Oficina Escutatória - Anotações

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Escutatória: aprender a ouvir.
A escuta permite que quem fala também se escute.
Rubens Alves: muitos querem aprender falar, poucos querem aprender a ouvir.
Entenda que o outro é diferente.
Quem fala pode falar livremente, quem escuta, precisa acolher. Apenas permitir 
que ela se esvazie.
Escute mais do que diga o que ela tem que fazer. Espere ela se tornar mais 
tranquila.
Se acalme e escute.
Na primeira ligação, explique que dura 50 minutos.
A escuta deve se dar em 4 níveis
os fatos: a história, os acontecimentos, como a pessoa se lembra. Não foque 
nos fatos, porque focar nos fatos leva a tendência de querer dar uma solução.
os sentimentos: o que foi sentido emocionalmente. Lide também com suas 
próprias emoções pois o que pessoa está vivendo, pode ser parecido com algo 
que você vive ou viveu.
os comportamentos: as atitudes, os gestos, os esquecimentos, as reações. 
Foque em fazer a pessoa se expressar.
o seu interior: como tudo isso repercute o seu interior.
Escutar exige saber diferenciar-se do outro.
Separar seus sentimentos e desejos, aquilo que é seu e o que é do outro.
O que você sente ou pensa no momento da escuta, lhe pertence.
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É preciso despojar-se dos preconceitos, questionamentos e estar disposto a 
querer ouvir, permanecer atento, estar disponível.
Reforce o comportamento de falar sobre.
Se precisar de ajuda, contate os professores.
"É ter uma presença calorosa e ao mesmo tempo, não emotiva. Não ter 
respostas prontas, mas demonstrar, que se pode cotar com você" - Carl Rogers
O que a escuta não é?
Não é um interrogatório.
Não é um julgamento.
Não é paternalismo ou maternalismo: o consolo trás alivio imediato. Estes 
momentos devem ser de curta duração, pois pode criar uma dependência a 
deixar afetiva e deixar o aconselhado dependente.
Não é propor soluções imediatas e decidir pelo outro: exceto em casos de 
extrema urgência, como por exemplo o pensamento suicida.
O conselheiro deve sempre ter em mente que ele não é um salvador, mas é um 
parteiro (ajudar o paciente dar à luz a uma solução que saia dele, o paciente irá 
se econtrar).
Se a pessoa não consegue falar, tente falar sobre a dificuldade de falar.
Ajudar a pessoa se tornar responsável por sua história de vida, por ajudar a 
reconstruir sua história pessoal.
Quem sofre tem pressa, mas quem escuta não deve ter pressa. Escute, não 
corra com uma solução pronta.
Técnicas
Reflexo
Parafrasear o que a pessoa disse (dizer o mesmo, mas em outros termos) do 
que a pessoa quis dizer. Usar frases como: "então para você..."
Modificar a percepção
Fazer a pessoa pensar algo com outro ponto de vista.
Clarificação
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É uma forma de devolver o que o paciente disse. Por exemplo: "se eu entendi 
bem, você me disse isso..."
Muitas vezes o discurso é confuso e há o risco de querer interpretar o que a 
pessoa diz.
Devemos apenas "clarear" o que está confuso, para que a pessoa chegue às 
suas próprias conclusões.