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Gestão da Poluição

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Aula 1: Composição da Atmosfera
Formação e Constituição da Atmosfera
Em sua história, a atmosfera teve três momentos que influenciaram sua formação e constituição:
O primeiro foi o período que antecedeu o aparecimento da vida sobre a Terra. 
O segundo foi o surgimento da vida na forma de seres autotróficos e heterotróficos.
O terceiro momento, que se estende aos dias de hoje, é o aparecimento do ser humano com suas máquinas e seus inventos (LENZI; FAVERO, 2009).
A partir dessa afirmação, percebemos que o homem é fator primordial na dinâmica da atmosfera. Mas você pode-se questionar: o que é atmosfera ?
Conceito de atmosfera: A  atmosfera – palco dos eventos meteorológicos – pode ser descrita como uma camada fina de gases sem cheiro, sem cor e sem gosto, que envolve e acompanha a Terra em todos os seus movimentos.
Essa camada é composta de gases que se encontram junto à superfície terrestre e que se tornam rarefeitos, desaparecendo com a altitude.
A atmosfera alcança uma altitude (espessura) de cerca de 800 km a 1.000 km, e liga-se à Terra pela força da gravidade.
De acordo com Soares e Batista (2004) , a atmosfera é constituída por uma combinação de diversos gases, como o nitrogênio, o oxigênio, os chamados gases raros (argônio, neônio, criptônio e xenônio), o dióxido de carbono, o ozônio, o vapor d’água, o hélio, o metano, o hidrogênio, etc.
Além desses gases, há, na atmosfera, partículas de pó, cinzas vulcânicas, fumaça, matéria orgânica e resíduos industriais em suspensão, os quais são denominados aerossóis.
Os aerossóis são importantes na atmosfera como núcleos de condensação e de cristalização, como absorvedores e dispersores de radiação e como participantes de vários ciclos químicos.
Ayoade (2003 apud TORRES; MACHADO, 2011) destaca que os aerossóis produzidos pelo homem são considerados, atualmente, como responsáveis por 30% dos aerossóis contidos na atmosfera.
Contudo, destacam-se, especialmente nas camadas mais baixas, o nitrogênio (N2) e o oxigênio (O2), embora os demais gases desempenhem importante papel no balanço atmosférico, pois absorvem, refletem ou difundem tanto a radiação solar quanto a reirradiação terrestre.
A quantidade de moléculas dos elementos varia de acordo com a altitude, visto que, pela força da gravidade, os elementos mais densos tendem a ficarem mais próximos da superfície (TORRES; MACHADO, 2011).
Camadas das atmosferas
Segundo Dominguez (1979 apud TORRES; MACHADO, 2011), a composição e as condições físicas da atmosfera não são uniformes em toda sua espessura, mas variam de modo acentuado. Sendo assim, a atmosfera divide-se em diversas camadas ou estratos superpostos.
De acordo com Ayoade (2003 apud TORRES; MACHADO, 2011), evidências provenientes de radiossondas, foguetes e satélites indicam que a atmosfera está estruturada em três camadas relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias com camadas de transição entre as cinco principais, denominadas pausas.
 Várias camadas foram reconhecidas dentro da atmosfera, mas, até agora, não há consenso sobre sua terminologia e quantidade.
As camadas reconhecidas são:
 • Troposfera;
• Estratosfera;
• Mesosfera;
• Termosfera;
• Exosfera.
( 1ª camada) Troposfera: A troposfera é a camada mais baixa da atmosfera, que se estende até mais ou menos 12 km. Essa extensão ocorre a partir da superfície até a altura de 14/16 km nas zonas equatoriais e até 8/10 km nas zonas polares. 
 Na troposfera, ocorre a maior parte dos meteoros, ou seja, fenômenos que podem ser aéreos ou mecânicos (ventos), acústicos (trovão), aquosos (chuva), óticos (arco-íris) ou elétricos (raios).
 A troposfera contém cerca de 75% e a quase totalidade do vapor d’água e dos aerossóis.
 Segundo Soares e Batista (2004) , na troposfera, a temperatura diminui a uma taxa média de 0,6º C a cada 100 m. 
O limite superior da troposfera – denominado tropopausa – corresponde às zonas de temperaturas mais baixas. 
Nota-se que sua composição em altitude varia da mesma maneira que os limites da troposfera, sendo mais alta na região do Equador e mais baixa nas regiões polares. 
2º camada Estratosfera: A estratosfera estende-se da tropopausa até cerca de 50 km. Nessa camada, a temperatura aumenta com a altitude, chegando a 17º C na estratopausa.
Alguns autores, como Ross (1995), mencionam que, na camada de ozônio, a temperatura chega a 50º C, em virtude da absorção da radiação ultravioleta do sol pelo ozônio (O3), que a transforma em energia térmica.
Por conseguinte, a estratosfera possui, em suas camadas superiores, uma fonte de calor, em contraste com a troposfera, que é aquecida, principalmente, por baixo.
Em geral, a temperatura da camada permanece constante até os 25 km e vai aumentando, de forma lenta, até os 32 km. Depois disso, a temperatura começa a aumentar rapidamente (RETALLACK, 1977) .
3º Mesosfera: A mesosfera é a camada da atmosfera  que se estende da estratopausa até cerca de 80 km de altitude, apresentando queda de temperatura de -3,5º C por Km.
Em seu limite superior (mesopausa), observa-se a temperatura mais baixa da atmosfera (cerca de -90º C).
No que se refere à sua composição, a mesosfera contém uma pequena parte de ozônio e vapores de sódio, os quais desempenham um importante papel nos fenômenos luminosos da atmosfera, como as auroras, por exemplo (DOMINGUEZ, 1979 apud TORRES; MACHADO, 2011).
4º Termosfera: A termosfera estende-se da mesopausa até cerca de 500 km de altitude e é bastante rarefeita. Aqui, a atmosfera é muito afetada pelos raios X e pela radiação ultravioleta, o que provoca ionização ou carregamento elétrico.
As camadas inferiores da Ionosfera desempenham um papel muito importante nas transmissões de rádio e televisão, já que refletem ondas de diversos comprimentos emitidas pela Terra, o que possibilita sua captação pelas emissoras.
O limite superior da termosfera denomina-se termopausa.
5º Exosfera: A exosfera estende-se da termopausa até 800 a 1.00km altitude. Nessa camada predomina-se átomos de hidrogênio e de hélio ( átomos mais leve).
Na exosfera , a atmosfera vai-se rarefazendo , tendendo ao vácuo . Nessa camada, a densidade da atmosférica é igual á dos gases interespacial que a circunda.
Além disso, na exosfera, ocorrem elevadíssimas temperaturas e grandes incidências de poeira cósmica.
Representação das camadas da atmosfera.
ATENÇÃO!
Convencionalmente, estabeleceu-se o limite superior da atmosfera a uma altura aproximada de 1.000 km sobre o nível médio do mar.
Entretanto, a maioria dos cientistas prefere considerar que o ar atmosférico chega a confundir-se com os gases raros e com a poeira do espaço interplanetário.
Nesse caso, não existe um limite preciso entre a atmosfera e esse espaço (RETALLACK, 1977, p. 13).
Pressão Atmosférica: Um aspecto físico e importante da atmosfera é a pressão atmosférica!
Segundo Lenzi e Favero (2009), a pressão, como uma grandeza física, é a força (ou o esforço) uniforme e normal (perpendicular) exercido na unidade de superfície.
Sendo assim, a pressão atmosférica pode ser representada da seguinte forma:
Pressão (P) = força/superfície
Unidade = atm
Em termos de atmosfera, define-se pressão atmosférica como o peso do ar – isto é, a massa do ar (m) sob a ação da gravidade (γ) – exercido verticalmente sobre a superfície de um corpo.
O peso do ar depende de sua massa específica; essa massa, por sua vez, depende da altura em relação ao nível do mar. 
Dessa forma, no nível do mar, tem-se um valor máximo da pressão atmosférica, cuja unidade foi denominada atmosfera e simbolizada por atm. Portanto, no nível do mar, o valor da pressão atmosférica é igual a 1 atm.
TRANSFORMAÇÕES DA NATUREZA
A natureza é dinâmica e nos mais variados aspectos, encontra-se em permanentes transformações. Os promotores dessas transformações são diversos:
Alguns dependem de fatores internos – isto é, da própria estrutura –, dentre os quais destacamos: os desequilíbrios físicos, químicos e biológicos, que tendem a um estado de equilíbrio.
Outros, também naturais, são de ordem externa, como, por exemplo, a radiaçãosolar, as interações gravitacionais etc.
Um terceiro promotor dessas transformações, que, até pouco tempo, era inexpressivo, é a atividade antrópica: a ação do homem. (LENZI; FAVERO, 2009)
Lavoisier (1743-1790) – pai da química moderna em seus experimentos e em suas observações – concluiu: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. 
Você verá, a seguir, no que resultaram tais transformações!
Ciclos biogeoquímicos dos componentes da atmosfera.
Segundo Lenzi e Favero (2009), há uma conservação do material envolvido nos processos físicos, químicos e biológicos, o qual passa de um lado para outro, de uma forma para outra, podendo retornar a seu estado inicial.
A atmosfera está envolvida nesses processos. Desse envolvimento, surgiram os ciclos biogeoquímicos.
Os ciclos biogeoquímicos ou as etapas de sua ocorrência são influenciados pela ação antrópica e apresentam características diferenciadas das que prescindem do homem.
A atmosfera (um dos componentes da natureza) faz parte desses ciclos, pelos quais todos os elementos passam (LENZI; FAVERO, 2009).
A seguir, você verá os ciclos biogeoquímicos dos principais componentes da atmosfera: nitrogênio, oxigênio, carbono e água.
As informações foram alteradas de Lenzi e Favero (2009), Dajoz (2005)  e Braga et al (2005).
O ciclo do carbono
Assim como para todos os ciclos biogeoquímicos estudados no âmbito do conjunto da biosfera, a determinação da importância dos reservatórios e dos fluxos de carbono é difícil, e os valores apresentados mudam conforme os autores.
O ciclo do carbono é complicado pelas diversas modificações consideráveis que ocorreram entre a época pré-industrial e a atual.
