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Estômago - Resumo

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cirurgia do estômago
DEFINIÇÕES
· Gastrotomia = incisão através da parede do estômago.
· Gastrectomia parcial = ressecção de uma porção do estomago.
· Gastrostomia = criação de uma abertura artificial para o lúmen gástrico.
· Billroth I = remoção do piloro (pilorectomia) e anexação do estômago ao duodeno (gastroduodenostomia).
· Billroth II = anexo do jejuno ao estomago (gastrojejunostomia) após gastrectomia parcial, incluindo pilorectomia.
· Piloromiotomia = incisão através da serosa e muscular apenas do piloro.
· Piloroplastia = incisão em toda a espessura e reorientação do tecido para aumentar o diâmetro da região da válvula gástrica.
conduta pré-operatória
· Indicações:
· Remoção de corpos estranhos;
· Corrigir dilatação vólvulo-gástrica; *essa e a anterior são as mais comuns.
· Ulceração ou erosão gástrica;
· Neoplasia;
· Obstrução do fluxo gástrico benigno.
· Doença gástrica pode causar vômito intermitente ou profuso e contínuo, ou somente anorexia.
· Este vômito resulta em desidratação, hipocalemia, alcalose (todavia, acidose metabólica pode ocorrer também).
· Hematêmese – erosão gástrica ou ulceração ou anomalias de coagulação.
· Peritonite por perfuração do estomago causada por necrose ou ulceração – letal se não tratada prontamente e de forma agressiva.
· Pneumonia aspirativa ou esofagite – animais com vômito.
· Se possível, tratar pneumonia grave antes da indução anestésica.
· Esofagite leve pode ser tratada com suspensão da alimentação por 24 a 48 horas e com antagonistas do receptor H2.
· Esofagite grave pode exigir jejum alimentar oral por 7 a 10 dias.
· Se vômito continuo não for esperado – considerar tubo de gastrostomia inserido durante a cirurgia.
· Se vomito continuo for esperado – prefere-se tubo enteral.
· Antagonistas dos receptores H2 (ex., cimetidina, ranitidina, famotidina) ou inibidores de bomba de prótons (omeprazol, esomeprazol, pantoprazol).
· Pasta de sucralfato VO pode ser útil, mas deve ser administrada 1 hora após outras medicações.
· Metoclopramida ou cisaprida melhoram o esvaziamento gástrico.
· Antibióticos eficientes contra contaminantes orais (ex., ampicilina, amoxicilina, clindamicina, cefalosporina) podem ser considerados.
· Se possível, jejum de 8 a 12 horas para assegurar que o estomago estará vazio.
· Gastroscopia – jejum de no mínimo 18 e preferencialmente 24 horas.
· Pacientes pediátricos – somente 4 a 6 horas – evitar a hipoglicemia.
· Realizar cirurgia para obstrução gástrica, distensão, mau posicionamento ou ulceração tão logo esteja estabilizada a condição do animal.
ANTIBIÓTICOS
· Se lúmen gástrico for penetrado – antibióticos perioperatórios poderão ser usados.
· Cefazolina 22 mg/kg IV na indução; repetir uma ou duas vezes em intervalos de 2 a 4 horas; e continuados até 12 horas no pós-operatório.
· Animais com função imune normal submetidos a gastrotomia simples raramente necessitam de antibióticos.
· Bactérias são escassas no estômago devido ao baixo pH gástrico, exceto os organismos Helicobacter.
ANATOMIA CIRÚRGICA
· O estomago é inclinado de tal maneira que sua curvatura maior apresenta-se principalmente à esquerda e sua curvatura menor principalmente à direita.
· O corpo do estomago (terço médio) está contra os lóbulos esquerdos do fígado.
· Artéria gástrica (curvatura menor) e artéria gastroepiploica (curvatura maior) irrigam o estomago e são derivadas das artérias esplênica e celíaca.
