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CONCENTRADORES SOLARES Prof. Paulo Cesar C. Pinheiro Dept. Engenharia Mecânica da UFMG Setembro 2011 Introdução Utilizados quando são necessárias altas temperaturas A energia Solar que atinge uma grande superfície é refletida sobre uma pequena área. A superfície que absorve a energia concentrada é menor que a superfície de captação, e assim atinge altas temperaturas. A maioria dos concentradores só concentram a radiação direta, e por isto devem acompanhar o movimento do sol no céu. Tipos básicos de Concentradores Solares: Cilíndrico Parabólico Disco Parabólico Receptor Central (Heliostato) Lente Fresnel Introdução São equipamentos concentram para a área do absorvedor (Ar) a radiação solar que incide numa área de captação (Aa), maior que a do absorvedor. São classificados segundo sua forma geométrica, rastreamento, fator de concentração FC = (Aa/Ar). Quanto maior o FC maior será a temperatura que o absorvedor pode atingir e maior o rendimento termodinâmico da conversão. O fluido de trabalho aquecido no absorvedor pode ser utilizado para gerar vapor e eletricidade. Mouchot Augustin Mouchot (1825-1912) começou a pesquisar novas fontes de energia acreditando que o carvão poderia eventualmente acabar. Em 1860 começou a estudar fogões solares. Em 1861, projetou e patenteou a primeira máquina a gerar eletricidade com energia solar. Fez várias exposições desta máquina. Em 1866 desenvolveu o primeiro concentrador parabólico. Este protótipo foi desenvolvido e aumentado de tamanho. Autor do livro: La Chaleur Solaire et ses Applications Industrielles (1869), considerado o primeiro livro sobre energia solar. A melhoria do sistema de transporte abaixou o preço do carvão, e diminuiu o interesse na pesquisa de energias renováveis. Mouchot Em 1878 apresentou na exposição mundial seu mecanismo, e ganhou a medalha de ouro. O mecanismo possuía um espelho de diâmetro 4 m, e uma caldeira de 80 L, gerando vapor a 7 atm, e acionando uma máquina a vapor que acionava uma máquina de gelo. Centrais Térmicas com Concentrador Solar Sistema de canal parabólico Sistema de torres de potência Sistema de Disco parabólico • 80 kW por cada sistema de canal • De 50 a 200 MW por cada sistema • Até 5 MW em projetos modulares • Maior eficiência • Diminução dos custos da energia em grandes projetos • Melhoras na transferência de calor e na capacidade de armazenar energía • Uso de celulas fotovoltaicas de alta eficiência nos receptores Potências Atuais Principais Avanços Concentrador Cilíndrico Parabólico O concentrador Cilíndrico parabólico concentra a radiação solar incidente sobre uma linha que percorre todo o comprimento do concentrador. Um tubo (receptor) que transporta o fluido térmico é colocado ao longo desta linha de foco, absorvendo a radiação concentrada e aquecendo o fluido. Uma vez que a superfície do tubo é pequena comparada com a área de captura (abertura). A temperatura máxima pode atingir 750oC com FC = 100. O limite teórico do FC = 212. Normalmente a temperatura operacional se encontra na faixa de 300-400oC sem grandes perdas. Ele deve acompanhar o movimento do sol em 1 eixo. Concentrador Cilíndrico Parabólico http://www.jc-solarhomes.com/solar_heating.htm Concentrador Cilíndrico Parabólico Planta Termoelétrica Solar Kramer Junction, California Concentrador Cilíndrico Parabólico Coletor Cilíndrico Parabólico com rastreamento em 1 eixo Layout de uma Central Solar Térmica Concentrador Disco Parabólico O Concentrador de disco parabólico concentra a radiação incidente sobre um foco pontual. O FC varia de 10 a 10.000, sendo o limite teórico 45.000. Uma cavidade isolada contendo tubos ou outro dispositivo de transmissão de calor, é colocado no foco, absorvendo a radiação concentrada e transferindo-a para um gás que atinge temperaturas T > 700oC. Um motor Stirling montado atrás do absorvedor gera eletricidade Os Discos Parabólicos devem ter acompanhamento em 2 eixos. Concentrador Disco Parabólico Coletor Disco Parabólico de 9 kWe com motores Stirling no foco. Sistema de acompanhamento em 2 eixos Concentrador Disco Parabólico Concentrador de Disco Parabólico com Motor Stirling utilizado em 2 instalações de >300MW na Califórnia Heliostato ou Sistema Receptor Central Um Heliostato ou Sistema de Receptor Central consiste em