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Tenossinovite Estenosante de De Quervain ou Doença de De Quervain Foi descrita inicialmente por um suíço, Fritz De Quervain, em 1985. A doença caracteriza-se por uma proliferação fibroblástica secundária a repetição ou tensão sobre os tendões do primeiro compartimento extensor - Abdutor Longo do Polegar e Extensor Curto do Polegar. Prevalência - Acomete principalmente o membro dominante, em idade adulta (sobretudo entre 50 e 60 anos) e mulheres. Músculo abdutor longo do polegar Músculo abdutor curto do polegar Resulta em: Espessamento do retináculo extensor Estreitamento do canal fibro-ósseo e compressão dos tendões (maior no desvio radial) Degeneração e espessamento da bainha do tendão Etiologia Microtraumas repetitivos – Tarefas repetitivas manuais – esforço extra do polegar, ou desvio radial e ulnar do punho. Exemplos de atividades: pintura, martelar, digitar, costurar, tricotar, pescar, cortar, passar roupa, torcer roupa. Pode estar associada a trauma, força de fricção aumentada, compressões biomecânicas, doenças inflamatórias (Artrite) e estados de hipervolemia (ex. gestante) Pode estar relacionada com variações anatômicas do primeiro compartimento, que podem ser septações intracompartimentais (p.ex.o tendão do ECP em um septo separado) ou múltiplos feixes do abdutor longo e extensor curto. Quadro Clínico Dor de início gradual, com piora gradativa, podendo melhorar com o repouso Dor na região radial do punho, referida para o antebraço e para o polegar Dor na região radial do punho que piora com o desvio ulnar e a extensão do punho Dor ao girar maçanetas e chaves Dor grave com desvio ulnar e flexão e adução do polegar. Pode ser reproduzida também com extensão e abdução do polegar. Edema localizado e sensibilidade na região do processo estiloide do rádio Crepitação dos tendões movendo-se através da bainha do extensor Espessamento palpável da bainha do extensor Fraqueza durante a extensão e abdução do polegar Perda da abdução da articulação CMC do polegar Exames físicos- Testes Filkelstein Eichoff Brunelli Diagnóstico Diferencial •Fratura da estiloide do rádio e do escafoide •Rizartrose (artrose da articulação carpometacarpal do polegar) – dor na base do primeiro metacarpo, rigidez articular, deformidade. • Neurite radial (Síndrome de Wartenburg – compressão do nervo sensorial radial superficial pelo braquiorradial e extensor radial longo do carpo) – dor, parestesia e dormência no punho e mão. • Síndrome de intersecção (tenossinovite dos extensores radiais do punho) – diferenciação feita pela distribuição da dor, nesta tenossinovite a dor é localizada no antebraço distal, o sintoma é exacerbado pela flexão do punho e extensão resistida do punho. Exames complementares Importantes principalmente para auxiliar no diagnóstico diferencial Radiografia–observação de fratura do escafoide, fratura da estiloide do rádio ou rizartrose Ressonância Magnética e Ecografia- não são solicitados de rotina, mas são importantes em casos duvidosos e para identificar variações anatômicas
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