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Civil III respostas captadas semanas 8 a 15

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DIREITO CIVIL III – respostas captadas – semanas 8 a 15
Aula 8
Caso concreto 01
Francisco doou ao seu sobrinho Luís, imóvel residencial (doação pura), fazendo constar da escritura que abria mão do direito de revogar a doação por ingratidão. Posteriormente, Luís foi condenado por crime de difamação contra seu tio. 
Pergunta-se: 
a) É válida a cláusula de renúncia? 
Resposta: não, em razão do art. 556, CC.
b) Pode a doação ser revogada na hipótese? 
Resposta: Não. A interpretação das hipóteses de ingratidão é restritiva, e o art. 557, III apenas prevê injúria grave ou calúnia. 
Questão objetiva 01
(Procurador do BACEN/2002) A doação de um bem feita por A a B, com o dever de este continuar a viver em companhia de uma pessoa doente, é considerada:
a) remuneratória.
b) condicional.
c) conjuntiva.
d) onerosa.
e) sob a forma de subvenção periódica.
Resposta: alternativa D (com encargo).
Questão objetiva 02
Marque a alternativa CORRETA:
a) A doação é contrato de forma livre.
b) O nascituro, por não ter personalidade jurídica, não pode receber doação.
c) A doação de ascendentes a descendentes importa em adiantamento da legítima.
d) A doação onerosa jamais poderá ser revogada.
e) Por implicar em restrição de direitos, a ingratidão que justifique a revogação da doação apenas poderá recair sobre o doador.
Resposta: alternativa C. 
Aula9
Caso concreto 1
 
Cristian alugou imóvel residencial urbano por prazo determinado a Leandra, contendo cláusulas expressas de vigência, de preferência e de renúncia à indenização e retenção pelas benfeitorias úteis e necessárias. O contrato não foi averbado no Cartório em que está registrado o imóvel. Durante a vigência do contrato, Cristian vendeu o imóvel a Tereza, que notificou Leandra para que ela se retirasse do imóvel em 90 dias. 
Considerando as normas que regulam a locação de imóveis urbanos, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
 
A) É válida a cláusula de renúncia à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis?
Resposta: Sim, conforme disposição contida no art. 35 da Lei 8.245/91
 
B) Leandra pode opor a cláusula de vigência a Tereza para permanecer como locatária do imóvel?
Resposta: Não. O art. 8º da Lei 8.245/91 determina que a eficácia da cláusula de vigência está condicionada à averbação do contrato no RI.
 
C) O que pode fazer Leandra em razão do descumprimento do direito de preferência?
Resposta: Subsiste-lhe apenas o direito de indenização pelas perdas e danos em face do alienante, eis que a eficácia erga omnes da preferência é obtida somente com a averbação. Importante mencionar que parcela da doutrina (e.g. Maria Helena Diniz) entende que não há que se falar sequer em indenização se não tiver sido realizada a averbação no RI.
 
 
Questão objetiva 1
A respeito das luvas no contrato de locação empresarial, é correto afirmar:
A) A Lei da Usura revogou todas as disposições da Lei de Locações relativas à cobrança de luvas.
B) A Lei 12.112/2009, que alterou vários dispositivos da Lei 8.245/91, considerou ilícita a cobrança de luvas nos contratos de locação empresarial.
C) A cobrança de luvas é permitida em qualquer situação, desde que não ultrapasse o valor de 5 alugueres.
D) De acordo com a jurisprudência do STJ, não há ilegalidade na cobrança de luvas em contrato inicial de locação, conforme a inteligência dos arts. 43, I, e 456 da Lei 8.245/91.
E) Atualmente a cobrança de luvas está restrita aos contratos de locação em shopping centers.
Resposta: alternativa D.
 