· Artérias gástricas curtas emergem da artéria esplênica e irrigam a curvatura maior.
· Estes muitas vezes são avulsionados em animais com dilatação vólvulo-gástrica, que tipicamente é responsável pela hemorragia intra-abdominal vista nesses casos.
· Ligamento hepatogástrico é a porção do omento menor que passa do estômago ao fígado.
· Quando altamente distendido, pode ser palpado além do arco costal.
TÉCNICAS CIRÚRGICA
· Geralmente, a realização da gastrotomia é mais segura que uma esofagotomia ou enterotomia.
· Incomum peritonite após gastrotomia.
· Estenose ou obstrução também raras.
· Operações de Billroth são mais difíceis e podem ser associadas a complicações graves.
GASTROSCOPIA
· Remoção endoscópica de corpos estranhos é preferida em vez da remoção cirúrgica.
· Mais sensível que a gastrotomia para procurar por erosões, ulceras, Physaloptera ou outras pequenas lesões.
· Todavia, é imperativo que toda a mucosa gástrica seja sistematicamente examinada, incluindo o fundo e a mucosa no esôfago inferior.
· Método de preferência para biopsia da mucosa gástrica – permite obtenção de mais amostras de tecido que a cirurgia, uma vez que as erosões na mucosa podem ser puntiformes.
· Carcinoma cirroso, pitiose e lesões submucosas não podem ser seguramente diagnosticadas com biópsia endoscópica.
· Raramente, a Gastroscopia intraoperatória pode ser realizada para ajudar o cirurgião a encontrar lesões na mucosa (ex., ulcera) que não é óbvia a partir da superfície serosa.
GASTROTOMIA
· Principal indicação: remoção de corpo estranho.
· Técnica:
· Isolar o estomago dos outros componentes abdominais com compressas umedecidas.
· Colocar pontos de fixação para auxiliar na manipulação do estomago e ajudar a evitar o derramamento do conteúdo gástrico.
· Incidir estômago em uma área hipovascular do aspecto ventral do estômago, entre as curvaturas maior e menor.
· Verificar se não está próximo ao piloro, pois o fechamento poderá causar excessiva invaginação de tecido dentro do lúmen gástrico = obstrução da saída gástrica.
· Incidir com bisturi e aumentar a incisão com tesousas Metzenbaum.
· Usar sucção para aspirar o conteúdo gástrico e reduzir o derramamento.
· Fechar com material de sutura absorvível 2-0 ou 3-0 (ex., polidioxanona, poligliconato) em um padrão seromuscular de duas camadas invertidas.
· Incluir serosa, muscular e submucosa na 1ª camada, com padrão de Cushing ou simples contínuo incorporando serosa e muscular.
· Como alternativa, fechar a mucosa com uma sutura de padrão simples continuo em uma camada separada para reduzir o sangramento pós-operatório.
· Antes de fechar o abdome, trocar os instrumentos contaminados pelo conteúdo gástrico.
· Sempre que remover um corpo estranho gástrico, certifique-se de verificar o trato intestinal todo para materiais adicionais que podem causar obstrução intestinal.
GASTRECTOMIA PARCIAL E INVAGINAÇÃO DO TECIDO GÁSTRICO
· Indicação: curvatura maior, ou a porção média, do estômago está envolvida por necrose, ulceração ou neoplasia.
· Necrose da curvatura maior é primariamente associada à dilatação vólvulo-gástrica e pode ser tratada pela ressecção ou invaginação.
· Invaginação não requer abertura do lúmen gástrico, porém, obstrução de tecido intraluminal excessivo e hemorragia excessiva são possíveis.
· Avaliar extensão da necrose ao observar – cor da serosa, textura da parede gástrica, patência vascular e sangramento na incisão.
· Incisão de espessura total pode ser feita no tecido necrótico suspeito para avaliar sangramento arterial.
· Não há provas de que a fluoresceína IV seja um método acurado para determinar a viabilidade tecidual em cães com DVG.
