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Just in Time: Filosofia de Manufatura

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KAIZEN - MELHORIA CONTÍNUA.
JUST IN TIME
	"Nada é mais poderoso do que uma idéia que chegou no momento certo” - Vítor Hugo
INTRODUÇÃO
JUST IN TIME é uma abordagem conceitual para desenvolver e operar um sistema de manufatura ou de serviços de maneira simples e eficiente, capaz de otimizar o uso de recursos de capital, equipamentos e mão de obra. Pode ser descrito como uma filosofia de administração que está constantemente enfocando a eficiência e integração do sistema de manufatura utilizando o processo mais simples possível, e também a dedicação ao processo de esforçar-se continuamente para minimizar os elementos no sistema de manufatura que restrinjam a produtividade.
Princípios básicos da filosofia JUST IN TIME:
Cada funcionário ou posto de trabalho é tanto cliente quanto fornecedor.
Clientes e fornecedores são uma extensão do processo de manufatura.
Procurar continuamente simplificar.
É mais importante prevenir problemas do que resolvê-los. 
Obter ou produzir algo somente quando necessário.
Princípios gerências simples usadas pela administração JUST IN TIME como instrumento para obtenção de vantagens competitivas:
INTEGRAÇÃO E OTIMIZAÇÃO – reduzir funções, retrabalhos, estoques e manuseio de materiais.
MELHORAMENTO CONTÍNUO – incentivar e desenvolver sistemas internos que encorajam a melhoria constante nos processos e procedimentos. Simplificação e otimização do processo de manufatura.
PERCEPÇÃO DO CLIENTE - atender as necessidades do cliente reduzindo seu custo total na aquisição e uso de um produto.
JUST IN TIME é ter somente o necessário, no local necessário, exatamente quando necessário e na qualidade requerida.
Técnicas de manufatura integradas à filosofia JUST IN TIME:
SISTEMA KANBAN.
CONTROLE DE QUALIDADE TOTAL.
CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO.
Principais elementos para redução dos custos relacionados com materiais em um sistema JUST IN TIME:
Redução do número de fornecedores com os quais a empresa opera.
Desenvolvimento de contratos a longo prazo.
Simplificação do sistema de recebimento.
Eliminação da necessidade de contagem individual das peças.
Eliminação da inspeção de recebimento.
Eliminação dos problemas causados pelos grandes lotes.
Redução dos estoques.
Eliminação dos excessos de materiais refugados.
JUST IN TIME basicamente significa itens comprados ou fabricados na qualidade especificada, na quantidade necessária, no momento exato e no local determinado.
Fabricar ou comprar componentes para estoque é contra a filosofia JUST IN TIME que está baseada na idéia que estoques são desperdícios que prejudicam a lucratividade do negócio. Além do custo do capital envolvido, estoques tendem a esconder problemas de produção que devem ser imediatamente resolvidos.
CONCEITOS JUST IN TIME
Alguns conceitos e práticas de manufatura geralmente incluídos no JUST IN TIME, ZERO DEFEITO ou MÍNIMO INVENTÁRIO EM PROCESSO são os seguintes:
QUALIDADE - Compromisso de alcançar 100% de rendimento ou zero defeito. Ênfase é dada as condições básicas: “fazer certo a primeira vez”. Este conceito também se estende a todas as pessoas envolvidas na preparação para a produção.
ARRUMAÇÃO - Eliminação de excessos, materiais fora de uso, peças rejeitadas e máquinas obsoletas das áreas fabris permitindo identificar visualmente qualquer irregularidade. “Um lugar para cada objeto e cada objeto em seu lugar”. Posto de trabalho limpo e arrumado pelos próprios operadores.
MÁQUINAS EM DISPONIBILIDADE - Manutenção preventiva para garantir qualidade e disponibilidade das máquinas para operação.
REDUÇÃO DE ESPAÇO - Através da redução das distâncias percorridas pelos itens, melhoria do Lay-out e do sistema de manuseio de materiais.
REDUÇÃO DE ESTOQUES - Estoques devem ser reduzidos drasticamente para que os problemas apareçam.
OPERADORES MULTIFUNCIONAIS - Desenvolver força de trabalho flexível através do treinamento de habilidades.
IMPLANTAÇÃO DA FILOSOFIA JUST IN TIME 
A implantação da filosofia JUST IN TIME e suas técnicas implica em mudanças estruturais cujas principais características são: 
COMPROMETIMENTO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO - o sucesso do programa está diretamente ligado ao grau de envolvimento da alta administração. Somente a partir daí acontecerão mudanças de atitude em toda empresa no sentido de criar o ambiente JUST IN TIME. 
MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO - a forma de avaliar os diversos setores deve ser modificada para ser clara, objetiva e voltada a incentivar o comportamento da equipe em relação aos critérios de competitividade da empresa dentro da filosofia JUST IN TIME. 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - deve ser modificada e simplificada, reduzindo-se os departamentos de apoio que em geral são responsáveis por aspectos que segundo a filosofia JUST IN TIME passam a ser responsabilidade da produção. Devem ser reduzidos os níveis hierárquicos da organização. 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO - deve favorecer a flexibilidade dos trabalhadores, a comunicação fácil entre os setores produtivos, e o sentido de equipe.
