Radiação Solar

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“Radiação solar – Riscos e Benefícios” 
 
 
 
Dra Carmem Adilia Simões da Fonseca 
 
 
 
 
Objetivo: Fornecer informações claras, com embasamento científico, sobre os efeitos, riscos e 
benefícios da radiação solar. E orientar sobre as corretas medidas de fotoproteção. 
 
 
 
Conteúdo: 
- Radiação solar e radiação ultravioleta. 
- Camada de ozônio. 
- O UV e a pele. 
- O Índice Ultravioleta (IUV). 
- Efeitos biológicos e as qualidades da radiação ultravioleta. 
- Bronzeamento artificial e auto-bronzeamento. 
- Filtros solares. 
- Dicas, verdades e mitos. 
 
 
 
 
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“Radiação solar – Riscos e Benefícios” 
 
 
Radiação solar 
O sol emite várias radiações eletromagnéticas, dentre as radiações 
denominadas de não ionizantes, ou seja, radiações que não são capazes de arrancar elétrons 
dos átomos do corpo humano, estão: o infravermelho, a luz visível e o ultravioleta. 
 
 
 
Radiação ultravioleta 
 
 A radiação ultravioleta (UV) é dividida em três tipos: UVA (com comprimento de 
onda de 320 a 400 nm), UVB (290 a 320 nm) e UVC ou UV germicida (200 a 290 nm). 
Contudo, devido à camada de ozônio, somente os raios UVA e o UVB atingem a superfície da 
Terra. 
 
Os raios UVA possuem intensidade constante durante todo o ano e a sua intensidade não varia 
muito ao longo do dia. Durante o verão , a incidência dos raios UVB aumenta 
significativamente, especialmente nos horários entre 10 e 16 horas, quando a intensidade dos 
raios atinge seu máximo. Isto porque, neste horário, o percurso dos raios solares na atmosfera 
é menor, significando uma menor absorção de UVB pela camada de ozônio. 
 
 
 
Camada de Ozônio 
A atmosfera absorve seletivamente o UV incidente e é formada pela troposfera 
e pela estratosfera. A troposfera é a região mais baixa da atmosfera, e se estende da superfície 
até aproximadamente 10 a 15 km, dependendo da latitude, contendo de 80-85% da massa total 
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da atmosfera. A estratosfera inicia no limite superior da troposfera e estende-se até 
aproximadamente 50 km, nesta região encontra-se a camada de ozônio. 
A camada de ozônio absorve a radiação solar com comprimento de onda entre 200-
300 nm, protegendo a superfície da Terra. Os raios UVA atingem a superfície da Terra com 
maior predominância, porém esta radiação apresenta menor eficiência de provocar o eritema 
(vermelhidão da pele) quando comparada ao UVB. 
 A exposição à radiação UV depende de vários fatores, tais como: vestimenta, estilo de 
vida, profissão , idade, tipo racial, hora do dia, estação do ano, poluentes do ar e 
geografia. Existe uma maior exposição ao UV com latitudes decrescentes e nos locais de 
maior altitude. A diminuição da camada de ozônio também aumentará a exposição humana ao 
UV, segundo a Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana, a cada redução de 1% do 
ozônio estratosférico, haverá um aumento de 2% de radiação UVB atingindo a superfície 
terrestre, o que acarretará um aumento de novos casos de câncer de pele por ano. Na última 
década, principalmente através de medidas feitas por satélite, foi constatada uma redução 
(buraco) na camada de ozônio sobre o Oceano Antártico, devido a ação destrutiva dos 
compostos à base de clorofluorcarbono (CFC). O CFC é uma substância química utilizada em 
refrigeradores e em vários produtos comerciais, tais como aerossóis e refrigerantes. 
 As manchas solares colaboram para a manutenção da camada de ozônio, pois 
aumentam a concentração de ozônio na estratosfera, diminuindo a quantidade de UVB na 
superfície da Terra. Quando estas manchas solares estão inativas ocorre uma diminuição na 
concentração de ozônio, o que favorece uma maior chegada de UVB à superfície terrestre. 
 