· Não usar a cor da mucosa para prever a viabilidade gástrica; a mucosa geralmente é preta em cães com DVG devido à obstrução vascular. Dano à mucosa pode predispor esses animais à ulceração gástrica.
· Se houver dúvida sobre a viabilidade – remover ou invaginar.
· Falha em remover ou invaginar = perfuração, peritonite e morte.
· Melena é observada durante alguns dias após a invaginação gástrica.
· Técnica para gastrectomia parcial:
· Ligar ramos dos vasos gastroepiploicos esquerdos ou vasos gástricos curtos (ou ambos).
· Cortar o tecido necrótico, deixando uma margem de tecido normal com sangramento ativo para sutura.
· Fechar o estômago em padrão seromuscular de duas camadas invertidas.
· 1ª camada: submucosa, muscular e serosa – sutura de Cushing ou simples contínuos;
· 2ª camada: sutura de Cushing ou de Lembert.
· Alternativa: usar dispositivo de grampeamento toracoabdominal para fechar a incisão.
· Técnica para invaginação gástrica:
· Usar padrão de sutura simples contínuoseguido de um padrão invaginante.
· Fazer as suturas no tecido saudável para que este se invagine trazendo o tecido saudável sobre o tecido necrótico.
· Certificar-se de que as suturas sejam realizadas em tecidos saudáveis para prevenir a deiscência.
· Quando o tecido alterado envolve as porções ventral ou dorsal do estômago, usa-se uma incisão elíptica contornando a lesão e um pouco do tecido normal adjacente.
· Fechamento semelhante a uma simples gastrotomia.
· Ocasionalmente, a extensão da lesão requer a ressecção das paredes dorsal e ventral do estômago.
· Ligar os ramos das artérias gástricas direita e esquerda (curvatura menor) e artéria e veia gastroepiploica esquerda (curvatura maior) e remover os ligamentos do omento.
· Após remoção dos tecidos suspeitos, realizar anastomose de duas camadas de ponta a ponta do estomago.
· Se circunferências luminais diferentes – fechar a maior parcialmente usando um padrão de sutura de duas camadas (figura abaixo).
· Fechar mucosa e submucosa da superfície dorsal do estômago em um padrão simples continuo e com a mesma sutura fechar o aspecto ventral.
· Suturas as camadas serosa e muscular com padrão invaginante.
GASTROSTOMIA TEMPORÁRIA
· Usada para descomprimir o estômago e ocasionalmente indicada em cães com DVG até que uma cirurgia mais definitiva possa ser realizada, mas raramente é feita.
BILLROTH I (PILORECTOMIA COM GASTRODUODENOSTOMIA)
· Indicação: neoplasia, obstrução do fluxo por hipertrofia muscular pilórica ou ulceração do trato de fluxo gástrico.
· Se neoplasia – remover pelo menos 1 a 2 cm de margem de tecido normal com lesado.
· Se ducto biliar comum danificado – colecistoduodenostomia ou colecistojejunostomia podem ser necessárias.
· Se ducto pancreático inadvertidamente ligado – suplementação com enzimas pancreáticas pode ser necessária.
· Cuidado na incisão da área pilórica para evitar danos ao ducto biliar comum onde este atravessa o omento menor.
· Técnica:
· Identificar o ducto biliar comum e ductos pancreáticos.
· Suturas de fixação no duodeno proximal e antro pilórico.
· Se desejar retração caudoventral do piloro aumentada – identificar e transeccionar uma porção do ligamento hepatogástrico.
· Ligas ramos das artérias gastroepiploica direita e gástrica direita e a veia dos tecidos afetados, removendo os anexos omental e mesentérico.
· Com uma pinça atraumática (Doyen) ou os dedos – ocluir o estomago e o duodeno, proximal e distal à área a ser ressecada.
· Com Metzenbaum ou bisturi, cortar a área do piloro a ser removida e inspecionar as bordas remanescentes para assegurar-se de que todo o tecido alterado foi excisado.