Na atmosfera, o elemento carbono pode ser encontrado em diferentes formas, tais como:
Gás monóxido de carbono (CO); Gás carbônico ( CO2) ; Gás metano ( CH4); Derivados clorofluorcarbono ( CFCs); Hidrocarboneto ( HC).
A partir do último século, a origem antrópica desses gases começou a ter uma presença significativa na atmosfera e a provocar fenômenos ambientais inclusive de natureza global, como o efeito estufa, o buraco de ozônio, o smog fotoquímico, entre outros. 
Aproximadamente 0,035% ou 350 ppm em volume do ar seco é constituído de gás carbônico. Sua origem é biogênica e, ao mesmo tempo, antrópica.
O gás carbônico não apresenta caráter poluente, mas, juntamente com a água da atmosfera, é um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa, que, nos últimos anos, interferiu substancialmente na temperatura global da Terra.
O ciclo do Oxigênio.
O oxigênio gasoso (O2) não existia na atmosfera primitiva, mas aparecia sob a forma de gases oxigenados ( SO2 e NO ), particulados oxigenados suspensos na atmosfera , etc.
O oxigênio começou a existir na atmosfera no momento em que surgiram os seres autotróficos, que liberam na forma gasosa, conforme a seguinte reação:
CO2(gás carbônico ) + H2O ( água) luz , nutrientes, organismos autotríficos CH2O( biomassa) + O2( gás oxigênio)
Ao longo de milhões de anos, o gás oxigênio alcançou, na atmosfera, a abundância de 21% em volume de ar seco.
O CICLO DO NITROGÊNIO
O ciclo do nitrogênio é o mais complexo dos ciclos biogeoquímicos. É difícil avaliar as quantidades de nitrogênio presentes nos diversos compartimentos da biosfera, com exceção da atmosfera e dos compostos nitrogenados de origem industrial. 
Tais compostos são de 4 a 5 vezes mais abundantes do que aqueles provenientes da fixação biológica do nitrogênio atmosférico: a reserva essencial da biosfera. 
Entretanto, o nitrogênio só pode ser utilizado nessa forma por raros organismos, como bactérias e cianobactérias.
Na atmosfera , o nitrogênio encontra-se em sua maior parte ,na formula molecular ( N2) .cerca de 78% do volume do ar seco é constituído de nitrogênio.
Ao ,longo de milhos talvez bilhões de ano, estabeleceu-se um equilíbrio dinâmico entre o nitrogênio da atmosfera( hidrosfera-geosfera-biosfera), constituindo o ciclo biogeoquímico do elemento do nitrogênio em suas diferentes formas. 
Resumo do Ciclo da água
Detenção: parte da água da chuva que fica retida no solo e na vegetação, evaporando ou infiltrando em seguida.
Escoamento superficial: água que escoa pelo solo até chegar a um corpo de água; nesse percurso, a água também sofre evaporação e infiltração.
Infiltração: água que penetra no solo e que serve tanto para alimentar reservatórios subterrâneos quanto para a vegetação.
Escoamento subterrâneo: água que escoa mais lentamente pelo solo, alimentando rios e lagos, principalmente durante épocas mais secas.
 Evapotranspiração: os vegetais utilizam a água presente no solo e a eliminam sob a forma de vapor d’água.
Evaporação: processo de transformação da água em vapor, que pode ocorrer em qualquer fase do ciclo.
Precipitação: água que cai diretamente no solo ou em um corpo de água sob a forma de chuva, neve ou gelo.
CONSEQUÊNCIAS DAS ATIVIDADES HUMANAS
Além de modificar os grandes ciclos biogeoquímicos naturais que acabamos de ver e, consequentemente, a própria atmosfera, as atividades humanas aumentam a circulação de elementos (como o chumbo) e criam ciclos de substâncias sintéticas (como o DDT).
Essas mudanças são suficientemente grandes para causar sérios problemas ambientais!
No entanto, resultados de experimentos mostram que, se as alterações não forem muito grandes e se suas causas forem reduzidas ou eliminadas, os ecossistemas serão capazes de se recuperar de muitas perturbações. (PURVES et al., 2005)
Aula 2: Processos da atmosfera
Antes de começarmos a falar sobre poluição, é importante sabermos que alguns fenômenos atmosféricos que provocam mudanças de temperaturas são naturais.
Como exemplo disso, podemos citar a inversão térmica.
De acordo com Vaitsman e Vaitsman ( 2006) , em uma situação de inversão térmica , o ar próximo ao solo esfria rapidamente , permanecendo onde, deveria estar o ar quente.
Por ser mais denso , o ar frio forma uma barreira que dificulta a movimentação consequentemente , a dispersão das partículas poluentes.
De modo geral, nos grandes centros urbanos, existem poucas áreas verdes, elevada concentração de edificações para moradia, variadas indústrias e, ainda, intenso tráfego de veículos que emitem material particulado e gases para a atmosfera.
Sendo assim, principalmente no inverno, os gases estranhos à atmosfera, juntamente com o material particulado em presença da umidade, formam o chamado smog, que fica estacionado nas camadas inferiores, ocasionando baixa visibilidade e problemas respiratórios à população.
Em função da ocorrência desse fenômeno, as autoridades têm o poder de decretar estado de emergência e limitar ou proibir o tráfego de veículos, visando proteger a saúde dos habitantes e evitar acidentes. 
Isso porque, em razão da combustão incompleta dos combustíveis, o monóxido de carbono (CO) emitido pelos veículos reduz os reflexos dos motoristas, podendo causar acidentes de trânsito (VAITSMAN; VAITSMAN, 2006) .
POLUIÇÃO
Antes de qualquer coisa, é necessário que possamos entender o significado de poluição!
A poluição é qualquer acréscimo ao ar, à água, ao solo ou ao alimento que ameace a saúde, a sobrevivência ou as atividades dos seres humanos ou de outros organismos vivos.
Os poluentes podem entrar no meio ambiente de forma natural (como, por exemplo, por erupções vulcânicas) ou com a interferência das atividades humanas (como, por exemplo, com a queima do carvão).
A maior parte da poluição advinda das atividades humanas ocorre em áreas urbanas e industriais ou perto delas, onde as fontes de poluição se concentram (como em carros e indústrias).
A agricultura industrializada também é uma grande fonte de poluição. Alguns poluentes contaminam a área onde são produzidos; outros são transportados pelo vento ou pela água corrente para outras áreas (MILLER JUNIOR, 2007).
POLUIÇÃO DO AR
A poluição do ar pode ser definida como a presença de matéria ou energia na atmosfera, de forma a torná-la imprópria, a causar prejuízos aos usos antrópicos, à saúde pública e ao ecossistema natural.
A exposição à poluição atmosférica é tãoantiga quanto a exposição do ser humano ao fogo.
Há evidências arqueológicas de que a poluição do ar em ambientes internos  gerou problemas para os humanos, que usavam fogo em espaços confinados.
Concentrações de Poluentes na atmosfera
As quantidades de poluentes na atmosfera podem resultar em concentrações de dezenas a milhares de microgramas por metro cúbico de ar (µg/m3). Essa é apenas uma das formas de expressarmos concentrações de poluentes na atmosfera!
Outra unidade utilizada para gases e vapores são partes de poluentes por milhão de partes de ar em volume (ppm) ou, ainda, partes por bilhão (ppb). (GUIMARÃES, 1992).
As concentrações de poluentes podem ser expressas como valores instantâneos ou valores ponderados em um período de tempo.
Tudo depende da base estatística utilizada na apresentação dos dados e das características referentes aos impactos potenciais que o poluente pode causar na saúde pública e no meio ambiente. (GUIMARÃES, 1992) 
 Também são considerados importantes aqueles poluentes que apresentam grande impacto agravante à saúde pública e ocupacional, como: o cloro e seus compostos, o gás sulfídrico, os sulfatos, o flúor e seus compostos, as névoas ácidas em geral, os odores em geral, as fumaças em geral, o mercúrio, as partículas de chumbo, o amianto, as partículas radioativas, o alfa benzopireno e similares, o ruído, o pólen, etc. (PHILIPPI JUNIOR; MALHEIROS, 2009).
Capacidade de autodepuração da atmosfera
A atmosfera possui uma capacidade finita de assimilação (capacidade de autodepuração) que já foi ultrapassada, conforme mostra o aumento de concentração de diversos gases – em especial o gás carbônico, o metano, o óxido nitroso e os clorofluorcarbonos.
Sendo assim, para que tenhamos uma boa qualidade do ar, precisamos agir a fim de:
• Minimizar a geração de resíduos;
• Definir e aplicar formas corretas de tratamento e de disposição de resíduos gerados;
• Desconcentrar grupos humanos e suas atividades econômico-poluidoras, ganhando tempo e espaço para sua autodepuração.
Em última análise, isso acarretará mudanças no estilo de vida da sociedade e de sua relação com a natureza (ASSUNÇÃO, 2009).
Aula 2 tele transmitida – Processos da Atmosfera
O que é Poluição?
Falamos em poluição geralmente quando nos referimos à presença de substâncias tóxicas introduzidas pelo homem no meio ambiente.
Isto não quer dizer que apenas a poluição causada pelo homem seja nociva, embora as súbitas mudanças introduzidas por ele sejam frequentemente mais dramáticas que os lentos efeitos do envenenamento de origem natural.
Deveríamos considerar poluição apenas quando algum efeito, provavelmente nocivo, possa ser reconhecido.
A diferença entre “poluição nociva” e “contaminação inofensiva” não é muito clara!
Poluição: Quando um veneno ocorre em nível tal, que possam ser reconhecidos efeitos tóxicos agudos.
Níveis de Poluição:
O mundo é cheio de substâncias tóxicas. Muitas delas ocorrem de maneira natural, completamente independente de qualquer atividade humana.
Ex. 1: Vapor de vulcão em atividade pode conter quantidade grande de enxofre que não permite o crescimento de plantas nas regiões próximas.
Ex. 2: Os rios que fluem através de florestas podem tornar-se desoxigenados devido às substâncias orgânicas naturais neles depositadas, as quais ao se decompor, resultam em contaminações semelhantes àquelas causadas por esgotos humanos.
Ex. 3: O mercúrio, existente naturalmente nos oceanos, pode vir a se concentrar nos peixes a níveis que chegariam a alarmar as autoridades de saúde pública.