 
 
O UV e a pele 
 
 A pele é o órgão que reveste o corpo, corresponde a 16% do peso corporal e exerce 
diversas funções, principalmente: regulação térmica, defesa orgânica e funções sensoriais 
(calor, frio, pressão, dor e tato). A pele é imprescindível a vida, sem ela, a sobrevivência seria 
impossível. 
 A pele é formada por 03 camadas: epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a 
camada mais externa da pele, sendo constituída de células denominadas de queratinócitos, 
melanócitos e Langerhans (células de defesa). Os melanócitos são responsáveis por 
produzirem a melanina, pigmento que dá cor à pele. A epiderme dá origem aos anexos 
cutâneos (unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas). 
 A derme, localizada entre a epiderme e a hipoderme, é responsável pela resistência e 
elasticidade da pele, sendo constituída principalmente por tecido conjuntivo, vasos sangüíneos 
e linfáticos, nervos e terminações nervosas. A hipoderme ou tecido subcutâneo, camada mais 
profunda da pele, é composta pelo tecido conjuntivo e pelos adipócitos (células de gordura). 
 
 
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 A radiação ultravioleta que atinge a Terra (UVA e UVB) pode penetrar na pele até a 
derme, pode provocar modificações nos queratinócitos e melanócitos, o que acarretará 
diversos efeitos biológicos. O UVB pode diminuir a resposta imunológica devido à 
capacidade de promover alterações funcionais nas células de defesa presentes na pele. 
 
 
 
Índice Ultravioleta (IUV) 
 
 Agora, além de você poder informações sobre a previsão da meteorologia para o clima 
na sua cidade, você pode saber qual o risco diário de queimadura solar. 
O índice ultravioleta (IUV) é calculado pelo Laboratório de Estudos em Poluição 
Atmosférico do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ), em cooperação com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), como parte do 
Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele. 
 O IUV é um número que fornece uma previsão diária da quantidade de radiação UV 
recebida pela superfície da Terra e indica o risco esperado da exposição exagerada ao sol, no 
horário das 12:00 local (horário de máxima insolação), considerando o céu claro e sem nuvens 
ou névoas. 
Diariamente e para cada localidade, serão divulgados os tempos máximos de 
exposição ao sol, a partir do qual a pele poderá apresentar a queimadura solar. Os tempos 
máximos de exposição variam de acordo com o fototipo da pele, baseados na capacidade dos 
indivíduos de se bronzear (produzir melanina) ou de se queimar (formar eritema e 
queimaduras). 
 
 
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Fototipo de pele 
 
Conseqüências 
Dose mínima 
eritematogênica 
(HJ/m2) 
I Pele clara, olhos azuis, 
sardentos 
Sempre se queimam e nunca se 
bronzeiam 
2,0-3,0 
II Pela clara, olhos azuis ou 
verdes ou castanhos claros, 
cabelos claros ou ruivos 
Sempre se queimam e, às vezes, 
se bronzeiam 
2,5-3,5 
III A media das pessoas 
brancas normais 
Queimam-se moderadamente, 
bronzeiam-se gradual e 
uniformemente 
3,0-5,0 
IV Pele clara ou morena clara, 
olhos escuros, cabelos 
castanhos escuros 
Queimam-se muito pouco e 
bronzeiam-se bastante 
4,5-6,0 
V Pessoas morenas Raramente se queimam e 
bronzeiam-se muito 
6,0-10,0 
VI Pessoas negras Nunca se queimam, 
profundamente pigmentados 
10,0-12,0 
A hora de máxima intensidade solar está condicionada ao fuso horário de cada localidade. O IUV corresponde ao 
horário do meio-dia verdadeiro (hora de máxima intensidade solar), sendo expresso em HectoJoules por metro 
quadrado (HJ/m2). 
 
 Entenda como funciona. Veja um exemplo: uma pessoa com fototipo I, em um dia de 
IUV = 6, poderia iniciar a queimadura solar após 15 minutos de exposição ao sol entre 10 e 
15 horas, enquanto que para uma pessoa com fototipo V levaria em torno de 48 minutos. Vale 
a pena ressaltar que as pessoas de pele clara, em dias com IUV entre 7 e 10, devem 
permanecer na sombra de uma barraca usando protetores solares e com índice superior a 11 
devem evitar ir à praia. 
 
