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MEDICINA NUCLEAR E IMAGENOLOGIA BIOMEDICINA Prof. Carlos Antônio de Gouveia HISTÓRIA • 8 de Novembro de 1895 - Descoberta dos raios X. • Antoine Henri Becquerel, em 1896 - Descobre a Radioatividade. • Marie Curie e Pierre Curie, em 1898 - Sódium e o Rádium • George Hevesy em 1913 - Administrou substâncias radioativas em plantas, observando sua absorção. Utilizou o Chumbo (Pb) radioativo. Recebeu o Prêmio Nobel em 1943. • 1927, Herrmann L.Blungart e Soma Weiss - Administraram Radônio em um braço até a região de interesse, observando a velocidade do fluxo sanguíneo. Utilizando um Contador Geiguer Muller. • Em 1932, Ernest O. Lawrence e M. Stanley Livingstone produziram o Cícloton. • II Guerra Mundial - Produção de Reatores Nucleares. • 1946 - Oak Ridge (EUA) • 1947 - Harwell (Reino Unido) • 1951, Benedict Cassen produz o primeiro equipamento uma imagem em Medicina Nuclear, denominado “Mapeador Linear”. 1958 , Hal Anger • Câmara de Cintilação ( Gama Câmara ) • Principal equipamento da Medicina Nuclear 1970 - SPECT, PET • SPECT PET 1998, PET-CT • Fusão da MN e TC. 2011, PET-RM • MN + RM Brasil • 1949 - 1º Laboratório de Isótopos da América Latina. • 1954 - 1º Clínica de Medicina Nuclear, Centro de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas de SP Futuro • PET-CT-RM LEI No 6.684, DE 3 DE SETEMBRO DE 1979 Regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências. Da Profissão de Biomédico Art. 3º O exercício da profissão de Biomédico é privativo dos portadores de diploma: I - devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente reconhecido de Ciências Biológicas, modalidade médica; II - emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado no inciso anterior. Art. 4º Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos. Art. 5º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biomédico poderá: I - realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente; II - realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação; III - atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado; IV - planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade profissional. • O QUE É A MEDICINA NUCLEAR ? • Objetivo • Fonte não selada • Terapia / Diagnóstico • Diferença do Rx / MN • Quem é o paciente? ÓRGÃOS QUE REGULAMENTAM • ANVISA - Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária • CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear MEDICINA NUCLEAR CLÁSSICA E IMAGEM MOLECULAR • CLÁSSICA: Gama Câmara, SPECT, SPECT - CT Fóton único • IMAGEM MOLECULAR: PET (Dedicado), PET-CT, PET-RM Fóton duplo Exames (cintilografia) • Esqueleto. • Tireóide. • Miocárdio. • Renal. • Sistema respiratório. • Esvaziamento gástrico, dentre outras. SPECT / GAMA CÂMARA CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino, 82 anos, portadora de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doença do refluxo gastroesofágico, estenose mitral grave e hipertensão pulmonar devido a episódios tromboembólicos de repetição. Queixa-se de dor retroesternal, em queimação, no período noturno há aproximadamente um mês. Procurou atendimento médico, sendo realizada endoscopia digestiva (esofagite leve, sem maiores alterações), teste ergométrico de esforço e cintilografia de perfusão miocárdica de estresse farmacológico / repouso. Dois dias após desenvolveu quadro de edema agudo de pulmão e foi submetida a cineangiocoronariografia. A análise das imagens da cintilografia de perfusão miocárdica de estresse/ repouso e do estudo cineangiocoronariográfico permite afirmar que o quadro é compatível com: a) Isquemia miocárdica transitória em parede ínfero-lateral do VE devido à obstrução do ramo marginal da artéria circunflexa (ramo da coronária esquerda) b) Isquemia miocárdica transitória em parede anterior do VE devido à obstrução da coronária direita (CD) c) Isquemia miocárdica transitória em parede septal do VE devido à obstrução