Poluição Atmosférica:
 A atmosfera do planeta, desde sua origem, tem recebido uma grande quantidade do que se convencionou chamar contaminantes naturais, como, por exemplo: pó, cinzas e aerossóis de distintos metais. 
As principais origens destes contaminantes naturais são:
- As erupções vulcânicas;
- Erosão dos solos e de rochas;
- O sal procedente da evaporação da água do mar;
- O pólen das plantas e a queima da vegetação, inclusive o dióxido de carbono (CO2) que é liberado em todos os processos de respiração e decomposição biológica.
A poluição do ar passou a ser sentida de forma acentuada quando as pessoas começaram a viver em áreas urbanas de grande densidade demográfica, em consequência da Revolução Industrial (carvão mineral começou a ser utilizado como fonte de energia). 
As inovações tecnológicas ocorridas no século XX e a utilização do petróleo como combustível acentuaram ainda mais essa poluição, bem como os processos industriais e a crescente utilização de automóveis e outros meios de transporte movidos a combustíveis fósseis. 
Atualmente a poluição do ar é um problema mundial, com reflexos em todo o planeta, como o aquecimento global e a redução da camada de ozônio estratosférico (Assunção, 2009).
A explosão demográfica e o aumento do padrão de vida e do consumismo colaboraram significativamente para o aumento de emissões nocivas na atmosfera.
Antes de começarmos a falar sobre poluição (resultado da ação do homem sobre o meio), é importante sabermos que alguns fenômenos atmosféricos que provocam mudanças de temperatura são naturais. 
Exemplo disso é a inversão térmica.
A inversão térmica é um fenômeno natural que ocorre nas camadas atmosféricas significando uma troca de posição entre o ar quente e o ar frio. 
Numa situação normal, nas proximidades do solo, há tendência de o ar quente, menos denso que o ar frio, realizar um movimento ascendente, ocupando as camadas atmosféricas mais superiores. 
Devido a este movimento, o ar quente arrasta partículas e gases emitidos para a atmosfera por fontes naturais e antrópicas para as camadas superiores (Vaitsman e Vaitsman, 2006).
Numa situação de inversão térmica, o ar próximo ao solo esfria rapidamente, permanecendo onde deveria estar o ar quente. 
Por ser mais denso, o ar frio forma uma barreira que dificulta a movimentação e a dispersão das partículas poluentes. 
De modo geral, nos grandes centros urbanos existem poucas áreas verdes, elevada concentração de edificações, variadas indústrias e, intenso tráfego de veículos que emitem material particulado e gases para a atmosfera. 
Principalmente no inverno, os gases estranhos à atmosfera juntamente com o material particulado em presença da umidade formam o chamado smog, uma combinação da palavra smoke (fumaça) e fog (nevoeiro, neblina, cerração), que fica estacionado nas camadas inferiores ocasionando baixa visibilidade e problemas respiratórios à população.
Ocorrendo o fenômeno, as autoridades têm o poder de decretar Estado de Emergência e limitar ou proibir o tráfego de veículos visando proteger a saúde dos habitantes e evitar acidentes, já que o monóxido de carbono (CO) emitido pelos veículos, em razão da combustão incompleta dos combustíveis, reduz os reflexos dos motoristas, podendo causar acidentes de trânsito (Vaitsman e Vaitsman, 2006).
Os poluentes podem entrar no meio ambiente de forma natural (por exemplo, por erupções vulcânicas) ou por meio de atividades humanas (por exemplo, com a queima do carvão). 
A maior parte da poluição advinda das atividades humanas ocorre em área urbanas e industriais, onde as fontes de poluição se concentram (carros, indústrias). 
A agricultura industrializada também é uma grande fonte de poluição. 
Alguns poluentes contaminam a área onde são produzidos; outros são transportados pelo vento ou pela água corrente para outras áreas (Miller Junior, 2007). 
Poluentes: são substâncias químicas encontradas no meio ambiente em níveis altos o suficiente para fazer mal às pessoas ou a outros organismos (Miller Junior, 2007).
Poluição do ar: presença de matéria ou energia na atmosfera, de forma a torná-la imprópria, causar prejuízos ao uso antrópico, à saúde pública e ao ecossistema natural. 
Há evidências arqueológicas de que a poluição do ar em ambientes “fechados” gerou problemas para os humanos, os quais usavam fogo em espaços confinados. 
Estudos têm revelado problemas de poluição indoor, causados ou agravados pelo uso do fogão, à base de lenha, entre outros, com sistema de exaustãoinadequado ou inexistente. 
A OMS estimou que 2,8 milhões de pessoas morrem anualmente por exposição à alta concentração de material particulado em ambiente internos (WHO, 1999).
Episódios agudos de poluição do ar: 
No Vale do Meuse, Bélgica (1930), um grande número de pessoas adoeceram com dores no peito, tosse, dificuldade de respiração, irritação do nariz e dos olhos. 
Na ocasião, 60 pessoas morreram, principalmente pessoas idosas que já eram portadoras de doenças do coração e pulmões. 
O evento durou 5 dias, presumindo-se que uma combinação de poluentes esteve associada ao episódio, entre os quais se destaca a presença de gotículas de ácido sulfúrico resultante de altas concentrações de dióxido de enxofre em presença de gotículas de água. 
Em Donora, Nos EUA (1948) outro episódio também resultou em problemas críticos de saúde, com 14.000 habitantes apresentando irritação o trato respiratório e dos olhos. 
Vinte pessoas morreram, principalmente pessoas que já eram portadoras de doenças cardíacas e do sistema respiratório. 
O evento durou 5 dias, e acredita-se que está associado à presença de dióxido de enxofre e material particulado em suspensão no ar.
Em Londres (1952) cerca de 3.500 e 4.000 pessoas morreram além do esperado para aquele período, principalmente pessoas idosas e aqueles que já eram portadores de bronquite, broncopneumonia e doenças do coração. 
Acredita-se que tal fato estava associado à presença de dióxido de enxofre e material particulado em suspensão no ar.
No Brasil, em Bauru (1952) foram registrados 150 casos de doença respiratória aguda e 9 óbitos. Os pacientes apresentaram bronquite e manifestações alérgicas do trato respiratório. 
Verificou-se que o episódio ocorreu em razão da emissão na atmosfera de pó de mamona, por uma indústria de extração de óleos vegetais.
Poluentes atmosféricos são quaisquer substâncias que, quando lançadas na atmosfera, podem resultar em concentrações que causem ou possam causar danos à saúde e ao meio ambiente (WHO, 1999).
Conforme a OMS, podem ser classificados de acordo com a forma de sua emissão e formação:
Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes. Ex: emissões provenientes de veículos movidos à gasolina englobam o dióxido de carbono, a água, o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos, entre outros, conforme a composição do combustível. Outros poluentes primários são: o dióxido de enxofre, o metano, entre outros.
Secundários: aqueles não emitidos diretamente por fontes, porém formados a partir de reações ocorridas na troposfera, como o ozônio e o dióxido de nitrogênio.
Uma das formas de classificação dos poluentes atmosféricos, que considera o estado físico do poluente, separa os poluentes em material particulado e gases e odores. 
De acordo com WHO (1999), material particulado inclui partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (exaustão de diesel, poeira de carvão e poeiras minerais – calcário, cimento – poeiras metálicas e fumos – zinco, cobre, ferro e chumbo – névoas ácidas – pesticidas, pintura, fumaça de óleo).
Conclusão:
A atmosfera possui capacidade finita de assimilação (capacidade de autodepuração), que já foi ultrapassada, conforme mostra o aumento de concentração de diversos gases, em especial o gás carbônico, o metano, o óxido nitroso e os clorofluorcarbonos. 
Assim, para uma boa qualidade do ar é preciso agir para minimizar a geração de resíduos, definir e aplicar da forma correta, o tratamento e e disposição de resíduos gerados, bem como desconcentrar grupos humanos e suas atividades econômicas poluidoras, de forma a ganhar tempo e espaço para sua autodepuração, o que, em última análise, significa mudanças no estilo de vida da sociedade e de sua relação com a natureza (Assunção, 2009).
Aula 3: Poluição atmosférica
Fontes de poluição atmosférica: Segundo Assunção (2009), qualquer processo, equipamento, sistema, máquina, empreendimento, etc. que possa liberar ou emitir matéria ou energia para a atmosfera, de forma a torná-la poluída, pode ser considerado uma fonte de poluição do ar.
 Essas fontes podem ser divididas em fixas e móveis. 
As emissões para a atmosfera podem vir de ações naturais e de ações antrópicas (ou seja, de ações do homem).
 As emissões naturais são muito significativas quando comparadas às antropogênicas e, em muitos casos, são bem maiores que as últimas (ASSUNÇÃO, 2009).
Veículos como fonte de emissão de poluentes.
Conforme Assunção (2009), os veículos são, atualmente, a principal fonte de emissão de poluentes para a atmosfera, em especial nos grandes centros urbanos.
Na América Latina, merece destaque a poluição do ar na Cidade do México, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Santiago.
Na região metropolitana de São Paulo, os veículos contribuem com cerca de 98% da emissão de monóxido de carbono, 97% dos hidrocarbonetos e 96% dos óxidos de nitrogênio, além de serem importantes contribuintes na emissão de dióxido de enxofre e material particulado inalável.
A poluição causada por veículos é tão significativa que seu uso foi restringido na cidade de São Paulo e em alguns outros municípios limítrofes, por meio da operação denominada rodízio de veículos. 
Isso também tem ocorrido em outras grandes cidades, como a Cidade do México, Santiago, Roma e Paris. Já em Londres, foi adotado, em 2003, o sistema de pedágio para circulação de carros no centro da cidade.
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA SEGUNDO O PROCONVE
Com base em experiências e estudos em âmbito nacional e internacional sobre a questão da poluição atmosférica, deu-se origem à Resolução nº 18/86 do Conama, que estabelece, em nível nacional, o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).
O efeito do Proconve na redução das emissões médias de poluentes dos veículos é um fator importante no controle da qualidade do ar.
Clique aqui e veja a tabela que apresenta os limites de emissão de poluentes para automóveis novos, movidos à gasolina e a álcool.
Classificação das fontes de poluição atmosférica.
