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Metabolismo de Carboidratos – parte I FacMais Curso: Enfermagem Disciplina: Bioquímica Profª: Erika Metabolismo da glicose � A glicose é, quantitativamente, o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos. � Quase todas as células são potencialmente capazes de atender a suas demandas energéticas apenas a partir da glicose. � A glicose é imprescindível para algumas células e tecidos, como hemácias e tecido nervoso, por ser o único substrato que são capazes de oxidar para obter energia. � Apesar da dieta humana conter pouca glicose livre, proporções consideráveis deste açúcar são ingeridos sob a forma de amido, sacarose e lactose. Metabolismo da glicose � Nas células, a glicose é degradada ou armazenada por diferentes vias. � A glicólise transforma a glicose em duas moléculas de piruvato, posteriormente degradado para a produção de energia. � O glicogênio, a forma de armazenamento da glicose nos mamíferos, é sintetizado pela glicogênese. � As reações da glicogenólise desdobram o glicogênio em glicose. � É também possível sintetizar glicose a partir de precursores não carboidratos pelo mecanismo chamado gliconeogênese. � A via das pentoses-fosfato converte a glicose em ribose-5- fosfato (o açúcar utilizado para a síntese dos nucleotídeos e ácidos nucléicos) e outros tipos de monossacarídeos. Digestão e absorção dos carboidratos � A absorção dos carboidratos pelas células do intestino delgado é realizada após hidrólise dos dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos em seus componentes monossacarídeos. � As quebras ocorrem seqüencialmente em diferentes segmentos do trato gastrointestinal por reações enzimáticas. Digestão e absorção dos carboidratos � 1. α-Amilase salivar � A digestão do amido inicia durante a mastigação pela ação da α-amilase salivar (ptialina) que hidrolisa as ligações glicosídicas, com a liberação de maltose e oligossacarídeos. � Contudo, a α-amilase salivar não contribui significativamente para a hidrólise dos polissacarídeos, devido ao breve contato entre a enzima e o substrato. Ao atingir o estômago, a enzima é inativada pelo baixo pH gástrico. Digestão e absorção dos carboidratos � 2. α-Amilase pancreática � O amido e o glicogênio são hidrolisados no duodeno em presença da α-amilase pancreática que produz maltose como produto principal e oligossacarídeos chamados dextrinas. Digestão e absorção dos carboidratos � 3. Enzimas da superfície intestinal � A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada pela maltase e a dextrinase, presentes na superfície das células epiteliais do intestino delgado. Digestão e absorção dos carboidratos � A captação de monossacarídeos do lúmen para a célula intestinal é efetuada por dois mecanismos: � Transporte passivo (difusão facilitada). O movimento da glicose está “a favor” do gradiente de concentração. O mecanismo tem alta especificidade para D- frutose. Digestão e absorção dos carboidratos � Transporte ativo � A glicose é captada do lúmen para a célula epitelial do intestino por um mecanismo envolvendo a bomba de sódio e potássio. � O mecanismo tem alta especificidade por D- glicose e D-galactose. Captação da glicose por transporte ativo Digestão e absorção dos carboidratos � Após a absorção, a glicose no sangue aumenta, e as células β das ilhotas pancreáticas secretam insulina que estimula a captação de glicose principalmente pelos tecidos adiposo e muscular. � O fígado, o cérebro e os eritrócitos, não necessitam de insulina para captação de glicose por suas células. � Outros hormônios (glucagon e epinefrina) e enzimas, além de vários mecanismos de controle, são importantes na regulação da glicemia. Efeito da insulina na absorção e metabolismo da glicose. A insulina liga-se ao seu receptor (1) que por sua vez sinaliza para: a translocação do transportador Glut-4 para a membrana plasmática (2) e entrada de glicose (3), síntese de glicogênio (4), glicólise (5) e síntese de ácidos graxos (6). Glicólise Glicólise � A glicólise (do grego, glykos, doce e lysis, romper), também chamada via de Embden Meyerhof Parnas. � Glicólise - sequênciasequência de 10 reade 10 reaçções ões enzimenzimááticas que ocorrem no citoplasma ticas que ocorrem no citoplasma convertendo convertendo GlicoseGlicose em em PiruvatoPiruvato com com produproduçção de energia sob a forma de ão de energia sob a forma de ATP.ATP. Glicólise � Cada molécula de glicose é convertida em duas moléculas de piruvato, cada uma com três átomos de carbonos. � Esta via catabólica é acompanhada pela fosforilação de 2 moléculas de ADP (produz 2 ATP) e pela redução de 2 moléculas de NAD+ (produz 2 NADH). � Equação geral é: Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi 2 piruvato + 2 NADH + 2 ATP � Compreende dois estágios: � Primeiro estágio (fase preparatória) � Compreendem cinco reações nas quais a glicose é fosforilada por dois ATP e convertida em duas moléculas de gliceraldeído-3- fosfato (fosfogliceraldeído). � Segundo estágio (fase de pagamento) � As duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato são oxidadas pelo NAD+ e fosforiladas em reação que emprega o fosfato inorgânico. � O resultado líquido do processo total de glicólise é a formação de 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvato (ác. Pirúvico), às custas de uma molécula de glicose. Glicólise 11ªª fase: fase: FosforilaFosforilaççãoão da Glicoseda Glicose 22ªª fase:Transformafase:Transformaçção do Gliceraldeão do Gliceraldeíído do em Piruvatoem Piruvato Oxidação do Piruvato � O Piruvato pode seguir dois dois caminhos diferentescaminhos diferentes após a sua formação, dependendo das condições do meio. � Em condições Anaeróbias: - Formam-se produtos de Fermentação (etanol e CO2 no caso da fermentação alcoólica; ácido láctico na fermentação láctica). � Em condições Aeróbias: - Forma-se o Acetil-CoA que vai entrar no Ciclo de Krebs. Oxidação do Piruvato � Quando o suprimento de oxigênio é adequado, o piruvato é transformado em acetil-CoA nas mitocôndrias. O grupo acetil da acetil-CoA é totalmente oxidado no ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) com a formação de duas moléculas de CO2. � Em condições de baixo suprimento de oxigênio (hipóxia) ou em células sem mitocôndrias, o produto final da glicólise é o lactato obtido em um processo denominado glicólise anaeróbica: Oxidação do piruvato em condições aeróbias � Após a formação dos ácidos pirúvicos eles entram na mitocôndria, sendo atacados então por desidrogenases e descarboxilases. � Logo, são liberados CO2 e hidrogênios que são capturados pelo NAD. � O acetil formado combina-se com a Co-enzima A (Co-A) e a nova molécula Acetil-CoA começa o ciclo de Krebs. Oxidação do piruvato em condições anaeróbias Redução do piruvato em lactato � Nos tecidos que funcionam sob condições anaeróbicas, como o músculo esquelético durante atividades físicas vigorosas, o piruvato é reduzido a lactato para gerar novamente NAD+ (fermentação láctica) o que permite a continuação da glicólise com baixa produção de ATP. � A redução do piruvato a lactato é catalisada pela lactato−desidrogenase com o emprego de NADH como agente redutor: Destino do piruvato � O piruvato formado na glicólise e de outras fontes é utilizado em diferentes vias metabólicas. Referências Bibliográficas � VOET, D. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre: Artmed, 2000. � CAMPBELL, M.K. Bioquímica. Porto Alegre: Artmed, 2000. � LEHNINGER, A. L. Princípios de bioquímica. Ribeirão Preto: Sarvier, 2002. � MARZZOCO, A. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. � SACKEIM, G.I. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas. Barueri: Manole, 2001.
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