da circunflexa (CX) d) Padrão dentro dos limites da normalidade “Na vida, não existe nada a temer, mas a entender.” “Seja menos curioso sobre as pessoas e mais curioso sobre as ideias.” INSTRUMENTAÇÃO • Imagem por MN. • Radioisótopo. • Equipamento. GAMA CÂMARA PLANAR SPECT SPECT - CT PET PET - CT PEM PET - RM PET - CT - RM RADIOFARMÁCIA Imagenologia - Medicina Nuclear RADIOISÓTOPOS • Elementos radioativos produzidos e administrados aos pacientes. • * Não podem causar reação no paciente, salvo quando é o objetivo do exame. • Radiofarmácia - preparação dos radioisótopos. PRODUÇÃO • Reator Nuclear • Cicloton • Sistema Gerador REATOR NUCLEAR • Fissão nuclear do átomo de Urânio em átomos de menor massa. • Transformações que geram mudança no núcleo atômico. • Produtos ricos em nêutrons. • Radioisótopos livres de carregador. • Há controle do material produzido. (Gerenciamento de rejeitos) CÍCLOTON • Acelerador eletromagnético. • Transmutação e desintegração de átomos. • Fonte de partícula carregadas (prótons). • Produtos pobres em nêutrons. • Livres de carregador, não há contaminação. • Flúor 18 ( pósitrons) Brasil. • Pesquisa: Gálio 68, Oxigênio, Nitrogênio, Carbono. SISTEMA GERADOR • Decaimento, radioisótopo pai para um radioisótopo filho de menor meia vida. • Eluição, produz um novo elemento radioativo. • Vantagem, consegue produzir o próprio elemento radioativo. • Possui fonte interna de Molibdênio (produzida no Reator Nuclear). • Produz-se um novo elemento, o Tecnécio (+ utilizado em Medicina Nuclear) TECNÉCIO • Estado de oxidação +7, não se liga ao substrato. • Obriga-se a diminuir o estado de oxidação para +3 ou +5. • Utiliza-se o Cloreto Estanoso (SnCl2). DISTRIBUIÇÃO • Afinidade. • Tamanho molecular. • Capacidade de não ser absorvido. CURIÔMETRO • Calibrador de dose. • Realiza 10 medições e tira a média. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • Intratecal • Intradérmica • Intravenosa • Inalatória • Intraoral RADIOPROTEÇÃO PROTOCOLO DE EXAMES • Exame • Radioisótopo • Fármaco • Via de administração • Atividade • Tipo de aquisição • Posicionamento • Taxa de contagens Medicina Nuclear PET e SPECT: Princípios e Aplicações SPECT – tomografia computadorizada por emissão de fóton único SPECT - Single photon emission computed tomography Tomografia computadorizada por emissão de fóton único É uma técnica tomográfica de imagem médica que combina efeitos da medicina nuclear com a tomografia computadorizada. Definições e histórico Nesta técnica, um radiofármaco emissor de radiação gama é administrado no paciente, que passa a conter a fonte de irradiação interna ao seu corpo. O paciente é alojado em uma câmera gama para detecção da radiação e formação das imagens. Aspectos gerais Corte Transversal - SPECT Radiofarmácia RADIOISÓTOPOS: substâncias que emitem radiação, utilizados no seu estado livre (não marcado) para a obtenção de imagens. Os mais usados : Tc99m, I¹³¹ (Iodo) , Tl201 (Tálio), Ga67 Os mais usados : Tc99m, I¹³¹ (Iodo) , Tl201 (Tálio), Ga67 (Gálio), Sm153 (Samário) . RADIOFÁRMACOS: Quando se adiciona substâncias (fármacos) aos radioisótopos. Apresentam afinidades químicas por determinados órgãos do corpo e são utilizados para transportar a substância radioativa para o órgão a ser estudado. Radiofármacos Radiofármacos Gerador de Tecnécio – 99m:Componentes da câmara gama • Colimador – permite que os raios gama viagem numa certa direção e atinjam o detector; • Cristal – receptor da radiação; • Fotomultiplicadores – multiplicam o sinal produzido pela luz incidente; Colimador Fotomultiplicadores Cristais Raios gama Formação da imagem • Gama câmara é rotacionada em volta do paciente, capturando múltiplas imagens bidimensionais (2D); • A radiação é captada em pontos definidos durante a rotação (normalmente a cada 3-6 graus);(normalmente a cada 3-6 graus); • Tempo de captação é variável (15 a 20 segundos); • Tempo total exame entre 15 a 20 minutos. • Máquinas mais modernas,possuem