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Bromatologia: Composição e Fraudes em Alimentos

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Bromatologia 
O que é? 
Métodos e técnicas utilizadas para 
determinar a composição química dos 
alimentos de origem vegetal e animal. 
Avaliação da qualidade do alimento a 
partir da recomendação da ANVISA, MS, 
Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento. 
Composição Centesimal dos 
Alimentos 
Quantidade de nutriente em 100g de 
alimentos. 
São criadas através de análises 
bromatológicas dos alimentos. Para que 
se possa fazer a conversão dos valores 
pela regra de 3. 
100g de alimento Xg de nutriente (valor da tab.) 
Yg de alimento Zg de nutriente 
100.Z = X.Y 
X.Y = Z 
100 
Fraudes em alimentos 
Alterações, adulterações e falsificações 
para a obtenção de maiores lucros, 
ocultar ou mascarar as más condições 
estruturais e sanitárias dos produtos, 
atribuir-lhes requisitos que não possuem 
(EVANGELISTA, 1989). 
Conceito de fraude 
Fraude: artifícios usados sem o 
consentimento oficial, resultado da 
modificação de um produto, visando 
lucro ilícito e que não fazem parte de 
uma prática universalmente aceita 
(KOLICHESKI, 1994). 
As fraudes comprometem características 
sensoriais e muitas vezes o valor nutritivo 
dos alimentos. São práticas prejudiciais 
sempre indo contra os interesses dos 
consumidores (EVANGELISTA, 1989). 
Fatores para ocorrência de fraudes: 
Golpistas (fraudadores) 
Vítimas vulneráveis (consumidores) 
Ausência de um controle rigoroso e 
eficaz (PALODI, 2009). 
“A venda de produtos mistificados está 
sujeita a sanções penais” 
(Evangelista,1989). 
Código de Defesa do Consumidor 
Capítulo IV, artigo 18, são impróprios ao 
uso e consumo produtos: cujos prazos de 
validade estejam vencidos; produtos 
deteriorados, alterados, adulterados, 
avariados, falsificados, corrompidos, 
fraudados, nocivos à vida ou à saúde, 
perigosos ou, ainda, aqueles em 
desacordo com as normas 
regulamentares de fabricação, 
distribuição ou apresentação; produtos 
que, por qualquer motivo, se revelem 
inadequados ao fim a que se destinam 
(IDEC,2009). 
O consumidor possui direitos com 
relação a sua saúde: O direito de 
consumir produtos e serviços com boa 
qualidade sanitária; Total direito à 
informação da qualidade dos produtos e 
serviços que se utiliza (art. 5.o inciso 
XXXIII da Constituição federal, arts. 6.o 
inciso III e art.8.o do Código de Defesa 
do Consumidor); Direito de consumir 
produtos adequados para sua 
sobrevivência; Acesso aos serviços 
públicos para proteção de seus direitos. 
Lei n.o 6437/77, art. 196 e 200 da 
Constituição federal, lei 9677/88 que 
traz alterações nos dispositivos dos 
Capítulos III do Título VIII do Código 
Penal, incluindo na classificação dos 
delitos considerados hediondos crimes 
contra a saúde pública. O produtor é 
responsável pela qualidade de seus 
produtos e pelos danos ambientais que 
eles venham a ocasionar quando do 
processo produtivo. 
Tipos de fraudes nos alimentos 
As fraudes em alimentos são praticadas 
em diversas modalidades, desde a mais 
grosseira que nos leva a uma imediata 
percepção, à mais astuta e difícil de ser 
identificada, se enquadram por suas 
particularidades, em diferentes tipos 
(EVANGELISTA, 1989). 
Fraude por alteração 
Todas as modificações que neles se 
operam, destruindo parcial ou 
totalmente suas características essenciais, 
por comprometimento de suas 
qualidades físicas e químicas, estado de 
higidez e capacidade nutritiva. É um tipo 
de fraude que ocorre sem a interferência 
de indivíduos. Ocorre pela ação de 
agentes físicos, químicos, microbianos e 
enzimáticos. Estas alterações podem ser 
produzidas por negligência, ignorância, 
desleixo ou desobediência às normas 
estabelecidas durante a etapa de 
processamento, de conservação e de 
armazenamento do produto 
(KOLICHESKI, 1994). 
