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COCOS GRAM NEGATIVOS (diplococos) GÊNERO Neisseria NEISSERIA CARACTERÍSTICAS DO MICRO-ORGANISMO Diplococos, células em forma de rim ou feijão, ocorrendo aos pares, imoveis. Possuem Lipooligossacarídeos (LOS): GRAM NEGATIVOS.# Oxidase positivo Aeróbias Neisseria meningitidis Agente etiológico da meningite bacteriana contagiosa Sorogrupos A, B, Y C e W135 mais frequentemente associados a infecções invasivas. FATORES DE VIRULÊNCIA Ação anti-fagocitária Diferencia os meningococos em 13 sorogrupos Induz a formação de ANTICORPOS PROTETORES POLISSACARÍDEO CAPSULAR Estimula macrófagos a liberarem citocinas Pode levar a trombose em pequenos vasos, infiltração perivascular petéquias # e em casos mais graves a coagulação intra-vascular disseminada e colapso circulatório Sindrome de Waterhouse- Friderichsen. # LIPOOLIGOSSACARÍDEO - LOS EFEITOS INDUTORES DO LPS/LOS PMN, cél.epiteliais, cél.endoteliais LOS LOS PILI Estrutura proteica responsável pela aderência. # micrografia eletrônica de Neisseria gonorrhoeae Pili Colonização nasofaríngea Invasão local Paciente imune Bactérias são eliminadas Invasão corrente sanguínea Paciente não imune Alto risco Bacteremia Meningococcemia Meningite Coagulação intravascular disseminada Hipotensão Choque Meningite PATOGENIA DA MENINGITE Vacinação EPIDEMIOLOGIA Ocorreram surtos epidêmicos Rio de Janeiro em 1974 pelo grupo C e em 1975 pelo grupo A no Brasil. Na década de 90, em São Paulo, surto pelo Grupo B. CONTROLE DE UMA EPIDEMIA Tratar os doentes Transmissão de pessoa a pessoa Detecção de portadores para o grupo B Ag proteico ( ? ) – para os grupos A, C, Y e W135 Ag polissacarídico Neisseria gonorrhoeae Agente etiológico da gonorréia - DST uretrite gonocócica ( ♂ ♀ ), proctite, faringite e oftalmia neonatorum (atualmente rara) A GONORRÉIA NO HOMEM Gonorréia no homem não complicada: corrimento purulento, disúria e uretrite aguda. Complicações: epididimite, prostatite, estenose uretral e infertilidade. Mais que 70% dos casos são sintomáticos Gonorréia na mulher: 60 a 80% das mulheres são assintomáticas. Sítio mais comum : endocérvice Complicações: doença inflamatória pélvica. Não tratada leva a: Infertilidade e gravidez ectópica A GONORRÉIA NA MULHER Em mulheres e homens pode haver a infecção da conjuntiva, orofaringe (faringite) e do reto (proctite) 0,5 a 3% dos casos invasão da corrente sanguínea - infecção gonocócica disseminada: febre, atrite, infecções cutâneas conjuntivite grave em recém- nascido (oftalmia neonatorum - atualmente rara) e adultos FATORES DE VIRULÊNCIA POLISSACARÍDEO CAPSULAR: Ação anti-fagocitária LOS: Estimula macrófagos a liberarem citocinas PILI: Estrutura proteica responsável pela aderência. PROTEÍNA DE MEMBRANA EXTERNA: Opa ou Proteina II Auxilia na aderência. Capaz de apresentar uma grande variabilidade antigênica Ig A PROTEASE: Inativa Ig A de mucosa PATOGENICIDADE Aderência do gonococos as células da superfície de mucosa (genito-urinária, reto, conjuntiva ocular ou orofaringe) # Endocitose Inflamação aguda (principalmente nos homens), mulheres muitas vezes assintomáticas PATOGÊNESE DOS GONOCOCOS LOS Epidemiologia Incidência mundial OMS, 1999: 63 milhões de casos; 7,5 milhões na América Latina e Caribe. CDC , 2003: 335.104 casos nos Estados Unidos Incidência no Brasil (PNDST/AIDS)em 2003: 1.541.800 casos no Brasil 657.138 no Sudeste 130.652 no Rio de Janeiro Tratamento dos