pessimismo; temas sobre a natureza; melancolia; questões moralistas. SIMBOLISMO CONTEXTO HISTÓRICO: Século XIX- XX: desconstruçãodo racionalismo; Freud; Psicologia do inconsciente; Importância dos sonhos e do imaginário; Crise dos saberes racionalistas da virada do século; França- 1857- Charles Baudelaire; “Os Malditos”- apelidos dos poetas simbolistas- escapismo; tendências românticas- retorno; postos às margens dos avanços. CARACTERÍSTICAS GERAIS: Subjetividade; Sentimento; Mistério; Imaginação; Sugere e simboliza; Fantasia; Exploração do inconsciente e oculto; Musicalidade; Figuras de linguagem; Experiências intraduzíveis; Paixão pelo esteticismo, herdada pelo parnasianismo- preferência pelo soneto. SIMBOLISMO NO BRASIL: Não teve tanta repercussão; 1893- Missal e Broquéis- Cruz e Sousa- universalista e nacionalista; Alphonsus de Guimaraens; Universalismo X Questões nacionais; Intimismo X Racionalismo; Escravidão; Estética- herdada do parnasianismo. AUTORES: Camilo Pesanha- Portugal; Clepsidra; Passagem da água escorrendo; Dor de existir, renúncia, desistência; Musicalidade; Forma mais rebuscada. Cruz e Sousa- Brasil; Dor de existir, de ser excluído; Obsessão pela cor branca; Missal e Broquéis- 1893; Aliteração- repetição de sons consonantais; Abolicionismo; Vocabulário rico. Alphonsus de Guimaraens- Brasil; Morte prematura da amada; Cântico para alguém que se transformou em anjo; Amor e morte. PRÉ-MODERNISMO CONTEXTO HISTÓRICO: Vão entre o simbolismo e o modernismo; Mentalidade liberal à escrita; Crescimento individual, progressão; Proletariado; Trabalhadores rurais; Insatisfação; Escola que faz críticas de forma diferente; Denuncia social mais aberta; Questões sociais mais evidentes; Agrário, conservador X industrial, moderno- guerras e revoltas que causaram inúmeras mortes- guerra de canudos, por exemplo. CARACTERÍSTICAS: Início- século XX, até 1922; Primeiros indícios de ruptura com a literatura superficial, submissa aos modelos europeus alienada das questões nacionais; Euclides da Cunha-Os Sertões- Guerra de Canudos; Lima Barreto- Triste fim de Policarpo Quaresma- nacionalista fervoroso; Monteiro Lobato- Urupês- Jeca Tatu- população acomodada com a situação. AUTORES: Não é uma escola literária; Pré-modernismo- escritores que destoavam a produção literária “oficial” do início do século- desinteressada pelas questões sociais; Visão crítica das questões nacionais e universais. Augusto dos anjos: Fim das ilusões românticas; Fatalidade da morte; Apodrecimento do corpo; Versos Íntimos. Euclides da Cunha: Os sertões; Guerra de Canudos- o meio, a raça, o momento histórico- determinismo- começou em uma população no interior da Bahia e gerou muita confusão a partir da atitude de Antônio Conselheiro. Monteiro Lobato: Urupês- contos; Regionalismo; Interior de São Paulo; Jeca Tatu- inerte e alheio- parasita- denuncia da população sem atitudes; Literatura infantil. Lima Barreto: Triste fim de Policarpo Quaresma; Patriota, ingênuo e idealista; Projetos de melhoria do Brasil; Linguagem coloquial; Denuncia social do Brasil pós-republicano. MODERNISMO 1ª FASE Contexto Histórico A primeira fase do Modernismo no Brasil também é conhecida como Fase Heroica, ou Fase de Destruição, e aconteceu entre 1922 e 1930. Surgiu em meio ao seguinte contexto: Fundação do Partido Comunista; São Paulo como centro da cultura e da economia do país; Crise econômica no país. Além disso, seu marco inicial foi a Semana da Arte Moderna, que ocorreu em fevereiro de 1922. A Semana de Arte Moderna representou: A união entre as manifestações artísticas; A junção das visões de artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo; A formação do “grupo dos cinco”, que foram os representantes iniciais do Modernismo no Brasil: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menoth Del Picchia. Características Experimentalismo, ou seja, mudança de gêneros e vocabulário; Ruptura com o passado; Paródia, piada, sarcasmo; Polêmica; Liberdade