Questão objetiva 2
Marque a alternativa correta a respeito das introduções feitas pela Lei 12.112/2009 ao regime jurídico das locações:
A) Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, poderá o locador reaver o imóvel alugado nas mesmas hipóteses que o locatário.
B) Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel.
C) Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação não se estende até a efetiva devolução do imóvel, sempre que prorrogada a locação por prazo indeterminado.
D) Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 120 dias para a desocupação voluntária.
E) A ação revisional de aluguel terá sempre o rito ordinário.
 Resposta: alternativa B.
Aula 10
Caso concreto 1
Sandra alugou imóvel residencial urbano a Zélia pelo prazo de 3 (três) anos. O contrato foi afiançado por Albino, que, em conformidade com o que consta na cláusula décima do instrumento contratual, obrigou-se com expressa renúncia ao benefício de ordem até a efetiva desocupação do imóvel e entrega das chaves ao locador. Completados os 3 (três) anos, Zélia, diante da ausência de notificação para que desocupasse o imóvel, não restituiu o mesmo a Sandra, mas continuou pagando o valor dos alugueres. Cinco meses após a prorrogação tácita do contrato, Zélia deixou de pagar os alugueres. Considerando o inadimplemento de Zélia, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Sandra poderá acionar Albino, como fiador, para que responda solidariamente pelo débito.
Resposta: Sim. Essa possibilidade está atualmente prevista no art. 39, c/c art. 40, X, ambos da Lei 8.245. Nesse sentido:
LOCAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 535, INCISOS I E II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. PARCELAMENTO DO DÉBITO LOCATÍCIO. MORATÓRIA RECONHECIDA PELO TRIBUNAL A QUO. FIADORA QUE SUBSCRITOU O ACORDO MORATÓRIO COMO REPRESENTANTE LEGAL DA LOCATÁRIA. CONCORDÂNCIA COM O ATO. MANUTENÇÃO DA GARANTIA FIDEJUSSÓRIA. FIADOR QUE NÃO PARTICIPOU DO ATO. EXONERAÇÃO DA FIANÇA. PRECEDENTES.
1. O acórdão hostilizado solucionou as questões apontadas como omitidas de maneira clara e coerente, apresentando as razões que firmaram o seu convencimento.
2. Havendo transação e moratória, sem a anuência dos fiadores, não respondem esses por obrigações resultantes de pacto adicional firmado entre locador e locatário, ainda que exista cláusula estendendo suas obrigações até a entrega das chaves.
3. O fiador que subscreveu o acordo moratório, ainda que na condição de representante legal da pessoa jurídica locatária, tem ciência inequívoca do ato, o que afasta a pretensão de ser exonerado da garantia com base no art. 1.503, inciso I, do Código Civil de 1916.
4. Havendo dois fiadores e sendo a moratória assinada apenas por um deles, o cogarante que não participou do mencionado acordo resta exonerado.
5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, parcialmente provido.
REsp 865743 / RS. 5ª Turma. Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 31/05/2010. 
 
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LOCAÇÃO. PRORROGAÇÃO LEGAL DO CONTRATO. CLÁUSULA DE GARANTIA ATÉ A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES. RESPONSABILIDADE DO FIADOR. SÚMULA 214/STJ. INAPLICABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1.   O entendimento consolidado pela Terceira Seção desta Corte, quando do julgamento do EREsp 566633/CE, de Relatoria do Min. PAULO MEDINA, DJe 12.03.2008, reafirmado no EREsp 569025/TO, de Relatoria do Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJU 06.12.2007, é de que havendo no contrato locatício cláusula expressa de responsabilidade do garante até a entrega das chaves, o fiador responde pela prorrogação do contrato, a menos que tenha se exonerado na forma do art. 1.500 do Código Civil de 1916 ou do art. 835 do Código Civil vigente, a depender da época da avença.
2.   Agravo Regimental desprovido.
AgRg na Pet 6387 / RJ. Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho. 3ª Seção. DJe 14/05/2010.
 
DIREITO CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. LOCAÇÃO. PRORROGAÇÃO DA LOCAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO. CLÁUSULA PREVENDO A RESPONSABILIDADE DOS FIADORES ATÉ A EFETIVA DEVOLUÇÃO DAS CHAVES DO IMÓVEL LOCADO. FIANÇA. PRORROGAÇÃO. PRECEDENTE DO STJ. AGRAVO IMPROVIDO.
1. A Terceira Seção doSuperior Tribunal de Justiça firmou a compreensão no sentido de que, "havendo cláusula expressa no contrato de locação, no sentido de que a responsabilidade dos fiadores perdura até a efetiva entrega das chaves, não há que se falar em exoneração da garantia, ainda que haja prorrogação por prazo indeterminado" (EREsp 612.752/RJ, Rel. Min. JANE SILVA, Des. Conv. do TJMG, DJe 26/5/08).
2. A existência de cláusula contratual prevendo que a prorrogação do contrato locatício somente poderia se dar por escrito não afasta o comando legal inserto no art. 46, § 1º, da Lei 8.245/91, que prevê a possibilidade de prorrogação automática do contrato de locação, por prazo indeterminado.
3. Agravo regimental improvido.
AgRg no REsp 1025059 / SP. Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima. 5ªTurma. DJe 19/03/2010
 