· Se lúmens de tamanhos diferentes – fazer uma incisão no duodeno a um ângulo ou parcialmente fechar o antro.
· Anastomose de uma ou duas camadas de ponta a ponta do antro ao duodeno – padrão simples continuo ou simples interrompido.
· Estudo não encontrou diferenças na ocorrência de extravasamento e deiscência incisional no pós-operatório entre fechamentos em uma ou duas camadas.
· Fechar o aspecto mais distante (dorsal) depois o mais próximo (ventral).
· Evitar tecido excessivo invertido que pode reduzir o diâmetro do trato de fluxo gástrico.
BILLROTH II (GASTRECTOMIA PARCIAL COM GASTROJEJUNOSTOMIA
· Indicação: quando a extensão da lesão impede anastomose término-terminal do antro pilórico ao duodeno.
· Se somente hipertrofia mucosa estiver presente – piloroplasia em Y-U é mais fácil e eficiente.
· Maioria dos casos – colecistojejunostomia ou colecistoduodenostomia é necessária.
· Insuficiência pancreática exócrina e endócrina podem ocorrer como resultado da ressecção pancreática ou dano grave à irrigação do corpo pancreático.
· Procedimento semelhante ao Billroth I, porém o estomago distal e duodeno proximal são fechados após pilorectomia e o jejuno é anexado com uma anastomose lado a lado a uma superfície diafragmática do estômago.
· Técnica:
· Ressecar o piloro, antro e duodeno proximal.
· Fechar os cotos duodenal e pilórico com padrão de sutura em duas camadas:
· 1ª camada – mucosa e submucosa – padrão simples interrompido ou continuo;
· 2ª camada – seromuscular – padrão invertido (ex., Lembert).
· Identificar uma área avascular entre a incisão gástrica e a curvatura maior.
· Trazer um laço do jejuno proximal no local selecionado e anexá-lo ao estômago com suturas fixas.
· Suturar as camadas seromuscular do estômago e intestino usando um padrão contínuo simples.
· Fazer incisões longitudinais de espessura completa no estômago e lúmens intestinais próximo a linha de sutura.
· Suturar mucosa e submucosa do estômago ao intestino em um padrão continuo.
· Fazer um padrão de sutura continua na serosa e muscular.
PILOROMIOTOMIA E PILOROPLASTIA
· Indicação: aumentar o diâmetro do piloro para corrigir obstrução do fluxo gástrico (ex., hipertrofia da mucosa antral crônica ou estenose pilórica).
· Devem ser feitos com cuidado – podem ser difíceis ou impossíveis de revisar.
· Não devem ser realizados rotineiramente em cães sem evidencia de disfunção pilórica – podem diminuir o esvaziamento gástrico.
· Procedimentos de fluxo gástrico que aumentam o diâmetro do lúmen pilórico favorecem a passagem precoce de conteúdos gástricos viscosos, não homogênicos e hiperosmolares ao duodeno → hiperestimular reflexo enterogástrico, inibindo prematuramente a atividade motora do antro e diminuindo a velocidade do esvaziamento gástrico.
· Também pode ocorrer refluxo gastroduodenal se a função pilórica for alterada pela cirurgia.
· Fármacos prócinéticos podem estimular o esvaziamento gástrico.
PILOROMIOTOMIA DE FREDET-RAMSTEDT
· Mais simples e fácil desses procedimentos.
· Não permite inspeção ou biópsia da mucosa pilórica.
· Benefício temporário – cicatrização pode reduzir o tamanho do lúmen.
· É feita uma incisão longitudinal através da serosa e muscular, permitindo que a mucosa se saliente no local da incisão.
PILOROPLASTIA DE HEINEKE-MIKULICZ
· Permite exposição limitada da mucosa pilórica para biópsia.
· Fácil realização.
