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Questão 1/10 - Análise de Política Externa Leia o trecho a seguir: “Apoiado em uma visão normativa e prescritiva, o modelo de ciclo político foi introduzido por Laswell em 1956. Em suma, o ciclo político representaria os momentos que fazem parte do processo de criação de uma política pública. O ciclo político concebido por Laswell envolvia os momentos de: inteligência, promoção, prescrição, invocação, aplicação, terminação e avaliação. O modelo de ciclo político foi um marco na análise de políticas públicas, principalmente por implementar a visão da política pública como fazendo parte de um processo de fluxo contínuo. A partir dessa visão também houve maior compreensão das outras forças sociais presentes na criação da política pública.” Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das críticas mais frequentes à teoria dos ciclos políticos previstos por Laswell: Nota: 10.0 A Uma crítica central aos ciclos políticos de Laswell evidenciava que não necessariamente, uma política pública seguiria cada uma das etapas, e na mesma sequência, propostas pela teoria. Você acertou! O modelo de ciclo político foi um marco na análise de políticas públicas, principalmente por implementar a visão da política pública como fazendo parte de um processo de fluxo contínuo. A partir dessa visão também houve maior compreensão das outras forças sociais presentes na criação da política pública. Não obstante, o ciclo político também recebeu críticas em relação a sua visão. Uma das críticas centrais ao modelo viria da ideia de processo histórico pela qual a política pública se nortearia. Aqueles que discordavam do ciclo político da forma como pensado por Laswell, argumentavam que a política não necessariamente seguiria cada uma das etapas propostas pelo ciclo naquela mesma sequência. O campo empírico não necessariamente seguiria o modelo teórico de Laswell, e os momentos da política poderiam se dar em ordem diferenciada. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político. B Uma das críticas à teoria de Laswell indicava que era preciso delimitar mais fases na sequência do ciclo político, uma vez que aquelas eram insuficientes. C Uma crítica fundamental ao trabalho de Laswell se voltava para a não inclusão do processo de legitimação da política pública no ambiente internacional. D Uma das críticas centrais a Laswell questionava o excesso de conexão entre as fases do ciclo político e as discussões jurídicas. E A crítica mais contundente aos ciclos políticos de Laswell questionava a falta de centralidade dada ao Estado e às Organizações Internacionais. Questão 2/10 - Análise de Política Externa Leia o texto a seguir: “As Relações Internacionais, assim como a APE, colocam o foco de análise sobre a atuação de atores no ambiente internacional. No entanto, as Relações Internacionais utilizam sua lente de análise de forma mais ampla, ao passo que a APE executa uma análise reduzida, tendo a capacidade de trabalhar sobre um tema específico. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual o ponto central para as Análises de Política Externa: Nota: 10.0 A A divisão das classes. B As conexões culturais. C As paixões humanas. D A decisão humana. Você acertou! Como contrapartida da visão das Relações Internacionais como disciplina estadocêntrica, a APE colocaria como ponto central a decisão humana (Hudson; Vore, 1995, p. 211). A isso se somam outras variáveis antes não tão aplicadas, e os fatores materiais e ideacionais passam a fazer parte da análise. Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais. E As disputas inter-raciais. Questão 3/10 - Análise de Política Externa Leia o texto a seguir: “O momento de avaliação política é quando os resultados tomam local central no palco de estudos das políticas públicas. É nesse momento que irá se verificar se os objetivos pré-definidos foram ou não alcançados. No entanto, é preciso ter cuidado, porque a ideia de avaliar o resultado de uma política pública pode, muitas vezes, acabar confundindo o pesquisador que não tem tanta familiaridade com esse método”. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são os três momentos de avaliação de uma política pública: Nota: 10.0 A Podem ser destacados três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase posterior, a fase histórica e fase de encerramento. B A avaliação de políticas públicas possui três fases mais importantes, sendo elas a social, a judicial e a cultural. C Considera-se que são necessárias três fases para a avaliação de uma política pública, sendo elas as fases ideológicas, eleitorais e orçamentárias. D São três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase ex ante, a fase ex post e a fase concomitante. Você acertou! Como anteriormente demonstrado, uma das principais críticas ao modelo de ciclo político proposto por Laswell é a ideia de que os momentos da política sempre ocorrem de forma histórica, um estágio sempre precedendo o outro, sem alterações. De fato, quando levamos essa visão teórica para a prática conseguimos perceber que a dinâmica política não