Questão objetiva 1
(TJPA/2009 – Juiz). Mévio realiza, com a instituição financeira K e K S/A, contrato de mútuo no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), sendo que Túlio figura como fiador, pela quantia total ajustada. O devedor possuía vasto patrimônio à época do negócio jurídico referido. Posteriormente, faltando o pagamento de dez prestações, o devedor tem sua insolvência decretada, fato que foi comunicado ao fiador e à instituição financeira. Após isso, a instituição financeira pretende cobrar a dívida do fiador. Túlio não renunciou ao beneficio de ordem.
Diante do narrado, analise as afirmativas a seguir.
 
I. O fiador poderá requerer, antes de ser cobrado, que o credor busque bens do devedor para satisfazer o seu crédito.
II. O credor pode optar por cobrar do devedor ou do fiador ou, ainda, de ambos, a dívida.
III. O benefício de ordem cede diante da declaração de insolvência do devedor afiançado.
IV. O patrimônio do fiador está protegido diante da inexistência de renúncia ao beneficio de ordem.
V. O fiador, ao pagar a dívida do afiançado, sub-roga-se nos direitos do credor.
 
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II, III, IV e V estiverem corretas.
Resposta: alternativa C.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa fungível, mediante certa retribuição.
b) A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia.
c) O fiador na locação responde por obrigações resultantes de aditamento, ainda que não tenha anuído .
d) A locação por tempo determinado cessa de findo o prazo estipulado, mas depende de notificação ou aviso.
Resposta: alternativa B.
Aula 11
Caso concreto 01
Natália emprestou R$ 50.000,00 para Angelina, pelo prazo de 24 meses, findo o qual deveria ser restituída a quantia emprestada mais juros simples de 5% ao mês. Passados seis meses da celebração do negócio, Angelina foi demitida de seu emprego, única fonte de seu sustento. Preocupada com a situação econômica de Angelina, Natália solicitou uma consulta jurídica acerca do caso, com ênfase nos seguintes questionamentos: 
1 – A Lei prevê a possibilidade de Natália exigir de Angelina alguma garantia do cumprimento integral do contrato? 
Resposta: Sim. Trata-se da chamada exceção de inseguridade, prevista no art. 590, CC.
 
2 – Diante da alteração de sua situação econômica, Angelina poderia resolver o contrato com fundamento no art. 478, CC?
Resposta: Não. O desemprego não é fato excepcional, extraordinário e imprevisível, que justifique a resolução por onerosidade excessiva.
 
3 – Há possibilidade de Angelina pedir a revisão do contrato em razão da onerosidade excessiva decorrente da taxa de juros?
Resposta: Sim. A taxa extrapola os limites impostos pelo art. 406, c/c 591, ambos do CC.
 
Questão objetiva 1
(TRF 1ª Região – juiz/2009) Em relação aos contratos, assinale a opção correta.
A) Considere que determinado indivíduo tenha comprado uma televisão, ficando pactuado o dia para a entrega do bem pelo estabelecimento comercial e que, na véspera da data combinada para a entrega, o estabelecimento tenha se incendiado por problema elétrico e todos os seus bens tenham sido destruídos. Nessa situação, o contrato de compra e venda ficará resolvido, porque o vendedor não tem obrigação, já que a televisão foi destruída.
B) No direito brasileiro, não é permitido o mútuo oneroso em que se presumam devidos os juros.
C) A cláusula de reserva de domínio consiste no direito que o vendedor se reserva de reaver, em certo prazo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço mais as despesas por ele realizadas. 
D) Não é lícito que, no contrato de compra e venda, o preço seja fixado pela taxa de mercado.
E) Considere que um indivíduo tenha celebrado contrato de compra e venda de seu apartamento em 10/11/2008, sendo a respectiva escritura pública devidamente registrada no cartório de registro de imóveis em 10/3/2009. Considere, ainda, que, no mês de janeiro de 2009, tenha sobrevindo
cobrança do IPTU sobre o imóvel. Nessa situação, o vendedor é responsável pelo pagamento do IPTU.
Resposta: alternativa E.
 