Tipos de alterações: Alterações 
enzimáticas (ranço hidrolítico e 
escurecimento enzimático); Alterações 
por agentes químicos (escurecimento 
químico e ranço oxidativo); Alterações 
por agentes físicos (temperatura e luz 
solar); Alterações macrobianas 
(roedores, insetos etc.); Alterações por 
microrganismos (fungos, bactérias e 
leveduras). 
 
 
Fraude por adulteração 
Alimento que foi privado em forma 
parcial ou total, de seus elementos úteis 
ou característicos, substituídos ou não 
por outros inertes ou estranhos, que 
tenha sido adicionado de aditivos não 
autorizados ou submetidos a tratamento 
de qualquer natureza, para dissimular ou 
ocultar alterações, deficiente qualidade 
de matéria-prima ou defeitos de 
elaboração (EVANGELISTA, 1989). 
Tipos de adulterações: Por adição ao 
produto de alimentos ou substâncias 
inferiores; Por adição de elementos não 
permitidos ou adição de substâncias não 
reveladas; Por subtração de constituintes 
dos alimentos; Por subtração e adição de 
constituintes, simultaneamente; Por 
substituição no produto, de um ou mais 
de seus constituintes; Por substituição de 
alimento original, por outro elaborado 
artificialmente; Por substituição da 
matéria-prima anunciada na embalagem, 
por outra parecida, porém de menor 
valor; Por omissão de constituintes 
constantes da fórmula de registro de 
fabricação; Por simulação de quantidade 
de alimento especificada; Por 
aproveitamento de alimentos 
degenerados; Por recuperação 
fraudulenta de alimentos. 
Fraude por falsificação 
Alimentos falsificado é o que tem a 
aparência e caracteres gerais de um 
produto legítimo, protegido ou não por 
marca registrada e se denomina como 
este, sem sê-lo, ou que não proceda de 
seus verdadeiros fabricantes ou zona de 
produção conhecida e/ou declarada 
(EVANGELISTA, 1989). 
Tipos de falsificação: Quanto à 
qualidade; Quanto ao peso; Quanto à 
apresentação; Quanto à procedência; 
Quanto à propaganda. 
 
Detecção de fraudes 
Tipo de alimento; Composição química; 
Características específicas; Tipo de fraude 
sofrida pelo alimento; Difícil percepção 
pelo consumidor; Entidades responsáveis 
pelo controle de alimentos; Detecções 
por métodos analíticos quantitativos e 
qualitativos. 
Detecção de fraudes em 
alimentos de origem animal 
Práticas históricas. Ocorrem em qualquer 
elo da cadeia produtiva - propriedade 
rural, transporte, na indústria e 
estabelecimentos que vendem 
diretamente para o consumidor. 
Leite e derivados 
A composição do leite é complexa e 
pode apresentar variação. 
Influências: raça do rebanho, 
alimentação, idade, tempo de lactação e 
variações climáticas. Há limites para essa 
variação. 
Fraude: adição de água - Método: índice 
crioscópico (concentração) e densidade 
Fraude: adição de reconstituintes-
Método: densidade 
Fraude: adição de soluções alcalinas 
(bicarbonato de sódio, a cal e o 
hidróxido de sódio, também chamado 
de soda cáustica) – Método: teste de 
acidez titulável. 
Fraude: adição de conservantes (água 
oxigenada, hipoclorito de sódio, formol) 
– Método: provas específicas. 
Fraude: desnate (a retirada de gordura, 
na propriedade rural é considerada 
ilegal) – Método: determinação do teor 
de gordura). 
Produtos cárneos 
Brasil: um dos principais exportadores de 
carne. 
Fraudes cometidas nesses produtos 
geram grandes impactos para a 
economia do País, pois é um mercado 
difícil de conquistar e fácil de perder. 
“Operação Carne fraca” – 2018: 30 
empresas alimentícias no País foram 
acusadas de comercializar carne 
adulterada e estragada. 
 
Bromatologia do mel 
Definição – 782 do CAA 
“Com a denominação de mel ou mel de 
abelha entende-se o produto doce 
elaborado pelas abelhas operárias a 
partir do néctar das flores ou de 
exsudações de outras partes vivas das 
plantas ou presentes nelas, que essas 
abelhas recolhem, transformam e 
combinam com substâncias especificas 
próprias, armazenando-as em favor, 
onde amadurece até completar sua 
formação.” 
