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Brasília-DF. 
Farmacologia aplicada à 
Estética E cosmEtologia
Elaboração
Érika Fuscaldi Gomes Gonçalves
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 7
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA ....................................................................... 11
CAPÍTULO 1
FARMACOLOGIA GERAL: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E FARMACOCINÉTICA ......................... 11
CAPÍTULO 2
FARMACODINÂMICA ............................................................................................................. 15
CAPÍTULO 3
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS ............................................................................................... 17
UNIDADE II
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS ..................................................... 20
CAPÍTULO 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM COSMETOLOGIA .................................................................. 20
CAPÍTULO 2
IMUNOLOGIA CUTÂNEA E COSMETOTOXICIDADE: VISÃO GERAL ............................................. 30
CAPÍTULO 3
INGREDIENTES COSMÉTICOS NATURAIS ................................................................................... 42
UNIDADE III
COSMETOLOGIA APLICADA NA ACNE, COSMÉTICA MASCULINA E HIPERCROMIA CUTÂNEA .................... 55
CAPÍTULO 1
ACNE: CUIDADOS COSMÉTICOS ............................................................................................ 56
CAPÍTULO 2
COSMÉTICA MASCULINA ........................................................................................................ 64
CAPÍTULO 3
HIPERCROMIA CUTÂNEA IDIOPÁTICA DA REGIÃO ORBITAL ...................................................... 68
UNIDADE IV
COSMETOLOGIA APLICADA NA ESTRIA, FIBROEDEMAGELOIDE (CELULITE), GORDURAS LOCALIZADAS.... 71
CAPÍTULO 1
ESTRIAS, CELULITES E GORDURAS LOCALIZADAS ...................................................................... 71
UNIDADE V
COSMETOLOGIA APLICADA NA COSMÉTICA ANTI-AGING, ATUAÇÃO DE COSMÉTICOS 
DESPIGMENTANTES E INTRODUÇÃO AOS PEELING ........................................................................................ 78
CAPÍTULO 1
INGREDIENTES DOS COSMÉTICOS COM AÇÃO DESPIGMENTANTES ........................................ 78
CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO AOS PEELINGS ................................................................................................. 83
CAPÍTULO 3 
COSMÉTICA ANTI-AGING E NEUROCOSMÉTICA ...................................................................... 89
UNIDADE VI
COSMETOLOGIA E SEUS CUIDADOS..................................................................................................... 96
CAPÍTULO 1
CUIDADOS E COSMÉTICOS INICIAIS PARA A QUEDA CAPILAR.................................................. 96
CAPÍTULO 2
COSMÉTICOS PARA GRUPOS DE RISCO ................................................................................ 100
UNIDADE VII
HIDRATAÇÃO CORPORAL, MANEJO DE COSMÉTICO COM AS CICATRIZES, NUTRICOSMÉTICA 
E NUTRACÊUTICOS ............................................................................................................................ 102
CAPÍTULO 1
HIDRATAÇÃO CORPORAL E PRODUTOS ANTIPOLUIÇÃO ......................................................... 102
CAPÍTULO 2
MANEJO DE COSMÉTICO EM CICATRIZES ............................................................................. 106
CAPÍTULO 3
NUTRICOSMÉTICA E NUTRACÊUTICOS ................................................................................... 111
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 115
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 116
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
7
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
8
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
9
Introdução
A Farmacologia é uma ciência biomédica que estuda o comportamento de moléculas 
ativas para diagnosticar e tratar doenças com o objetivo de curar.
A Cosmetologia é uma ciência farmacêutica que estuda como desenvolver produtos que 
possam vir desde a limpeza da pele até a sua restauração devido a alguma afecção. 
Atua também na parte da higiene como apenas retirar odores. 
Este material tem como objetivo trazer direcionamento e conhecimento dessa área da 
farmacologia aplicada à cosmetologia. São totalmente opostas, mas se comunicam de 
maneira efetiva para corrigir várias afecções estéticas.
Na estética temos sempre que fundamentar a aplicação da farmacologia na cosmetologia, 
para que possamos ter segurança ao utilizar composições de maneira eficaz e sem 
nenhum prejuízo ao paciente. Para saber esse manejo precisamos sempre estudar 
muito ese embasar em artigos científicos e verificar a indicação do produto no rótulo. 
E como prioridade realizar sempre uma avaliação minuciosa do paciente pra que a 
nossa conduta seja correta.
Nesse estudo que realizaremos, vamos dar o foco a aprender a parte teórica necessária 
para que possamos atuar identificar a afecção e atuar corretamente os cosméticos. 
Para isso é importante entender sobre os aspectos gerais da farmacologia e cosmetologia.
Como estamos nos propondo a um curso EAD, cabe a nós neste aprimoramento ter 
bastante dedicação, empenhar-se no estudo no portal, no uso da tutoria (pois estamos 
aqui para ajudá-los, orientá-los e tirar dúvidas). E também sempre realizar buscas 
externas ao portal, pesquisando e lendo artigos científicos para ter sucesso nesse 
módulo e na vida profissional.
Tendo em vista que nem sempre a disciplina da Farmacologia é ofertada nos cursos 
superiores da área da saúde com profundidade, recomenda-se ao estudante que 
consulte as literaturas referenciadas no fim do Caderno de Estudos para complementar 
os conceitos e visualizar mais exemplos práticos.
Bons estudos!
Objetivos
 » Elaborar um prontuário minucioso para identificar a afecção de pele para 
saber qual a conduta a se ter enquanto profissional.
10
 » Aprender sobre os fármacos atuantes na estética.
 » Saber das suas incompatibilidades.
 » Saber como prescrever os cosméticos.
 » Ter uma noção da Farmacologia em geral na estética.
11
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À 
FARMACOLOGIA E À 
COSMETOLOGIA
CAPÍTULO 1
Farmacologia geral: conceitos 
fundamentais e farmacocinética
Fundamentação da farmacologia
É a ciência que estuda todos os mecanismos de ação de substâncias que servem para 
serem utilizadas para se diagnosticar e curar doenças.
Um fármaco é um agente químico que tem por objetivo conceder o efeito terapêutico. 
Os fármacos, em suas variadas formulações, recebem o nome de medicamento.
A expressão “tratamento cosmético” é erroneamente utilizada entre 
profissionais do ramo, considerando que apenas os fármacos, nas formulações 
de medicamentos, são agentes de tratamento de doenças.
O termo remédio, como citamos por algumas vezes como medicamento, na realidade 
de qualquer recurso que tenha efeito terapêutico para o paciente, podendo ser uma 
terapia manual ou um simples banho para relaxar. 
E no caso do medicamento terá a eficácia sobre a afecção de acordo com o componente 
mais indicado na situação para o seu tratamento.
Existem diversas formas de como o medicamento é apresentado ao paciente:
 » Nas formas farmacêuticas sólidas são encontradas em formato de cápsulas 
e comprimidos. 
 » Nas formas farmacêuticas líquidas temos os xaropes, suspensões e soluções. 
 » Nas formas farmacêuticas semissólidas podemos ter o gel, creme, loção 
e pomada.
12
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA
Cosméticos podem ser considerados remédios?
Os cosméticos não são considerados remédios devido a sua finalidade não terapêutica. 
Farmacocinética 
A Farmacocinética é a parte da farmacologia que estuda o comportamento do organismo 
em relação ao fármaco, analisando o que o organismo faz com o fármaco e como ocorre 
seu processamento nos critérios de absorção, metabolização, distribuição, eliminação 
e biodisponibilidade.
Figura 1. Etapas da farmacocinética.
 
METABOLISMO 
Fígado DISTRIBUIÇÃO 
Transportadores 
ABSORÇÃO 
EXCREÇÃO 
Fonte: <https://www.eupati.eu/es/glossary/farmacocinetica/>.
 » Absorção: se dá pela passagem da substância ativa do local onde ocorreu 
a administração da substância até a corrente sanguínea sem ocorrer a 
desintegração.
Pode-se dizer que existe absorção de cosméticos, considerando que levam 
substâncias com comportamento de fármacos, mas não são medicamentos?
13
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Os cosméticos não possuem ação terapêutica por não ser absorvido pela 
pele. 
Outro aspecto importante é que as moléculas ativas geralmente são muito 
grandes para passar pela pele.
 » Metabolização: a hidrossolubilidade se dá pelo conjunto de reações 
químicas que tornam a molécula ativa ou com a facilidade de absorção.
Sobre os cosméticos de uso interno é importante estudar alguns aspectos 
sobre o metabolismo hepático.
 » O fígado possui uma rede de processamento de substâncias que chegam 
até ele via circulação, feito pelo sistema de enzimas do tipo mono-
oxigenases, do citocromo P450.
 » Essas enzimas podem sofrer aumento da atividade através do aumento do 
número de Enzimas (indução). Este efeito pode ou não causar toxicidade, 
isso vai depender da substância que está sendo processada.
 » O fígado também é responsável pelo efeito de primeira passagem. 
Portanto, alguns fármacos sofrem metabolização tão extensa que a 
quantidade que chega à corrente sanguínea acaba sendo muito menor 
que a quantidade administrada e absorvida.
O efeito de primeira passagem é um evento positivo ou negativo? Em que 
situações é positivo ou negativo?
 » Eliminação: é a saída dos fármacos do organismo que é analisado por 
termos de Clearance, que é o volume de plasma sanguíneo livre do fármaco 
por unidade de tempo. 
 » Distribuição: é a passagem da substância ativa da corrente sanguínea 
para os tecidos que são os locais de ação dos fármacos relacionadas 
à doença.
 » Biodisponibilidade: é a estimativa da velocidade e tempo gasto para uma 
molécula chegar à corrente sanguínea, bem como qual a quantidade 
disponível.
A administração de fármacos tem que ser realizada com muita atenção A prescrição 
correta é fundamental para não ocorrer danos devido a sua atuação. Alguns fármacos tem 
14
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA
a capacidade de se acumular no tecido adiposo, nos ossos, dentes, olhos, atravessarem 
a barreira hematoencefálica e a barreira placentária.