um campo de espelhos planos móveis, independentes, que acompanham o sol e concentram a radiação sobre um receptor localizado no topo de uma torre. Cada heliostato se move em 2 eixos ao longo do dia, e mantém a imagem do sol focada no receptor no topo da torre. O receptor é normalmente um banco de tubos verticais, é aquecido pela radiação refletida dos espelhos, aquecendo o fluido que passa pelos tubos. Atingem altos FC, que depende do número e distribuição física dos heliostatos. Heliostato ou Sistema Receptor Central Central Solar, Barstow, CA, 1988 10 MWe Daggett, California Solar One 10 MWe 1.818 heliostatos de 39,1 m2 Ciclo Rankine água/vapor 1996 -> Solar Two Concentrador Fresnel O concentrador com lentes Fresnel, utiliza a refração para concentrar a energia solar incidente sobre a superfície das lentes em 1 ponto. Estas lentes são normalmente construídas de plástico moldado e são utilizadas em concentradores fotovoltaicos. Seu uso não é para aumentar a temperatura, mas para possibilitar o uso de células fotovoltaicas de alta eficiência. Tal como os discos parabólicos, as lentes Fresnel devem ter rastreamento em 2 Eixos. Concentrador Solar Fresnel para geração fotovoltaica Concentrador Fresnel Concentrador Fresnel SunCube™ Mark 4 - Gerador Fotovoltaico com Concentrador Fresnel Potencial de Termoelétricas com Concentradores O rendimento do ciclo termodinâmico vai depender da temperatura atingida no absorvedor (Tr), que por sua vez depende do FC do concentrador. A Tr determina o ciclo térmico adequado para o maior rendimento Térmico O rendimento global do sistema depende do rendimento térmico e da eficiência ótica do absorvedor/refletor. Rota Tecnológica para os Concentradores Bibliografia Solar Energy System Design http://www.powerfromthesun.net/chapter1/Chapter1.htm Stirling Em 27 Setembro 1816, Robert Stirling applied for a patent for his Economiser at the Chancery in Edinburgh, Scotland. By trade, Robert Stirling was actually a minister in the Church of Scotland and he continued to give services until he was eighty-six years old. But, in his spare time, he built heat engines in his home workshop. Lord Kelvin used one of the working models during some of his university classes. In 1850 the simple and elegant dynamics of the engine were first explained by Professor McQuorne Rankine. Approximately one hundred years later, the term "Stirling engine" was coined by Rolf Meijer in order to describe all types of closed cycle regenerative gas engines. Stirling Today, Stirling engines are used in some very specialized applications, like in submarines or auxiliary power generators, where quiet operation is important. Stirling engines are unique heat engines because their theoretical efficiency is nearly equal to their theoretical maximum efficiency, known as the Carnot Cycle efficiency. Stirling engines are powered by the expansion of a gas when heated, followed by the compression of the gas when cooled. The Stirling engine contains a fixed amount of gas which is transferred back and forth between a "cold" and and a "hot" end. The "displacer piston" moves the gas between the two ends and the "power piston " changes the internal volume as the gas expands and contracts. The gasses used inside a Stirling engine never leave the engine. There are no exhaust valves that vent high-pressure gasses, as in a gasoline or diesel engine, and there are no explosions taking place. Because of this, Stirling engines are very quiet. The Stirling cycle uses an external heat source, which could be anything from gasoline to solar energy to the heat produced bydecaying plants. No combustion takes place inside the cylinders of the engine. Stirling Motor Stirling Automotivo Stirling The SES Solar Dish Stirling technology is well beyond the research and development stage, with more than 20 years of recorded operating history. The equipment is well characterized with over 25,000 hours of on-sun time. Since 1984, the Company's solar dish Stirling equipment has held the world's efficiency record for converting solar energy into grid-quality electricity. SES has teamed with the U.S. Department of Energy and Sun-Labs (NREL and Sandia National Laboratories) to endurance test and commercialize the SES solar Stirling system.
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