Definição – GMC 15-94 
“Produto alimentício produzido pelas 
abelhasmelíferas a partir do néctar das 
flores, das secreções procedentes de 
partes vivas das plantas ou de excreções 
de insetos sugadores de plantas que ficam 
sobre partes vivas das plantas, que as 
abelhas recolhem, transformam, 
combinam com substâncias específicas 
próprias, armazenam e deixam 
amadurecer nos favos de colmeia.” 
Classificação segundo processo de 
obtenção 
Mel escorrido: por escorrimento dos 
favos, sem larvas; 
Mel prensado: prensagem dos favos, sem 
larvas; 
Mel centrifugado: por centrifugação dos 
favos, ser larvas; 
Mel filtrado: Filtragem sem alterar valor 
nutritivo. 
Classificação segundo forma de 
apresentação 
Mel: estado líquido ou cristalizado; 
Mel em favos: em pedaços de favos 
inteiros, construídos pelas abelhas; 
Mel com pedaços de favo: mel com um 
ou mais pedaços de favos; 
Mel cristalizado: processo natural de 
solidificação; 
Mel cremoso: estrutura cristalina fina. 
Geleia Real 
Subproduto do mel, poucos miligramas 
por favo. 
“Alimento da larva da abelha-rainha até 
o terceiro ou quarto dia de vida, 
constituído por secreção das glândulas 
das cabeças de abelhas jovens”. 
Massa viscosa, de aspecto leitoso, cor 
amarelo claro, sabor ligeiramente ácido e 
odor característico. 
Atribuição de condições terapêuticas ou 
revitalizantes e condicionantes de saúde; 
nada cientificamente comprovado. 
Análises no mel 
Físico-química 
Características organolépticas: Frasco 
(não há especificação sobre tipo de frasco 
proibição de reaproveitamento de 
frasco); Aspecto (líquido, líquido denso, 
denso ou cristalizado); Cor (extra 
branco, branco d ́água, âmbar, dourado 
vermelho ou pardo); Cheiro (próprio); 
Sabor (próprio e doce). 
Análise microscópica (presença de grãos 
de pólen, cristais de glicose, partículas de 
cera, grãos de amido e sujidades). 
Determinação de acidez: método 
titulométrico. 
pH: potenciômetro. 
Reação do lugol: avaliar pureza do mel 
• Metodologia: 
Material: cilindro graduado de 50 ml; 
pipeta de 2ml; béquer de 50ml; solução 
de mel a 20% (5g de mel + 10 ml de 
água). 
Reagentes: Solução de lugol (1g de iodo, 
3g de iodeto de potássio, 50 mL de 
água). 
Procedimento: Pesar cerca de 5g de mel; 
adicionar 10 mL de água destilada; 
acrescentar 1 mL de solução de lugol. 
Resultados esperados: Na presença de 
glicose comercial a solução ficará 
colorida de vermelho-violeta a azul. A 
intensidade da cor depende da 
quantidade das dextrinas presentes na 
glicose comercial. 
Microbiológica 
Não há exigência de análise 
microbiológica do mel, na legislação 
brasileira, somente necessário seguir as 
normas de boas práticas; 
Bactérias aeróbias mesófilas: semeadura 
em profundidade. 
Bactérias aeróbias termófilas: incubação 
em profundidade. 
Bolores e leveduras: inoculação em 
profundidade. 
 
Bromatologia do leite 
Conceitos 
Aspecto Biológico: É uma secreção das 
glândulas mamárias de fêmeas de 
mamíferos, rico em nutrientes necessários 
ao bom desenvolvimento orgânico. 
Colostro: Substância considerada um 
antibiótico natural, rico em proteínas e 
imunoglobulinas próprios para a defesa 
do recém-nascido, produzido após o 
parto, durante no máximo 10 dias. Não 
é recomendado o seu consumo pois 
apresenta substâncias repugnantes, pus, 
escamações do úbere, excessos de 
cloreto, ácidos (pH = 5,2 -5,5) e pode 
conter células de Staphylococus aureus, 
que produz toxinas. 
Aspecto legal: Produto oriundo da 
ordenha completa e ininterrupta, em 
condições de higiene adequadas, de 
vacas sadias, bem alimentadas e 
descansadas. Composição do leite está 
relacionada com ambiente, animal e 
ordenha. 
