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Behaviorismo e o Show de Truman - João Paulo García

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BEHAVIORISMO E O SHOW DE TRUMAN: ANÁLISE
Após percorrer por todo o longa, é possível observar e notar que a teoria comportamental radical de Skinner, se mostra presente em toda a obra cinematográfica, pois temos aqui, um exemplo claro de como uma teoria comportamental funciona e atua na existência de um indivíduo. 
Portanto, o “Show de Truman”, mostra para todos, como um controle de ações humanas funciona, visto que o personagem principal nasceu dentro de um reality e passou toda a sua vida, sendo exposto a reforços positivos e negativos, com vários reflexos ensinados e condicionados. Desse modo, é possível observar toda essa linha comportamental desde o início do filme, visto que um dos maiores exemplos, é o reforço negativo que Truman sofreu após a simulação de afogamento e morte de seu pai, que faz com que ele tenha receio e pavor do mar, e com isso acaba não tendo coragem para pegar um barco e sair da ilha que ele está “preso”.
Outro reflexo comportamental que está existente e é mostrado de forma pertinente no filme, é a própria vida de Truman em si, já que todos os dias ele faz a mesma coisa e recebe sempre os mesmos estímulos, ou seja, todos os seus movimentos são milimetricamente calculados 24 horas por dia.
Contudo, nem sempre é possível controlar uma pessoa em sua totalidade, e vemos que a teoria falha várias vezes ao decorrer de todo o longa, visto que em uma das cenas, o personagem acaba se apaixonando, e isto não estava roteirizado na cabeça do diretor do reality, o que faz surgir aos poucos uma certa espontaneidade e fuga aos reflexos condicionados. Isso se deve, portanto, a uma espécie de hereditariedade que está presente em todo o ser humano, pois ao nascermos carregamos qualidades, valores e heranças genéticas, que por muitas das vezes, pode ser maior do que as nossas ações já pré-condicionadas. 
Por isso, por mais que o diretor do reality tente persuadir que Truman está errado, ele acaba sendo movido por uma força em seu interior, e começa ali, a buscar respostas e ter a sua consciência pouco a pouco mais desperta, ou seja, essa busca inerente só poderia ser causada por algo “inato”, já que ele começa a ter um olhar mais critico e a duvidar de tudo o que está a sua volta. Com isso, ele enfrenta todos os reflexos condicionados, com o intuito de conhecer a verdade, e ao final do longa, ele descobre que toda a sua vida era orquestrada e transmitida em forma de reality.
Em suma, tudo isso só foi possível, através do nosso questionamento como ser humano, ou seja, de algo que não estava presente nos estímulos já ensinados, portanto, é desta maneira que há uma falha e uma controvérsia na teoria radical de Skinner, já que por mais que possamos a ser induzidos e controlados por diversos movimentos pré-condicionados, o nosso interior é capaz de se questionar e de se mudar ao longo da vida, e tudo isso acaba vindo de um reforço inato, presente em cada indivíduo.
JOÃO PAULO GARCÍA PEREIRA, acadêmico do curso de Publicidade e Propaganda pela FADMINAS.
4º período.

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