Fatores que influenciam no sucesso terapêutico
 » forma farmacêutica administrada;
 » via de administração (oral, tópica, injetável – intramuscular, intravenosa, 
entre outras);
 » forma de movimento do fármaco no organismo.
A movimentação do fármaco no organismo está relacionada ao modo como a molécula 
ativa que entra na célula. 
Os três movimentos principais
1. Difusão simples: passagem direta pela membrana, sem gasto de 
energia na forma de ATP, comum para moléculas lipossolúveis. 
2. Difusão facilitada: por canais iônicos que são canais formados por 
proteínas carreadoras que levam a molécula de fora para dentro da célula, 
sem gasto de energia. 
3. Transporte ativo: ocorre por meio de canais proteicos e com gasto de 
energia.
15
CAPÍTULO 2
Farmacodinâmica
A Farmacodinâmica é a parte da Farmacologia que estuda o mecanismo de ação do 
fármaco e quais modificações geradas no organismo.
Os fármacos agem no organismo através de interações com elementos que chamamos 
de alvos. Alvo é um local específico onde o fármaco vai ter a atuação em nível molecular. 
Os principais alvos são:
 » As enzimas podem ser inibidas ou ter sua atividade aumentada. 
 » As moléculas transportadoras podem ser bloqueadas ou ter sua atividade 
aumentada. 
 » Os canais iônicos podem ser abertos ou fechados. 
 » Os receptores específicos, estes são os locais de ligação de substâncias 
endógenas onde fármacos com estrutura química semelhante às substâncias 
endógenas se ligam.
 » Agonista: na ação nos receptores, pode ocorrer ligação do fármaco para 
simular o efeito de uma substância endógena. O intuito é de aumentar o 
efeito fisiológico causado ativando o receptor e cascatas de sinalização 
dentro da célula. 
Exemplo: o corpo libera naturalmente adrenalina na corrente sanguínea, que se liga 
a seus receptores específicos em determinados órgãos. Existem moléculas para o 
tratamento da asma, por exemplo, que possuem estrutura semelhante à da adrenalina, 
para ligar-se aos mesmos receptores apenas nas vias aéreas e ativá-los, causando 
dilatação para maior passagem de ar.
 » Sinergismo: entre fármacos acontece quando duas ou mais moléculas, 
quandoassociadas na administração, potencializam um único efeito, por 
mecanismos semelhantes ou diferentes. 
Exemplos em cosmetologia: controladores de oleosidade e adstringentes, 
quando associados, favorecem a eliminação de comedões, no tratamento 
da acne.
 » Antagonistas: são os fármacos que se ligam a um receptor para bloquear 
a ação das substâncias endógenas.
16
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA
Exemplo: existem moléculas semelhantes à adrenalina que se ligam aos 
receptores para adrenalina no coração, visando reduzir a frequência 
cardíaca e a força de contração, no intuito de controlar a pressão arterial 
sem a ligação de adrenalina. O coração não recebe estímulo para fazer 
mais força e contrações do que o necessário, o que colabora para o 
abaixamento da pressão arterial.
 » Natureza da atividade farmacológica: são as diferenças existentes 
para receptores de ação reguladora sobre funções fisiológicas. 
As classificações são:
 » Antagonismo competitivo: quando duas substâncias disputam a 
ligação pelo mesmo alvo vencendo a que tiver o melhor perfil químico 
para se ligar a este alvo. 
 » Antagonismo químico: ocorre alteração da estrutura química de um 
fármaco causando a perda da função original. 
 » Antagonismo fisiológico: ocorre alteração da função de um fármaco 
por outro sem ocorrer a alteração da estrutura química. 
 » Antagonismo farmacocinético: ocorre alteração dos parâmetros 
farmacocinéticos (absorção, metabolismo, distribuição, excreção) de um 
fármaco por outro.
Como prevenir erros de prescrição conhecendo a natureza da atividade 
farmacológica das substâncias?
Não devem ser associadas na mesma formulação nem administradas simultaneamente 
caso duas ou mais substâncias apresentarem qualquer tipo de antagonismo.
Quando um fármaco é administrado de maneira contínua ou repetida (não necessariamente 
por erros de medicação), existe o risco de desenvolvimento de taquifilaxia, que é a perda 
do efeito do fármaco por alterações causadas ou mesmo perda dos alvos no organismo.
Diferentemente desta condição, enquadra-se o conceito de adaptação fisiológica, que é 
a redução do efeito de um fármaco por respostas do organismo que tendem à condição 
de homeostase, o que gera tolerância ao fármaco.
17
CAPÍTULO 3
Mediadores inflamatórios
Figura 2. Processo inflamatório.
PATÓGENO
SINAIS QUÍMICOS
O TECIDO LESADO LIBERA 
SINAIS QUÍMICOS (HISTAMINA, 
PROSTAGLANDINA).
VASOS 
SANGUÍNEOS
OCORRE VASODILATAÇÃO, 
AUMENTO DA PERMEABILIDADE 
DO VASO E DIAPEDESE.
OS FAGÓCITOS CONSOMEM 
OS PATÓGENOS E OS RESTOS 
DE CÉLULAS MORTAS. 
O TECIDO SE RECUPERA.
FAGÓCITOS
Fonte: <https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/biologia/anatomia_e_fisiologia_2/aulas/alergias>.
O processo inflamatório é uma resposta do organismo que se inicia nos vasos sanguíneos 
em direção aos tecidos quando há lesão por qualquer agente etiológico. 
A inflamação tem como função proteger o organismo por meio de mecanismos para 
destruição e eliminação do agente etiológico e reparar a área afetada. 
Existem diversos tipos e intensidades de inflamação, variando o agente e a área afetada.
Quando são exagerados, os processos inflamatórios causam doenças como processos 
dolorosos, alergias, autoimunidades e destruição tecidual. O controle da inflamação 
atualmente é feito principalmente com anti-inflamatórios não esteroidais e corticoterapia. 
18
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA
Não existe uma sequência exata estrita para os eventos da inflamação, pois as etapas 
podem ocorrer simultaneamente. Porém três fases principais podem ser identificadas:
1. Fase aguda de fenômenos vasculares: ocorre vasodilatação, aumento 
do fluxo sanguíneo e da permeabilidade vascular, com extravasamento 
de proteínas e outras biomoléculas.
2. Fase tardia: ocorre infiltração de células do sistema imune como 
neutrófilos e outros fagócitos por diapedese e migração dessas células 
para o local da inflamação, para captura e destruição do agente causador 
da inflamação.
3. Fase de degeneração tecidual com fibrose: conhecer as substâncias 
que envolvem a inflamação, porque dará conhecimento de como ocorrem 
os processos inflamatórios, para assim planejar os cuidados cosméticos 
para a diversidade de afecções de pele como a acne e as cicatrizes.
Os mediadores da inflamação são os responsáveis pelo caráter considerado uniforme 
dos processos inflamatórios, não importando se o agente etiológico é uma bactéria, um 
corpo estranho ou radiação.
Como podem existir diferentes tipos de inflamação se o processo é uniforme, 
considerando que os mediadores envolvidos são geralmente os mesmos?
A depender da doença (ex.: alergias, neoplasias malignas, psoríase), apesar dos mediadores 
serem quimicamente semelhantes, as associações fisiologicamente programadas variam 
inclusive na quantidade.
Principais mediadores dos processos 
inflamatórios
 » Histamina: encontrada pré-formada na maioria dos tecidos corporais. 
Tem sua ação condicionada aos receptores onde se liga.
 » Receptores H1 (várias regiões corporais): contração da musculatura 
lisa, brônquios, bronquíolos; edema, eritema, prurido, aumento da secreção 
de muco e da permeabilidade de capilares; indução de vômito.
 » Receptores H2 (estômago): estimula a secreção de suco gástrico.
 » TXA2 (Tromboxano A2): faz vasoconstrição e estimula a agregação 
plaquetária. 
19
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
 » Fator de Agregação Plaquetária (PAF): estimula a agregação 
plaquetária, é vasodilatador, aumenta a permeabilidade vascular e tem 
ação quimiotática (atração) de células imunológicas para o local da 
inflamação.
 » Bradicinina: ação vasodiltadora, aumenta a permeabilidade vascular, 
estimula a contração do intestino.
Em que situações, ao se tratar de inflamação, é importante que haja contração 
do intestino?
Em casos em que há parasitoses intestinais envolvidas, a contração do intestino é 
importante para a eliminação do parasita nas fezes.
Prostaglandinas
 » PGE2: reduz o limiar da nocicepção, tem ação sinérgica com substâncias 
que causam dor por estimulação das terminações nervosas, causa febre e 
broncoconstrição.
 » PGI2: tem ação vasodilatadora e anti-agregação plaquetária.
Leucotrienos
 » LTB4 (Leucotrieno B4): promove adesão, ativação e proliferação de 
células imunológicas.
 » LTC4 (Leucotrieno C4): broncoconstritor.
 » LTD4 (Leucotrieno D4): vasodilatador.
 » LTE4 (Leucotrieno E4): vasoconstritor.
Como o organismo organiza o processo inflamatório considerando que alguns 
mediadores possuem ações antagônicas?
A organização é regida pela programação do sistema imune. Quando há falhas no controle 
da imunidade, podem ocorrer doenças como as autoimunidades.
20
UNIDADE II
CONCEITOS 
DE COSMETOLOGIA 
E ATIVOS COSMÉTICOS 
NATURAIS
CAPÍTULO 1
Conceitos fundamentais em 
cosmetologia
 » Cosméticos: formulações constituídas por substâncias naturais ou 
sintéticas para uso externo (cabelo, pele, unhas, lábios, dentes e mucosa 
da cavidade oral) com finalidade exclusiva de limpar, alterar a aparência, 
perfumar e/ou corrigir odores corporais com o objetivo de proteger a pele 
ou mantê-la em estado de homeostase.