De acordo com Malheiros (2000 apud PHILIPPI JUNIOR; MALHEIROS, 2009), a classificação das fontes de poluição do ar pode ser feita quanto a sua forma do seguinte modo:
 Fontes pontuais – quando a fonte pode ser considerada como um ponto em determinada área;
 Fontes do tipo área – fontes utilizadas para englobar um conjunto de pequenas fontes individuais não significativas (no contexto individual) quando caracterizadas como fontes pontuais, mas a emissão do conjunto todo é importante;
 Fontes veiculares – tendo em vista a importância da contribuição das emissões veiculares nos estudos do controle da poluição atmosférica, diversos autores sugerem que essas fontes sejam tratadas em separado.
Problemas da poluição atmosférica.
Limiares.
A existência de um limiar nos efeitos dos poluentes sobre a saúde foi assunto debatido durante muitos anos.
 É possível traçar diversas curvas de reações em funções de doses para o caso de um poluente específico (por exemplo, o monóxido de carbono) e a reação a ele (por exemplo, a redução da capacidade do sangue de transportar oxigênio).
 É possível, ainda, que não haja efeito algum para o metabolismo humano até que atinja uma concentração crítica: o limite. Em contrapartida, alguns poluentes podem produzir uma reação detectável para qualquer concentração finita.
 Nenhuma das curvas precisa ser linear. Para a poluição do ar, a relação dose-reação mais provável para muitos poluentes é não linear, sem limiares identificáveis, mas com reação mínima até uma alta concentração, no ponto em que a reação torna-se grave. 
 O problema é que desconhecemos a forma dessas curvas para a maioria dos poluentes.
Carga total.
Nem todas as doenças de poluentes provêm do ar.
 Por exemplo, apesar de uma pessoa inspirar cerca de 50 µg/dia de chumbo, ela ingere cerca de 300µg/dia de chumbo com água e alimentos.
 No que diz respeito aos padrões de qualidade do ar para o chumbo, devemos reconhecer que a ingestão de chumbo acontece, em maior quantidade, através de alimentos e água.
Tempo versus dosagem.
A maioria dos poluentesleva certo tempo para reagir, e o tempo é tão importante quanto o nível de contato.
O melhor exemplo disso é o efeito do monóxido de carbono. A afinidade que a hemoglobina humana (Hb) tem com o monóxido de carbono é 210 vezes maior que a afinidade com o oxigênio.
Consequentemente, o CO combina-se imediatamente com a hemoglobina para formar a carboxihemoglobina (COHb). A formação desse composto reduz a quantidade de hemoglobina disponível para transportar oxigênio.
Uma concentração de aproximadamente 60% de COHb pode levar à morte por falta de oxigênio. No entanto, os efeitos de CO a concentrações subletais são, geralmente, reversíveis. 
Em função de problemas desse tipo ao tempo e à reação aos poluentes, os padrões de qualidade do ar ambiente são estabelecidos a concentrações máximas permitidas para um determinado tempo de contato.
Sinergismo.
O termo sinergismo é definido como um efeito maior que a soma das partes.
 Por exemplo, a doença do pulmão negro em trabalhadores de minas de carvão ocorre apenas quando o minerador é fumante. 
 A mineração de carvão, por si só, e o hábito de fumar isoladamente não causarão a doença, mas a ação sinérgica das duas ações coloca os mineradores que fumam em uma condição de alto risco. 
 Portanto, é incorreto afirmar que a poluição do ar (independente da gravidade ou do cosumo de cigarros para tal problema) causa câncer de pulmão ou outras doenças respiratórias.
Condições de estabilidade e instabilidade da atmosfera.
Pasquill (1961) dividiu as condições de estabilidade da atmosfera em seis classes, quais sejam:
Classe A – Extremamente instável;
Classe B - Instável;
Classe C - Ligeiramente instável;
Classe D - Neutra;
Classe E - Ligeiramente estável;
Classe F - Estável.
As condições para a ocorrência de instabilidade são a alta radiação solar e ventos de baixa velocidade. A condição instável é boa para a dispersão de poluentes!
A condição de estabilidade, por sua vez, ocorre na ausência de radiação solar, de nuvens e de ventos leves, além de representar condição desfavorável à boa dispersão de poluentes.
Já céu nublado ou ventos fortes caracterizam a condição neutra da atmosfera (ASSUNÇÃO, 2009).
Aula 3 Tele transmitida – Poluição Atmosférica 
O mundo não mudou apenas em termos demográficos, sociais e econômicos, também mudou em termos ecológicos. 
Além do desmatamento e da perda das espécies, o planeta está sofrendo os embates de novos problemas ambientais globais: o efeito estufa, o problema da camada de ozônio e as chuvas ácidas. 
Todos esses problemas têm impactos diretos ou indiretos sobre nós. 
Os registros climatológicos entre 2005 e 2011 ajudam a constatar que o problema é ainda pior que o estimado anteriormente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). 
De fato, os cinco anos mais quentes do planeta desde os anos 1890 foram, pela ordem, 2005, 1998, 2002, 200
Além da elevação dos mares, os principais impactos das mudanças climáticas se referem a:
I – mudanças na distribuição dos ecossistemas terrestres, pois as plantas e animais vão se movimentar de acordo com suas preferências climáticas;
II – Ameaça para a sobrevivência da biodiversidade de cada país, em maior ou menor escala, em função da velocidade da mudança e de sua magnitude;
III – mudanças na composição e na função dos ecossistemas;
IV – dificuldade para prever como os ecossistemas vão responder às mudanças climáticas. 
As fontes de poluição do ar podem ser divididas em fixas e móveis. 
As emissões para a atmosfera podem vir de ações naturais e de ações antrópicas (humanas).
As emissões naturais provém de: 
 Erupções vulcânicas que lançam partículas e gases para a atmosfera, como os compostos de enxofre (gás sulfídrico e dióxido de enxofre); 
 Decomposição de vegetais e animais; ação do vento, causando ressuspensão de poeira de solo e de areia; 
 Ação biológica de microorganismos no solo; 
 Formação de metano, principalmente nos pântanos; 
 Outros processos naturais, como as reações na atmosfera. 
Entre as fontes antropogênicas, destacam-se diversos processos e operações industriais:
 A queima de combustível, para fins de transporte nos veículos a gasolina, álcool, diesel ou movidos por qualquer outro tipo de combustível e para aquecimento no geral e cozimento de alimentos; 
 Queimadas, queima de lixo ao ar livre; incineração de lixo; 
 Poeiras provenientes de demolição na construção civil e movimentações de terra em geral; 
 Comercialização e armazenamento de produtos voláteis como gasolina e solventes; 
 Equipamentos de refrigeração e ar-condicionado; pinturas em geral;
 Estações de tratamento de esgotos domésticos e industriais e aterros de resíduos sólidos (Assunção, 2009). 
Os veículos são, atualmente, a principal fonte de emissão de poluentes para a atmosfera, em especial nos grandes centros urbanos.
Na América Latina, merecem destaque a poluição do ar na Cidade do México, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Santiago. 
Na região metropolitana de São Paulo, os veículos contribuem com cerca de 98% da emissão de monóxido de carbono, 97% dos hidrocarbonetos e 96% dos óxidos de nitrogênio, além de serem importantes contribuintes na emissão de dióxido de enxofre e material particulado inalável. 
A poluição causada por veículos é tão significativa que seu uso foi restringido na cidade de São Paulo e em alguns outros municípios limítrofes, por meio da operação denominada rodízio de veículos. 
Isso também tem ocorrido em outras grandes cidades, como Cidade do México, Santiago, Roma e Paris e em Londres foi adotado em 2003, o sistema de pedágio para circulação de carros no centro da cidade. 
Problemas mais complicados com relação à poluição do ar para a saúde:
Limiares: É possível traçar diversas curvas de reações em funções de doses para o caso de uma dose de um poluente específico (exemplo, monóxido de carbono) e a reação a ele (exemplo, redução da capacidade do sangue de transportar oxigênio). 
Carga total: Nem todas as doenças de poluentes provêm do ar. Ex: apesar de uma pessoa inspirar cerca de 50µg/dia de chumbo, ela ingere cerca de 300µg/dia de chumbo com água e alimentos. 
Tempo versus dosagem: A maioria dos poluentes leva um certo tempo para reagir, e o tempo de contato é tão importante quanto o nível. O melhor exemplo disso é o efeito do monóxido de carbono. A afinidade que a hemoglobina humana (Hb) tem como o monóxido de carbono é 210 vezes maior que a afinidade com o oxigênio, o CO se combina imediatamente com a hemoglobina. 
- Sinergismo: É definido como um efeito maior que a soma das partes. Ex: a doença do pulmão negro em trabalhadores de minas de carvão ocorre apenas quando o minerador é fumante. A mineração de carvão por si só e o hábito de fumar isoladamente não causarão a doença,. 
Fontes e Efeitos Nocivos dos Poluentes:
Poluentes são substâncias químicas encontradas no meio ambiente em níveis altos o suficiente para fazer mal às pessoas ou a outros organismos.
A poluição é qualquer acréscimo ao ar, à água, ao solo ou ao alimento que ameace a saúde, a sobrevivência ou as atividades de seres humanos ou de outros organismos vivos.
Os poluentes podem entrar no meio ambiente de forma natural ou por meio de atividades humanas.
A maior parte da poluição advinda das atividades humanas ocorre em áreas urbanas e industriais, onde as fontes de poluição (carros, fábricas, etc.) se concentram.
A agricultura industrializada também é uma grande fonte de poluição. Alguns poluentes contaminam a área onde são produzidos os alimentos.
Outros poluentes são transportados pelo vento ou pela água corrente para outras áreas.
Gestão da Qualidade do Ar
Ações a serem implementadas : 
Inventário de Emissões
Controle de Emissões para a atmosfera
Monitoramento
Redução de Emissões na fonte
Implantação de equipamento de controle
Controle da qualidade do ar
Treinamento e implementação de procedimentos
Instruções de trabalhos específicos 
O Efeito Estufa consiste,basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-ospara ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta.
Causas
Consumo de combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel, querosene).
 Cultivo de arroz na agricultura.
 A incineração de resíduos e a deposição de resíduos sólidos nas terras.
 Queimadas.
