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Síndromes Periarticulares Aspectos da história são semelhantes: Dor aumenta após exercício Movimentos como alcançar algo acima da cabeça provoca dor Abdução e flexão são dolorosas entre 70° e 110° Os distúrbios das estruturas periarticulares inertes, como as bolsas, são caracterizados por um padrão não capsular Duas síndromes periarticulares com uns são a tendinite bicipital e a bursite subdeltoide - subacromial. Outro exemplo é a Tendinopatia Calcária. Tendinite Bicipital Etiologia: • Ocorre com mais frequência como condição secundária a uma Síndrome do impacto. O tendão passa por baixo da borda inferior do acrômio. •Comum entre indivíduos envolvidos em atividades de elevação do braço acima da cabeça. •O repetido alongamento do bíceps em atividades altamente balísticas pode provocar irritação tanto do tendão como da bainha sinovial. •Em atividades balísticas pode ocorrer ruptura do ligamento umeral transverso (prende o bíceps no sulco) ou inflamação constante, o que pode resultarem subluxação do tendão ou cicatrização de generativa. Quadro Clínico: A dor é localizada anteriormente no ombro e no músculo bíceps. Dor à palpação no tendão no sulco intertubercular Pode ser percebido um edema local, aquecimento e crepitação por causa da inflamação ADMA e ADMP total, embora a dor seja muitas vezes relatada na amplitude final de flexão e abdução (braço acima da cabeça). Deslizamentos acessórios normais na articulação GU Quadro Clínico: Dor na flexão resistida do cotovelo ou flexão anterior do ombro Dor no alongamento passivo do tendão do bíceps Diagnóstico Teste Clínico – Speed (Palm - up test), Yergason, Lippman A confirmação da lesão pode ser feita com a ajuda da ultrassonografia Tendinopatia Calcária do Manguito Rotador Caracterizada por uma calcificação reativa que afeta os tendões do manguito rotador. Muitas vezes as calcificações são achados radiográficos em pacientes assintomáticos. Cerca de 50% dos indivíduos com tendinopatia calcária têm dores nos ombros, com restrições dolorosas agudas ou crônicas da amplitude de movimento dos ombros, limitando as AVDs. A causa e a patogênese das calcificações do manguito rotador são ainda desconhecidas. Sugestões de etiologias: isquemia como resultado da hipovascularização na chamada “Zona crítica de Codman” do supraespinhal e a degeneração dos tendões. A transformação do tecido do tendão levaria ao depósito de cálcio. O curso da doença pode ser cíclico (formativo - reabsortivo), com reabsorção espontânea da calcificação e reconstituição do tendão. Observada com menos frequência em pessoas com menos de 40 anos. Frequência maior em mulheres. Na maioria dos casos os depósitos de cálcio localizam- se de 1 a 2cm a partir da inserção do tendão do supraespinhal no tubérculo maior. Localização intratendão. Fase Crônica O período crônico desta patologia vem antes da fase aguda. Quadro Clínico: Corresponde ao período de formação (o depósito de cálcio cristaliza - se), o paciente apresenta dores de leve intensidade, o depósito de cálcio é o achado radiográfico na maioria dos casos. Inflamação mínima. A forma crônica geralmente apresenta sintomas de dor por impacto com movimentos acima da cabeça, devido a compressão da calcificação contra o arco coracoacromial. Fase aguda Quadro Clínico: Corresponde ao período de reabsorção, paciente apresenta dor intensa e limitação funcional, como resultado do processo inflamatório local. A dor pode predispor ao desenvolvimento de Capsulite Adesiva, pois o paciente adota postura antálgica, mantendo o membro superior junto ao corpo em rotação medial. No exame físico: dor à palpação sobre a área do depósito, na inserção do supraespinhal, durante os movimentos rotatórios da cabeça do úmero. A ADMA e ADMP podem estar diminuídas. Quadro Clínico: Alguns pacientes têm episódios persistentes e recorrentes de dor grave. Outros nem sempre apresentam o sintoma. Não foi comprovada a relação entre o tamanho do depósito de cálcio e a presença ou intensidade dos sintomas. A dor costuma ser referida na área de inserção do deltóide, na face lateral do braço e cotovelo. Testes provocativos podem ser positivos