 » Cosmecêuticos: termo não reconhecido pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa), nem pelos órgãos regulatórios de produtos 
cosméticos e farmacêuticos internacionais. Indica cosméticos cujas 
fórmulas possuem propriedades terapêuticas associadas, sendo usados 
nos “tratamentos cosméticos”. São produtos para acne, caspa, esmalte 
para micoses e outros.
 » Grau de risco I: produtos isentos de registro do Ministério da Saúde, 
oferecendo riscos mínimos ao usuário. Ex.: shampoos/condicionadores 
comuns, hidratantes etc.
 » Grau de risco II: produtos que devem ter segurança e eficácia 
comprovadas, além do registro no Ministério da Saúde. Ex.: produtos 
para acne, despigmentantes, anticaspa, para micoses, para área dos olhos, 
filtros solares, para uso nas mucosas comoas soluções para bochechos e 
os produtos de uso infantil.
 » Cosméticos naturais: estendem seus efeitos para todo o organismo. 
As fases oleosas são feitas com ceras e esqualeno naturais, além da lanolina 
e ésteres, fosfolipídios derivados biológicos. Não são usados produtos 
21
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
sintéticos nem conservantes sintéticos. Os ativos são todos naturais. Ex.: 
Blend, que é mistura de óleos naturais.
 » Produtos orgânicos: produtos com certificação diferencial conferida 
por órgão competente (como o EcoCERT), cuja formulação não leva itens 
sintéticos como silicones, fragrâncias, polietileno glicol (PEG), corantes, 
derivados do petróleo nem produtos de origem animal. Todos os 
componentes da fórmula são exclusivamente naturais e seguem rígidos 
padrões de produção sem agrotóxicos, processamento em indústrias de 
padrão trabalhista outro, sendo, portanto, certificados. Não são feitos 
testes em animais. No mínimo 95% dos produtos envolvidos e a empresa 
devem ser certificados. Os produtos são livres de metais pesados, toxinas 
e OGM (organismos geneticamente modificados – os transgênicos).
Figura 3. Produtos de manipulação e/ou cosmetologia.
Fonte: <https://ibeco.com.br/categoria-produto/cursos/>.
Cosméticos tradicionais podem ter ingredientes naturais.
Vias de penetração da pele e de hidratação
É fundamental diferenciar: 
 » Óstio: local de saída da secreção gerada pela glândula sebácea e dos pelos.
 » Poro: local de saída de glândula sudorípara.
São vias de penetração dos princípios ativos na pele:
 » Transdérmica: substâncias de baixo peso molecular, caráter anfótero 
que são hidrossolúveis e lipossolúveis que passam pela pele e caem na 
corrente sanguínea. Uso exclusivo de medicamentos. 
22
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 » Transfolicular: passam entre o folículo piloso e a papila dérmica. Área 
com pouco pelo especialmente em idosos, tem hidratação mais difícil por 
deficiência neste mecanismo, já que o folículo fica obstruído. 
 » Transcelular: por difusão, os ativos passam de uma célula para a outra. 
Ocorre principalmente com ativos lipofílicos. O pH alcalino aumenta 
emoliência da pele por clivagem da queratina da camada córnea. Por isso, 
o caráter alcalino tem maior permeabilidade da pele que é um fator de 
risco para uso dos produtos.
A importância da hidratação
A redução da espessura da pele e do tecido subcutâneo, por ação química e/ou ambiental, 
são os principais mecanismos de desidratação, além da nutrição inadequada. 
A perda de água transepidermal, entendida como a evaporação da água dos tecidos 
mais profundos até a epiderme, ocorre naturalmente na pele, até mesmo para 
regulação de temperatura corporal. É importante que qualquer produto cosmético 
possa proporcionar hidratação, para garantir a integridade do tecido e para que o ativo 
exerça sua função corretamente.
São vias de restauração da hidratação da pele por cosméticos:
 » Oclusão: é quando os poros estão obstruídos, contudo, a água da pele 
não consegue evaporar.
 » Umectação: são usados ativos higroscópicos com o objetivo de reduzir 
a volatização da água da superfície da pele.
 » Restauração: realizada por meio de elementos originais da pele como 
as proteínas, os colágeno, os carboidratos e os lipídeos que são inseridos 
nas fórmulas. 
Formas de apresentação dos cosméticos 
(variações de veículos)
 » Cremes: são emulsões óleo/água ou água/óleo de boa consistência 
(maior viscosidade).
 » Loções: microemulsões de baixa ou média viscosidade.
 » Géis: redes poliméricas hidratáveis (natrosol, carbopol, aristoflex, 
pemulen, sepigel etc.) de boa consistência em geral. São os veículos mais 
escolhidos para peles oleosas.
23
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 » Leites: microemulsões de pouca viscosidade para limpeza de pele.
 » Tônicos: soluções vasodilatadoras, refrescantes, rubefacientes e 
cicatrizantes. São próprias para recuperar a nutrição, pH e tônus da pele 
(izotonizantes). Finalizam a etapa de limpeza.
 » Sticks: preparações sólidas de ácidos graxos e álcool etílico solidificados 
por estearato de sódio. Podem ser hidratantes e despigmentantes.
 » Óleos: preparações de origem vegetal/animal, líquidos à temperatura 
ambiente.
 » Sabonetes: líquidos, glicerinados, barra (tradicionais), shower gel, 
esfoliantes e antissépticos (íntimos).
 » Shampoos: De pH alcalino, podem ser: hidratantes, anticaspa, 
antirresíduos, infantis e antiqueda.
Conceitos de química
 » pH: índice de acidez tolerado por áreas corporais ou substâncias ativas. 
Varia de 0 a 14, sendo que até 7 o pH é ácido, em 7 é neutro e de 7 a 14 
é alcalino ou básico. O pH das diferentes áreas corporais está no quadro 
a seguir.
Quadro 1. Faixas de pH do corpo.
Axilas 6,3 a 6,5
Costas 4,5 a 4,8
Cabelo 4,5 a 4,7
Coxas 6 a 6,1
Mãos 4,3 a 4,6
Nádegas 6,4 a 6,5
Pés 7 a 7,2
Face 4 a 4,8
Seios 6 a 6,2
Tornozelos 5,9 a 6,1
Fonte: Batistuzzo, 2009.
24
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
Conhecer o pH das diferentes áreas corporais é fundamental para a escolha do cosmético: 
produtos muito ácidos ou muito alcalinos podem causar danos sérios às áreas onde são 
aplicados, como queimaduras e lesões. Observar o pH das substâncias é fundamental 
para que possam ser associadas sem que haja incompatibilidades.
 » Solubilidade: capacidade de uma substância se dissolver na presença 
de outra. Podem ser classificadas em: insolúveis (caráter hidrofílico/
fábico), pouco solúveis, livremente solúvel, solúvel.
 » Fotossensibilidade: característica das substâncias que podem ser 
alteradas/inativadas pela luz.
 » Higroscopicidade: capacidade de uma substância agregar água para 
sua estrutura. Ex.: as substâncias com sódio (Na+2).
Por que certos produtos cosméticos importados mudam de aspecto/odor 
quando chegam ao Brasil?
Produtos fabricados na França são planejados para serem estáveis nas condições 
climáticas locais. 
Trazer estes produtos para zonas climáticas diferentes implica provável perda da 
estabilidade.
Sobre a pele e cosméticos
Temos a classificação tradicional dos fototipos de pele concedida por Fitzpatrick. 
Outra classificação da pele ocorre em 16 tipos e os mesmos foram definidos em 2006 
pela dermatologista norte-americana Leslie Baumann. Tem sido muito utilizada, pois 
fornece critérios de seleção como tendência à ruborização e descamação. 
Pele oleosa, sensível, não pigmentada com 
tendência a rugas
Apresenta poros dilatados e rugas precoces por ter camada fina, não bronzeia, mas 
queima.
 » Fotoproteção constante/creme oil-free ou gel. Usar anti-inflamatórios e 
calmantes suaves (evitar corticoides) em todos os produtos. Ex.: extratos 
glicólicos de camomila, calêndula e alfabisabolol.
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 » Evitar usar chá verde e zinco (pelo forte sinergismo para ação secativa) e 
vitamina C (pela tendência à ruga). São ativos para absorver a oleosidade 
excessiva: sebonormine, silica shells (anti-oil spheres), matipure. Usar 
clareadores com pH mais próximo de 7. 
Pele oleosa, sensível, não pigmentada e firme
Poros não muito dilatados, vascularização aparente e fácil ruborização, com descamações.
 » Fotoproteção constante: loção/creme oil-free ou gel.
 » Usar anti-inflamatórios e calmantes suaves (evitar corticoides).
 » Chá verde e zinco: podem ser usados para efeito secativo associado, silicatos 
em caso de extrema oleosidade, nas primeiras semanas de tratamento. 
Evitar o uso de DMAE.
Pele oleosa, sensível, pigmentada e propensa 
a rugas
Pode apresentar acne e dermatites fortes. Bronzeia fácil, com rugas precoces por ter camada 
fina. Manchas são comuns.
 » Usar filtro solar físico (óxido de zinco/dióxido de titânio).
 » Tensores: elastinol+R, Lys-lastine.
 » Evitar chá verde/zinco/vitamina C (sensibilidade da pele/propensão 
às rugas).
 » Clareadores:usar os com pH próximo a 7.
Pele oleosa, sensível, pigmentada e firme
Pode apresentar acne e processos inflamatórios muito fortes. Muitas reações alérgicas e 
possíveis sardas. Manchas mais resistentes aos tratamentos.
 » Usar ácido kógico, ácido salicílico, microesponjas de retinol.
 » Chá verde, zinco, vitamina C: podem ser usados junto com glucans.
 » FPS em gel creme/creme oil-free.