· É feita uma incisão longitudinal de espessura total na superfície ventral do piloro e depois suturas de tração no centro da incisão, orientando a incisão transversalmente.
· Suturar a incisão transversa com um padrão em uma camada – simples descontínuo ou Cushing.
· Colocar as suturas cuidadosamente para que as bordas sejam alinhadas e a inversão do tecido evitada.
PILOROPLASTIA EM Y-U
· Permite maior acessibilidade para ressecção da mucosa pilórica em cães com hipertrofia de mucosa, enquanto aumenta simultaneamente o diâmetro luminal da saída gástrica.
· Técnica:
· Fazer incisão longitudinal (“tronco”) na serosa sobreposta ao piloro ventral e estendê-la ao estômago ao fazer duas incisões (“braços”) que correm paralelas à curvatura maior ou menor do estomago.
· Certificar-se de que o ângulo do Y não esteja demasiadamente agudo para evitar necrose.
· Fazer uma incisão de espessura completa.
· Suturar a base da dobra antral à ponta distal da incisão duodenal em padrão simples interrompido, criando um fechamento em forma de U.
· Fechar o restante da incisão (membros) usando suturas interrompidas.
· Certificar-se de que a aproximação do tecido seja adequada para evitar vazamento e que o mínimo de tecido seja dobrado no lúmen pilórico.
· Para reduzir a necrose da extremidade pontuada da dobra de tecido gástrico, pode-se excisar a ponta do Y antes de suturá-la.
GASTROPEXIA
· Aderir o estômago permanentemente à parede abdominal.
· Indicações: 
· DVG (antro pilórico à parede abdominal direita);
· Hérnia de hiato (fundo à parede abdominal esquerda).
· Para criar adesão permanente, o músculo gástrico deve estar em contato com o músculo da parede do corpo; serosa gástrica intacta não forma adesões permanentes à superfície peritoneal intacta.
· Existe uma técnica rápida e fácil, que reduz a recorrência de DVG, a partir do estômago sendo permanentemente aderido à parede ventral do corpo.
· O estomago é incorporado em uma incisão abdominal durante o fechamento.
· Porém, a exploração abdominal subsequente por meio da incisãona linha média abdominal pode perfurar o estômago.
GASTROPEXIA POR TUBO
· Rápida e relativamente simples.
· Permite descompressão gástrica pós-operatória e colocação de medicamentos diretamente no estômago em animais inapetentes.
· Tubo deve ser deixado no local por 7 a 10 dias para formar adesão permanente.
· Pode prolongar o período de hospitalização no pós-operatório; porém, o tubo pode ser fechado e fixado ao tronco e o animal mandado para casa com alimentação oral.
· Risco de extravasamento é mínimo.
· Colocação imprópria do tubo pode resultar em peritonite.
· Técnica:
· Fazer uma contraincisão na parede abdominal direita, caudal à ultima costela, 4 a 10 cm laterais à linha média.
· Colocar um cateter de Foley através da contraincisão.
· Selecionar um local em uma região hipovascular da camada seromuscular da superfície ventral do antro pilórico onde o balão do cateter não obstrua a saída gástrica.
· Colocar uma sutura em bolsa neste local.
· Fazer uma incisão através da sutura e inserir a ponta do cateter Foley no lúmen gástrico.
· Inflar o bulbo do cateter com salina (não ar) e prender a sutura ao redor do tubo.
· Colocar três ou quatro suturas absorvíveis entre o antro pilórico e a parede do corpo onde o tubo sai.
· Juntar o estômago à parede corporal ao colocar tração ao cateter e amarrar as suturas pré-inseridas.
· Prender o tubo à pele com um padrão de sutura de sandálias romanas.
· Esse requer mais força para se romper.
· Colocar uma faixa de atadura ao redor do abdome do cão e sobre o tubo para evitar remoção prematura.
· Deixar o tubo no local por 7 a 10 dias, então desinflar o balão e removê-lo.
· Deixar a incisão cutânea aberta para facilitar a drenagem.