Questão objetiva 2
Assinalar a alternativa INCORRETA. Quanto à classificação dos contratos, pode-se dizer que:
a) o contrato de compra e venda é consensual e comutativo, entre outras classificações possíveis.
b) o contrato de comodato é real e principal, dentre outras classificações possíveis.
c) o contrato de fiança é principal e sinalagmático, entre outras classificações possíveis.
d) o contrato de locação de imóveis urbanos é principal, solene e sinalagmático, entre outras classificações possíveis.
Resposta: alternativa C.
Aula 12
Caso concreto 1
A empresa Pinte Bem LTDA efetuou contrato de empreitada de material e de mão-de-obra com a Construções LTDA para pinturas em geral no estabelecimento do Banco X, agência matriz. Após a realização do serviço, a Construções LTDA não efetuou o pagamento previsto no contrato, ficando inadimplente na última parcela. Dessa maneira, considerando que o Banco X contratou a Construções LTDA para reforma da agência matriz, e que a Construções LTDA terceirizou, por conta própria, o serviço de pintura, responda se é possível que o Banco X responda solidariamente pelo débito da Construções LTDA junto à Pinte Bem LTDA.
Resposta: Não, pois o Banco X não era parte da relação jurídica travada entre a Pinte Bem e a Construções LTDA, pelo que o vínculo jurídico decorrente do contrato de empreitada não recai sobre o Banco. Além disso, a solidariedade não se presume.
 
Questão objetiva 1
(TRF 5ª Região - juiz) Carlos, de posse de projeto elaborado por uma arquiteta e por ele aprovado, celebrou contrato de empreitada mista com uma construtora para a realização de reforma em imóvel seu, não tendo sido estipulada cláusula de reajuste de preço. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
 
A) Como é usual nos contratos de empreitada mista, a responsabilidade da construtora abrangerá o fornecimento de mão de obra e de materiais, ficando a direção da obra sob a responsabilidade de Carlos.
B) Ainda que a construtora comprove aumento do custo do material e dos salários dos empregados, não lhe cabe o direito a qualquer acréscimo no preço acertado com Carlos.
C) Em face da natureza do contrato celebrado, a construtora é responsável por eventuais danos causados a terceiros em decorrência da reforma do imóvel, ficando Carlos isento de qualquer responsabilidade.
D) Havendo modificações no projeto original, somente poderá a construtora exigir acréscimo no preço contratado se tais modificações forem autorizadas por instruções escritas do dono da obra, não cabendo alegação de conhecimento tácito deste.
E) Em regra, Carlos poderá introduzir as modificações que entender convenientes no projetooriginal, desde que as autorize por escrito.
Resposta: alternativa B.
Questão objetiva 2
(BACEN – procurador 2009) 46. Assinale a opção correta quanto aos contratos regulados no Código Civil.
A) Não existe comodato, mas contrato atípico, na situação em que empresa distribuidora de derivados de petróleo ceda a outrem o uso de determinados equipamentos que serão utilizados na revenda de seus produtos.
B) O contrato de mútuo é essencialmente gratuito, de modo que, mesmo se tratando de empréstimo de dinheiro, o silêncio das partes impedirá a cobrança de juros.
C) Não desnatura o contrato de depósito o fato de o depositário ser contratado para transportar a coisa de um lugar a outro e tê-la consigo até que o depositante a reclame no prazo máximo estipulado.
D) A fiança, como contrato acessório que é, admite ser feita em valor inferior, igual ou superior à obrigação principal garantida.
E) Apesar de a doação ter na aceitação um ato indispensável a seu aperfeiçoamento, essa aceitação poderá ser até mesmo ficta, se o donatário for absolutamente incapaz e a doação for pura.
Resposta: alternativa E.
Aula 13
Questão objetiva 1
 
(OAB 2009/3) 30 No que se refere aos contratos, assinale a opção correta.
A) O mandato escrito é materializado por meio da procuração, como ocorre com o mandato judicial que o advogado recebe de seu cliente.
B) Dono de hotel, por não ser considerado depositário, não responde por roubo de bagagem dos hóspedes efetuado pelos empregados dentro do estabelecimento.
C) Somente é lícito às partes estipular contratos tipificados no Código Civil.
D) O tutor pode dar em comodato, sem autorização especial, as coisas confiadas à sua guarda, desde que o faça para atender às necessidades do tutelado.(Impossível = art.580 C.C, salvo com autorização judicial, e isso porque o comodato é contrato gratuito, o significa que, em regra, ele não vai gerar proveito econômico para o tutelado)
 Resposta: alternativa A
 