 
 
Efeitos biológicos da radiação ultravioleta 
Ao atingir a nossa pele, os raios UV desencadeiam reações imediatas como as 
queimaduras e o bronzeamento. Provocam também reações tardias, devido ao efeito 
acumulativo durante toda a vida, causando envelhecimento cutâneo precoce e predispondo ao 
câncerde pele. Cerca de 75% da exposição solar acumulada durante a vida ocorre dos 0-20 
anos de idade, sendo muito importante a proteção solar nesta faixa etária. 
 
 O bronzeado ou melanogênese é o aumento de melanina induzida pela exposição ao 
UV. A melanina é um fotoprotetor natural, que absorve o UV e evita que este alcance o DNA 
das células; contudo este aumento de pigmentação não protege contra o eritema. 
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O bronzeamento é gradativo e deve ser obtido em exposições curtas, nos horários corretos e 
com as devidas proteções. Vale ressaltar que o bronzeado, apesar de bonito, é na verdade uma 
proteção da pele contra a agressão dos raios UV. 
 O eritema é inicialmente a vermelhidão da pele devido a vasodilatação dos vasos 
sangüíneos presentes na derme. Dependendo da intensidade de UV, este pode evoluir para a 
queimadura solar. Inicialmente, esta se expressa com o aparecimento de flictemas (bolhas). 
Devemos lembrar que o eritema pode ser classificado em imediato (quando aparece nas 
primeiras 6-12 h após a exposição solar) e tardio (ocorre após 24 h). 
 O fotoenvelhecimento da pele se caracteriza pela perda de elasticidade, manchas 
escuras ou claras, rugas finas e profundas, decorrente do progressivo aumento da espessura da 
epiderme. A pele pode se apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. O UVA é o 
principal responsável pelo espessamento de pele e, conseqüentemente, pelo envelhecimento 
precoce. 
 O câncer de pele é decorrente da transformação e multiplicação desordenada das 
células da pele, entre as causas aparece como principal agente a exposição prolongada e 
repetida à radiação ultravioleta do sol, principalmente ao UVB. O câncer de pele atinge 
principalmente as pessoas de pele clara (fototipos I e II) e os tipos mais freqüentes são 
denominados de: carcinoma basocelular (mais freqüente, crescimento lento e com pouco 
potencial de malignidade), carcinoma espinocelular ou epidermóide (crescimento mais rápido 
e pode apresentar metástasse) e melanoma (tumor grave e maligno, originário dos melanócitos 
e pode aparecer em áreas não expostas ao sol). 
 A exposição inadequada do globo ocular à radiação UVA pode provocar fotofobia e, 
até mesmo, catarata. 
Algumas substâncias químicas e medicamentos podem aumentar a sensibilidade 
da pele à radiação UV, este processo é denominado de fototoxicidade e fotoalergia (quando 
ocorre o desencadeamento de uma resposta alérgica, geralmente com a presença de urticária e 
eczema). Alguns diuréticos (furosemida) e antibióticos (tetraciclinas) podem acarretar 
fototoxicidade. A fotoalergia está relacionada com alguns perfumes e inclusive com filtros 
solares a base de PABA (ácido para-amino benzóico). As frutas cítricas (limão, laranja, 
figo...) também podem acarretar reações de fotossensibilização, devido apresentarem na sua 
composição substâncias denominadas de psoralenos. Estes fotossensibilizadores podem 
acarretar manchas escuras na pele ou, até mesmo, queimaduras severas. 
 Indivíduos apresentando doenças genéticas ou metabólicas, tais como, o albinismo, a 
porfiria, a fenilcetonúria, a xeroderma pigmentosa e o lupus eritematoso apresentam uma 
maior sensibilidade à radiação ultravioleta. A luz solar pode agravar a sintomatologia em 
algumas patologias, tais como: o herpes, o pênfigo e, inclusive, a acne (espinhas). 
 