Aspecto bromatológico: É uma mistura 
complexa formada por glóbulos de 
gordura de diversos tamanhos, 
estabilizados por substâncias proteicas, 
em um soro em solução, que contém na 
sua composição um açúcar específico 
(lactose), vitaminas, minerais, além de 
outras substâncias tais como: enzimas, 
ácidos, anticorpos, gases (CO2, O2, N2). 
Composição 
Emulsão, solução coloidal onde 
partículas em suspensão estão dispersas 
em solvente. 
Partículas: Micelas de gordura e proteínas 
Solvente: Carboidratos, sais minerais e 
vitaminas. 
Maior proporção é água (87,25%). 
Sólidos totais 2 grupos: Gorduras 
(3,8%). Sólidos totais desengordurados 
Ptn (3,3%), lactose (4,7%) e cinzas 
(0,7%). 
Fatores que afetam a composição 
química do leite 
Referentes ao animal: raça, idade, estágio 
de lactação, alimentação, sanidade 
(infecção do úbere). 
Referentes ao ambiente: temperatura, 
insolação. 
Valor Nutritivo do Leite: 
Proteínas 
Principal nutriente do leite. PAVB 
compostas por aa essenciais e não 
essenciais em % adequadas. 
Caseína: principal Ptn (80%), composta 
por moléculas (α, β, γ-caseína) - 
fosfoproteínas (Ptn + ácido fosfórico). 
α–lactoalbumina (18%) e a β-
lactoglobulina (2%) são ptn simples, 
solúveis em água que se coagulam com a 
ação do calor. São ptn do soro do leite. 
 
Valor Nutritivo do Leite: CHO 
O açúcar do leite é a lactose (4,7 – 
5,2%). Lactose é um dissacarídeo (glicose 
+ galactose) = C12H22011. Lactose tem 
baixo poder de doçura (16%) quando 
comparada à glicose e sacarose. 
Determinação de lactose: Fehling. 
Valor Nutritivo do Leite: 
Lipídeos 
Mistura de diversos tamanhos invisíveis 
ao olho nu. No leite: TIG (97 -98,5%), 
AGL (oléico, palmítico, esteárico e 
butírico), fosfolipídios e colesterol. São 
responsáveis pelo sabor do leite. 
Absorvem odores indesejáveis e são 
separados por centrifugação e 
decantação. 
Valor Nutritivo do Leite: 
Vitaminas e Minerais 
Fonte de vitaminas e minerais (7,5g/L); 
Vitaminas do complexo B (riboflavina); 
Vitaminas lipossolúveis (A e E); Fonte de 
Ca e P (relação 1:0,7). Minerais: Mg, Na, 
Cl, K, pobre em Fe (0,05 mg). 
Controle do Leite: As normas adotadas 
no Brasil para controle do leite – 
Regulamento da Inspeção Industrial e 
Sanitária de Produtos de Origem Animal 
(RIISPOA). 
O leite é considerado normal quando 
apresentar: Características 
organolépticas, acidez, densidade, 
gordura, sólidos totais e provas 
enzimáticas. 
Características Organolépticas: Cor 
branca, ligeiramente amarelada 
(dispersão da luz). 
Leite desnatado: azulado (pequenas 
quantidades de partículas em dispersão). 
Odor suave (teor de ácidos cítricos). 
Sabor característico: adocicado (lactose e 
cloretos), pode apresentar sabor 
diferenciado em função da região que as 
vacas são criadas. 
Acidez: Mensurada por pH ou graus 
Dornic. Presença de ácido orgânicos e 
ácido lático originado pela degradação 
MO da lactose. 
Leite Ácido: fermentação lática 
indesejável (falta de higiene). 
O pH ideal do leite para consumo: 6,5 - 
6,8. 14 – 18º D. 
Densidade a 15º C: D = m/v 
m = sólidos totais e v = água 
 
Densidade – Termolactodensímetro. 
O leite ideal para consumo: Densidade = 
15o C (1,028 – 1,034 g/cm3). 
Gordura 
Avaliação controla a qualidade do leite. 
Método GERBER – Padrão. 
Leite integral (A e B) e o leite 
Padronizado (C) – 3% de lipídeos. 