de expressão; Linguagem coloquial; Assuntos cotidianos; Nacionalismo. Autores Oswald de Andrade Ligado aos movimentos “Pau Brasil” e “Antropofágico”; Autor polêmico; Preferência por poemas curtos; Mistura de prosa com poesia; Temas antirromânticos; Principais obras: Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande. Mário de Andrade Chamado de “Papa do Modernismo”; Muito culto; Assunto principal: mudanças na cidade de São Paulo nos anos 20; Principais obras: Pauliceia Desvairada, Clã do Jabuti, Amar – Verbo Intransitivo e Macunaíma. Manuel Bandeira Preso aos valores parnasianos; Linguagem coloquial; Principais publicações: Poética e Pneumotórax Autobiográfico; Principais temas: erotismo, morte, problemas sociais, volta à infância / saudosismo, negros, atualidades e sua doença. Movimentos da 1ª Fase Modernista Movimento Pau-Brasil Iniciado em 1924, liderado por Oswald de Andrade; Buscava a redescoberta do Brasil, diante das inovações ocorridas naquela época. Por esse motivo é considerado um movimento primitivista; Exaltava o progresso da pátria; Principal participante, ao lado de Oswald de Andrade: Tarcila do Amaral. Movimento Verde-Amarelo Iniciado em 1924, liderado por Plínio Salgado; Extremamente nacionalista, buscando o total rompimento com os moldes europeus; Tinha a anta como símbolo, por ser um animal considerado mítico no Tupi, enfatizando a busca pelas raízes nacionais. Movimento Antropofágico Iniciado a partir da publicação da Revista Antropofagia, liderada por Oswald de Andrade, Alcântara Machado e Tarsila do Amaral; Foi uma reação ao extremismo do Movimento Verde-Amarelo, buscando revitalizar e consolidar o Movimento Pau-Brasil. 2ª FASE Contexto Histórico Ocorreu entre 1930 e 1945, representando o amadurecimento do Modernismo, e deixando de lado a rebeldia da 1ª fase. Aconteceu durante a Era Vargas e logo após a crise de 1929; Além disso, teve início enquanto eclodia a revolução de 1930, justamente a qual colocou Getúlio Vargas ao poder; São Paulo teve a inauguração de sua primeira universidade estadual, a USP, em 1934; Nesse período também enfrentamos o Estado Novo, que foi de 1937 a 1945; E, finalizando, a 2ª fase do Modernismo ocorreu também enquanto o mundo vivia a 2ª Guerra Mundial, que foi de 1939 a 1945. Características Linguagem coloquial; Versos livres; Retorno ao lirismo; Poesia de questionamento; Liberdade temática. Autores (Poesia) Cecília Meireles Tom delicado; Intimista; Passou por experiências de perda que retratou em suas obras; Uso de simbologias; Poesia histórica, como O Romanceiro da Inconfidência, que traz romances medievais; Principais temas: transitoriedade, vida, solidão, morte. Carlos Drummond de Andrade Grande representante da poesia moderna; Tom de humor, paródia; Temas variados, como: amor, amizade, família, cotidiano, etc. Vinicius de Moraes 1ª fase: neosimbolista; 2ª fase: temas como: sensualidade, mulheres e temas sociais; Participação no Movimento Bossa Nova; Autores (Prosa) A prosa da 2ª fase modernista ficou conhecida como “Romance de 30”, e possui as seguintes características: Regionalismo (porém com linguagem não tipicamente regional) Neorrealismo Abordagem de temas sociais José Lins do Rego Temas bem brasileiros, como o ciclo da cana de açúcar, devido a ter vivenciado o dia a dia no engenho; Sua principal obra é Fogo Morto, que representa a queda do engenho. Jorge Amado 1ª fase Ideais políticos; Exibição do ponto de vista dos marginalizados pelo sistema; Principal obra dessa fase:Capitães de Areia. 2ª fase Representação da cultura popular da Bahia; Erotismo; Exposição das religiões africanas; Personagens felizes à margem da sociedade; Principal obra dessa fase: Gabriela. Graciliano Ramos Forma de pensar reflexiva sobre o mundo; Escrita direta e objetiva; Representação do sertão nordestino; Principais obras: São Bernardo e Vidas Secas. Érico Veríssimo 1ª fase Romances Urbanos; Vida dos gaúchos nas décadas de 30 e 40; Suas obras nesta fase eram paralelas, e ao final, todas tinham uma ligação. 