portadores assintomáticos Uso de preservativos CONTROLE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS DOENÇAS CAUSADAS POR NEISSERIAS Colheita do Material Clínico Portadores: “swab” de nasofaringe Doente: punção lombar – colheita do líquor Líquor Turvo MENINGITE bacterioscopia GONORRÉIA Colheita do Material Clínico POSSUI VALOR DIAGNÓSTICO na URETRITE GONOCÓCICA MASCULINA E MENINGITE Bacterioscopia CULTURA MEIO DE THAYER MARTIN: adicionado de sangue aquecido a 80 ºC por 10 min, suplemento nutritivo e antibióticos (Vancomicina, Colimicina e Nistatina – VCN) para semear material clínico de sítio com Flora Normal: URETRA – CERVIX – AMPOLA RETAL – SECREÇÃO DE NASOFARINGE Ágar Chocolate Meio de Thayer-Martin Secreção Uretral Ágar Chocolate - Líquor AGAR CHOCOLATE: para semear material clínico de sítio estéril INCUBAÇÃO: em atmosfera enriquecida com CO2 Testes Fisiológicos Teste da Oxidase Teste de Oxidação de Açúcares (meio de CTA + 1% do açúcar) Isoladas amostras resistentes a Penicilina (no Brasil 11 a 13% de produção de Beta lactamases) Fluoroquinolonas (ciprofloxacin) + de 10% de R (via oral) Cefalosporinas - de 3ª geração (ceftriaxone – injetável) (cefixime – volta ao mercado – via oral) TRATAMENTO MENINGITE Não apresenta resistência a Penicilina (pouco absorvida nas meninges) Cefalosporinas de 3ª geração (ceftriaxone). GONOCOCOS Pili MICROGRAFIA ELETRÔNICA DE Neisseria gonorrhoeae PETÉQUIAS NECROSE RIGIDEZ DE PESCOÇO ESTRUTURA DO LPS EM BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS Neisserias LOS Caso Clínico 3 Uma criança com idade de seis anos procura a emergência de um hospital apresentando fortes dores de cabeça, vômitos em jato, rigidez na nuca e febre alta, sendo imediatamente internada para tratamento e confirmação do diagnóstico clínico através de exames laboratoriais. Pergunta-se: 1) Qual o espécime clínico utilizado para os exames laboratoriais e como deve ser colhido? Líquor, colhido através de punção lombar. 2) Qual deve ser o aspecto do material clínico caso sua suspeita seja de etiologia bacteriana? Turvo. 3) Qual a suspeita clínica da enfermidade apresentada pela criança? MENINGITE 4) Qual o provável agente etiológico? Justifique. Neisseria meningitidis. Idade da criança 5) Além deste agente, quais as outras espécies bacterianas mais freqüentemente envolvidas neste quadro? a) Streptococcus agalactiae (estreptococos beta hemolítico do grupo B) em recém nascidos b) Streptococccus pneumoniae em crianças até 2 anos de idade c) Haemophilus influenzae do tipo b em crianças na faixa etária dos 2 aos 4 anos 6) Quais os procedimentos ou exames a serem realizados no laboratório? a. bacterioscopia pelo método de Gram (observação de diplococos Gram negativos intracelulares), b. determinação da concentração de glicose (queda) e proteínas (elevação) no líquor, c. cultura em meio de agar chocolate (espécimen clínico sem microbiota anfiôntica não precisando de meio seletivo), d. identificação bioquímica e sorológica (grupo sorológico). 7) Qual o procedimento a ser adotado com os contactantes? Quais seriam essas pessoas, aquelas que freqüentaram o mesmo ambiente que a criança, mesmo que não ela não estivesse presente, ou apenas aquelas que tiveram contato direto? Antibioticoterapia (Rifampicina). Apenas aquelas que tiveram contato direto com a paciente, uma vez que Neisseria não sobrevive no meio ambiente.
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