 
 
As qualidades da radiação UV 
 A exposição aos raios solares, em curtos períodos de tempo, e no horário antes das 
10 h e após as 16 h, é importante para a formação de vitamina D. Esta vitamina contribui para 
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um desenvolvimento e crescimento ósseo normal, pois está relacionada com a deposição de 
cálcio (oriundo da absorção intestinal) na matriz óssea. A deficiência de vitamina 
D pode acarretar, em crianças, o aparecimento de raquitismo (redução da calcificação dos 
ossos) e no adulto, a osteomalácia (desmineralização óssea). 
 A radiação ultravioleta, principalmente a UVA, também pode ser utilizada para 
tratamento de duas doenças dermatológicas e de etiologias ainda desconhecidas. Este 
tratamento é denominado de fotoquimioterapia (PUVA) e é utilizado para portadores de 
psoríase (se caracteriza pela intensa proliferação de queratinócitos, com formação de placas) e 
vitiligo (ausência de melanina em algumas áreas da pele). É um tratamento utilizando 
substâncias (psoraleínas) que se sensibilizam em presença de UVA, com isso ocorre a 
regressão na sintomatologia; contudo pode provocar danos ao globo ocular, queimaduras, 
reações fotoalérgicas, indução de neoplasias, etc. Este tratamento possui indicações 
específicas e deve ser acompanhado por um médico dermatologista. 
 
 
 
Bronzeamento artificial 
As câmaras de bronzeamento artificial são compostas por lâmpadas que emitem 
radiação UVA mais potente que o sol (até 10 vezes mais). O UVA é o principal responsável 
pelo envelhecimento da pele e também pode promover o câncer. 
 O motivo das pessoas que se submetem ao bronzeamento artificial não apresentarem 
intensa vermelhidão (eritema) é devido ao fato deste ser estimulado principalmente pelo 
UVB, cuja presença nas câmaras de bronzeamento é bem menor ou nula. O fato da pessoa não 
ficar “vermelha” não significa que este processo não esteja causando malefícios, males que se 
expressarão no futuro. 
 
 
 
Auto-bronzeadores 
Os auto-bronzeadores são substâncias que provocam uma reação química na pele, 
escurecendo-a; contudo não ocorre o estímulo a produção de melanina (bronzeado), e sim, o 
tingimento da camada mais externa da pele. 
 As contra-indicações destes tipos de produtos estão relacionadas com a possibilidade 
de reações alérgicas e fotossensibilizadoras. Existe também o inconveniente, em alguns casos, 
da coloração resultante não se apresentar muito natural. Geralmente, os auto-bronzeadores 
não apresentam em sua composição filtros solares, e não devem ser confundidos com 
protetores solares. 
 
 
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Filtros solares 
 São substâncias que aplicadas sobre a pele protegem a mesma contra a ação do 
UV, podem ser químicos (absorvem os raios UV) ou físicos (refletem os raios UV). 
 Todo filtro solar possui um número determinando o seu FPS (fator de proteção solar), 
que no Brasil pode variar de 2 a 60. O significado do FPS está relacionado com o tempo de 
exposição ao sol. Por exemplo: a pele quando exposta ao sol, sem nenhuma proteção, leva um 
determinado tempo para ficar vermelha (eritema); quando se usa um filtro solar com FPS 15, 
a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha. Assim, quanto maior o FPS, 
maior o tempo de absorção de UV por parte do filtro solar e menor será o número de 
reaplicações. 
 A escolha do FPS depende da pigmentação da pele e da sensibilidade de cada 
indivíduo aos raios UV, o filtro solar deve evitar que a pele fique vermelha após a exposição 
ao sol. Para pessoas de pele clara, o fator mínimo para uma proteção adequada é o FPS 15, 
aplicado uniformemente e generosamente 20-30 minutos antes da exposição ao sol e 
reaplicado a cada intervalo de 2 horas. Contudo, a determinação correta do FPS é de caráter 
individual e é recomendada orientação dermatológica, inclusive devido a diversidade de 
produtos e formulações comercializadas. 
 
 
 