· Se desejar, colocar uma atadura leve sobre a ferida aberta.
GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL
· Vantagens:
· Forte adesão à parede abdominal – mais forte que a maioria das outras técnicas;
· Lúmen gástrico não é aberto – diminui o risco de vazamento gástrico e contaminação abdominal.
· Desvantagens:
· Técnica mais difícil;
· Risco de pneumotórax;
· Possibilidade de fraturas de costela;
· Não fornece acesso direto ao lúmen gástrico se for necessária descompressão pós-operatória.
· Técnica:
· Fazer uma dobra articulada de uma ou duas camadas ao incidir através da camada seromuscular do antro pilórico.
· Aproximadamente 5 a 6 cm de comprimento em cães grandes.
· Elevar o retalho por dissecção sob a muscular.
· Se feito um único retalho – fazer a articulação em direção à curvatura menor.
· Fazer uma incisão de 5 a 6 cm sobre a 11ª ou 12ª costela no nível da junção costocontral.
· Certificar-se de que a incisão não penetra os ligamentos diafragmáticos à parede abdominal, causando pneumotórax.
· Formar um túnel abaixo da costela usando uma pinça Carmalt ou hemostato.
· Colocar suturas estáveis na dobra.
· Se usar técnica de duas dobras – suturas na dobra mais próxima à curvatura menor.
· Passar a dobra antral gástrica craniodorsal sob a costela e suturar à margem gástrica (técnica de uma dobra) ou na outra dobra (técnica de duas dobras).
GASTROPEXIA DE DOBRA MUSCULAR (INCISIONAL)
· Vantagens:
· Execução fácil e rápida – mais fácil que a gastropexia circuncostal;
· Lúmen gástrico não aberto – evita possíveis complicações associadas à gastropexia por tubo.
· Desvantagens:
· Menos forte que a gastropexia circuncostal;
· Não fornece acesso direto ao lúmen gástrico se for necessária a descompressão pós-operatória.
· Técnica:
· Fazer incisão na camada seromuscular do antro gástrico.
· Fazer incisão na parede abdominal ventrolateral direita, cortando peritônio e a fáscia interna do reto abdominal ou músculos transversos abdominais.
· Suturar as bordas das incisões em um padrão simples continuo.
· Certificar-se de que a camada muscular do estômago esteja em contato com o músculo da parede.
· Primeiro suturar a margem cranial e então a caudal.
· Alternativa – levantar retalhos no estomago e na parede abdominal para aumentar a extensão de músculos desses tecidos em contato entre si.
GASTROPEXIA EM ALÇA DE CINTO
· Semelhante à gastropexia com retalho de músculo, exceto por elevar um único retalho que é passado por baixo de um túnel criado na parede abdominal.
· Tecnicamente simples e pode resultar em adesões adequadas.
· Técnica:
· Elevar uma dobra seromuscular no antro gástrico.
· Fazer duas incisões transversas na parede abdominal ventrolateral ao incidir peritônio e musculatura abdominal.
· Incisões separadas por uma distância de 2,5 a 4 cm e com 3 a 5 cm de comprimento.
· Criar um túnel sob a musculatura abdominal com uma pinça.
· Colocar suturas fixas na borda da dobra antral e usa-las para passar a dobra cranial a caudal sob a dobra muscular.
· Suturar a dobra na margem gástrica original em um padrão simples continuo usando sutura absorvível ou não absorvível ou grampos cutâneos.
· Podem ser colocadas mais suturas entre a parede abdominal e o estômago para reduzir a tensão na gastropexia.
GASTROCOLOPEXIA
· Também descrita como método de evitar recorrência de DVG.
· Curvatura maior do estômago é suturada no cólon transverso.
· Pode resultar em uma taxa de recorrência de até 20%.
GASTROPEXIA PROFILÁTICA LAPAROSCÓPICA
· Minimamente invasiva e permite uma gastropexia rápida.