Sólidos Totais 
Determinação direta: Gravimetria. 
Determinação indireta: Disco de 
Ackerman ou Fórmula de Fleishmann. 
Provas Enzimáticas 
Enzimas fosfatase e perioxidase – 
presentes no leite cru. 
Fosfatase: destruída em Tº inferior a 
pasteurização. 
Peroxidase: resiste. 
Leite pasteurizado ideal pra consumo: 
fosfatase negativa e perioxidase positiva. 
Avaliações das Condições 
higiênicos sanitárias 
Prova enzimática. Fermentação da 
lactose - Aumenta a acidez –
Contaminação microbiana. 
Fraude: Adição de água oxigenada para 
controle de crescimento bacteriano. 
Adição de conservantes 
Adição de qualquer substância é 
considerada fraude. Não é permitido uso 
de conservantes. 
Combinação de tecnologia: tratamento 
térmico (temperatura de pasteurização 
e/ou temperatura de armazenamento) e 
embalagem devem garantir conservação 
do produto.Detecção de fraudes 
Fraudes por aguagem. 
Fraude mais comum: Índice crioscópico 
(adição de água e adição de soluto); 
Índice de refração do soro (composição); 
Densidade (adição de água). 
Composição e análise 
Alterações do Leite por Fraudes. 
Classificação: Tipos de Leite 
Leite modificado: Desnatados ou 
semidesnatados; Leite hipergordurose ou 
com nata (Descrição de quantidade de 
gordura na embalagem); Leite 
reconstituído (desidratação total). 
Leite condensado: Leite fluido 
adicionado de sacarose e glicose. 
Desidratado parcialmente (29% de 
água). 
Leites ácidos ou acidificados: Iogurte, 
leite fermentado. Adicionado e leveduras 
lácticas para fermentação. 
Leite ácido-alcoólicos: KEFIR- Leite 
processado de forma doméstica. Adição 
de grãos de Quefir ao leite morno. 
Quefir: flora dessecada que contém 
levedura Sacharomyces Kefir. 
Queijos: Coagulação de micelas de 
caseína por ação por ação do coalho 
(coagulante). Coágulo obtido é separado 
do soro. 
Classificação: Tratamento 
Térmico 
Leite Cru: filtração e refrigeração. 
Fervura: procedimento recomendado 
onde não se pode fazer pasteurização 
(101oC – 1 a 2 minutos). 
Leite Pasteurizado: 72 a 75oC – 15 a 20 
segundos (precisa da tecnologia de 
refrigeração). 
Ultrapasteurização (UHT): 130 a 150oC 
– 1 a 2 segundos garante a destruição de 
todos os microorganismos (tecnologia de 
embalagem). 
Classificação: forma de ordenha 
Leite tipo A: Leite de excelente qualidade 
microbiana. Consumo: 5-7 dias após 
pasteurização, produzido nas granjas 
leiteiras (ordenha mecânica e 
pasteurização no mesmo local). Raça 
definida e altos valores zootécnicos. 
Controle veterinário permanente. 
Controle de saúde do pessoal. 
Distribuição p/ consumo até 12 h após 
ordenha. 
Leite tipo B: Leite de boa qualidade 
microbiana, produzido no estábulo 
leiteiro. Sob inspeção veterinária 
permanente. Ordenha mecânica. 
Consumo: 3-4 dias após pasteurização 
Transporte refrigerado a 10o C até usina, 
9h após ordenha para pasteurização. 
Distribuição para consumo até 24h após 
chegada a usina. 
Leite tipo C: De maior utilização p/ 
consumo, produzido nas fazendas 
leiteiras. Sob inspeção veterinária 
periódica. Ordenha manual no estábulo. 
Transporte para pasteurização. Teor de 
gordura padronizado a 3%. Raças 
mistas. Duração média: 48h após 
pasteurização. 
 
 
Análise de Alimentos e Interpretação de 
Resultados 
Objetivos da Análise de 
Alimentos 
Determinar um componente específico 
ou vários componentes (ex. composição 
centesimal). 
Etapas da Análise Quantitativa 
Amostragem: Conjunto de operações das 
quais se obtém uma amostra 
representativa do produto a ser 
analisado. Amostra representativa – 
quantidade pequena para fins de 
laboratório que represente todo o 
conjunto da amostra. (homogênea). 