devido à inflamação da inserção do supraespinhal. Diagnóstico – Exames de imagem RX é o exame de escolha. As radiografias em várias posições permitem identificar a localização exata da calcificação. As radiografias: de frente (AP), quando realizadas em rotação neutra, possibilitam diagnosticar calcificações do tendão do supraespinhal de frente em rotação medial, as dos tendões dos músculos infraespinhal e redondo menor de frente em rotação lateral, visualizam-se calcificações do tendão do músculo subescapular em perfil de escápula – pode demonstrar a ocupação do “túnel” do supraespinhal pelo depósito de cálcio em posição axilar (perfil axilar) – para distinguir a calcificação do subescapular (vista na frente do tubérculo menor), de uma calcificação no infraespinhal e redondo menor (vista na região posterior da cabeça do úmero). Por meio da radiografia é possível identificar a fase em que encontra - se a doença: Na fase crônica ou deformação visualiza - se um depósito denso, bem definido. Imagens maldefinidas, nebulosas e irregulares, com aspecto algodonoso, corresponde à fase aguda ou de reabsorção. A Ressonância Magnética e a Tomografia computadorizada permitem verificar com precisão a localização da calcificação. A calcificação pode se estender para Bursa, para região intra – óssea e para o interior do ventre muscular. Bursite subacromial –subdeltoide No caso de Bursite unilateral a maioria dos pacientes descrevem uma origem mecânica como causa. • Bursite bilateral, muitas vezes, manifesta-se em pacientes com artrite inflamatória. • Diagnóstico diferencial precisa ser feito entre artrite Glenoumeral (GU), fratura patológica, luxação do ombro, tendinite subescapular, lesão do peitoral maior, distensão no ligamento conoide - trapezoide. Elevação ativa é muito dolorosa e bastante restrita, sendo acompanhada de um arco doloroso. Teste do Arco Doloroso - 60° - 120° (70° - 110°) – indica impacto no manguito rotador, lesão do supraespinhal ou bursite subacromial/140° - 180 (120°- 160° até 160°- 180°) – indica afecção da acromioclavicular. EXAME FÍSICO: •Arco doloroso positivo entre 60° - 120° (ou 70° - 110°) •A dor é reproduzida geralmente com os movimentos passivos de abdução, rotação interna e adução horizontal Teste de Dawbarn – Teste para Bursite Subacromial – o fisioterapeuta abduz do ombro do paciente enquanto palpa o espaço subacromial lateroventralmente. O terapeuta exerce uma pressão subacromial pontual durante a abdução até 90°. Dores subacromiais que sofram redução durante a abdução indicam bursite (comaabduçãoomúsculodeltoidecoloca- sesobreamargemdabolsasubacromialatenuandoasensaçãodedor) EXAMEFÍSICO: •Achados associados podem ser observados, como a escápula alada, postura da cabeça anteriorizada e ombro protruso. •Pacientes com um arco doloroso, mas sem dor nos testes resistidos do ombro são prováveis portadores de bursite subacromial – subdeltoide aguda. No entanto, o teste resistido pode provocar dor. •Pacientes com bursite subacromial - subdeltoide, na ausência de ruptura do manguito rotador, muitas vezes demonstram fraqueza do manguito rotador secundária à dor se testado com o braço na abdução. Bursite Subacromial – Subdeltoide crônica Primária Dois tipos são definidos: 1. Causada por mudanças degenerativas – especialmente do supraespinhal e da articulação AC – o que pode produzir um espaço reduzido para a bolsa e causar lesão inflamatória. 2. Causada por doenças sistêmicas, como artrite reumatoide. Quadro Clínico: •Dor gradual •Localizada na área do ombro e do deltoide lateral Exame físico: •Arco doloroso positivocom abdução ou flexão anterior, mas como movimento completo em outras direções. •Um ou mais testes resistidos podem ser dolorosos, porém podem ser negativos se repetidos com uma tração inferior no braço. Bursite Subacromial – Subdeltoide crônica Secundária •Mais comum do que a primária •Resulta de outras patologias do ombro, incluindo ruptura do ligamento coracoumeral •Achados semelhantes da bursite crônica primária •A dor se desenvolve gradualmente no ombro e região lateral do deltoide •Diagnóstico específico mais difícil,
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