2ª fase Romance Histórico; Principal obra dessa fase: O Tempo e o Vento. 3ª FASE Contexto Histórico Conhecida como “Geração de 45”, por ter início no referido ano. Teve início ao final da Era Vargas e estendeu-se durante a Ditadura Militar e Guerra Fria. Ou seja, ocorreu em meio a uma época conturbada em nosso país e no mundo. Nacionalismo em alta; Gosto pela arte regional e popular, que fez os mais conservadores enxergarem um potencial revolucionário nessas manifestações artísticas, desencadeando reações contra elas num conflito entre conservadores e futuristas. Características Prosa A prosa caracterizou-se pela continuidade ao Romance de 1930, ou seja, abordando o regionalismo, os temas urbanos e os tons psicológicos e introspectivos. Poesia A poesia caracterizou-se por: Busca pela análise interior, pelo próprio “eu”; Oposição à linguagem coloquial e à liberdade formal; Valorização da norma culta; Temática universalista. Autores João Guimarães Rosa Regionalismo; Universalismo; Neologismos; Representação do homem em sua relação com o meio em que vive; Destaque para o povo sertanejo, inclusive seu modo de falar; Principais obras: Sagarana e Grande Sertão: Veredas. Clarice Lispector Romances e contos introspectivos; Sondagem psicológica e valorização do “EU”; Linguagem simples; Atemporalidade, tempo psicológico; Principais obras: Laços de Família e A Hora da Estrela. João Cabral de Melo Neto Preocupação com os aspectos formais na construção do poema; Principal tema: assuntos sociais; Principal obra: Morte e Vida Severina. LITERATURA CONTEMPORÂNEA CONTEXTO HISTÓRICO A Literatura Contemporânea é bem mais amena que as 3 fases modernistas, porém, surgiu em um ambiente caótico: JK assumindo a presidência do Brasil, em 1956; Inauguração de Brasília; Euforia política e econômica em nosso país; Renúncia de Jânio Quadros, que assumiu após JK e ficou apenas 8 meses na presidência; Golpe Militar, que derrubou João Goulart do poder; Época de censura e medo; Sanção da Lei da Anistia, em 1979; Início das eleições diretas, na década de 80. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS As manifestações artísticas subdividiram-se em dois grupos: um deles mantendo os valores tradicionais, e o outro fazendo uma ruptura com essas tradições. Vemos nessas manifestações a questão do Ludismo, ou seja, as paródias. Há grande intertextualidade também presente. A poesia passa a conter uma reflexão sobre a realidade, possuindo novas técnicas e formas de expressão. Em meio a essa arte, não poderiam ficar de fora algumas Vanguardas, como: Concretismo Tropicalismo Poesia Marginal Concretismo Poesia concreta; Nova forma de escrita, considerando o verso tradicional ultrapassado; Valorização do aspecto gráfico das palavras; Entendimento dos poemas como verbais, sonoros e visuais. Do Concretismo surgiu um grupo que, ao não se encaixar bem em sua proposta, criou a Poesia Práxis, com as seguintes características: Intensidade na escrita; Escreve-se sobre “áreas”, não mais sobre “temas”, tendo a primeira uma visão muito mais abrangente sobre um determinado assunto; Valorização da Composição, ou seja, palavras formando outras palavras. Além da Poesia Práxis, há também a Poesia Social: Retorno sutil ao tradicionalismo; Assuntos sociais, políticos e econômicos; Escrita tradicional; Preocupação com o entendimento do leitor. Tropicalismo Foi um movimento musical popular; Pôs em evidência músicos e compositores como Chico Buarque e Caetano Veloso; Principais características: humor, anarquia e atitudes rebeldes; Retomada das ideias do Movimento Antropofágico, ocorrido durante a 1ª fase do Modernismo; Poesia Marginal Autores não conhecidos que faziam sua própria produção e divulgação. Receberam o nome de poetas marginais por estarem à margem dos que já estavam em evidência.
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