 Desflorestamentos.
 Urbanização.
 Processos Industriais.
O aquecimento global e suas consequências
O aumento no teor atmosférico dos gases-estufa leva a um maior bloqueio da radiação infravermelha, causando uma exacerbação do efeito estufa: aquecimento da atmosfera e aumento da temperatura da superfície terrestre.
Elevação do nível dos mares.
 Alterações climáticas em todo o planeta.
 Aumento da biomassa terrestre e oceânica.
 Modificações profundas na vegetação característica de certas regiões.
 Aumento na incidência de doenças e proliferação de insetos nocivos a saúde. 
 Extinção de espécies.
Ação do homem na natureza...
Concentração de CO² na atmosfera é a maior em 20 milhões de anos: 360ppm (Será?)
Desflorestamento. Árvores aspiram CO² e produzem oxigênio
Alta emissões de gases CFC e outros gases “efeito estufa”
PRINCIPAIS CAUSAS DO EFEITO ESTUFA
Queima de combustíveis fósseis, tanto a nível industrial como urbano
Siderurgias, incineradoras municipais, fábricas de cimento
Fábricas de ácido nítrico, sulfúrico e compostos de clorofluorcarbono 
Países industrializados são responsáveis por 71% das emissões de CO²
Principais consequências
Aquecimento Global
Mudanças Climáticas
Recuo da camada de gelo
Aumento do nível do mar
Inundações
Inversão Térmica 
Secas e desertificação
Doenças 
Aula 4: Padrões de qualidade do ar
Resolução CONAMA nº 3: níveis de referência de poluentes
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu alguns níveis de referência, conforme exposto na tabela a seguir: 
Níveis máximos de poluentes recomendados pela OMS
	indicador
	Concentração máxima recomendada µg/m³
	Tempo de exposição
	Dióxido de enxofre ( SO2)
	500
125
50
	10 minutos
24 horas
Anual
	Dióxido de nitrogênio ( NO2)
	200
40
	1 hora 
Anual
	Monóxido de Carbono ( CO)
	10.000
	8 horas
	Ozônio
	120
	8 horas
Sob o aspecto legal, o nível de referência é denominado padrão de qualidade do ar. No Brasil, os padrões de qualidade do ar estão definidos pela Resolução CONAMA nº 3, de 28 de junho de 1990. Esses padrões são válidos para todo o território nacional, mas pelo menos o Estado de Goiás fixou níveis mais restritivos que esses.
Os poluentes considerados nessa Resolução são: Partículas totais em suspensão ( PTS); fumaça; partículas inaláveis ( PI); Dióxido de enxofre( SO2); Ozônio; Dióxido de nitrogênio( NO2).
Estabeleceram-se padrões primários (destinados à proteção da saúde pública) e padrões secundários para a proteção do meio ambiente em geral e o bem-estar da população.
Os valores fixados por essa Resolução são mostrados na tabela a seguir:
Padrões nacionais de qualidade do ar
	Poluente
	Padrões primários
µg/m³
	Padrões primários
µg/m³
	Padrões primários
µg/m³
	Partículas Totais em Suspensão (PTS)
	240
80
	150
60
	24 horas
Anual
	Partículas Inaláveis (PI)
	150
50
	150
50
	24 horas
Anual
	Fumaça
	150
60
	100
40
	24 horas
Anual
	Dióxido de enxofre(SO2)
	365
80
	100
40
	24 horas
Anual
	Monóxido de carbono( CO)
	40.000*
10.000**
	40.000*
10.000**
	1 hora
8 horas
	Ozônio
	160
	160
	1 hora
	Dióxido de Nitrogênio( NO2)
	320
100
	190
100
	1 hora
Anual
*Corresponde a 35 ppm. 
** Corresponde a 8,7 ppm.
Gestão da qualidade do ar
A gestão da qualidade do ar e seus planos de emergência têm papel importante no processo de gestão urbana, integrando um conjunto de ações que visem à promoção da saúde pública e à proteção ambiental.
 De acordo com Philippi Júnior e Malheiros (2008), a gestão da qualidade do ar inclui:
• O processo de avaliação da qualidade do ar;
• O planejamento estratégico na formulação de políticas e na tomada de decisões;
• O desenvolvimento de um conjunto de ações de caráter preventivo e de medidas de controle da poluição.
Baseando-nos nesses autores, vamos nos aprofundar um pouco mais no processo de avaliação da qualidade do ar. Para realizar essa tarefa, vamos, a partir de agora, acompanhar suas explicações sobre o assunto.
O processo de avaliação da qualidade do ar pode ser realizado por meio de: monitoramento da qualidade do ar, inventários de fontes de poluição e medição das fontes de emissão. 
Monitoramento da qualidade do ar
Embora o monitoramento de poluentes tenha um papel importante no processo de gestão urbana, sua realização isolada para o acompanhamento da qualidade do ar pode ser insuficiente ou impraticável para avaliar e definir, por completo, o nível de exposição de uma população em uma cidade. 
 É necessário que esse monitoramento seja desenvolvido em conjunto com outras ferramentas, como: modelagem, medição de emissões, inventários, interpolação e mapeamento. 
O uso de modelagem matemática para estudo de dispersão de poluentes, quando executada sozinha, é limitado, principalmente para aplicações no planejamento de uma cidade, onde há uma infinidade de fontes e pouca disponibilidade de dados confiáveis.
Sendo assim, para que possa atingir seus objetivos, um plano de monitoramento deve considerar o seguinte:
• Coleta de dados (com controle e garantia de qualidade); 
• Análise dos dados coletados; 
• Comunicação a todos os atores da cidade, de modo a criar conscientização, demanda e respostas necessárias por meio de políticas públicas.
Para tanto, são necessários recursos financeiros, pessoal capacitado e um período de tempo mínimo de coleta de dados.
A determinação sistemática da qualidade do ar é limitada a um número restrito de poluentes, inclusive por problemas de ordem prática, definidos em função de sua importância e dos recursos materiais e humanos disponíveis.
De uma forma geral, a escolha recai sempre sobre um grupo de poluentes que servem como indicadores de qualidade do ar, consagrados universalmente, como: dióxido de enxofre, poeira em suspensão, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio.
De acordo com Who (1999), CETESB (2002) e Martinez e Romieu (1997), para fins de plano de emergência, os principais objetivos de um monitoramento da qualidade do ar são:
• Fornecer dados para ativar ações de emergência durante períodos de estagnação atmosférica – quando os níveis de poluentes na atmosfera podem representar risco à saúde pública;
• Avaliar a qualidade do ar à luz de limites estabelecidos para proteger a saúde e o bem-estar das pessoas;
• Acompanhar as tendências e mudanças na qualidade do ar, ocasionadas pelas emissões de poluentes.
A frequência da coleta de informações sobre os poluentes deve ser planejada em função:
• Dos objetivos do programa de monitoramento;
• Da validação estatística dos dados coletados;
• Das características ambientais e sociais da região monitorada;
• De uma avaliação econômica do programa.
Controle da poluição do ar
O modo mais fácil de controlar a poluição do ar é eliminar sua fonte. Surpreendentemente, essa é, quase sempre, a solução mais econômica para o problema da poluição do ar. 
Desativar um incinerador de lodo e depositar o lodo em um local adequado, (específico para tal finalidade), por exemplo, pode ser bem mais econômico do que instalar um equipamento de limpeza de ar para o incinerador. Em outros casos, uma modificação do processo, como a troca do carvão por gás natural em uma usina elétrica, eliminará o problema imediato da poluição do ar. 
Entretanto, muitas vezes, o controle é feito por meio de alguma forma de tratamento de ar semelhante ao conceito de tratamento da água (VESILIND; MORGAN, 2011).
A escolha do equipamento de tratamento adequado exige uma combinação das características do poluente com os recursos do aparelho de controle.
Os tamanhos dos poluentes variam em faixas com muitas ordens de magnitude. Portanto, não devemos esperar que um mesmo aparelho seja eficiente e eficaz para o tratamento de todos os tipos de poluentes.
Além disso, de acordo com Vesilind e Morgan (2011), os tipos de elementos químicos nas emissões geralmente apontam para o uso de algunsaparelhos. Por exemplo, um gás que contém alta concentração de SO2 poderia ser limpo com sprays d’ água, mas o ácido sulfúrico resultante poderia causar sérios problemas de corrosão.
Segundo os mesmos autores, os diversos aparelhos para controle da poluição do ar são convenientemente divididos em dois tipos: aqueles aplicáveis ao controle de particulados e aqueles aplicáveis ao controle dos poluentes gasosos. 
Isso decorre, sem dúvida, em função da diferença dos tamanhos dos poluentes: as moléculas de gás têm diâmetros de cerca de 0,0001 mícron; já os particulados variam com tamanhos a partir de 0,1 mícron.
A qualidade do ar e a proteção à saúde pública são direitos da sociedade garantidos pela Constituição Federal Brasileira de 1988.
Portanto, de acordo com Philippi Júnior e Malheiros (2008), cabe aos diferentes atores, nos âmbitos local e global, a atuação no sentido de eliminar ou reduzir os efeitos negativos à saúde agravados pela poluição do ar.
Segundo os mesmos autores, também é necessário repensar os modelos de desenvolvimento para a revisão das questões de consumo sustentável bem como dos estilos e das prioridades a serem enfocadas.
É preciso que a sociedade saiba e busque alternativas para que suas atividades sejam menos impactantes, como, por exemplo, a disponibilização de transporte coletivo eficiente ou veículos que poluam menos. 
A conscientização da comunidade para a importância da questão da poluição do ar resultará na tomada de decisões que consideram as questões de desenvolvimento econômico, social e ambiental!
Aula 4 Tele transmitida – Padrões de Qualidade do Ar
O conceito de ar limpo é relativo, considerando que os seres vivos já estão acostumados com concentrações normais de substâncias na atmosfera. 
No entanto, quando ocorrem alterações nesses níveis, alguns efeitos poderão ser observados, tanto em relação ao ser humano quanto a outras formas de vida, e mesmo a materiais inertes. 
A poluição do ar ocorre quando a alteração da composição qualitativa ou quantitativa da atmosfera resulta em danos reais ou potenciais (Assunção, 2009).