Medida de uma quantidade de amostra: 
A quantidade de amostra deve ser 
conhecida. 
Sistema de processamento da amostra: 
Tratamento da amostra para análise- 
moagem ou trituração de sólidos, 
filtração de partículas sólidas em líquidos 
eliminação de gases. 
Reações químicas ou mudanças físicas: 
Fazem parte da preparação do extrato 
para análise. Extração com água, 
solvente, produtos químicos. 
Separações: Eliminação de substâncias 
interferentes. Maneiras de eliminar uma 
substância interferente: transformação 
em uma substância inócua (oxidação, 
redução, complexação) e isolamento 
físico (extração com solventes). 
Medidas: Quantificação do componente 
desejado no extrato. 
Processamento de dados e avaliação 
estatística: O resultado da análise é 
expresso de maneira apropriada com 
indicação do seu grau de incerteza 
(média, desvio padrão e coeficiente de 
variação). 
Amostragem e coleta de 
amostras 
Amostra: Uma porção limitada do 
material tomada do conjunto – o 
universo na terminologia estatística – 
selecionada de maneira a possuir as 
características essenciais do conjunto. 
Amostragem: Conjunto de etapas 
operacionais específicas que procuram 
assegurar que a amostra seja 
representativa. O processo de 
amostragem tem 2 etapas principais: 
1) coleta da amostra bruta: coleta de 
porções do lote ou lotes do material. 
2) preparação da amostra de 
laboratório: redução da amostra bruta 
para um tamanho adequado ao trabalho 
de laboratório. 
Alimentos Secos 
Pó ou granulares. 
Redução Manual ou por Equipamentos: 
- Manual: Quarteamento 
- Equipamentos: Amostrador tipo Riffle; 
Amostrador tipo Boerner. 
Alimentos Líquidos 
Misturar bem o líquido no recipiente por 
agitação, inversão e por repetidas trocas 
de recipientes. Retirar as porções de 
líquido de diferentes partes do 
recipiente: do findo, do meio, de cima; 
misturando as porções no final. 
Alimentos semi-sólidos 
 As amostras devem ser raladas e depois 
pode ser utilizado o quarteamento como 
no caso de amostras em pó e granulares. 
Exemplos: queijos duros, chocolates. 
Alimentos úmidos 
A amostra deve ser picada ou moída e 
misturada. Sofrer quarteamento (se 
necessário). Estocagem sob refrigeração. 
Exemplos: carnes, peixes e vegetais. 
Alimentos semiviscosos, pastosos 
e contendo sólidos 
As amostras devem ser picadas em 
liquidificador e misturadas. Deve-se 
tomar cuidado com os molhos de salada 
(emulsões) que podem ser separados em 
duas fases no liquidificador. Exemplos: 
pudins, molhos, mel. 
Alimentos com emulsão 
Amostras devem ser aquecidas a 35° C 
num frasco com tampa e depois agitado 
para homogeneização. Exemplos: 
manteigas e margarinas. 
Frutas 
Frutas grandes devem ser cortadas ao 
meio no sentido longitudinal e 
transversal. 2 Partes opostas são 
descartadas e 2 partes devem ser juntadas 
e homogeneizadas em liquidificador. 
Frutas pequenas inteira. 
Preparo da Amostra para 
Análise 
Depende da natureza da amostra e do 
método analítico. Para extração de um 
componente muitas vezes é necessário 
preparação prévia a fim de conseguir a 
extração eficiente do componente em 
estudo. 
Preservação da Amostra 
Ideal é analisar a amostra fresca o mais 
rápido possível, mas nem sempre isto é 
possível. Métodos de preservação da 
amostra. 
Fatores a serem considerados na 
Amostragem 
Alimentos têm variação na composição. 
Alimentos frescos de origem vegetal têm 
composição mais variada que alimentos 
frescos de origem animal. Frutas e 
vegetais da mesma variedade podem ter 
composições diferentes ou a composição 
pode variar após colheita. 
Origem Vegetal: Constituição genética. 
Condições de crescimento- solo, clima, 
irrigação, fertilização, temperatura. 
Estádio de maturação. Estocagem- tempo 
e condições. Parte do alimento- casca ou 
polpa. 
Origem Animal: Conteúdo de gordura, 
parte do animal, alimentação do animal, 
idade do animal e raça.

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