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APG Tuberculose

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Manoel Almendra 
 
 
 
 
 
 ETIOLOGIA 
A Tuberculose é uma doença infecciosa causada 
por bactérias aeróbias, chamadas 
Mycobacteria tuberculosis. Os humanos são o 
único reservatório dessa bactéria. O local 
primário da infecção são os pulmões, embora 
qualquer outro órgão possa ser infectado. A 
transmissão se dá pela inalação de gotículas de 
secreção de um indivíduo infectado. A TB se 
difere da pneumonia por diversos motivos, como 
a patogênese, o modo de transmissão, o local 
da infecção, a manifestação clínica e a 
cronicidade. (BRAUN e ANDERSON, 2009) 
 CLASSIFICAÇÕES: 
A tuberculose pode apresentar diferentes 
formas de evolução, como a tuberculose 
progressiva da infância – na qual pode se 
apresentar como pneumonia caseosa ou 
tuberculose miliar-, ou tuberculose de 
reinfecção, secundária ou do adulto – na qual 
apresenta 4 formas, a apical, a cavernosa 
(forma necrosante), a ácido-nodosa (padrão 
broncopneumônico) e a miliar (forma 
hematogênica). (BOGLIOLO, 2011) 
 FATORES DE RISCO: 
Alguns fatores podem influenciar a infecção por 
tuberculose, como fatores do hospedeiro 
(imunossupressão, abuso de substâncias, 
estado nutricional, doenças sistêmicas, idade e 
sexo) e fatores sociais e ambientais (contatos 
domésticos, nascimento em áreas endêmicas de 
TB, ambientes comunitários, status 
socioeconômicos...) (HORSBURGH, 2021) 
 
 FISIOPATOLOGIA: 
Quando há a inalação de gotículas de secreção 
infectadas por M. tuberculosis, os macrófagos 
presentes nos alvéolos ingerem a bactéria, mas 
são incapazes de destruí-la, dessa forma, os 
bacilos começas a se proliferar dentro dos 
macrófagos. À medida que isso ocorre, as 
bactérias são apresentadas aos linfócitos T, que 
leva à ativação de repostas inflamatórias e 
imunes gerando, assim, 1) Contenção por meio 
da eficácia da resposta celular imune (TB 
primária assintomática); 2) Multiplicação e 
desenvolvimento de doença agressiva e 
sintomática (TB progressiva primária); 3) 
Dormência com multiplicação futura ou 
reinfecção (TB secundária). 
A destruição e/ou contenção da TB está 
diretamente relacionada à eficiência da 
resposta imune do hospedeiro (produção de 
enzimas líticas por macrófagos sensibilizados e 
pelo desenvolvimento de linfócitos T ativados). 
Os bacilos crescem de forma lenta e gradual, 
resistindo, assim, à destruição, além de não 
produzirem toxinas, mas provocam danos aos 
pulmões e aos outros tecidos devido à reação de 
hipersensibilidade. 
A contenção e posterior destruição dos bacilos 
é devido à resposta inflamatória granulomatosa 
que leva à formação de granulomas – chamados 
de foco de Ghon – os quais são considerados a 
lesão primária do pulmão. Quando há um grande 
número de bacilos, pode-se se desenvolver uma 
área de necrose no centro do granuloma, 
denominada necrose caseosa. 
Manoel Almendra 
 
 
 
 
Quando o agente etiológico, presente no foco 
de Ghon, é drenado para os linfonodos, forma-
se novos granulomas, dessa vez, dentro dos 
canais linfáticos, assim, há o que chamamos de 
Complexo de Ghon – foco de Ghon + granulomas 
nos vasos linfáticos. (BRAUN e ANDERSON, 2009) 
 
 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
1) TB primária – a maioria dos indivíduos são 
assintomáticos. 
2) TB progressiva primária – mal-estar, perda 
de peso, fadiga, anorexia, febre baixa e 
possível sudorese noturna, tosse produtiva 
grave, crônica com hemoptise. 
3) TB secundária – tosse, perda de peso, 
fadiga, febre e suor noturnos, dor torácica, 
anorexia, dores de cabeça e mudança de 
estado mental, as quais podem progredir 
para coma. 
 DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico da tuberculose é feito por meio da 
apresentação clínica, dos exames laboratoriais e 
de imagens e do teste de cultura do catarro. 
A reação de hipersensibilidade mediada por 
células é uma característica-chave para o 
diagnóstico de TB. A presença de M. tuberculosis, 
é determinada pelo teste de tuberculina. 
A radiografia de tórax costuma mostrar 
infiltrações irregulares com nódulos ou efusão 
pleural. Na infecção avançada, pode-se observar 
a presença de cavitação, em alguns casos pode-
se observar calcificação – quando a doença é 
“antiga”. 
O teste de ampliação do DNA da bactéria 
presente no catarro nos permite o diagnóstico 
de TB em 24h, o que é uma vantagem, visto que 
o teste de cultura do catarro leva uma semana 
ou mais para dar o diagnóstico. 
 TRATAMENTO: 
 
Manoel Almendra 
 
 
 REFERÊNCIAS: 
1) HORSBURGH, C. R., Epidemiology of tuberculosis. UpToDate. 2021. 
2) POZNIAK, A., Clinical manifestations and complications of pulmonary tuberculosis. 
UpToDat. 2021 
3) BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9ª edição. Editora Guanabara Koogan 
S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2016 
4) Fisiopatologia: alterações funcionais na saúde humana / Carie A. Braun, Cindy M. 
Anderson; tradução Anapaula Sommer Vianegre ... [et al.] – Porto Alegre : ArtMed, 
2009.

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