“Há duas áreas de operação do sistema JUST IN TIME, que devem ser desenvolvidas sequencialmente ou em paralelo: dentro da fábrica, onde materiais e informação devem fluir de célula a célula, máquina a máquina, e, entre a fábrica e seu ambiente externo, seja no relacionamento com fornecedores ou consumidores”
AS SETE FORMAS DE DESPERDÍCIO 
O JUST IN TIME pode ser entendido como um processo de manufatura cujo objetivo consiste em otimizar os processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios. 
Eliminar desperdícios significa analisar todas as atividades realizadas na fábrica e eliminar aquelas que não agregam valor ao produto ou serviço. 
Shigeo Shingo, engenheiro da Toyota Motor Company, identificou sete categorias de desperdícios:
EXCESSO DE PRODUÇÃO - O JUST IN TIME considera um desperdício o hábito de produzir antecipadamente à demanda, para o caso dos produtos serem requisitados no futuro. Considera também desperdício a produção em quantidade a maior que o necessário a título de prevenir “quebras”.
TEMPO OCIOSO - refere-se, por exemplo, ao tempo que o material está esperando para ser processado, formando filas que garantam altas taxas de ocupação de equipamentos.
FABRICAÇÃO INDEVIDA - no processo de produção podem estar havendo desperdícios que podem ser evitados, por exemplo, “por que determinado item ou componente deve ser feito? qual sua função no produto? por que esta etapa do processo é necessária?. Neste sentido torna-se importante a aplicação das metodologias de engenharia e análise de valor. Qualquer elemento que adicione custo e não valor ao produto é candidato a investigação e eliminação.
TRANSPORTE - o lay-out da fábrica e das instalações devem ser elaborados no sentido de minimizar os percursos porque as atividades de transporte e movimentação não agregam valor ao produto.
PRODUÇÃO REJEITADA - significa desperdiçar matérias primas, disponibilidade de mão de obra, disponibilidade de equipamentos, movimentação e armazenagem de materiais defeituosos, inspeção de produtos etc. O processo produtivo deve ser desenvolvido de maneira que previna ocorrência de defeitos para que se elimine as inspeções.
ATIVIDADES IMPRODUTIVAS - contagens, inspeção são exemplos típicos de atividades improdutivas. Não agregam valor ao produto.
ESTOQUES - além de ocultarem outros tipos de desperdício, significam desperdício de investimentos e espaço. Eliminando-se todos os outros desperdícios reduz-se por conseqüência os desperdícios de estoque. Isto pode ser feito reduzindo-se o tempo de preparação de máquinas e os “lead-times” de produção, sincronizando-se os fluxos de trabalho, reduzindo-se as flutuações de demanda, tornando-se as máquinas confiáveis e garantindo a qualidade dos processos.
COMBATE AOS DESPERDÍCIOS
MURI – o principio ocidental de fazer compras nas quantidades econômicas de encomenda (LEC) constitui, no sistema JIT um exemplo de MURI, ou excesso. 
MUDA – o principio ocidental de amostragem estatística pelos inspetores do departamento de CQ supõee admite certa percentagem de peças defeituosas, coisa que os japoneses encaram como MUDA, ou desperdício.
MURA – o principio ocidental de estoque de segurança, que ordena que se formem estoques ao longo da linha para proteger uma seção de serviço das inconstâncias que ocorrem na produção do centro anterior constitui, no sistema JIT, uma aceitação irracional de MURA, ou irregularidade.
OS 10 MANDAMENTOS DO KAIZEN
O desperdício ('muda' em japonês) é o inimigo público nº1; para eliminá-lo é preciso sujar as mãos.
Melhorias graduais feitas continuadamente; não é ruptura pontual. 
Todos devem estar envolvidos, quer gestores do topo e intermédios, quer pessoal de base; não é elitista. 
Baseia-se numa estratégia barata, acredita num aumento de produtividade sem investimentos significativos; não aplica somas astronômicas em tecnologia.
Ampla aplicação; não serve só para os japoneses. 
Apoiar-se numa «gestão visual», numa total transparência de procedimentos, processos, valores; torna os problemas e os desperdícios visíveis aos olhos de todos 
Focaliza a atenção no local onde se cria realmente valor ('GEMBA' em japonês). 
Orienta-se para os processos. 
Dá prioridade às pessoas, ao «humanware»; acredita que o esforço principal de melhoria deve vir de uma nova mentalidade e estilo de trabalho das pessoas (orientação pessoal para a qualidade, trabalho em equipe, cultivo da sabedoria, elevação do moral, auto-disciplina, círculos de qualidade e prática de sugestões individuais ou de grupo) 
O lema essencial da aprendizagem organizacional é aprender fazendo. 
Exercício
Identifique em seu local de trabalho desperdícios que se enquadrem nas características abaixo:
	1
EXCESSO DE PRODUÇÃO
	
	2
TEMPO OCIOSO
	
	3
FABRICAÇÃO INDEVIDA
	
	4
TRANSPORTE
	
	5
PRODUÇÃO REJEITADA
	
	6
ATIVIDADES IMPRODUTIVAS
	
	7
ESTOQUES
	
Paulo Prill
pgprill@gmail.com
8894-6650

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