Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisioterapia na Preparação para o parto e Trabalho de Parto Preparação para o parto Os benefícios da prática física na gestação já são bem documentados. E estão associados tanto com a saúde materna, quanto fetal. Contudo, muitas grávidas ainda costumam ↓ o nível de atividade física por cansaço ou medo. Benefícios Maternos Benefícios Fetais Controle do peso ↓ da frequência cardíaca ao nascimento ↓ do estresse cardiovascular Melhor tolerância ao estresse ↓ do risco de: • Pré-eclampsia • Diabetes gestacional • Depressão pós-parto • Complicações obstétricas ↓ do percentual de gordura corporal Prevenção e ↓ de algias musculoesqueléticas e edemas Avanço na maturação neurocomportamental ao nascimento Melhora da: • Autopercepção de saúde • Imagem corporal • Autoestima O que acontece com a mAP na gravidez? ↑ relaxina Modifica os tecidos conectivos e musculatura ↑ massa corporal materna e útero gravídico ↑ tensão e pressão na mAP Comprometimento das funções do AP Essas mudanças fisiológicas provocam mudanças estruturais na mAP Provocando mudanças estruturais e funcionais que exacerbam com a progressão da gestação e consequentemente: • Diminui a capacidade contrátil da mAP • Aumenta a probabilidade de desenvolvimento de disfunções do AP (DAPs) Gestação ↑ Dimensões das áreas hiatais Provoca o deslocamento caudal do colo vesical e colo uterino O objetivo geral desses exercícios é fortalecer estrutura e função de mAP enfraquecida pelo ciclo gravídico puerperal. Isso proporciona a melhora da função de suporte e da função esfincteriana uretral, vaginal e anal. O TMAP deve ser recomendado como primeira linha para a prevenção e tratamento da IUE durante a gravidez e pós parto. Além disso, grávidas sem IU prévia à gestação que praticam o TMAP pré-natal supervisionado tem probabilidade 56% menor de relatar a IU no final da gravidez do que grávidas que não o realizam. Benefícios do TMAP para o parto ↓ da duração do período de dilatação em 28min em primíparas ↓ da duração do período expulsivo em 10min em primíparas OBS: Primíparas são mulheres que vão parir pela primeira vez ↑ força ↑ flexibilidade ↑ Controle motor Facilita o período expulsivo ↓ predisposição a lesões intraparto* Facilidade na reabilitação pós parto, pois os padrões motores já foram aprendidos OBS: *Lesões intraparto são lesões que podem ocorrer durante um parto, como episiotomia (corte feito pelo médico) ou laceração (corte feito pela passagem natural do bebê no canal). Massagem Perineal • Feita com 1 ou 2 dedos pela gestante, parceiro, profissional • 5 a 10min, diariamente, a partir da 35ª semana EPI-NO Foi criado na década de 90 pelo médico alemão Wilhelm horkel com os seguintes objetivos: 1. Alongamento perineal 2. Simular a sensação do nascimento 3. Evitar a episiotomia e lacerações perineias 4. Treinamento dos MAP 5. 15 a 20 min diários a partir de 37 semanas Mecanismo de Parto Estreito (superior, médio e inferior) • O estreito superior é a entrada da pequena pelve forma se pelo encontro da L5 com a S1 posteriormente e o limite anterior é a sínfise púbica • O estreito médio situa se entre as espinhas ciáticas e mede aproximadamente 10 cm • O estreito inferior é a saída da pelve. Estende se da extremidade do cóccix até a borda inferior da sínfise púbica, medindo aproximadamente 9 5 cm Mecanismo de Parto • Estática fetal: maneira como o feto se posiciona dentro da cavidade uterina • Posição Fetal: depende do relacionamento entre o dorso fetal e as regiões no abdômen materno. Situação longitudinal ou oblíqua: posição direita quando o dorso fetal estiver no lado direito do abdômen materno (vale o mesmo para a esquerda) Situação transversal: posição anterior quando o dorso fetal estiver voltado para a parede abdominal e posterior quando estiver voltado para a coluna vertebral • Apresentação fetal varia conforme o polo fetal que se encontra junto ao estreito superior da pelve óssea materna • Se a sutura sagital estiver a uma distância igual da sínfise púbica e do sacro, existe o chamado sinclitismo; • Estiver mais próxima da sínfise, ocorre o assinclitismo posterior; • Se mais próxima ao sacro, há o assinclitismo anterior. • O diagnóstico da altura do polo cefálico baseia se nos chamados planos de De Lee. • O estreito médio como plano zero; acima, como planos negativos, e, abaixo, planos positivos. • Nos planos negativos, o polo cefálico está alto, móvel; nos positivos, ele está fixo, o que pode ser facilmente comprovado a partir do exame bidigital 1. Insinuação Passagem do maior diâmetro da apresentação perpendicular à linha de orientação pelo estreito superior. 2. Descida ou Progressão Passagem da apresentação do estreito superior para o inferior 3 e 4. Rotação Interna Objetiva colocar linha de orientação da apresentação do diâmetro anteroposterior do estreito inferior 5. Desprendimento da cabeça Hipomóclio: fixação do subccipício na borda inferior da sínfise púbica. Movimento de extensão 6. Rotação Externa Movimento de restituição 7 e 8. Desprendimento do ovóide córmico Fisiologia do trabalho de Parto • Quando as contrações uterinas se tornam rítmicas, ou seja, pelo menos 2 contrações de 25s em um período de 10 min, e associam se à dilatação do colo, inicia se o trabalho de parto • Primeira fase ou dilatação: inicia se com dolorosas contrações, começa com as primeiras modificações cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10 cm). 1. Fase Latente: Apresenta como característica contrações mais eficazes (em termos de coordenação e intensidade). Sem, contudo, determinar modificações significativas na dilatação cervical. 2. Fase Ativa: Inicia se com as mudanças na velocidade de dilatação cervical, sendo seu início com 6 cm de dilatação. Atualmente, são consideradas como velocidades normais de dilatação cervical nesta fase 0,7 cm/h para nulíparas e 0,5 a 1,3 cm/h em multíparas. OBS: Fase ativa: dinâmica uterina mínima de duas a três contrações eficientes em 10 min e dilatação cervical de pelo menos 3 cm. Segunda fase ou expulsão | Período pélvico • Inicia se com a dilatação cervical completa e termina com a expulsão fetal. • Tempo fisiológico do período de 3 h para nulíparas e 2 h para multíparas. • Duração longa: aumento nas taxas de infecção puerperal e de laceração de terceiro e quarto graus, parto operatório (fórceps e vácuo extrator) e hemorragia pós parto. • A mudança de posição materna neste período está associada a redução de taxas de alteração da frequência cardíaca fetal e de necessidade de episiotomias, sem redução do tempo de expulsão do feto. Terceira fase ou dequitação • Nesse período, o útero expele a placenta e as membranas após a expulsão fetal. Seu descolamento ocorre em virtude da diminuição do volume uterino depois da expulsão fetal, associada às contrações uterinas. • A dequitação ocorre entre 10 min e 1 h após o parto. • Fisiologicamente, sabe se que ela deve ocorrer de 20 a, no máximo, 30 min; porém, em 80% dos partos, acontece nos primeiros 10 min.
Compartilhar