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
Pele oleosa, resistente, pigmentada e propensa 
a rugas
 » Aparência lustrosa, poros dilatados e acne rara.
 » FPS em creme oil-free.
 » Usar coenzima Q10 e lipossomas hidratantes, DMAE, ácido glicólico, 
microesponjas de retinol.
 » Usar silicatos com zinco para reduzir a oleosidade.
Pele oleosa, resistente, pigmentada e firme
 » Poucas rugas e acne. Pele mais comum em negros. 
 » Em peles claras: sardas e manchas.
Usar chá verde, zinco, vitamina C e silicatos. FPS em gel.
 » Despigmentante: azeloglicina.
Pele oleosa, resistente, não pigmentada e propensa 
a rugas
 » Brilho moderado, pouca acne e rugas precoces.
 » Tensor podem ser o argireline, elastinol + hidratar mais à noite.
 » Esfoliar pelo menos 2 vezes por semana.
Pele oleosa, resistente, não pigmentada e firme
 » Dificilmente bronzeia. Apresenta manchas, vermelhidão ou ressecamento 
raros.
 » Peeling de ácido salicílico mensal: controle rápido da oleosidade (até 3 
vezes ao mês).
 » Esfoliação com ácido glicólico ou salicílico.
Pele seca, sensível, pigmentada e propensa 
a rugas
 » Fina, seca, descama e tem alta frequência de inflamações.
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 » Evitar adstringentes e esfoliantes.
 » Despigmentantes, podem-se usar pH mais próximo do neutro. Se ácidos, 
usar o glicólico/lático com glicirenídeos em creme e em alternados, 
passar camadas finas.
Pele seca, sensível, pigmentada e firme
 » Mãos secas, manchas ásperas e grosseiras no rosto e pescoço. Alergias e 
descamações frequentes.
 » Fotoproteção em creme. Usar anti-inflamatórios e calmantes.
 » Hidratação: óleos de macadâmia e silicones.
Pele seca, sensível, não pigmentada e propensa 
a rugas
 » Ressecada, áspera, sem brilho, acne moderada e rugas precoces. Eritema 
de fácil ocorrência.
 » Hidratação reforçada à noite em creme. 
 » Evitar vitamina C.
 » Lipomoist firming, óleos naturais em baixa concentração, com 
anti-inflamatórios em gel ou creme.
Pele seca, sensível, não pigmentada e firme
 » Descamação, acne ocasional, eritema e prurido.
 » Hidratação: lactato de amônio e peptídeos (structurine).
Pele seca, resistente, pigmentada e propensa 
a rugas
 » Bronzeia fácil, sem alergias, acne ou rugas até mais ou menos 40 anos.
 » Usar clareadores de vitamina C e ácido glicólico. Fotoproteção em creme.
Pele seca, resistente, pigmentada e firme
 » Descamações no rosto e pescoço. Sardas e manchas são comuns.
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 » Clareamento: vitamina C, vitamina K. Hidratar com vitamina A e E.
 » Renovação celular: microesponjas de retinol, alfa-hidroxiácidos (AHA – 
ex.: ácido glicólico, ácido mandélico) em baixa porcentagem.
 » Fotoproteção em creme.
Pele seca, resistente, não pigmentada e propensa 
a rugas
 » Pele clara, delicada (fina), sem sardas ou manchas.
 » Para as linhas de expressão: lipomoist firming, coenzima Q10 (lipossoma), 
chá verde.
Pele seca, resistente, não pigmentada e firme
Não bronzeia fácil. Hidratar com produtos à base de glicerina e evitar adstringentes.
 » Para todas as formas de pele seca: ácido hialurônico e óleos como o de 
macadâmia e rosa mosqueta (cicatrizante) de 3 a 4%. Aquaporine active 
e outros peptídeos também são boas opções.
Alterações físicas e químicas dos cosméticos
Os cosméticos quando mal conservados ou se forem mal formulados podem apresentar 
alterações físicas e/ou químicas, que impossibilitam o uso do produto pelo risco de 
causar algum efeito colateral no usuário ou mesmo nenhum efeito pela inativação da 
substância ativa. 
As principais alterações são de cor, odor, separação de fases, formação de precipitados 
e presença de alteração de odor.
A elaboração do prontuário
Os registros servem para documentar as ações desenvolvidas e os produtos utilizados, 
fornece evidências de que as necessidades do tratamento estão sendo atendidas e 
proporcionar melhoria contínua dos protocolos de tratamento. 
O prontuário em si, por se tratar de um documento, destina-se ao dispensador dos 
produtos que é o farmacêutico, especialmente se a receita for destinada à manipulação. 
Os produtos indicados são destinados ao paciente.
29
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
Na receita deve conter
 » o nome completo do paciente;
 » as instruções ao farmacêutico como os percentuais desejados que tenham 
nos componentes da fórmula;
 » instrução de uso do produto;
 » nome do profissional solicitante e data do dia que emitiu a receita.
Erros de prescrição
Para evitar transtornos ao paciente e ao dispensador, é fundamental observar os 
seguintes cuidados para a prescrição cosmética: 
 » Falta do modo de administração do produto prescrito. 
 » Pode ser também enquadrado nesta categoria a falha na orientação do 
paciente em relação aos cuidados propostos, buscando compreensão e 
aderência ao tratamento; com o objetivo de que o paciente não utilize os 
produtos corretamente. 
 » O tempo de administração e a frequência devem ser claramente 
apresentados em cada produto, evitando erros de administração.
O que deve constar na ficha de registro e controle 
de sessões do paciente
 » Nome completo do paciente, a idade, o seu endereço, telefone, a descrição 
da pele, qual tratamento o paciente está realizando, o que é feito em cada 
sessão em cabine e home care (em casa) e quais são seus cuidados diários 
com a pele.
 » Precisa ter o máximo de informações da sua condição de pele e da afecção 
apresentada para que possamos traçar a conduta de tratamento de 
maneira efetiva e segura. 
30
CAPÍTULO 2
Imunologia cutânea e 
cosmetotoxicidade: visão geral
Conceitos de citologia e histologia 
As células são microcompartimentos que concentram substâncias orgânicas, inorgânicas e 
organelas de diferentes funções, circundadas pela membrana plasmática, a bicamada 
lipídica.
A membrana plasmática é uma película fina composta de fosfolipídios, colesterol e 
outros lipídios. Possui também as proteínas transmembrana, canais de proteína para 
transporte, enzimas, glicoproteínas e outras biomoléculas. 
As principais funções da membrana: 
 » proteção celular;
 » limitar o citoplasma;
 » controlar a entrada e saída de substâncias (permeabilidade seletiva).
Principais organelas e respectivas funções
 » Retículo endoplasmático: é um sistema de canais membranosos e 
vesículas, disponível no citoplasma na forma lisa (neutraliza substâncias 
tóxicas, sintetiza lipídios) e rugosa (sintetiza proteínas e ribossomos).
 » Complexo de Golgi: agrupamento de vesículas e cisternas que atuam 
no transporte de substâncias e formação de lisossomas (vesículas com 
enzimas de digestão celular).
 » Ribossomos: realizam a síntese de proteínas através de informação 
genética.
 » Mitocôndria: realiza a respiração celular (processamento de o2) e 
produção de ATP. É a principal molécula energética do organismo.
 » Núcleo: armazena as informações genéticas. É separado do citoplasma 
pelo envelope nuclear, uma bicamada lipídica.
31
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
Junções celulares
 » Junção compacta ou de oclusão: seu funcionamento é como um 
zíper, previne o trânsito livre por difusão passiva de pequenas moléculas 
e íons na membrana.
 » Junção aderente: promove a adesão de células vizinhas e atua na 
formação e manutenção da estrutura e da função das outras junções.
 » Junção comunicante: conjunto de canais hidrofílicos que conectam 
os citoplasmas de suas células vizinhas.Acelera a condução do impulso 
nervoso.
Tecido epitelial
Responsável pelo revestimento e formação de alguns órgãos e glândulas. Protege os 
tecidos subjacentes de lesões e choques, atua na absorção de biomoléculas, percepção 
sensorial, transporte transcelular de moléculas e controle do fluxo de substâncias 
através das junções aderente e comunicante.
A pele é um tecido de revestimento pavimentoso estratificado queratinizado. Possui 
células superficiais achatadas anucleadas com revestimento de queratina, composta 
de células velhas, colesterol, proteínas e lipídeos como os triglicerídeos, fosfolipídios, 
ácidos graxos livres, entre outros. 
Sua divisão é dada em epiderme e derme, possui uma camada mais profunda de tecido 
adiposo que constitui um tecido conjuntivo frouxo que conecta a derme à musculatura 
e faz isolamento térmico que é a hipoderme.
A epiderme se subdivide em:
1. Estrato córneo: apresenta células mortas, sem núcleo ou organelas, 
onde está depositado o manto hidrolipídico.
2. Camada granular: camada com queratinócitos achatados.
3. Camada espinhosa: apresenta células novas altamente compactadas 
que mantém a resistência do tecido.
4. Lâmina basal: possui elevada quantidade de células tronco, por isso 
é chamada de camada germinativa. Nesta camada estão os melanócitos 
e a junção dermoepidérmica que realiza a nutrição das camadas mais 
superiores, que por sua vez não são irrigadas.
32
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
A derme é rica em colágeno e elastina, de modo que confere resistência à pele. É formada 
de tecido conjuntivo, inervação, irrigação, além de folículos e glândulas sudoríparas 
e sebáceas.
Imunologia
A imunologia é uma ciência biológica que trata dos mecanismos e respostas complexas 
desenvolvidas pelo organismo para reconhecimento e consequentemente eliminar 
ou conter substâncias ou corpos estranhos que invadem o organismo, como vírus, 
microrganismos, proteínas e outras moléculas que podem alterar o funcionamento 
normal do corpo.
Existe também o reconhecimento de substâncias próprias do organismo, para que 
não sejam inclusas nestas vias de defesa, o que aponta um alto nível de organização e 
segurança destes mecanismos, chamado de imunidade.