permite que o processo de política pública ocorra de forma tão ordenada, e que as dinâmicas e problemáticas diárias muitas vezes alteram as ordens dos processos. No caso da avaliação, esse momento acaba usufruindo de uma aplicabilidade em outros momentos do ciclo que não só no seu fim. Temos então três momentos da avaliação: ex ante, ex post e concomitante. A avaliação ex ante ocorre antes da implementação da política, buscando já verificar sua adequação ao ambiente onde será implementada. A avaliação ex post ocorre após essa aplicação já ter ocorrido, ou até mesmo no momento de terminação da política, tema que será debatido mais a frente (Jann, Wegrich apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 55). No caso de ser aplicada durante o processo, é uma avaliação concomitante. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas. E Entende-se que a avaliação de políticas públicas passa por três fases distintas, a fase de análise dos atores envolvidos, a fase de aperfeiçoamento das práticas e fase de contagem dos gastos. Questão 4/10 - Análise de Política Externa Leia o trecho a seguir: O liberalismo tem origem na teoria política idealista-liberal e esteve ligado a várias ilhas teóricas das Relações Internacionais que, em determinados momentos, se afirmaram contra a teoria dominante do realismo, a começar pelo idealismo internacionalista liberal de entre guerras [...]. O liberalismo sempre teve dois pilares básicos, um mais normativo, outro mais empírico. O primeiro diz respeito à teoria política iluminista de raiz kantiana e a uma visão do mundo progressista e otimista da natureza humana. O segundo diz respeito à sua ligação e influência a várias teorias parciaisque, tanto na análise da política externa (ape), como na política comparada, como nos estudos sobre a integração funcional dos estados e sobre as comunidades de segurança, sempre tiveram um enfoque explicativo crítico e alternativo ao realismo. Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 101. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf> Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual a visão liberal sobre o comportamento estatal no cenário externo: Nota: 10.0 A O liberalismo delimita que o comportamento dos Estados no ambiente internacional é marcado pelo comando das emoções, de modo que a solidariedade entre países com crenças culturais parecidas é maior. B O liberalismo defende que o comportamento dos Estados na política internacional é irracional, uma vez que reflete as paixões e opiniões particulares dos líderes e grupos políticos dominantes em um país. C O liberalismo delimita que o comportamento dos Estados no ambiente externo é marcado pelas lutas ideológicas entre as nações e pelas disputas ideacionais entre os governos. D O liberalismo defende que o comportamento dos Estados no cenário externo é pautado pela racionalidade, de modo que a busca individual por benefícios próprios conduz ao estabelecimento de benefícios coletivos. Você acertou! Parte da compreensão do comportamento estatal no cenário externo, observado pelo liberalismo, se daria a partir da visão de racionalidade inclusa nessa teoria. Para o liberalismo, os indivíduos sempre agiriam de forma racional, e essa racionalidade os levaria a alcançar seus objetivos. Através da racionalidade, cada indivíduo iria prosperar individualmente e, consequentemente, prosperar em grupo. Essa mesma visão pode ser aplicada sobre o comportamento dos Estados, os observando como atores racionais que agem de forma a garantir os benefícios próprios e assim, o benefício geral. Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo. E O liberalismo entende que o comportamento dos Estados no ambiente internacional é delineado pela criação de instituições com capacidades de exercer coerção na política externa e nas relações interestatais. Questão 5/10 - Análise de Política Externa Leia o texto abaixo: “A Análise de Política Externa (APE) é hoje um campo de estudos bem consolidado dentro da grande disciplina das Relações Internacionais (RI). Numerosos indicadores testemunham essa consolidação, como a existência de revistas especializadas (destacando-se a Foreign Policy Analysis) e de diversos manuais específicos sobre APE e capítulos sobre APE nos principais manuais de Relações Internacionais; a criação de grupos de trabalho ou seções sobre APE nas principais associações acadêmicas nacionais e internacionais de Ciência Política/ Relações Internacionais (ABRI e ABCP no Brasil, International Studies Association nos EUA e British International Studies Association no Reino Unido); e a inclusão de disciplinas com essa denominação nas grades curriculares dos cursos de Relações Internacionais em todo o mundo”. Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 40. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos objetivos primários da Análise de Política Externa no momento do seu surgimento: Nota: 10.0 A Decorrente da sua conexão com a teoria crítica, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, tinha como objetivo mais importante o estudo sobre as relações econômicas no plano internacional. B Em decorrência da sua relação com o liberalismo, a área de Análise de Política Externa, em seu início, se direcionava à compreensão das relações simbólicas com capacidade de influenciar a política internacional. C Devido a sua ligação com o realismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, tinha como objetivo central abrir a “caixa-preta” do Estado e, com isso, trazer novos elementos para a análise da política internacional. Você acertou! Tendo seu início como uma subárea das Relações Internacionais em 1950 (Faria, 2012, p. 102), a Análise de Política Externa (APE) possui raízes teóricas, sendo fundamentada nas investigações com maior empiria e foco no princípio geral, tendo como um dos objetivos primários abrir a “caixa-preta” do Estado. Em relação às teorias já existentes no período, a APE nasce apoiada nos princípios realistas e sistêmicos; ou seja, adota a visão estadocêntrica, sendo o Estado o ator principal em todos os níveis de análise propostos e também dentro do cenário anárquico que envolveria o sistema internacional. De acordo com essa vertente, as ações estatais em campo externo ocorreriam de forma a maximizar os seus ganhos e, consequentemente, minimizar suas perdas. A perspectiva realista para a abordagem de APE acaba ocasionando uma análise muito simplista das relações entre Estados em cenário internacional, negligenciando diversas outras perspectivas que viriam a surgir posteriormente e complementar a visão da APE. James Rosenau apresentou o desejo por uma teoria que pudesse não somente ser empírica e passível de teste, mas que também se caracterizasse de forma mais geral do que aquelas até então praticadas. Com inspiração no trabalho de genética proposto por Gregor Mendel, para Rosenau, a análise de diferentes Estados e seus comportamentos resultariam em maior compreensão das interações interestatais considerando também suas dimensões de poder. Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE. D Em decorrência da sua ligação com o construtivismo, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, priorizava análises centradas no poder da ideologia para mover as relações entre os Estados no sistema internacional. E Em razão da sua conexão com o pós-modernismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, objetivava a construção de um nicho de análise independente da área de Relações Internacionais e conectada à antropologia. Questão 6/10 - Análise de Política Externa Leia o texto a seguir: “Na disciplina de Análise de Política Externa observamos que em um ciclo político a fase de identificação de problemas corresponde a observação de que algum tipo de prejuízo, seja ele em qualquer forma, está ocorrendo e interferindo na rotina dos indivíduos ao seu redor. Entretanto, nem todo problema está relacionado a uma “deterioração”, podendo também corresponder ao clamor de um grupo, ou grupos, pela melhora de algum serviço ou aspecto específico. Por conseguinte, a identificação de problemas como fase inicial de uma política pública está diretamente vinculada aos interesses e à capacidade dos grupos políticos em influenciar as decisões do Estado. Nesse sentido, a identificação de problemas nos leva ao próximo momento do ciclo político, o da definição da agenda. A definição da agenda corresponderia aos problemas que o governo considera como sendo necessários de fazer parte de sua agenda política”. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que analise, corretamente,o processo de definição da agenda dentro de um ciclo político: Nota: 10.0 A A definição da agenda no ciclo político envolve o conflito entre os interesses dos diferentes grupos sociais de um Estado, que buscam levar as suas demandas particulares a nível governamental. Você acertou! Nesse momento do ciclo político, o de definição da agenda, é possível identificar um ambiente de disputa entre diferentes grupos, em que cada um deles argumenta a favor dos seus interesses. Os questionamentos de Jann e Wegrich (2007 apud Nanci, Pinheiro, 2019) se mostram relevantes nesse momento: “o que é visto como um problema político? Como e quando um problema político entra para a agenda governamental? E por que outros problemas são excluídos dessa agenda?”. Parte dessas perguntas parecem ser passíveis de respostas a partir da análise dos grupos de interesse e sua influência exercida sobre o governo. O problema, pensado sobre essa perspectiva, surgiria a partir do conflito de diferentes grupos sociais que tentariam levar suas demandas a nível governamental (Schatsschneider, 1960). Já por outra visão, o processo de escolha do problema a fazer parte da agenda pode ser observada como uma “filtragem” dos problemas primariamente identificados, em que a escolha por um ocasiona a exclusão de outro. Nesse caso, se considera o ato de não decisão sobre um problema, criando um cenário de exclusão sobre esses não inclusos na agenda (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 46). Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político. B A definição da agenda no ciclo político está relacionada com a consolidação de uma defesa judicializada dos interesses dos grupos mais poderosos em um Estado. C A definição da agenda no ciclo político envolve o processo de absorção e ressignificação dos tratados e acordos internacionais, estabelecendo uma interface entre externo e interno. D A definição da agenda no ciclo político está relacionada com a proeminência das casas legislativas ao poder judiciário, uma vez que a primeira impõe os seus interesses na agenda pública. E A definição da agenda no ciclo político envolve a inclusão de políticas protecionistas aos interesses das elites políticas. Questão 7/10 - Análise de Política Externa Leia o texto abaixo: Nem sempre o processo decisório, a diversidade temática e a dinâmica política estiveram presentes nos estudos sobre política externa. No entanto, desde que se constituiu como relevante área da disciplina de Relações Internacionais (RI), após a publicação do trabalho seminal de Snyder et al. (1962), a análise de política externa (APE) adotou o plano doméstico, em particular o processo decisório, como variável explicativa para o comportamento dos Estados no plano internacional. Ao resgatar a contribuição da corrente liberal para o campo de reflexão das relações internacionais, em particular o papel dos indivíduos e das instituições no processo de formulação das políticas, a APE ressaltava o poder do agente nas escolhas internacionais dos Estados. Fonte: MILANI, Carlos R. S.; PINHEIRO, Letícia; olítica externa brasileira: os desafios de sua caracterização como política pública. Contexto int. [online]. 2013, vol.35, n.1, pp.11-41, p. 13. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/cint/v35n1/a01v35n1.pdf>. Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que tratam sobre a definição da política externa: I. Definir a Política Externa não é uma tarefa fácil, uma vez que ela se refere a um fenômeno complexo. Apesar disso, é possível afirmar que a política externa consiste no processo de tomada (ou de não tomada) de decisão e na ação de um Estado com relação a outro Estado ou mesmo à conjuntura internacional PORQUE II. a Política Externa é considerada como uma tarefa exclusiva das altas cúpulas do Estado, de modo que não pode ser enquadrada como uma política pública. Assim, o processo decisório envolvido na Política Externa de um país está vinculado com um número limitado de atores e canais de discussão subnacionais. Avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta: Nota: 10.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa Você acertou! De acordo com os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina, a afirmação I é verdadeira, uma vez que Hill entende a política externa como uma ação estatal em relação a outro ator estatal e ao cenário internacional. Essa abordagem ainda coloca o Estado como ator central, e muitas vezes pode significar uma forma de negligência em relação aos outros atores envolvidos e hoje já considerados na política externa. A política externa pode ser vista a partir da não tomada de decisão estatal (Hill, 2003). A inação estatal também representa a visão daquele ator sobre determinado problema; logo, caracteriza sua percepção e representa um ato de política externa. A inação pode ser a decisão de não agir ou o ato de evitar a tomada de uma decisão, assim como a falha em agir que pode ser lida como uma “paralisia do sistema de tomada de decisões” (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 107). A afirmação II está incorreta porque a política externa não precisa estar apenas vinculada às altas cúpulas do Estado ou ser entendida como uma responsabilidade limitada ao Estado. Muito pelo contrário, como vimos na aula 1, a política externa pode ser entendida como uma dimensão da atividade política em geral e não como um domínio de natureza totalmente distinto dos demais (Nanci e Pinheiro, 2019, p. 6). Assim, [...] toda ação política deve ser pensada como potencialmente constitutiva da agenda de política externa de um país (Idem). Como última definição de política externa a ser apresentada neste tema, temos a visão de política externa como política pública (Pinheiro; Milani, 2011; Salomón; Pinheiro, 2013). Essa abordagem surgiu conforme as alterações nas dinâmicas externas. Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: O que é Política Externa? C A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa D As asserções I e II são proposições falsas E As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. Questão 8/10 - Análise de Política Externa Leia o texto abaixo: O caráter autônomo e proativo adotado pelo Brasil, já a partir da década de 1960, criou espaço para as discussões de Relações Internacionais em território nacional. No entanto, o surgimento da área no país seguiu o mesmo caminho que nos Estados Unidos, se aliando à Ciência Política (Faria, 2012, p. 104). As mudanças no cenário internacional, com o reconhecimento da importância de novos atores que não somente o Estado como unitário, se somaram às transformações domésticas vividas pelo Brasil. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Análise de APE no Brasil. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual a transformação na política brasileira ao final dos anos 1980 que teve impacto na postura do país nas relações internacionais: Nota: 10.0 A O processo de redemocratização do Estado Brasileiro. Você acertou! A redemocratização brasileira também alterou sua postura internacional, e tudo isso em conjunto criou uma nova dinâmica em que o país pôde se inserir. Observa-se, nesse caso, que a situação no ambiente real – participação brasileira nos debates internacionais – influenciou o campo teórico ao impulsionar as análises sobre o sistema internacionale considerar a APE como abordagem propícia a esse novo panorama. A emergência da APE foi perceptível no Brasil, e o tema se tornou um dos mais abordados nas pesquisas realizadas entre 1998 e 2006 (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 16). Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Análise de APE no Brasil. B A criação do Ministério de Relações Exteriores. C O início do milagre econômico. D A ruptura das relações bilaterais com os Estados Unidos. E O estabelecimento do voto censitário. Questão 9/10 - Análise de Política Externa Leia o trecho a seguir: “O processo de ciclo político, quando observamos a política externa como política pública, pode e deve ser utilizado na compreensão do processo governamental. A ideia de pressões domésticas provenientes de grupos sociais ou stakeholders, também é relevante nessa visão. De certa forma, a argumentação do ciclo político nos dá mais um mecanismo de observação para a influência das forças não estatais dentro do aparato político”. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal potencialidade de se analisar a política externa como política pública: Nota: 10.0 A A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como parte do funcionamento da democracia. Você acertou! Observar e tratar a política externa como política pública trás para o campo da APE todas as ferramentas, conceitos e métodos que as políticas públicas têm em si. Um dos principais pontos a ser comentado, no entanto, é sobre o caráter democrático que a concepção de política pública leva para a política externa. Compreender que a política pública, da forma como se dá e utilizando a visão de que a mesma se constrói a partir das forças não só governamentais, mas também estatais, é assumir a posição de democracia que um Estado teria no planejamento e execução das políticas públicas. Logo, essa visão é emprestada pela política externa ao ser vista como uma política pública. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas. B A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida como um elemento burocrático-legal diferenciado. C A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja vista como uma imposição das elites políticas sobre a sociedade civil. D A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como produto das relações econômicas que sustentam o Estado. E A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida a partir dos aspectos geográficos de um Estado e os seus efeitos na distribuição do poder. Questão 10/10 - Análise de Política Externa Leia o texto a seguir: Roberts e Bradley (1991) tratam sobre como as visões mais tradicionais observavam as políticas públicas como uma atividade que era de domínio somente dos órgãos governamentais, não considerando a possibilidade de influência de outros grupos externos a esse. Para os autores, a inclusão de diferentes atores – stakeholders – nas análises de política pública seriam uma forma de fechar algumas lacunas deixadas pelos estudos focados somente na ação governamental. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é a definição utilizada para os stakeholders: Nota: 10.0 A Os stakeholders são definidos como aqueles indivíduos que possuem uma posição privilegiada no processo decisório. B Os stakeholders correspondem à elite política do Estado com capacidade de influenciar o mercado e a agenda pública. C Os stakeholders podem ser descritos como qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização Você acertou! Como observado anteriormente, o processo de escolha de problema a ser considerado pelo Estado como sendo passível de ser incluso na agenda política envolve diferentes atores. Os stakeholders podem compreender pessoas, grupos, organizações, instituições entre outros (Mitchel, p. 856). A definição que pode ser utilizada como sendo a padrão é a de que “stakeholder em uma organização é qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização” (Freeman, 1984, p. 46). Pode-se também utilizar a definição de Bryson (2004, p. 22) que observa os stakeholders como sendo “pessoas, grupos ou organizações que devem ser considerados por líderes e gerentes”. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas. D Os stakeholders se resumem aos grupos econômicos que possuem interesses no processo de tomada decisão do Estado. E Os stakeholders podem ser descritos como grupos étnicos que buscam atuar na política a fim de defender a sobrevivência da sua cultura.
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