 Pressupõe-se a existência de níveis de referência para diferenciar a atmosfera poluída da atmosfera não poluída. 
O nível de referência deveria ser o nível máximo de poluentes na atmosfera que não ocasionasse efeitos indesejáveis. 
 Em geral, esses níveis são estabelecidos a partir de dados científicos de dose-resposta, obtidos por estudos toxicológicos e/ou epidemiológicos, ou mesmo por estudo de efeitos em vegetais e materiais inertes e também por informações de episódios ocorridos em diversas regiões do globo (Assunção, 2009).
O nível de referência, sob o aspecto legal, é denominado Padrão de Qualidade do Ar. 
No Brasil, os padrões de qualidade do ar estão definidos pela Resolução Conama nº 3, de 28.06.1990 e são válidos para todo o território nacional, mas pelo menos o Estado de Goiás fixou níveis mais restritivos que esses. 
Os poluentes considerados nessa resolução foram: Partículas Totais em Suspensão (PTS), Fumaça, Partículas Inaláveis (PI), Dióxido de Enxofre, Monóxido de Carbono (CO), Ozônio e Dióxido de Nitrogênio. 
Estabeleceram-se padrões primários, destinados à proteção da saúde pública, e padrões secundários, para a proteção do meio ambiente em geral e o bem-estar da população.
A gestão da qualidade do ar e seus planos de emergência tem papel importante no processo de gestão urbana, integrando conjunto de ações que visem à promoção da saúde pública e proteção ambiental. 
A gestão da qualidade do ar inclui o processo de avaliação da qualidade do ar, o planejamento estratégico na formulação de políticas e tomada de decisões, o desenvolvimento de conjunto de ações de caráter preventivo e de medidas de controle da poluição (Philippi Junior e Malheiros 2008).
O uso de modelagem matemática para estudo de dispersão de poluentes, quando executada sozinha, é limitada, principalmente para aplicações no planejamento de uma cidade, onde há uma infinidade de fontes e pouca disponibilidade de dados confiáveis. 
Um plano de monitoramento, para que possa atingir seus objetivos, deve considerar o seguinte: 
Coleta de dados (com controle e garantia de qualidade); 
Análise dos dados coletados; comunicação a todos os atores da cidade, de modo a criar conscientização, demanda e respostas necessárias por meio de políticas públicas. 
Para tanto, são necessários recursos financeiros, pessoal capacitado e um período de tempo mínimo de coleta de dados. 
A determinação sistemática da qualidade do ar em geral é limitada a um número restrito de poluentes, inclusive por problemas de ordem prática, definidos em função de sua importância e dos recursos materiais e humanos disponíveis. 
De uma forma geral, a escolha recai sempre sobre um grupo de poluentes que servem como indicadores de qualidade do ar, consagrados universalmente, como: dióxido de enxofre, poeira em suspensão, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio. 
A razão da escolha desses parâmetros como indicadores de qualidade do ar está ligada à sua maior freqüência de ocorrência e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente (Who, 1999; CETESB, 2002).
Os principais objetivos de um monitoramento, para fins de plano de emergência, da qualidade do ar são:
fornecer dados para ativar ações de emergência durante períodos de estagnação atmosférica quando os níveis de poluentes na atmosfera podem representar risco à saúde pública;
avaliar a qualidade do ar à luz de limites estabelecidos para proteger a saúde e o bem-estar das pessoas;
acompanhar as tendências e mudanças na qualidade do ar ocasionadas pelas emissões de poluentes. 
A freqüência da coleta de informações sobre os poluentes deve ser planejada em função dos objetivos do programa de monitoramento, da validação estatística dos dados coletados, das características ambientais e sociais da região monitorada e de uma avaliação econômica do programa. 
Controle da Poluição do Ar
O modo mais fácil de controlar a poluição do ar é eliminar a fonte da mesma. Surpreendentemente, quase sempre essa é a solução mais econômica para o problema da poluição do ar. 
Desativar um incinerador de lodo e depositar o lodo em um local adequado, específico para tal finalidade, por exemplo, pode ser bem mais econômico do que instalar um equipamento de limpeza de ar para o incinerador. 
Em outros casos, uma modificação do processo, como a troca do carvão por gás natural em uma usina elétrica, eliminará o problema imediato da poluição do ar. 
Porém, muitas vezes, o controle é feito por meio de alguma forma de tratamento de ar semelhante ao conceito de tratamento da água (Vesilind e Morgan, 2011).
A escolha do equipamento de tratamento adequado exige uma combinação das características do poluente com os recursos do aparelho de controle. 
É importante lembrar que os tamanhos dos poluentes variam em faixas com muitas ordens de magnitude e que, portanto, nãos e deve esperar que um mesmo aparelho seja eficiente e eficaz para o tratamento de todos os tipos de poluentes.
Além disso, os tipos de elementos químicos nas emissões, geralmente, apontam para o uso de alguns aparelhos. 
Por exemplo, um gás contendo uma alta concentração de SO2 poderia ser limpo com sprays de água, mas o ácido sulfúrico resultante poderia causar sérios problemas de corrosão (Vesilind e Morgan, 2011).
Poluente Atmosférico 
Regulamentados, Clássicos ou “Criteria Pollutants”: 
Composto sulfurado
Composto nitrogenado
 Composto de Carbono
Composto Halogenado
 Ozônio
Não Regulamentados ou “Non- Criteria Pollutants”: 
Substâncias Tóxicas:
Orgânicos: VOC’s, BTEX, 1,3 butadieno, etileno, estireno, asbesto, policíclicos aromáticos
 HPA’s (benzopirenos), 
 PCB’s (policlorados bifenilas (dioxinas e isômeros), 
 Metais
 Compostos radiativos
UM FOCO EM QUALIDADE DO AR
Padrão Primário
Concentração de poluente que, ultrapassada, poderá afetar a saúde da população
Padrão Secundário
Concentração de poluente abaixo da qual se prevê o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.
ResoluçãoCONAMA No 005- 15/06/1989
CLASSE I
Áreas de preservação, lazer, turismo- qualidade do ar compatível com ausência de perturbação antropogênica
CLASSE II
Limitadas por padrão secundário 
CLASSE III
Limitadas por padrão primário
Essencialidade do AR -Comparação ilustrativa
 consumo médio (repouso) 8l/min 
 máximo tempo sem respirar: 5 min
 máximo tempo sem água: 5 dias
 máximo tempo sem comida: 50 dias
Custos Associados à Poluiçào do Ar 
Saúde Humana 
 Absenteísmo por deficiência respiratória: ~60 milhões de dias não trabalhados – faixa: 15 a 60 anos
 Bronquite crônica, enfisema - ~150.000 casos de excesso – faixa: >/ 60 anos
 Tosse crônica, alergias: ~3 milhões de casos – faixa: < 15 anos
FONTE: OMS, Cenário: América Latina
Prejuízos na Agricultura
Perdas atribuídas a O3/smog fotoquímico: USD 200 milhões/ano
US Office of Technology Assessment – 25% de redução da [O3] troposférico implicaria aumento de USD 500 milhões/ano
Importância da atuação legal/ regulatória 
1. PREVENTIVA: MINIMIZAR / EVITAR IMPACTOS ATMOSFÉRICOS a:
 saúde humana
 biota
 ao ambiente
 aos materiais 
2. Garantir a QUALIDADE de vida em um cenário de sustentabilidade
Efeito AGUDO versus EFEITO CRÔNICO 
EPISÓDIO de poluição do ar ou condições insalubres – Efeito agudo: dano ou morte, correspondente às conseqüências associadas a mais altas concentrações do poluente, às quais são mais suscetíveis os grupos de receptores sensíveis, como:
Idosos
Recém-nascidos
Alérgicos
Hipersensíveis
Idiossincráticos 
Efeito crônico – associado à exposição de LONGO prazo, patamares de concentração mais baixos, aos quais TODOS os grupos de receptores estão sujeitos
PROBLEMA: Como expurgar o MASCARAMENTO associado aos hábitos pessoais e sinergismos a eles vinculados? 
Exemplos:
Fumo
Hábitos alimentares
Sedentarismo
Qualidade de vida
Estado de saúde
Carga genética
Efeitos na Cobertura Vegetal
FITOTOXIDADE:
Mais potentes fitotóxicos: 
SO2
PAN
Eteno
Menos severos:
Cloro
Ácido clorídrico
Amônia
Hg
Ciclo: ocorre a absorção do poluente via respiração
Ataque à molécula de clorofila – danos de crescimento/ respiração 
Graus de severidade diferenciada, em função de :
Sensibilidade/ idiossincrasias da espécie botânica
Concentração atmosférica
Tipo de poluente
Complicação: sinergismo dificulta a diagnose do problema
Efeitos nos Materiais
CORROSÃO ELETROQUÍMICA: ocorre a formação de microanodos/ catodos sobre a superfície metálica, com desgaste/ corrosão final do material
Parâmetros relevantes:
Umidade do ar ou umidade local – responde por 70 a 90% do processo
Temperatura
Radiação solar ou iluminação local
Grau de exposição da superfície
Regulamentação: Panorâmica
Nos Estados Unidos, foram estabelecidos PADRÕES NACIONAIS de QUALIDADE do AR (“National Ambient Air Quality Standards” – NAAQS), cuja gestão é atribuição da USEPA (Agência de Proteção Ambiental Americana), para os poluentes atmosféricos cujos efeitos desfavoráveis
na população, 
na biota, 
na vegetação 
nos materiais 
têm sustentação científica.
Tais poluentes foram designados “criteria pollutants”
São eles: CO, SO2, O3, NO2, PM10, PM2.5, Chumbo
Para estes poluentes, foram estabelecidos, em nível nacional, limites ou patamares de concentração no ar , que diferenciam a atmosfera poluída da não poluída (ou remota), e são classificados em: 
primários
secundários
Por padrão primário, a legislação americana designa o patamar de concentração, no ar, que, se não ultrapassado, garante a proteção da saúde da população, dada uma margem de segurança considerada adequada.