mais de uma cabeça, captam maior área de radiação simultaneamente; • A imagens podem ser preto e branco ou coloridas; Formação da Imagem • O sinal ampliado pelos fotomultiplicadores é enviado a um circuito de posicionamento; • Quando a energia chega a esse circuito, ele envia a informação ao computador da posição dela nos eixos X e Y; • Esse posicionamento (X e Y) indicará a tonalidade do pixel para formação final da imagem. Resolução da imagem • A resolução pode ser de 64x64 pixels ou 128x128 pixels; • A resolução da imagem depende : Energia; Espessura do cristal; Eficiência de coleta; Distância; Diâmetro dos furos do colimador. Aplicações na medicina É amplamente usado na medicina pois, possibilita a visualização da funcionalidade de todos os sistemas do corpo. Entre eles: • Perfusão de miocárdio; • Cintilografia óssea; • Cintilografia de ventilação e de perfusão; • Perfusão cerebral. Myocardial perfusion SPECT FBP Flash 3D 2D Iterative Bone SPECT comparison FBP Flash 3D 2D - OSEM e.cam 3/8” Hx: 36-year-old female. Indication staging for osteosarcoma Imagem SPECT PET/CT – Tomografia por emissão de pósitron/Tomografia computadorizada PET- Positron Emitted Tomography Tomografia por emissão de pósitron É uma técnica tomográfica de imagem médica que combina efeitos da medicina nuclear com a tomografia. Definições e histórico Nesta técnica, um radiofármaco com partículas beta+ é administrado no paciente. As partículas beta+ reagem com elétrons em sítios específicos do organismo do paciente. Essa reação leva à formação de fótons gêmeos, antiparalelos e com energia de 511 KeV. História • Foi desenvolvido por Edward Hoffman e Michael E. Phelps em 1973, Universidade de Washington-EUA; • Atualmente é utilizado a combinação PET/TC; • É um método que informa acerca do estado funcional dos órgãos. Câmara de cintilação • na parte frontal, acomoda um tomógrafo computadorizado (CT) • na parte traseira, acopla o PET. Detectores • PET é constituído por 18.400 cristais BGO, os quais detectam duas lesões a uma distância de 4,5 mm; • CT – uma tomografia que consegue fazer uma varredura do corpo todo do paciente em menos de 2 minutos, permitindo cortes com espessura mínima de 1 mm. Cristal BGO Formação da imagem A imagem é formada pela emissão dos pósitrons pelos radionúcleos fixados nos órgãos do paciente; O computador reconstróiO computador reconstrói os locais de emissão de pósitrons a partir das energias e direções de cada par de raios gamas; Gerando imagens tridimensionais (3D). Gerando imagens tridimensionais. Imagem 3D do corpo inteiro obtida através do exame PET Radionuclídeos • Flúor-18 (FDG- fluorodeoxiglicose) análogo da glicose – Utilizado para estudar o metabolismo dos órgão e tecidos (meia-vida 2 horas); • Nitrogênio-13 – Utilizado para estudar perfusão sanguínea de um órgão. • Oxigênio-15 – Utilizado nos estudos do cérebro;• Oxigênio-15 – Utilizado nos estudos do cérebro; • Rubídio 82 – Utilizado em estudos de perfusão cardíacos. É necessário um cíclotron para produzir continuamente o Flúor-18, que possui uma meia vida de 2h. PET no Brasil No Brasil funcionam cíclotrons: • Comissão Nacional de Energia Nuclear ( no IPEN-SP); • Instituto de Engenharia Nuclear (IEN-RJ). PET no Brasil • Em 1998, foi introduzida 1ª câmara de PET/SPECT no Serviço de Radioisótopos do Instituto do Coração (Incor) do HC-FMUSP. • Em 2004 PET/CT Aplicações do exame PET • PET oncológico – detecta células com alto consumo de glicose; • PET do cérebro – avalia perfusão sanguínea e • PET do cérebro – avalia perfusão sanguínea e atividade de diferentes regiões do cérebro; • PET cardíaco – usadas para detectar áreas isquêmicas e fibrosadas. PET Cardíaco • Cintilografia Perfusão Repouso/Estresse; • Ventriculografia Radionuclídica de Equilíbrio; • Pesquisa de necrose miocárdica recente;• Pesquisa de necrose miocárdica recente; • Pesquisa de miocardite; • Estudo de inervação miocárdica. Cintilografia de Perfusão Repouso/Estresse