A resposta imune é uma via integrada composta por mecanismos complexos e simultâneos 
de defesa. 
A resposta imune se divide em dois ramos:
1. Resposta Imune Inata: é a imunidade que já vem desde o nascimento. 
Os mecanismos desta imunidade se instalam de maneira rápida como 
componente de defesa e agem de maneira inespecífica para diferentes 
agressores, usando o mesmo mecanismo de defesa para qualquer agente 
reconhecido como estranho ao organismo. 
A amamentação é importante para este mecanismo, uma vez que os 
anticorpos da mãe são transmitidos ao feto pelo leite, fazendo assim a 
primeira defesa orgânica à criança. Por isso, aconselha-se amamentar 
pelo menos 6 meses até 2 anos.
As respostas da imunidade inata são feitas por células chamadas de 
fagócitos, (células capazes de capturar o agente agressor e destruí-lo com 
substâncias presentes em grânulos no citoplasma):
 › basófilos;
 › eosinófilos: atuam principalmente em defesa contra parasitas;
 › macrófagos: localizados nos tecidos internos;
 › células NK;
33
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 › sistema de complemento: proteínas que complementam a defesa 
contra microrganismos de maneira geral.
Existem agentes agressores que podem ser mais fortes que outros, 
havendo necessidade de tratamento por medicação, as dosagens e o tipo 
de medicamento costumam variar significativamente. A esta propriedade 
dos agentes agressores dá-se o nome de virulência. 
O fato de a imunidade inata não agir de maneira diferenciada para 
diferentes agressores, indica que os mecanismos inatos podem não 
ser eficientes em determinados casos, já que o nível da defesa deve ser 
proporcional ao da virulência (que podemos entender também como 
nível de periculosidade), e não existe esta variação na imunidade inata.
Para desenvolver respostas mais eficientes e específicas, existem os 
mecanismos da imunidade adaptativa:
2. Imunidade adaptativa: é adquirida ao longo da vida do indivíduo por 
meio de contato direto com o agressor por exposição, vacinas, transfusão, 
entre outros. Atua através de diversos mecanismos de forma específica 
para o combate, sendo capaz de agir rapidamente caso um agente agressor 
previamente combatido entre no organismo novamente (capacidade de 
memória imunológica), como nas vacinas e reinfecções.
A imunidade adaptativa realiza a vigilância imunológica, que é o 
monitoramento da entrada e presença de agentes agressores e substâncias 
relacionadas. Se ocorrer falhas podem causar neoplasias malignas.
A imunidade adaptativa se desenvolve principalmente a partir de anticorpos 
e antígenos. Os anticorpos (também conhecidos por imunoglobulinas) 
são glicoproteínas que reconhecem os agentes agressores (antígenos) de 
maneira específica e ligam-se a estes (para cada antígeno é produzido 
um tipo de anticorpo). Esta ligação funciona como um mecanismo de 
marcação do antígeno, avisando aos demais componentes do sistema 
imune que há algo de estranho no organismo que deve ser eliminado.
Os antígenos são moléculas que possuem a capacidade de serem 
reconhecidas pelas células e moléculas do sistema imune, que são capazes 
de se ligarem aos receptores celulares e anticorpos. O antígeno pode 
ser uma fração da estrutura de bactérias, vírus, fungos, protozoários, 
helmintos ou substâncias solúveis produzidas por microrganismos e 
outras células. A maioria dos antígenos são proteínas, porém, alguns são 
polissacarídeos, lipídeos ou glicolipídios.
34
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
Os antígenos normalmente possuem vários locais onde o anticorpo pode se 
ligar que são chamados de epítopos. Existem epítopos que podem induzir 
uma resposta imune mais forte, como podem ter resposta mais fraca. 
Esta resposta depende da sua estrutura química, que definirá o nível da 
força de ligação (complexação) ao anticorpo. Os antígenos são chamados 
de imunogênicos quando são capazes de induzir uma resposta imune, são 
chamados de alergênicos quando induzem reações de hipersensibilidade 
(alergias) e são chamados de tolerogênicos quando são capazes de inibir 
o desenvolvimento de uma resposta imune. 
Na imunidade adaptativa, o antígeno é capturado pelo linfócito B (célula 
imunológica) e processado para geração do epítopo. Este fragmento 
do antígeno é então apresentado ao linfócito T (os linfócitos possuem 
capacidade de memória e especificidade), que libera substâncias 
(citocinas) que estimulam o linfócito B a produzir anticorpos específicos 
para o antígeno capturado. Estes anticorpos se ligam a outras células 
imunológicas. Quando o antígeno se ligar ao anticorpo, a célula 
imunológica libera substâncias presentes no seu interior para eliminar 
o antígeno, por meio do rompimento da membrana celular, o que 
chamamos de desgranulação. Desta forma estabelecendo os mecanismos 
de defesa.
Como a imunidade inata e adaptativa podem influenciar a resposta aos 
cosméticos aplicados na pele?
A imunidade inata pode responder por meio dos fagócitos, de maneia inespecífica. A 
imunidade adaptativa responde mediante desenvolvimento de anticorpos específicos 
para determinado antígeno.
Hipersensibilidades
As hipersensibilidades são transtornos imunológicos caracterizados por erros na 
programação fisiológica do sistema imune, de modo que atuam de maneira inadequada, 
prejudicando a saúde do indivíduo. 
1. Hipersensibilidade tipo 1 (alergias): é caracterizada pelo excesso 
de produção de anticorpos IgE para mínimas quantidades de antígenos, 
geralmente inertes para a maioria da população. 
35
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
Os fagócitos liberam o conteúdo dos seus grânulos, causando sinais e 
sintomas diversos, a dependerdo órgão afetado, como rinite, dermatite, 
conjuntivite e rinossinusite.
2. Hipersensibilidade tipo 2: também chamada de citotóxica, ocorre 
quando o anticorpo se liga a uma superfície celular e não a reconhece 
como normal, estimulando o sistema imune a destruí-la. 
O caso mais clássico é a anemia hemolítica do recém-nascido, em que os 
anticorpos da mãe destroem as hemácias do feto em caso de variação do 
fator RH.
3. Hipersensibilidade tipo 3: ocorre quando há a formação de 
imunocomplexos patogênicos com forte potencial inflamatório, por 
excesso de anticorpos ou por erros na programação da avidez. 
4. Hipersensibilidade tipo 4: chamada de tardia, envolve a participação 
de células imunológicas (linfócitos T, macrófagos etc.) sem anticorpos 
livres, na geração de resposta inflamatória. 
Os sinais são percebidos no mínimo 48h depois do início, por isso recebe 
o nome de tardia.
Dermatites
As dermatites são afecções da pele que podem ser de causa alérgica, infecciosa, por 
agentes físicos ou químicos. Quando a causa é desconhecida se tem o nome de idiopática.
O estudo das dermatites em cosmetologia é importante para a prevenção e prestação dos 
primeiros cuidados ao paciente vítima de efeitos colaterais dos produtos de uso tópico. 
Não necessariamente o paciente com reações adversas utilizou o produto incorretamente, 
afinal cada indivíduo é único. Portanto, as defesas da pele podem não reconhecer 
determinadas substâncias como inertes iniciando processos que tendem a eliminá-las. 
O caso mais clássico é a vermelhidão por utilização de peróxido de benzoíla a 4 ou 5% 
para o tratamento da acne ou mesmo o uso de ácidos para fazer a renovação celular.
É importante registrar todo o histórico de utilização de produtos do paciente, a fim de 
não repetir erros de prescrição, caso apresente alguma reação ou tenha já tido algum 
fator acometedor na sua história pregressa.
São os principais tipos de dermatite:
 » Dermatite Atópica: inflamação da pele que é parte das manifestações 
da atopia, a predisposição genética ao desenvolvimento de alergias. 
36
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
Os pacientes com dermatite atópica costumam apresentar outros 
quadros alérgicos como asma, rinite e problemas alérgicos oculares, e 
costumam ter casos prévios na família. Esta dermatite é uma forma de 
hipersensibilidade tipo 4 e pode ser causada pelos mesmos alérgenos 
que desencadeiam os demais transtornos alérgicos, além de substâncias 
irritantes (toxinas, metais, perfumes e desinfetantes) e alimentos, 
podendo também ter causa emocional. 
Pode durar de horas a dias, a depender do nível de exposição do indivíduo.
Principais sinais e sintomas:
 › Em jovens e adultos, as áreas mais acometidas por eritema e forte prurido 
são as regiões flexoras (joelhos, cotovelos, entre outros), mas também 
podem acometer o pescoço e a face (mais comum em crianças).
 › Hipercromia da região orbital.
 › Tendência a infecções cutâneas.
O manejo deste paciente é feito com medicamentos, demandando 
encaminhamento para médico alergista ou dermatologista.
 » Dermatite de Contato: também conhecida como eczema de contato, é 
uma patologia inflamatória causada pelo contato com substância irritante. 
Não é de origem alérgica, e dura de poucos minutos a algumas horas. 
Os mecanismos são inflamatórios e desencadeados por diversos agentes, 
água quente, água fria, sabonetes, ácidos, saliva, urina e cosméticos. 
A cura total é vista quando a substância irritante é afastada/suspensa 
totalmente.
Manejo em cabine
Se ocorrer a dermatite, é indicado que a substância seja totalmente removida com gaze 
seca (caso esteja em veículo semissólido) e a área deve ser lavada com sabonete neutro, 
se possível glicerinado. Para efeito de alívio, a região afetada pode ser tratada com soro 
fisiológico frio, que é inerte e capaz de fazer vasoconstrição, o que é importante em caso 
de vermelhidão.
Géis em pH 7 com extratos naturais calmantes são úteis nesta etapa. A associação de 
alfabisabolol com extratos glicólicos de camomila e calêndula tem efeito sobre a pele do 
paciente em pouco tempo. Recomenda-se que este produto seja aplicado frio também 
para vasoconstrição. Não há necessidade de remover logo após aplicação.
