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12/08/2010 – MANKIW, Vantagens Comparativas
 
 Adam Smith diz que comércio internacional vale a pena pois todos consumiriam mais 
barato, fazendo com que sua renda real consiga consumir mais. Mas existe uma brecha nessa teoria 
em termos de justificativa do comércio internacional. Existe uma possibilidade de um país que 
poderia ficar fora do comércio, se nos termos de Smith ele não produzisse nada mais barato, não 
podendo ele competir no mercado internacional. Ricardo então elabora teoria que aborda essa 
brecha e estende as vantagens do comércio internacional por todos os países. Isso é muito poderoso 
pois se acabam justificativas para autarquias, qualquer desculpa para não participar. Todos podem 
participar então desde que em certas posições. Não é só um acréscimo à teoria de Smith, o salto 
qualitativo dado aqui é muito grande – se não se comercializa, não se está usufruindo do comércio 
internacional. 
 
Produtores Produção e 
consumo sem 
comércio
Especializaçã
o
Troca
(1 kg de 
batata por 3 
kg de carne)
Consumo Ganhos do 
comércio
Agricultore
s
1 kg de carne
2 kg de batata
0 kg de carne
4 kg de batata
1 kg de batata 3 kg de carne
3 kg de batata
2 kg de carne
1 kg de 
batatas
Pecuarista 20 kg de carne
2,5 kg de 
batata
24 kg de carne
2 kg de batata
3 kg de carne 21 kg de carne
3 kg de batata
1 kg de carne
0,5 kg de 
batata
 
 Existem dois produtores e ambos, num primeiro momento estão isolados, não trocam, 
produzindo tudo o que necessitam (primeira coluna). O pecuarista tem mais produtividade em 
ambos os itens, produz mais carne e mais batata – então qual o interesse que teria em trocar com o 
agricultor? Nenhum, em Smith, mas aqui vem a mágica. O pecuarista propõe trocas ao agricultor e 
se passa o exposto na segunda coluna. Vemos o resultado da troca na quarta coluna. Comparando 
com a situação inicial, vemos que ambos estão consumindo mais do que antes, o que pode ser 
verificado na quinta coluna.
 No fato dos dois se especializarem, houve um ganho tão significativo que formou o 
excedente, suficiente para eles trocarem, de modo que ambos tivessem maior consumo. O segredo é 
cada um se especializar no produto certo – aquele no qual tem vantagens comparativas. O agricultor 
não tem vantagem absoluta em nada, mas ele tem maior produtividade na batata, assim como o 
pecuarista na carne, nos seus termos (comparando com sua própria produtividade).
 Traduzindo isso na linguagem de mankiw, é o Custo de Oportundade.
 
O produtor tem vantagem comparativa na produção de um bem quando possui um 
menor custo de oportunidade na produção desse bem.
• Pecuarista
o 8 h p/ produzir 1 kg de batata
o 1 h p/ produzir 1 kg de carne
o Custo de oportundade de 1 kg de batata em termos de carne: 8 kg (perde).
• Agricultor
o 10 h p/ produzir 1 kg de batata
o 20 h p/ produzir 1 kg de carne
o Custo de oportunidade de 1 kg de batata em termos de carne: 0,5 kg (perde).
 
Custo de oportunidade de 1kg de
 Carne (em termos de batatas) Batatas (em termos de carne)
Agricultor 2 kg ½ kg
Pecuarista 1/8 kg 8 kg
 
 Ao agricultor então não interessa produzir carne, nem ao pecuarista produzir batata. 
Então, no quadro podemos ver os custos de oportunidade (para um produto é o inverso do outro). 
Assim, o agricultor tem menor custo e oportunidade em produzir batatas e o pecuarista em termos 
de carne. Menor custo de oportunidade é isso, abrir mão de menos. Então, na verdade a teoria usa a 
linguagem do custo de oportunidade mas podemos entender do ponto de vista mais intuitivo, que é 
da especialização – dos ganhos que um produtor tem em termos de especialização. Com o aumento 
de produtividade tamanho, ele vai poder mesmo nesse caso transacionar seu excendente, havendo 
ganhos no comércio. Essa é a mecânica do raciocínio das vantagens comparativas, justificando o 
comércio e qualquer base. Há uma defesa universal das condiçõees do comércio, não havendo aqui 
brechas.
 Resultado disso é: conselho dos economistas: comerciem. Mas eles estão vendo tudo de 
um ponto de vista econômico, do bem-estar material, sendo a dependencia, por exemplo, um custo 
mais político. No mundo real, a lógica da segurança acaba imperando, entrando muitas vezes em 
conflito com a lógica da economia. O mundo ganha se as pessoas comerciarem umas com as outras, 
mas acabam se tornando interdependentes, mas a segurança enxerga nisso maior vulnerabilidade.
 Outros benefícios do comércio internacional é o consumo de bens que não se produz 
internamente. Outra questão é a inflação, já que a competição com o exterior ajuda a conter os 
preços domésticos. Então na verdade é isso, a economia real traz oportunidades e perigos – os 
preços de alguns produtos sobem e descem, você pode ficar vulnerável a preços, etc., mas a questão 
tem que ser vista com muito pragmatismo, mas na prática se usa comércio para abaixar preços e ter 
acesso a outros produtos – mas acaba-se incorrendo em problemas de segurança e problemas 
políticos.
 
Resumo feio por Ana Paula Pellegrino
IRiscool/11

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