· Realiza uma gastropexia como uma gastropexia com retalho de músculo.
· Reexaminar o estômago laparoscopicamente antes do fechamento final para garantir que não haja mal posicionamento.
GASTROPEXIA PROFILÁTICA POR MINILAPAROTOMIA
· Com o animal em decúbito lateral, fazer uma incisão cutânea vertical de 6 cm caudal e ventralmente à 13ª costela direita.
· Dissecar através dos músculos obliquo abdominal interno e externo e transverso abdominal.
· Entrar no abdome através da dissecção e visualizar o estômago.
· Se não puder visualizar o estômago – palpar o duodeno e piloro com dois dedos e localizar o antro do estômago.
· Apreender o estômago com uma pinça intestinal de Babcock e rebater o antro gástrico para o campo cirúrgico.
· Identificar o estômago por palpação do piloro e visualização dos ligamentos do omento, vasos gástricos direitos e vasos gastroepiploicos direitos.
· Fazer suturas de fixação em cada extremidade da incisão gástrica pretendida para segurar o estomago no campo cirúrgico.
· Permitir que o antro gástrico volte para o abdome.
· Fazer uma incisão longidutinal de 3 cm através das camadas serosa e muscular do antro gástrico de aproximadamente 4 cm na altura da boca ao piloro.
· Começando no lado dorsal, suturar as bordas da incisão nos músculos abdominais usando uma sutura simples contínua.
CICATRIZAÇÃO DO ESTÔMAGO
· Aporte rico de sangue, reduzida quantidade de bactérias, epitélio de rápida regeneração e mecanismos de defesa fornecidos pelo omento = rápida cicatrização.
· Parede mais espessa que o intestino – pode ser difícil encontrar e ligar vasos que sangram.
· Pressão leve aplicada aos tecidos sangrando é eficaz.
· Pinças de pressão e eletrocauterização devem ser evitadas.
MATERIAIS DE SUTURA E INSTRUMENTOS ESPECIAIS
· Material de sutura absorvível monofilamentar é preferível.
· Suturas fortes, resistência tecidual mínima e mantêm a força tênsil por mais de 10 dias.
· Material não absorvível que penetra o lúmen = ulceras gástricas ao longo da linha de sutura se um padrão de sutura continuo for usado.
· Agulhas de diâmetro pequeno, embutidas com fio de sutura e ponta cilíndrica são preferidas.
· Porém, agulhas cortantes podem penetrar mais rapidamente a submucosa e requerem menor estabilização do tecido = menor trauma.
· Se pinças atraumáticas não estiverem disponíveis, a porção reta de uma pinça Allis pode ser enrolada em uma esponja umedecida.
AVALIAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
· Eletrólitos, especialmente potássio, devem ser monitorados no pós-operatório.
· Se vômito prolongado ou anorexia forem antecipados – hiperalimentação enteral através de tubo de gastrostomia ou enterostomia.
· Fornecer alimento 12 horas após a cirurgia se não houver vômito.
COMPLICAÇÕES
· Vômito, anorexia, peritonite secundária ao extravasamento intraoperatório ou pós-operatório,ulceração nos locais de anastomose, obstrução da saída gástrica e pancreatite.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS RELATIVAS À IDADE
· Animais jovens ou gravemente adoentados e com pouca ou nenhuma reserva corporal – jejum não superior a 4-6 horas e alimentados tão logo estejam recuperados da anestesia.
· Animais geriátricos podem ter a cicatrização atrasada e podem ser imunossuprimidos como resultado de doenças concomitantes.
PROGNÓSTICO
· Morte ou eutanásia de não sobreviventes ao procedimento Billroth I foi mais frequentemente relacionada a anorexia, progressão da neoplasia, sepse, capacidade mental diminuída, pneumonia por aspiração e pancreatite.
· Perda de peso antes da cirurgia e neoplasia maligna foram associadas a uma diminuição no tempo médio de sobrevivência.

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