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 » Dermatite Seborreica: processo inflamatório que afeta as áreas mais 
ricas em glândulas sebáceas do couro cabeludo e da face. As causas são 
desconhecidas, e a presença do fungo Pityrosporum ovale agrava a doença. 
Ocorre descamação intensa, eritema, prurido forte, manchas, formação 
de crostas.
As crostas de dermatite podem ser removidas manualmente após emoliência feita com 
óleos vegetais (óleo de oliva, macadâmia, girassol, entre outros). 
O uso de shampoos anticaspa é importante para o controle da doença. A recomendação 
é que sejam utilizados em dias alternados e que o shampoo de cetoconazol seja usado 
por apenas 30 dias. 
A associação de ingredientes naturais com atividade antisséptica como o extrato de 
própolis, óleo de melaleuca, dentre outros, é benéfica, contudo as dosagens devem ser 
observadas com atenção, já que costumam ser produtos de odor forte característico, 
o que pode ser desagradável ao paciente. Além do risco de tonalização capilar, um 
desconforto ainda maior.
Proponha cuidados cosméticos para manutenção da barreira hidrolipídica 
cutânea.
A hidratação com ingredientes avançados, ou mesmo com óleos, manteigas e ceras, é 
importante para manutenção da barreira cutânea. Devemos orientar sobre os banhos 
quentes e uso de sabonetes adequados.
Cosmetotoxicidade
A toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações 
de substâncias químicas com o organismo. A toxicidade é a capacidade potencial de 
geração de danos às estruturas biológicas que é o foco.
A toxicologia de cosméticos se dá por reações adversas e os efeitos decorrentes do uso 
inadequado ou da susceptibilidade individual aos produtos.
Agente tóxico ou toxicante é a substância capaz de causar dano a um sistema biológico, 
em condições específicas de exposição. Os xenobióticos são substâncias que o organismo 
reconhece como estranho, através de mecanismos imunológicos.
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
Intoxicação é um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas, 
caracterizado por desequilíbrio fisiológico gerado pelas alterações bioquímicas no 
organismo.
Na intoxicação aguda, os sintomas surgem geralmente em algumas horas após curto período 
de exposição ao agente tóxico. A manifestação pode ser de forma leve, moderada ou 
grave. Vai depender também da quantidade de substância absorvida e da sensibilidade 
do organismo. 
A intoxicação subcrônica indica exposição moderada ou pequena a produtos alto ou 
medianamente tóxicos e as consequências surgem mais lentamente. A intoxicação 
crônica tem surgimento em meses ou até anos, após exposição a agentes tóxicos, 
podendo causar danos irreversíveis à saúde do indivíduo.
Principais vias de intoxicação por cosméticos
 » A via dérmica é a mais comum de intoxicações pela maioria dos agentes. 
Pois sua absorção depende principalmente da composição da formulação, 
do tempo de exposição, de solubilidade, do grau de ionização, da dimensão 
das moléculas, se ocorre hidrólise no pH da epiderme, seu estado de 
hidratação da camada córnea, umidade ambiental, temperatura do corpo 
e do ambiente e exposição à luz solar.
Consequências da intoxicação por via dérmica
 » Fotolergia: indução de resposta alérgica da pele semelhante à mediada 
pela radiação UV.
 » Fototoxicidade: potencial do material de induzir uma resposta irritante 
da pele mediada por irradiação UV.
 » Teratologia: toxicidade potencial para o feto. Mais comum para 
produtos de uso interno.
São elementos fundamentais na toxicologia cutânea a composição e dosagem da 
formulação, o nível de exposição, a quantidade da substânciapermeada, a classe do 
cosmético na qual o ativo pode ser utilizado, o método, a duração e a frequência de 
aplicação, a quantidade de produto em cada aplicação e a possível exposição do produto 
à luz solar.
 » Via respiratória: as vias aéreas são revestidas de mucosas altamente 
irrigadas, portanto, o potencial de absorção nesta área é considerado 
39
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
elevado. Produtos que geram gases, fumaças, neblinas e poeiras, 
principalmente em espaços confinados ou com pouco arejamento, podem 
causar intoxicação.
Considerando de maneira geral os cosméticos, podemos constatar que 
são produtos seguros quando utilizados de maneira adequada e seguindo 
as recomendações do fabricante. As reações adversas com esses produtos 
não são frequentes, e, quando ocorrem, na maioria dos casos, é devido ao 
uso de forma inadequada ou de maneira acidental.
Há tempos muitos ingredientes foram banidos da composição de cosméticos em todo 
o mundo pela maneira prejudicial como o hexaclorofeno (conservante), compostos de 
mercúrio e halogenados, propelentes de clorofluorcarbono e ingredientes geradores de 
nitrosaminas.
Garantindo a segurança de produtos de higiene, cosméticos e perfumes, é necessário 
a comprovação do histórico de segurança do produto e de suas matérias-primas até 
a realização de ensaios toxicológicos específicos. Todo produto cosmético, de grau de 
risco 1 ou 2, o fabricante tem obrigação relatar todos os dados de segurança.
Considerações a serem feitas por tipo 
de produto
 » Produtos para uso infantil: irritação cutânea primária. 
 » Produtos para a área dos olhos: irritação ocular cumulativa. 
 » Produtos para os cabelos, como tinturas e alisantes de cabelo: 
irritação dérmica e do couro cabeludo. 
 » Produtos para proteção das radiações solares: testes de 
fototoxicidade e fotoalergia. 
 » Produtos para a higiene íntima: testes clínicos de irritação de 
mucosa genital em humanos. 
 » Produtos destinados à pele sensível: testes de irritabilidade acumulada, 
sensibilização, fototoxicidade e fotoalergia cutânea. 
 » Produtos que no rótulo contenham as expressões 
“hipoalergênico”, “não comedogênico”, “não acnogênico”, 
“dermatologicamente oftalmológico + ginecologicamente 
testado”, “clinicamente testado”, “produto para gengiva 
40
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
sensível” e “produto para pele + couro cabeludo sensível”: 
testes comprobatórios dessas propriedades. Também, sempre que a 
rotulagem mencionar atributos, tais como “não irritante”, “não arde os 
olhos” etc.
Problemáticas em toxicologia dos cosméticos
1. Corantes: as moléculas tintoriais podem causar irritações à pele e 
ao couro cabeludo, uma vez que são produtos sintéticos e geralmente 
misturas de variados polímeros. Muitos fabricantes têm optado por retirar 
os produtos coloridos do mercado quando há suspeitas de toxicidade, 
devido aos seus altos custos para provar a sua segurança não justificarem 
economicamente a permanência no mercado.
2. Fragrâncias: também são produtos sintéticos, e o sintoma inicial mais 
comum é o aparecimento de rinite com a aplicação tópica do produto.
3. Formaldeído: substância de elevado potencial carcinogênico, com o 
uso permitido pela Anvisa como conservante (até 0,2%) e até 5% para 
endurecer unhas. O uso nas concentrações permitidas não proporciona 
alisamento capilar, com risco de forte queda após o procedimento.
4. Tensoativos: como são moléculas anfifílicas, o manto hidrolipídico pode 
ser removido e a perda de água transepidermal facilitada, especialmente 
os de cadeia pequena, que podem se instalar na pele com mais facilidade. 
Atualmente existe uma tendência para opção por fosfolipídios orgânicos, 
que são mais semelhantes aos lipídios da pele. 
5. Parabenos (sistema conservante): além do risco de dermatite de 
contato, existe o risco de lesão de queratinócitos em caso de exposição 
solar e potencial cancerígeno com uso prolongado. O uso de conservantes 
naturais tem sido uma opção interessante para a indústria cosmética e 
para a manipulação, especialmente os produtos orgânicos e de apelo 
green-concept.
6. Metais: a toxicidade por metais pesados é um problema antigo. 
Além da indução de dermatites, o potencial tóxico se expande para a 
carcinogênese, por exemplo, no caso dos sais de alumínio usados em 
formulações antiperspirantes.
Normalmente os produtos cosméticos são raramente associados com sérios danos à saúde. 
Mas isto não significa que produtos cosméticos sejam sempre seguros, especialmente 
41
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
considerando os efeitos em longo prazo. Considerando que estes produtos podem ser 
usados durante um amplo período de tempo, é preciso garantir sua segurança e eficácia, 
controlando a toxicidade do produto final e dos seus ingredientes.
Identifique quais cosméticos são os maiores causadores de toxicidade em 
homens e mulheres e aproveite este delineamento para evitar prescrever estes 
produtos.
42
CAPÍTULO 3
Ingredientes cosméticos naturais
Produtos cosméticos são chamados de naturais quando não há uso de produtos 
sintéticos na sua formulação. Entretanto, produtos tradicionais podem ter produtos 
naturais na fórmula, de modo que adquirem características únicas, especialmente se 
tratando de essências e cores.
Os ingredientes citados a seguir têm algumas características em comum:
 » Podem ser usados em ampla faixa de pH. 
 » Podem ser prescritos pela esteticista quando de uso tópico. 
 » A maioria pode ser utilizada em qualquer veículo, de modo que praticamente 
não existem incompatibilidades.
É importante diferenciar os produtos cosméticos naturais dos orgânicos: produtos 
orgânicos possuem certificação diferencial conferida por órgão competente (como o 
EcoCERT), e a formulação não leva itens sintéticos como silicones, fragrâncias, polietileno 
glicol (PEG), corantes, derivados do petróleo nem produtos de origem animal. Todos 
os componentes da fórmula são exclusivamente naturais e seguem rígidos padrões de 
produção (sem agrotóxicos, fabricado em indústrias de padrão trabalhista ouro etc.).
A lista abaixo será de grande valia para a prescrição das fórmulas. A nomenclatura INCI 
NAME (International Nomenclature Cosmetic Ingredient) refere-se ao nome químico 
do produto, no qual pode ter diversos nomes comerciais conforme escolher o fabricante. 