Dicas para uma boa exposição ao sol 
 
• Evitar exposições prolongadas e repetidas à radiação solar. 
• Evitar se expor à radiação solar no horário entre 10 e 16 h. 
• Durante a exposição à radiação solar, evite alimentos de difícil digestão e beba 
bastante líquido . Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 
• Utilizar roupas claras, preferencialmente de algodão. 
• Utilizar bonés , viseira ou chapéus. 
• Utilizar óculos de sol, de boa qualidade (proteção contra UV). 
• Utilizar barracas de praia preferencialmente de tecido grosso, mas lembre-se que os 
raios solares refletem na areia. 
 • Utilizar corretamente o filtro solar (anti-UVA e UVB) e escolher adequadamente o 
FPS de acordo com o fototipo da pele, além de proteger os lábios e as orelhas. O filtro8
solar deve ser utilizado diariamente e não somente quando a exposição ao sol é 
excessiva. 
• Aplicar generosamente e uniformemente o filtro solar, 20 a 30 minutos antes de expor 
ao sol. 
• Evitar utilizar filtro solares contendo PABA, devido a alta possibilidade de 
provocarem alergias. Pode-se escolher produtos hipoalergênicos. 
• Os auto-bronzeadores não são protetores solares e podem apresentar substâncias 
fotossensibilizadoras. 
• Utilizar filtro solares apropriados para os cabelos, no caso das piscinas é indicado o 
uso de shampoo anti-cloro, principalmente para cabelos louros. 
 
• Ter cuidado ao manipular frutas cítricas e o uso de perfumes e cosméticos, 
pois podem acarretar reações de fotossensibilização. 
• Em dias nublados , os raios ultravioletas estão atingindo a Terra; ou seja, o 
mormaço também queima. 
 
• Lembre-se que os raios solares refratam na água, podendo atingir você enquanto está 
nadando. 
 • Lembre-se que a neve reflete bastante os raios solares. 
• Pessoas de pele clara e ruivas exigem maiores cuidados. 
 
• A proteção das crianças é responsabilidade dos pais. 
• Observar freqüentemente sinais e manchas na pele , quando necessário 
consultar o dermatologista. É recomendada uma visita anual ao dermatologista. 
 
 
 
Dicas após a exposição ao sol 
 
• Os banhos durante o verão devem ser preferencialmente frios. 
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• O uso de sabonetes glicerinados ou hidratantes é uma boa opção. 
• Hidrate a pele com produtos a base de aloe Vera e azuleno, devido a ação calmante 
para a pele. Para o rosto, pode se utilizar compressas frias com chá de camomila. 
• Produtos contendo vitamina C são uma boa opção para serem utilizados no rosto, 
pescoço e colo, pois combatem os radicais livres e diminui o envelhecimento da pele. 
• Para os cabelos, lave-os com shampoo suave e de uso diário. Deve-se utilizar o 
condicionador somente nos fios, evitando atingir o couro cabeludo. 
• Evite ao máximo expor aos raios solares as regiões descascadas. Caso exponha estas 
áreas descascadas, proteja-as preferencialmente com bloqueadores solares (filtros 
físicos). 
• No caso de queimadura solar evite passar qualquer produto e procure imediatamente 
uma orientação médica. 
• No caso do envelhecimento cutâneo, este pode ser melhorado utilizando produtos, por 
exemplo, a base de ácido retinóico e ácido glicólico. Estes produtos devem ser 
utilizados com cautela devido aos efeitos colaterais, e somente após a avaliação da 
pele por um dermatologista. 
 
Verdades e Mitos 
 
- A pele oleosa envelhece menos? 
VERDADE. A pele oleosa sofre um pouco menos os efeitos nocivos do UV. 
 
- O uso de hidratante ou soro fisiológico evita o envelhecimento cutâneo? 
MITO. O hidratante combate apenas o ressecamento da pele. E o soro fisiológico, 
topicamente, não apresenta qualquer efeito benéfico para a pele. 
 
- A pele negra envelhece mais devagar? 
VERDADE. Como o principal responsável pelo envelhecimento é a radiação solar 
(UV) e a pele negra possui maior concentração de melanina, esta absorve mais o 
UV e assim, envelhece mais demoradamente. 
 
- Pessoas de pele escura não apresentam câncer de pele induzido pelo sol? 
MITO. Apesar das pessoas de pele escura terem maior proteção contra o UV, 
podem apresentar câncer de pele fotoinduzido numa incidência bastante reduzida. 
 
- Acima do FPS 15 todos os filtros solares são iguais? 
MITO. Quanto maior o FPS, maior o tempo de ação do protetor solar. 
 
- Deve-se utilizar filtro solar diariamente? 
VERDADE. Independente de se estar na praia, deve-se utilizar filtro solar quando 
nos expostos à radiação solar; inclusive reaplicando o produto caso o tempo de 
exposição seja superior a 2 horas. 
 