Questão objetiva 2
(BACEN – procurador 2009) Diante da necessidade de transferir sua residência para outra cidade, Maura, menor púbere, resolveu conferir a sua tia, Antônia, judicialmente reconhecida como pródiga, poderes para que esta pleiteasse em juízo determinado direito. Para isso, Maura, devidamente assistida por seus pais, e mediante instrumento particular, outorgou poderes a Antônia, que, por não ser advogada, substabeleceu esses poderes a profissional habilitado. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A) É inválido o negócio realizado entre Maura e Antônia, porque, sendo a primeira menor, esse negócio deveria ter sido objeto de instrumento público.
B) Não é válido o mandato porque o pródigo, assim como o falido, não é capaz de exercer mandato.
C) Na situação descrita, é válido o negócio realizado pelas partes, pois obedeceu ao necessário não só quanto à forma, como quanto ao suprimento da capacidade da mandante.
D) É inválido o negócio porque, diante de um mandato judicial, seria necessário que Antônia tivesse capacidade postulatória para que o substabelecimento se tornasse viável.
E) Seria inválido o negócio se Antônia fosse também menor púbere, já que este não pode ser mandatário.
Resposta: alternativa C (A pródiga, embora relativamente incapaz, pode ser mandatária, na hipótese, porque sua incapacidade diz respeito apenas à questões financeiras).
 
Questão objetiva 3
 
(TRF 2ª Região – juiz 2009) Quanto às regras atinentes aos contratos, assinale a opção correta.
A) O outorgado pode substabelecer os poderes recebidos do outorgante, se essa possibilidade expressamente constar do instrumento do contrato.
B) Se a nulidade da obrigação resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor, tal obrigação não será suscetível de fiança.(art.824 C.C.)
C) Na empreitada, a direção e a fiscalização da obra competem ao próprio empreiteiro, e a remuneração é proporcional ao trabalho realizado.
D) Na prestação de serviço para a confecção de uma escultura, o pagamento está subordinado ao fato de a prestação alcançar exatamente o resultado esperado pelo contestante.
E) O depósito necessário que decorra de incêndio presume-se gratuito e admite qualquer meio legal de prova.(art.651 C.C.)
Resposta: alternativa C
Aula 14
Caso concreto 1
 
Fabrício ajuizou ação de reparação de danos materiais contra Antonio no valor de R$ 170.000,00. Na fase de cumprimento da sentença, o advogado de Fabrício celebrou transação com Antonio para pagar apenas R$ 120.000,00, mais as despesas processuais e honorários advocatícios. A transação foi informada ao juízo, sem que o instrumento contratual fosse juntado aos autos, nem que tivesse havido pedido de homologação da transação. Dois meses depois, o novo advogado de Fabrício requer ao juízo que seja desconsiderada a transação em razão de a mesma ter sido realizada somente entre o antigo advogado e Antônio, sem a intervenção do credor da obrigação de reparar o dano.
 
Sabe-se que o mandato outorgado por Fabrício ao antigo advogado continha cláusula com a seguinte redação:
 
“a quem confiro amplos poderes para o foro em geral, com a cláusula ad judicia (sic), em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defendê-las... nas contrárias seguindo umas e outras, até final decisão, usando dos recursos legais e acompanhando-os, praticando, enfim, todos os demais atos judiciais necessários, especialmente para requerer em Juízo, ou fora dele, “ação de reparação de danos materiais” contra ANTONIO, podendo transigir livremente, acordar, firmar compromisso, substabelecer com ou sem reservas”.
 
Neste caso, considerando que ainda não houve homologação da transação, qual deve ser a decisão do magistrado sobre o pleito de desconsideração da transação e consequente cobrança dos R$ 50.000,00 restantes, acrescidos de todos os encargos contratuais e legais?
 
 
Resposta: O mandato outorgado conferia plenos poderes para que o advogado transigisse. Sob o aspecto da validade, o art. 849 estipula que apenas serão anuladas, por via própria, as transações viciadas por dolo, coação ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa, o que não é o caso. A não homologação da transação em nada influencia a sua exigibilidade entre as partes transigentes, sendo necessária somente à extinção da execução. Por isso, deve o magistrado decidir pela rejeição do pedido de desconsideração da transação. Nesse sentido:
 
RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. TRANSAÇÃO. MANDATÁRIO COM PODERES ESPECIAIS. VALIDADE. HOMOLOGAÇÃO. CABIMENTO. RECURSO PROVIDO.
1.- A circunstância de constar no instrumento de mandato apenas a designação de "procuração ad judicia", não lhe retira a validade de poderes especiais constantes expressamente do corpo do instrumento (art. 38 do CPC).
2.- É impossível o arrependimento e rescisão unilateral da transação, ainda que não homologada de imediato pelo Juízo. Uma vez concluída a transação as suas cláusulas ou condições obrigam
definitivamente os contraentes, e sua rescisão só se torna possível "por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa" (Código Civil de 2002, art. 849; CC de 1916, art.
1.030).
3.- Recurso Especial provido.
(REsp 825425 / MT. Rel. Ministro SIDNEI BENETI. Terceira Turma. DJe 08/06/2010)
 
Questão objetiva 1
(Magistratura TJSP) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) a transação concernente a obrigações resultantes de delito extingue a ação penal pública.
b) o substabelecimento pode se fazer por instrumento particular, ainda que outorgado, o mandato, por instrumento público.
c) no seguro de responsabilidade civil, o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos pelo segurado a terceiro.
d) na empreitada, poderá o dono da obra pedir a revisão do preço se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão de obra superior a 10% (dez por cento) do preço global convencionado.
Resposta: alternativa AQuestão objetiva 2
(TRT/14ª Região – Magistratura do Trabalho) A transação:
a) far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei exige, ou por instrumento particular.
b) far-se-á por instrumento particular, ainda que recair sobre direitos contestados em juízo.
c) se anula por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.
d) não é passível de anulação em caso de nulidade de uma cláusula.
e) em se tratando de coisas indivisíveis, aproveita a terceiros.
Resposta: alternativa A
AULA 15
Questão objetiva 1
 
Marque a alternativa CORRETA:
A) Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. Por anúncios públicos devem ser entendidas somente as ofertas dirigidas a pessoas indeterminadas.
B) Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivíduo, terá direito à recompensa o que primeiro o executou, ainda que a prática não seja simultânea.
C) Nos concursos que se abrirem com promessa pública de recompensa, é condição essencial, para valerem, a fixação de um prazo.
D) Se a gestão foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até pelos casos fortuitos, em qualquer hipótese.
E) O gestor não responde pelo caso fortuito quando fizer operações arriscadas, se o dono costumasse fazê-las.
Resposta: alternativa C.
 
Questão objetiva 2
Marque a alternativa INCORRETA:
A) Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.
B) Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto neste Código sobre o possuidor de boa-fé ou de má-fé, conforme o caso.
C) Se o pagamento indevido tiver consistido no desempenho de obrigação de fazer ou para eximir-se da obrigação de não fazer, aquele que recebeu a prestação fica na obrigação de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.
D) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
E) Caberá a restituição por enriquecimento (actio in rem verso), ainda que a lei conferir ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido, devendo o legitimado ativo optar pela ação in rem verso ou pela outra alternativa legal.
Resposta: alternativa E.
 
Caso concreto
 
Leia atentamente a ementa abaixo:
 
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. INADIMPLEMENTO DO PROMITENTE-COMPRADOR. INDENIZAÇÃO PELO USO PROLONGADO DO IMÓVEL. RESTITUIÇÃO DAS PARCELAS PAGAS. PERCENTUAL.
1. A desistência do negócio, por parte do promitente-comprador, deu-se após a entrega e uso prolongado do imóvel, circunstância apta a ensejar ressarcimento ao vendedor, em face do que poderia auferir a título de aluguéis durante o período de ocupação do imóvel pela parte inadimplente.
2. Nos termos da reiterada jurisprudência desta Corte, o promitente-comprador tem direito à devolução dos valores pagos, com a retenção de 25% em favor da empresa alienante.
3. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no Ag 1010279 / MG. Rel. Min. Ministro FERNANDO GONÇALVES. DJe 25/05/2009)
 
Responda:
A) Qual o princípio orientador que justifica o ressarcimento ao promitente-vendedor, bem como a devolução dos valores pagos pelo promitente-comprador?
Resposta: vedação ao enriquecimento sem causa (note que, neste caso, há enriquecimento sem causa, sem, entretanto, ter havido pagamento indevido). A vedação ao enriquecimento sem causa deixou de ser princípio implícito do direito civil e está disciplinada nos arts. 884 a 886, CC.
 
 
B) É cabível, na espécie, a ação in rem verso?
Resposta: Não. A ação in rem verso é subsidiária (art. 886, CC) e, neste caso, há outros meios processuais disponíveis. Uma ação de resolução do contrato cumulada com perdas e danos, por exemplo, resolveria a situação sem a necessidade de utilização da açãoin rem verso.

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