O que pode diferenciar dois extratos da mesma substância é a via de produção.
Extratos
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Aveia
 › Avena sativa (Oat) Meal Extract.
 › Hidratante, anti-irritante e emoliente. 
 » Camomila
 › Chamomilla recutita (Matricaria) Flower Extract. 
43
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 › Anti-irritante, calmante e suavizante. 
 » Chá Verde
 › Camelia sinensis Leaf Extract. 
 › Antirradicais livres, estimulante e refrescante. 
 » Hera
 › Hedera helix (Ivy) Extarct. 
 › Aplicações: venotônico, tonificante e lipolítico. 
 » Própolis
 › Propolis Extract. 
 › Antisséptico, antiacne e cicatrizante. 
 » Uva
 › Vitis Vinifera (Grape) Fruit Extract
 › Anti-aging, protetor e antioxidante. 
Manteigas
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Cacau
 › Hydrogenated theobroma cacao oil. 
 › Manteiga derivada da semente de cacau caracterizada por 
propriedades de cristalização diferenciada e excelente estabilidade. 
Possui propriedades umectantes e hidratantes. É recomendado para a 
incorporação em emulsões e sistemas anidros.
 » Karitê
 › Shea butter butyrospermum parkii. 
 › Proporciona emoliência acentuada, auxilia na restauração do manto 
hidrolipídico, além de prevenir o ressecamento da pele e dos cabelos. 
Incorporação em cremes anti-aging, loções, hidratantes, pomadas, 
cremes de massagens, produtos solares e produtos capilares (cremes 
e máscaras).
44
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAISÓleos e extratos oleosos 
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Abacate Óleo
 › Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract.
 › Emoliente, lubrificante, dermoprotetor e restaurador da camada lipídica.
 » Abacate EO
 › Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract.
 › Emoliente, lubrificante, dermoprotetor e restaurador da camada 
lipídica.
 » Aloe Vera EO*
 › Aloe Barbadensis Leaf Extract.
 › Cicatrizante, emoliente e vasoprotetor.
 » Algodão Óleo
 › Perea Gratissima Dulcis.
 › Emoliente, amaciante, suavizante, condicionador e hidratante.
 » Amêndoas Doce Óleo
 › Prunus Amygdalus Dulcis
 › Emoliente, amaciante e protetor dos tecidos. 
 » Andiroba Óleo
 › Carapa Guaianensis Seed Oil
 › Antisséptico, anti-inflamatório e emoliente. 
 » Canola Óleo
 › Canola Oil
 › Emoliente, dermoprotetor e antioxidante. 
 » Castanha da Índia EO*
 › Aesculus Hippocastanum (Horse Chestnut) Seed Extract.
45
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 › Emoliente, restaurador da camada lipídica, formador de filme oclusivo, 
protetor dos tecidos cutâneos, amaciante e condicionador.
 » Castanha do Pará Óleo
 › Bertholletia Excelsa Seed Oil.
 › Hidratante, emoliente e amaciante.
 » Cenoura EO
 › Daucus Carota Sativa (Carrot) Extract.
 › Emoliente, lubrificante e estimulador bronzeado.
 » Coco EO
 › Cocos Nucifera (Coconut) Extract.
 › Amaciante, emoliente, lubrificante, hidratante e formador de filme.
 » Copaíba Óleo
 › Copaifera Oil
 › Antibiótico e anti-inflamatório natural.
 » Cupuaçu EO* 
 › Theobroma Grandiflorum Fruit Extract 
 › Hidratante, emoliente, condicionador e remineralizante.
 » Gengibre EO* 
 › Zingiber Officinale (Ginger) Root Extract. 
 › Estimulante cutâneo, antisséptico, descongestionante e refrescante.
 » Gergelim/Sesamo Óleo 
 › Sesamum Indicum (Sesame) Seed Oil. 
 › Lubrificante, emoliente e anti-inflamatório.
 » Germe de Trigo EO* 
 › Triticum Vulgare (Wheat) Germ Extract. 
 › Suavizante, hidratante, condicionador, restaurador e emoliente.
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 » Girassol Óleo 
 › Helianthus Annuus (Sunflower) Seed Extract. 
 › Condicionador, emoliente e antirradicais livres.
 » Jojoba Óleo 
 › Simmondsia Chinensis (Jojoba) Seed Oil. 
 › Emoliente, regenerador e antioxidante.
 » Macadâmia Óleo 
 › Macadamia Ternifolia Seed Oil. 
 › Emoliente, lubrificante e amaciante.
 » Maracujá Óleo 
 › Passiflora Incarnata Oil. 
 › Extraemoliente, nutritivo para a pele e cabelos.
 » Oliva Óleo 
 › Olea Europaea (Olive) Oil. 
 › Emoliente, dermoprotetor, restaurador e suavizante para pele e cabelos.
 » Pequi Óleo* 
 › Caryocar Brasiliense Fruit Oil.
 › Emoliente, lubrificante e formador de filme oclusivo. 
 » Prímula EO* 
 › Primula Officinalis. 
 › Melhora a função barreira cutânea, hidratante, emoliente e cicatrizante.
 » Rosa Mosqueta Óleo
 › Rosa Canina Fruit Oil. 
 › Emoliente, hidratante, e cicatrizante. Melhora as cicatrizes e queloides. 
47
CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
Extratos glicólicos
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Açai EG 
 › Euterpe oleracea fruit extract. 
 › Adstringente, tônico e refrescante.
 » Acerola EG 
 › Malpighia punicifolia (acerola) fruit extract. 
 › Adstringente, purificante e refrescante.
 » Agrião EG 
 › Nasturtium officinale extract. 
 › Remineralizante e calmante.
 » Alcaçuz EG 
 › Glycyrrhiza glabra (licorice) root extract. 
 › Calmante, anti-inflamatório e suavizante.
 » Alecrim EG 
 › Rosmarinus officinalis (rosemary) leaf extract. 
 › Estimulante, dermoprotetor e antioxidante.
 » Algas Fucus EG 
 › Fucus vesiculosus extract. 
 › Lipolítico, firmador e hidratante.
 » Algas Gracilária EG 
 › Algae Extract .
 › Hidratante, amaciante e umectante.
 » Amora EG 
 › Morus nigra fruit extract.
 › Hidratante, dermoprotetor e antioxidante.
48
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 » Aquilea EG* 
 › Achillea millefolium extract.
 › Adstringente, anti-inflamatório e purificante.
 » Arnica EG 
 › Arnica montana flower extract. 
 › Anti-inflamatório, venotônico e cicatrizante.
 » Aveia EG* 
 › Avena sativa (oat) meal extract. 
 › Hidratante, anti-irritante e amaciante.
 » Babosa EG 
 › Aloe Barbadensis Leaf Extract. 
 › Hidratante, cicatrizante e calmante.
 » Calêndula EG 
 › Calendula officinalis flower extract. 
 › Anti-inflamatório, suavizante e tonificante.
 » Camomila EG 
 › Chamomilla recutita (matricaria) flower extract. 
 › Anti-irritante, calmante e suavizante.
 » Cana-de-Açúcar EG 
 › Saccharum officinarum (sugar cane) extract 
 › Emoliente, hidratante, umectante e condicionante.
 » Capsicum EG 
 › Capsicum annuum fruit extract. 
 › Rubefaciante e estimulante da circulação.
 » Cartilagem EG 
 › Fish cartilage extract 
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 › Hidratante, restaurador e condicionador.
 » Castanha da Índia EG 
 › Aesculus hippocastanum (horse chestnut) seed extract.
 › Venotônico e estimulante.
 » Cavalinha EG 
 › Equisetum arvense extract. 
 › Remineralizante, drenante e hidratante.
 » Centella Asiática EG 
 › Centella asiática extract. 
 › Anti-inflamatório, vasoprotetor e tonificante.
 » Cereja EG 
 › Prunus Cereasus (Bitter Cherry) Extract. 
 › Hidratante, amaciante e antioxidante.
 » Chá Verde EG 
 › Camellia sinensis leaf extract. 
 › Antioxidante, desodorante e estimulante.
 » Coco EG 
 › Cocos nucifera (coconut) extract. 
 › Emoliente, amaciante e lubrificante.
 » Cupuaçu EG 
 › Theobroma grandiflorum fruit extract. 
 › Emoliente, nutritivo e dermoprotetor.
 » Damasco EG 
 › Prunus armeniaca (apricot) fruit extract. 
 › Adstringente, hidratante e purificante.
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 » Erva Doce EG 
 › Pimpinella anisum (anise) fruit extract. 
 › Antisséptico, refrescante, calmante, antioleosidade e suavizante.
 » Flores de Hibiscos EG 
 › Hibiscus Sabdariffa Flower Extract.
 › Esfoliante suave, adstringente e antioxidante.
 » Guaraná EG 
 › Paullinia cupana seed extract. 
 › Estimulante, energizante e tonificante.
 » Ginkgo Biloba EG 
 › Ginkgo biloba leaf extract. 
 › Hidratante, antirradicais livres, ativador da microcirculação, anti-
inflamatório e emoliente.
 » Hamamelis EG
 › Hamamelis virginiana.
 › Adstringente, anticaspa, antisseborreico, vaso protetor, vaso constritor, 
descongestionante e antiacne. 
 » Hera EG
 › Hedera helix. 
 › Antirradicais livres, anticelulítica, cicatrizante, vaso dilatadora, 
antioxidante, regenerador e vasoprotetor. 
 » Hortelã (Menta Piperita) EG
 › Mentha piperita (peppermint). 
 › Antisséptico, estimulante e refrescante.
 » Jaborandi Penna Tifolius EG 
 › Jaborandi (Pilocarpus Jaborandi) 
 › Adstringente, antisséptico, antioleosidade e estimulante capilar.