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- O bronzeamento artificial é nocivo? 
VERDADE. A exposição aos raios UV das câmaras de bronzeamento é danosa à 
pele, promovendo o fotoenvelhecimento e podendo induzir o aparecimento de 
câncer de pele. 
 
- Os auto-bronzeadores fazem mal à pele? 
MITO. Os cremes auto-bronzeadores podem acarretar, para algumas pessoas, 
alergia; normalmente eles conferem coloração a pele semelhante ao bronzeado. 
 
- Os raios UV emitidos por algumas lâmpadas e pela tela de computadores causam 
fotoenvelhecimento? 
MITO. A quantidade de radiação UV emitida por estas fontes é muito pequena e 
não acarretam danos à pele. 
 
- Ao meio-dia é o pior horário para se expor aos raios solares? 
VERDADE. Devido ao menor trajeto atmosférico da radiação UVB, neste horário, 
a intensidade desta radiação é máxima. Com esta maior exposição o tempo para o 
aparecimento de eritema é menor. 
 
- Nos dias nublados diminui a intensidade de UV solar? 
MITO. Mesmo nos dias nublados, o sol emite a radiação ultravioleta com mesma 
intensidade; diminui a emissão de infravermelho. 
 
- Quem reside em maiores atitudes está sujeito a uma maior exposição ao UV? 
VERDADE. Para cada 1.000 pés (aproximadamente 305 m) acima do nível do 
mar, há um aumento de 4% em exposição ao UV. 
 
- A camada de ozônio é uma barreira para os raios UV? 
VERDADE. O ozônio tem um papel fundamental na absorção da radiação UVB, 
evitando que esta radiação chegue a Terra em grandes quantidades. 
 
- O limão pode provocar queimadura na pele? 
VERDADE. O limão e demais cítricos possuem substâncias da família das 
furocumarinas que atuam como fotossensibilizadoras, podendo manchar a pele 
irreversivelmente e até, provocarem queimaduras solares. 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
 A radiação ultravioleta é emitida naturalmente pelo sol, apresentando diferentes 
características de acordo com o seu comprimento de onda. A exposição excessiva aos raios 
UV é capaz de provocar vários efeitos biológicos maléficos, contudo esta apresenta também 
aspectos positivos. Faz-se necessário, que as pessoas em geral, adquiram um maior 
conhecimento sobre este tipo de radiação, bem como as corretas medidas de proteção solar. 
 
 
 
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 Bibliografia 
 
Environmental UV Photobiology (1993) Edited by A. R. Young, L. O. Bjorn, J. Moan and W. 
Nultsch – European Society for Photobiology – Plenum Plublishing Corporation – NT. 
 
Histologia Humana (2001) A. Stevens e J. Lowe – 2nd ed. – Ed. Manole. 
 
Melanin: Its Role in Human Photoprotection (1995) Edited by L. Zeize, M. Chedekeland and 
T. Fitzpatrick – American Society of Photobiology. 
 
Radiobiologia e Fotobiologia (1997) A. C. Leitão e R. A. Gomes; apostila UFRJ. 
 
 
 
 Links 
 
http://lepa.meteoro.ufrj.br/~indiceuv Índice de UV (IUV) 
http://www.cpc.ncep.noaa.gov Climate Prediction Center 
http://www.dermatologia.net Site sobre UV e pele 
http://www.kumc.edu/POL Photobiology online 
http://octopus.furg.br/ensino/Alternativas/
 Radiobiologia/page07.htm Fotobiologia - UFRG 
http://www.sbd.org.br/uv Sociedade Brasi. de Dermatologia 
http://www.skincancer.org The Skin Câncer Foudation 
http://www.xps.org Xeroderma Pigmentosum Society 
 
 
 
 12
	 
	Radiação solar 
	Camada de Ozônio 
	O UV e a pele 
	Efeitos biológicos da radiação ultravioleta 
	As qualidades da radiação UV 
	Bronzeamento artificial 
	 
	Auto-bronzeadores 
	Filtros solares 
	Dicas para uma boa exposição ao sol 
	 
	Dicas após a exposição ao sol 
	Verdades e Mitos 
	 
	 
	Conclusão 
	 Bibliografia 
	 
	 Links