Anger camera �Hal O. Anger invented the scintillation camera in 1958 �Established basic design: – NaI(Tl) crystal – PMT array – Position weighted signals Hal O. Anger Scintillation camera components • Detector � NaI(Tl) crystal � Photomultiplier tube (PMT) array Collimator � Low energy � Medium energy � Photomultiplier tube (PMT) array � Analog-to-digital converters (ADCs) � High energy � Axial shields (coincidence imaging) � Pinhole Overview PULSE HEIGHT ANALYZER POSITION SIGNALS ENERGY SIGNAL X Y Z. . . . . . . Image Display COLLIMATOR NaI(Tl) Crystal PMT ARRAY Scintillation camera components • Computer(s) � Acquisition � Processing Patient Table � Pallet � Accessories � Processing � Acquisition & processing � Physicians viewing Nal(TI) Scintillator �Sensitive material for gamma ray detection �Large rectangular (40 x 50 cm), thin (9.5 mm) crystal* �Converts gamma ray energy into visible Nal(TI) Crystal • Advantages � 85% sensitivity @ 140 keV � Moderate energy resolution Disadvantages � Hygroscopic (requires hermetic seal) � Limiting component in count rate � Moderate energy resolution • (9-10% @ 140 keV) � Moderate cost � Limiting component in count rate performance (200 nSec scintillation decay time) PMT array PMT Cross SectionsPMTs are arranged in a close-packed array to cover the crystal surface Side View Circular FOV 3" PMTs 2" PMTs 30 x 40 cm 28 60 40 x 55 cm 55 120 Hexangonal Square Analog position electronics Position Signal (x or y) Normalized Position Position-based Signal Weights Weighted Sum Total Sum (x or y) Energy Signal (Z) Normalization Position Signal (x or y) X/Z Y/Z Pulse Height Analyzer POSITION SIGNALS ENERGY SIGNAL PULSE HEIGHT ANALYZER X Y Z . . . . . . . X Image Display COLLIMATOR NaI(Tl) Crystal PMT ARRAY 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Y Collimation �Purpose: To project gamma ray distribution onto the detector �Basic design�Basic design �Distance performance �Spatial resolution vs. count sensitivity Collimator design 25 mm Collimators are fabricated from lead. Image forming aperture of the scintillation camera. Limiting component in spatial resolution & count sensitivity. 1.2 mm Gamma rays that hit the septa are absorbed. Collimator performance Count sensitivity � ~ 1/5,000 gamma rays are transmitted � Requires short holes with large diameters � Inverse relationship with resolution Spatial resolution � 6 - 12 mm FWHM @ 10 cm � Requires long holes with small diameters � Distance dependent Spatial resolution Dependence on source to collimator distance 5 cm5 cm 10 cm 15 cm 20 cm 25 cm 30 cm Energy correction � Corrects for the difference in energy responses within and between PMTs � Digitize local spectra (e.g. @ 64 x 64 locations) � Set local photopeak windows � Event must fall within local window Before energy correction After energycorrection Linearity correction Event location is estimated as x’,y’ New location x = x’ + Dx’ y = y’ + Dy’ � Image a known rectangular hole pattern � Calculate x & y correction offsets � Interpolate values over entire field Before linearity correction After linearity correction Linearity correction Correcting the mispositioning of events (spatial linearity) has a profound effect on field uniformity. Before correction After correction Uniformity correction After energy and linearity corrections are performed, residual non- uniformities are corrected using a reference flood image. The high count reference flood image is used to regionally weight events. Energy & linearity correction Energy, linearity & uniformity correction Scintillation camera performance specifications �Field uniformity (2% - 4%) � Intrinsic spatial resolution (3.5-5.5 mm) �System spatial resolution at 10 cm (8-12 mm) �Energy resolution (9-10%)�Energy resolution (9-10%) �Multi-energy window spatial registration (< 2 mm) Medicina Nuclear - Biomedicina.pdf RADIOFARMÁCIA cópia de Aula_PET_SPECT
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