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 » Kiwi EG 
 › Actinidia Chinensis (Kiwi). 
 › Hidratante, amaciante e condicionante.
 » Laranja EG 
 › Citrus Aurantium Dulcis (Orange). 
 › Seborregulador, adstringente e esfoliante. 
 » Malva EG 
 › Malva Sylvestris (Mallow). 
 › Adstringente, anti-inflamatório, antisséptico, cicatrizante e emoliente.
 » Maracujá EG
 › Passiflora Incarnata Fruit Extract. 
 › Calmante, amaciante e hidratante.
 » Melancia EG
 › Citrullus Vulgaris (Watermellon). 
 › Hidratante, amaciante e remineralizante.
 » Melão EG 
 › Cucumis Melo (Melon). 
 › Amaciante, remineralizante e refrescante.
 » Melissa EG 
 › Melissa Officinalis Leaf Extract. 
 › Adstringente suave, amaciante e refrescante.
 » Morango EG 
 › Fragaria Vesca (Strawberry). 
 › Hidratante, condicionante e amaciante.
 » Nogueira EG* 
 › Juglans Regia (Walnut).
52
UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 › Cicatrizante, antisséptico, anti-irritante,colorante, adstringente, 
anticaspa e antiqueda de cabelos.
 » Orquídea EG
 › Phalaenopsis Amabilis Extract. 
 › Antioxidante, hidratante e calmante.
 » Papaya EG
 › Carica Papaya. 
 › Esfoliante, amaciante e condicionante.
 » Própolis EG 
 › Propolis Extract 
 › Antisséptico, antiacne e cicatrizante.
 » Romã EG 
 › Punica Granatum Extract. 
 › Cicatrizante, regenerador, antioleosidade, mineralizante, refrescante 
e adstringente.
 » Rosa Branca EG 
 › Rosa Centifolia Flower Extract. 
 › Adstringente, cicatrizante, anti-inflamatório, antisséptico, calmante e 
refrescante.
 » Sálvia EG 
 › Salvia Officinalis (Sage) Leaf Extract. 
 › Dermopurificador, antiperspirante, adstringente e cicatrizante.
Óleos essenciais
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Alecrim Intense OE 
 › Rosmarinus officinalis 
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CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS │ UNIDADE II
 › Ação adstringente, indicado para tratamento de acne, caspa e cabelos 
oleosos. Também ativa a circulação.
 » Laranja Amarga Intense OE 
 › Citrus aurantium. 
 › Antilipêmico, adstringente.
 » Lavanda Mont Blanc Intense OE 
 › Lavandula officinalis. 
 › Calmante (peles sensíveis, irritadas e queimadas).
 » Lemongrass Intense OE 
 › Cymbopogon Citratus. 
 › Infecções, acne, tônico geral, celulite, tratamento da pele e repelente 
de insetos.
 » Limão Siciliano Intense OE 
 › Citrus limon. 
 › Lipolítico, produtos para celulite e gordura localizada e pele oleosa.
 » Melaleuca Intense OE 
 › Melaleuca alternifolia l. 
 › Antiacne, tratamento da pele oleosa, higiene íntima, fortalecedor de 
unhas e anticaspa.
Esfoliantes físicos
Alguns produtos com seu INCI name e suas aplicações:
 » Cristais de Quartzo 
 › Silica. 
 › Renovador celular e esfoliante mecânico orgânico obtido de cristais. 
 » Microesferas de Polietileno 
 › Polyethylene. 
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UNIDADE II │ CONCEITOS DE COSMETOLOGIA E ATIVOS COSMÉTICOS NATURAIS
 › Esfoliante físico, abrasivo e renovador celular. 
 » Semente de Apricot 
 › Prunus Armeniaca (Apricot) Seed Powder. 
 › Possui propriedades regenerativas do tecido cutâneo, além de 
proporcionar hidratação e maciez da pele. 
Porque as manteigas e óleos são utilizados na composição de shampoos, se os 
tensoativos são capazes de remover substâncias lipídicas?
Manteigas e óleos conferem hidratação e não são afetadas pelos tensoativos.
55
UNIDADE III
COSMETOLOGIA 
APLICADA NA ACNE, 
COSMÉTICA MASCULINA 
E HIPERCROMIA CUTÂNEA
Nessa unidade estudaremos os princípios ativos, suas faixas de concentração, pH e 
incompatibilidades. Desta forma, teremos a capacidade de planejar as formulações 
magistrais, que são aquelas elaboradas em Farmácias de Manipulação. E neste 
momento vêm as perguntas: “É seguro manipular?” “Qual a diferença do manipulado 
para o industrializado?” “Por que a diferença de preço é tão grande em alguns casos?”
Não estamos aqui para criticar os produtos industrializados. Vamos apenas apresentar 
em que realmente consiste a manipulação magistral. Em muitos casos, o produto 
industrializado poderá ser a melhor opção, pois além de ter um prazo de validade maior 
já se encontra pronto para compra e consumo.
A manipulação magistral é um processo seguro e necessário. Do contrário, várias pessoas 
estariam sem opção de tratamento, por questões de dosagens ou forma farmacêutica. 
Por exemplo, crianças que precisam tomar antidepressivos podem ter dificuldade 
em utilizar comprimidos. Você conhece alguma suspensão industrializada de algum 
antidepressivo?
O que a Farmácia faz é proporcionar conforto ao paciente, que, por necessidades 
individuais, não pode consumir um produto industrializado, com a vantagem de se 
associar em ingredientes de maneira única, personalizando a fórmula. O preço dos 
produtos está ligado à quantidade adquirida: a compra do produto industrializado leva 
em conta toda a produção da fábrica. O manipulado foi feito sob medida, isto é, em 
escala muito reduzida.
No Brasil, a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), é o órgão 
competente que regula legalmente o ramo, juntamente com o Conselho Federal de 
Farmácia e Anvisa. A Anfarmag possui um sistema de acreditação das Farmácias, o 
selo SINAMM, que atesta a qualidade do funcionamento e dos produtos. Procure este 
selo ao selecionar uma Farmácia e, principalmente, o farmacêutico.
56
CAPÍTULO 1
Acne: cuidados cosméticos
A acne é uma patologia crônica e multifatorial, na qual as causas podem ser: genéticas, 
hormonais, alimentares, climáticas, medicamentosas, cosméticas e o estresse podem 
desencadear a doença. É caracterizada pela hiperqueratinização e oclusão folicular, 
com hipersecreção sebácea e proliferação da bactéria Propioniumbacterium acnes.
É mais comum entre adolescentes, mas pode se estender até os 30 anos, acometendo os 
homens com mais severidade. A procura masculina por tratamentos estéticos constitui 
a maior parte dos casos.
Os locais mais afetados são: face, peitoral e o dorso. A maioria das pessoas desenvolvem 
em algum momento da vida.
O uso de cosméticos pela população leiga é irracional, com alta incidência de reações 
adversas. O sucesso do tratamento depende da seleção correta dos produtos e 
procedimentos, da disciplina e da adesão do paciente às medidas planejadas. 
Alergias e bactérias resistentes, em especial do Propionibacterium acnes, após uso 
prolongado bactericidas tópicos são as principais causas de falhas do tratamento de 
boa adesão.
Patogenia: ocorre processo inflamatório crônico do folículo pilossebáceo, com quatro 
fatores considerados principais:
 » Obstrução do folículo piloso, secundário à descamação anormal dos 
queratinócitos foliculares. 
 » Aumento da oleosidade e produção sebácea. 
 » Proliferação da bactéria anaeróbica Propionibacterium acnes (P. acnes) 
e seu metabolismo, gerador de produtos irritantes. 
 » Desencadeamento de respostas imunes e inflamatórias induzidas pelo P. 
acnes ou Staphylococcus aureus (bactéria da foliculite).
Os queratinócitos se descamam formando um tampão que obstrui o folículo. Essa alteração 
pode estar associada a mudanças na composição sebácea por defeito na proliferação 
celular controlada por hormônios andrógenos. 
A partir daí, ocorre a formação do microcomedão (lesão microscópica), a fase inicial da 
acne. Os comedões são essencialmente saturações dos folículos pilossebáceos por sebo 
57
COSMETOLOGIA APLICADA NA ACNE, COSMÉTICA MASCULINA E HIPERCROMIA CUTÂNEA │ UNIDADE III
e queratina. A dor, comum nas acnes graus 2 e 3, vem do processo inflamatório gerado 
pelo sebo. São tipos de comedões:
 » Comedão fechado: pequena estrutura que bloqueia o fluxo do sebo, 
obstruindo o folículo e levando ao acúmulo de fragmentos celulares, 
bactérias e lipídeos na luz do folículo. Inflama com facilidade (o conteúdo 
do sebo é altamente inflamatório).
 » Comedão aberto: se vasos linfáticos forem pressionados até a saída da 
linfa, o local pode ficar com acúmulo de melanina como mecanismo de 
resposta, constituindo o comedão aberto, a lesão enegrecida por depósito 
de melanina, que sofre oxidação pela luz e pelo ar. 
O aumento na produção do sebo pode ser devido ao aumento de andrógenos circulantes 
(caso da maioria dos adolescentes), por maior resposta da glândula aos andrógenos ou 
ambas as causas.
A influência da testosterona na acne
Na pele e no couro cabeludo, verifica-se a presença da enzima 5α-redutase, que converte 
testosterona em 5-dihidroxitestosterona (5-DHT). A 5-DHT tem ação cem vezes mais 
potente que a testosterona no tocante à produção de sebo, obstruindo os folículos, causando 
a inflamação da acne e também a queda capilar. Como a testosterona é predominante em 
homens, a acne ocorre com mais severidade, por causa deste mecanismo.
Se o excesso de oleosidade em pacientes acneicos e a calvície são da mesma via 
hormonal, logo pacientes acneicos deveriam ser calvos ou vice-versa?
Nenhuma das opções é válida, porque o processamento enzimático da

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