Teoricamente, os níveis de concentração compatíveis com os padrões primários protegem a saúde mesmo dos grupos de receptores mais sensíveis, tais como:
Recém-nascidos – quadro de precariedade do sistema imunológico
Indivíduos com histórico de cardiopatia
Indivíduos com histórico de doenças respiratórias
Idosos
No entanto, há divergências notórias:
quanto à designação “adequada”, em contraponto às hipersensibilidades individuais – caso típico: sensibilidade a compostos sulfurados - como se enquadram estes receptores?
quanto ao estabelecimento de patamares ou limites que assegurem a proteção aos efeitos de longo prazo – caso típico: OZÔNIO
Por padrão secundário, a legislação americana designa o patamar de concentração que, se não ultrapassado, salvaguarda a proteção do patrimônio público, contemplando os aspectos:
 de natureza econômica: proteção às atividades agrícolas, pecuárias e de extrativismo vegetal em geral
 preservação de áreas de vegetação (florestas)
 preservação de patrimônio histórico- cultural: museus, relíquias etc
efeitos estéticos: degradação da visibilidade 
A legislação brasileira é inspirada nos NAAQS dos Estados Unidos
Existem os padrões de nível LOCAL (estadual ou municipal), mais rigorosos que os nacionais, que atendem às necessidades e peculiaridades da região de interesse: caso típico – a legislação do estado da Califórnia para controle de smog fotoquímico
Formas de apresentação dos agentes
GASES
- VAPORES; POEIRAS; NEBLINAS; NÉVOAS; FUMOS
TOXICOLOGIA
CARCINOGÊNICO; MUTAGÊNICO; TERATOGÊNICO; ALERGÊNICO; SISTÊMICO, SELETIVO.
Aula 5: Solos
Definição de solo
Na definição geológica, uma camada de regolito cobre a maior parte da superfície da crosta terrestre do planeta Terra. 
O regolito que sustenta a vegetação – constituído de material desagregado, ar, água e matéria orgânica – é chamado de solo. 
 Quase todos os organismos que vivem na Terra dependem, direta ou indiretamente, do solo para sua existência. As plantas crescem no solo, de onde obtêm nutrientes e a maior parte de água, enquanto muitos animais que vivem na Terra dependem das plantas como nutrientes (WICANDER; MONROE, 2011).
Aproximadamente 45% de um bom solo para agricultura e jardinagem consistem de material decomposto (principalmente areia, aluvião e argila). Grande parte de seu volume restante compõe-se simplesmente de espaços vazios ou poros preenchidos com ar ou água.
 Além disso, uma quantidade pequena – mas importante – de húmus está, geralmente, presente no solo. De acordo com Wicander e Monroe (2011), mesmo um solo fértil pode ter pouco húmus (como, por exemplo, 5%), e, no entanto, ser importante como fonte de nutrientes de plantas e de aumento da capacidade do solo para retenção da umidade.
Segundo os mesmos autores, alguns minerais desintegrados nos solos são simplesmente grãos de silte de minerais de aluvião – especialmente quartzo –, mas outros minerais podem também estar presentes no solo. Essas partículas sólidas separam as partículas do solo, permitindo que o oxigênio e a água circulem mais livremente.
 Minerais argilosos são também importantes constituintes de solos e ajudam na retenção da água bem como no suprimento de nutrientes para as plantas. No entanto, os solos com excesso de minerais argilosos drenam mal e são viscosos (quando molhados) e duros (quando secos).
Classificação do solo
Dependendo da sua formação, os solos podem ser classificados em quatro grupos principais, que sejam:
Residual: Se um corpo de rocha se desgasta e o resíduo do intemperismo acumula-se sobre ele, o solo formado é residual, ou seja, sua formação ocorreu in situ.
Transportado: Em contraste ao residual, o solo transportado é aquele que se desenvolve sobre material decomposto, erodido e transportado de um sítio de intemperismo e depositado em outro lugar, como uma planície aluvial, por exemplo. (WICANDER; MONROE, 2011)
Coluvional: Os solos coluvionais formam-se devido ao lento movimento da porção mais superficial do manto de intemperismo, por influência de diversos fatores, com ênfase para a ação da gravidade.
Orgânicos: Os solos orgânicos são formados pela adição de certa quantidade de matéria orgânica animal e, principalmente, vegetal, e de parcela de argila mineral. (ROCHA, 2008)
Fatores na formação do solo.
Veja quais são os fatores críticos que controlam a formação do solo:
• O clima;
• O material parental;
• A atividade orgânica;
• O relevo;
• A encosta;
• O tempo.
Interações complexas entre esses fatores são responsáveis pelo tipo de solo, por suaespessura e fertilidade.
Característica do solo.
Para dar continuidade à questão da formação do solo, é importante reforçar que a natureza e as propriedades do solo são dependentes de características físicas, químicas e biológicas.
 Com base em Rocha (2008), essas características podem ser descritas sucintamente da seguinte forma:
Aula 5 tele transmitida – Solos
A consciência da relação entre a vida e o meio já aparece manifesta nos escritos e nas gravuras impressos em rochas e paredes de cavernas, nos vestígios deixados pelas mais antigas civilizações. 
Esse conhecimento da interdependência da diversificada comunidade de seres vivos (plantas e animais) entre si e com o meio físico que os cerca (solo, água, ar) induziu, ao longo da trajetória evolutiva do ser humano, desde seus ancestrais simiescos até o Homo sapiens, ao surgimento de uma nova dimensão na ciência biológica, a Ecologia (Rocha, 2008).
O ser humano transformou-se rapidamente de Homo sapiens em Homo tecnologicus, Homo faber e, finalmente, Homo economicus modificando em grande parte o meio ambiente primitivo de várias regiões, provocando situações, às vezes, irreversíveis. 
O solo tem sido sensivelmente prejudicado em face da atividade antrópica. 
Algumas estimativas da ONU, indicam que o número de km2 de florestas por 10.000 habitantes em todo o globo terrestre diminuiu da ordem de 11,4 para 7,3 desde os anos de 1970, atestando o acelerado processo de devastação e desertificação
Na definição geológica, uma camada de regolito – um termo coletivo para sedimento, independentemente de como ele foi depositado, assim como para camadas de materiais formados in situ pelo intemperismo – cobre a maior parte da superfície da crosta terrestre do planeta Terra.
 Algum regolito, constituído de material desagregado, ar, água e matéria orgânica sustenta a vegetação e é chamado de solo. 
Quase todos os organismos que vivem na terra dependem direta ou indiretamente do solo para a sua existência. 
As plantas crescem no solo do qual obtêm nutrientes e a maior parte de água, enquanto muitos animais que vivem na terra dependem das plantas como nutrientes (Wicander e Monroe, 2011).
No dicionário Aurélio, solo aparece como “porção da superfície da Terra, chão, parte inconsolidada do manto de intemperismo e que contém matéria orgânica e vida bacteriana que possibilitam o desenvolvimento das plantas”.
A palavra solo originária do latim solum, literalmente, quer dizer parte plana e inferior de um todo ou onde se pisa com os pés; seu significado original, ou seja, o que é mais usado, é chão ou solo em que se pisa, segundo o pesquisador Jean Boyer (Rocha, 2008).
Aproximadamente 45% de um bom solo para agricultura e jardinagem consiste em material decomposto, principalmente areia, aluvião e argila, com muito do volume restante sendo simplesmente espaços vazios ou poros preenchidos com ar e/ou água. 
Além disso, uma quantidade pequena, mas importante, de húmus está geralmente presente. 
O húmus é carbono derivado da desintegração bacteriana da matéria orgânica e é altamente resistente a uma desintegração posterior.
Mesmo um solo fértil pode ter tão pouco húmus, como 5%, e, no entanto, ser importante como fonte de nutrientes de plantas e no aumento da capacidade do solo para retenção da umidade (Wicander e Monroe, 2011).
Segundo os mesmos autores, alguns minerais desintegrados nos solos são simplesmente grãos de silte de minerais de aluvião, especialmente quartzo, mas outros minerais podem também estar presentes. 
Essas partículas sólidas separam as partículas do solo, permitindo que o oxigênio e a água circulem mais livremente. 
Minerais argilosos são também importantes constituintes de solos e ajudam na retenção da água, assim como no suprimento de nutrientes para as plantas. 
Os solos com excesso de minerais argilosos, no entanto, drenam mal e são viscosos quando molhados e duros quando secos.
Clima e solo
Os pedólogos consideram que o clima é o mais importante fator isolado nas origens do solo. 
Contudo, interações complexas entre vários fatores são responsáveis pelo tipo de solo, espessura e fertilidade. 
Um intenso intemperismo químico nos trópicos produz solos espessos dos quais a maioria dos minerais solúveis foram removidos pela lixiviação. 
Nos climas árticos ou desérticos, em contraste, os solos tendem a delgados, com quantidades significativas de minerais solúveis, e são compostos principalmente de minerais derivados do intemperismo mecânico.
O laterito se forma nos trópicos onde o intemperismo químico é intenso e a lixiviação de minerais solúveis é completa. 
Esses solos são vermelhos, comumente se estendem em profundidades de dezenas de metros, e são compostos em sua grande parte em hidróxidos de alumínio, óxidos de ferro e minerais argilosos; mesmo o quartzo, um mineral quimicamente estável, é geralmente lixiviado. 
Um exemplo desse tipo de solo é o solo do sudeste brasileiro. 
Embora os lateritos suportem uma vegetação exuberante, eles não são muito férteis. 
A vegetação nativa é sustentada pelos nutrientes provenientes principalmente da camada de matéria orgânica da superfície. 
Quando se remove a vegetação nativa, a acumulação na superfície da matéria orgânica é rapidamente oxidada, e há pouca coisa a se fazer para substituí-la. 
Consequentemente, uma sociedade que pratica a agricultura que derruba e queima a vegetação empobrecem esses solos, e a produção de safras fica reduzida a alguns poucos anos, no melhor dos casos. 
Assim, com o solo exaurido de nutrientes para as plantas, o laterito rico em argila se queima intensamente no sol tropical, e os fazendeiros se mudam para outra área onde o processo é repetido.
Atividade dos organismos:
Os solos dependem dos organismos para sua fertilidade e, em troca, fornecem um hábitat apropriado para muitos organismos. 
As minhocas, formigas, cupins, e com vários tipos de fungos, algas e animais unicelulares, fazem suas casas nos solos. Todos contribuem para a formação dos solos e fornecem húmus quando morrem e são decompostos pela ação bacteriana.
Muito do húmus nos solos é fornecido por gramas ou restos de folhas que os microorganismos decompõem para obter alimento. 
Assim, eles quebram os compostos orgânicos dentro das plantas e liberam nutrientes de volta ao solo. Além disso, os ácidos orgânicos produzidos pelos organismos em decomposição são importantes no intemperismo posterior de materiais parentais e partículas do solo.
Animais em suas tocas constantemente revolvem e misturam os solos, e as tocas que eles fazem fornecem avenidas para os gases e a água. 
Os organismos do solo, são extremamente importantes na transformação do nitrogênio atmosférico para uma forma de nitrogênio apropriado para o uso das plantas.
A configuração da Terra – relevo e encosta
A diferença na elevação entre o ponto alto e o baixo em uma região é chamada de relevo. E em razão de o clima ser um fator tão importante na formação do solo e de mudar com o relevo, as áreas com considerável relevo possuem diferentes solos nas montanhas e nas planícies adjacentes. 
A encosta também é um controle importante; ela influencia a formação do solo de duas maneiras: uma é simplesmente o ângulo da encosta; encostas escarpadas não possuem solo ou possuem muito pouco porque os materiais desgastados erodem mais facilmente que os processos de formação de solo podem operar. Outro fator é direção da encosta. 
Se estiverem situadas em clima frio, permanecem cobertas de neve ou congeladas por mais tempo.
Adubação Verde
A adubação verde é o plantio de diversas espécies vegetais intercalado ou concomitante às culturas comerciais. 
Com a adubação verde a agricultura orgânica procura imitar o que ocorre nas florestas naturais: diversificar os tipos de vegetação no solo, diversificar os tipos de microrganismos no solo, adicionar matéria orgânica ao solo, interromper o ciclo de pragas e doenças etc.
Compostagem
A compostagem também imita os processos da natureza. 
Assim como ocorre nas florestas naturais, buscamos com a compostagem reciclar a vida. 
A matériaorgânica obtida dos restos de processos agrícolas, industriais ou residenciais precisa sofrer um processo de compostagem (fermentação) que pode ser acrescido de minerais e voltar ao solo, devolvendo a ele o que lhe foi retirado.
O que é proibido na Agricultura Orgânica
No manejo do solo:
. Desmatamento de áreas vitais para o ambiente.
. Queimadas sistemáticas
 . Arações profundas.
No Uso de Sementes  e Mudas:
. Uso de sementes tratadas quimicamente
. Uso de qualquer agrotóxico na produção de plantas matrizes para coleta de sementes ou para produção de mudas.
No Sistema de Produção:
. As monoculturas são evitadas. (A diversidade é fator que traz estabilidade ao agrossistema)
 . Ausência de programas de rotação de culturas.
No Manejo da Adubação:
 Adubos Orgânicos:
 . Uso de estercos animais de fontes contaminadas.
 . Restos vegetais contaminados por agrotóxicos ou tratados por herbicidas.
 . Resíduos industriais com níveis altos de contaminantes de origem agrícola, veterinária e industrial.
Adubos Minerais:
 . Uso de adubos nitrogenados, fosfatados, potássicos, cálcicos e magnesianos com alta solubilidade.
 . Uso de micronutrientes em doses excessivas.
 . Adubos folires de síntese química.
Uso de Hormônios Vegetais e de Ativadores de Processos Fisiológicos:
 .Hormônios e reguladores sintéticos de crescimento.
 .Substâncias de origem biotecnológica.
 .Aditivos, inibidores químicos e corantes sintéticos em geral.
Manejo de Pragas e Doenças:
 . Uso de qualquer agrotóxico orgânico sintético.
 . Tratamento químico do solo.
 . Tratamento de sementes e mudas.
 . Uso de qualquer agrotóxico inorgânico sintético à base de metais persistentes no ambiente.
 . Uso de organismos produzidos por biotecnologia e engenharia genética (antes da avaliação de impacto ambiental).
Manejo de Plantas Invasoras ("daninhas"):
. Uso de qualquer herbicida sintético, de natureza química.
 . Herbicidas de produtos derivados de petróleo.
 . Herbicidas hormonais sintéticos.
Manejo da Água para Irrigação:
. Águas contaminadas por resíduos de agrotóxicos, fertilizantes altamente solúveis, materiais fecais, resíduos de indústrias e outros poluentes hídricos.
CICLAGEM DE NUTRIENTES
Diferente da energia, os nutrientes são retidos dentro do ecossistema e circulam entre seus componentes físicos e bióticos.
O ciclo de cada elemento pode ser pensado como um movimento entre compartimentos do ecossistema, sendo os grandes compartimentos os organismos vivos, detritos orgânicos, formas inorgânicas imediatamente disponíveis e formas inorgânicas e orgânicas indisponíveis, geralmente em sedimentos.
Nutrientes, como o fósforo e o nitrogênio frequentemente limitam a produção primária e secundária.
Dessa forma, os ecossistemas podem ser melhores compreendidos através dos ciclos de nutrientes (ciclos biogeoquímicos).
FATORES EDÁFICOS
As diferenças nos solos – que se denominam diferenças edáficas – são muito importantes no controle da distribuição das plantas.
Os conteúdos de minerais dos solos constituem fatores fundamentais na determinação dos padrões de crescimento vegetal.
Os tipos de solo podem diferir mesmo em áreas próximas. O que leva a variação na diversidade e abundância de espécies vegetais em cada ambiente.
Em contraste com os fatores de crescimento, tais como luz solar e água, que afetam geralmente grandes áreas de vida vegetal; as diferenças no solo, devido a diferença na “rocha-mãe”, podem ser extremamente localizadas, com linhas de demarcações bem definidas.
Aula 6: Poluição dos Solos
Degradação da terra e erosão do solo
Em países desenvolvidos, muitas pessoas obtêm alimentos de mercados, redes de fast-food e restaurantes. Basicamente, todos os alimentos vêm da terra: a base da vida. Isso explica por que preservar o solo superficial é fundamental para produzir alimentos suficientes para alimentar a população mundial crescente.
 A degradação da terra ocorre quando processos naturais ou induzidos por humanos diminuem a capacidade da terra de suportar a agricultura, a pecuária ou as espécies selvagens.
Um tipo de degradação da terra é a erosão do solo: o movimento dos componentes do solo, em especial do lixo da superfície e do solo superficial, de um lugar para outro. Os dois principais agentes da erosão são a água corrente e o vento; o primeiro deles causa a maior parte da erosão. (MILLER JUNIOR, 2007)
 Algumas erosões são naturais; outras são causadas por atividades humanas. Em ecossistemas com vegetação inalterada, as raízes das plantas ajudam a fixar o solo, que, geralmente, não se perde com mais rapidez do que se forma.
Vulnerabilidade do solo à erosão
De acordo com Miller Junior (2007), o solo torna-se mais vulnerável à erosão devido às atividades humanas.
 Como exemplos dessas atividades, podemos citar:
• Plantações;
• Alagamentos;
• Construções;
• Pastagem excessiva;
• Uso de veículos off-road;
• Queimadas deliberadas da vegetação (que destroem a cobertura das plantas).
Segundo esse autor, a erosão severa pela água ocorre quando enxurradas se unem e, a cada chuva subsequente, aumentam e aprofundam o corte dos canais até que se transformem em valas ou sarjetas.
Geralmente, a erosão pela água ocorre em encostas íngremes, em que toda – ou quase toda – a vegetação foi removida.
 De acordo com Miller Junior (2007), a erosão do solo possui dois grandes efeitos nocivos, quais sejam:
• A perda da fertilidade do solo pelo esgotamento dos nutrientes das plantas;
• Quando o solo erodido acaba como sedimento em águas superficiais nas proximidades, podendo poluir a água, matar peixes e mariscos e obstruir valas de irrigação, canais para barcos, reservatórios e lagos.
Segundo esse autor, o solo – principalmente o superficial – é classificado como fonte renovável, porque os processos naturais podem regenerá-lo. Se o solo superficial erodir mais rapidamente do que se formar, passará a ser uma fonte de recurso não renovável.
Poluição dos solos
Assim como estudamos na Aula 5, reforçamos, uma vez mais, que o solo é um ecossistema com características físicas, químicas e biológicas próprias, no qual se desenvolve uma grande quantidade de diferentes formas de vida. 
 A poluição do solo pode-se definir como a presença de substâncias que têm uma ação nociva à saúde do homem, aos recursos biológicos e aos ecossistemas. 
 Essa poluição pode ocorrer devido ao caráter receptor dos solos – que se encontram em equilíbrio com a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera – ou pela ação direta de seres vivos – que podem romper seu equilíbrio físico e químico.
Assim como estudamos na Aula 5, reforçamos, uma vez mais, que o solo é um Como todos os ecossistemas, o solo possui uma capacidade de autodepuração em função da:
• Atividade biológica dos microrganismos;
• Atividade química – que desencadeia reações de oxidação, redução, hidrólise, etc.;
• Capacidade de filtração – que faz com que vários tipos de poluentes sejam retidos.
Dentre os principais usos que degradam o solo (poluição), está a disposição de resíduos. 
 Para saber mais sobre o assunto, leia o texto a seguir em formato pdf: 
A disposição de resíduos.
Prevenção e controle da poluição do solo
A poluição é muito intensa nos solos e está relacionada, principalmente, às nossas atividades. Será que conseguiremos revertê-las ou minimizá-las?
 Segundo a CETESB (2007 apud ROCHA, 2008), podemos, sim, minimizar a poluição dos solos.
• Para isso, temos de utilizar diferentes instrumentos para a prevenção e o controle da poluição e da contaminação do solo, dentre os quais, destacamos:
• Padrões de qualidade ambiental;
• Padrões de emissão;
• Padrões de condicionamento de fontes e de projetos;
• Usos legalmente preestabelecidos;
• Licenciamento ambiental;
• Fiscalização;
• Prevenção à poluição e às contaminações;
• Instrumentos econômicos;
• Banimento de tecnologias ou de produtos;
• Emissões transacionáveis;
• Responsabilização pós-consumo.
Quando tais instrumentos não forem convenientemente utilizados ou aplicados, ocasionarão problemas ao solo e ao meio ambiente, o que levará a um passivo ambiental.
Se isso

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