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SISTEMAS RENAIS ♥ Formam-se três sistemas renais que se sobrepõem levemente em uma sequência craniocaudal durante a vida intrauterina: pronefro, mesonefro e metanefro. - Pronefro: rudimentar e não é funcional; mesonefro: funciona por um intervalo curto de tempo durante o período fetal inicial, metanefro origina os rins ♥ Início da 4° semana, o pronefro é representado por sete a dez sólidos grupos de células na região cervical - Eles se originam a partir de unidades excretórias vestigiais, os nefrótomos, que regridem antes que se formem outros mais caudais. - Até o final da quarta semana, todos os indícios do sistema pronéfrico desapareceram. Cortes transversais, mostrando a formação dos túbulos néfricos. A. 21 dias. B. 25 dias. Formação dos glomérulos externos e internos e na conexão aberta entre a cavidade intraembrionária e o túbulo néfrico. ♥ O mesonefro e os ductos mesonéfricos são derivados do mesoderma intermediário oriundo da região dos segmentos torácicos superiores até os lombares superiores (L3) - Início da 4° semana: regressão do sistema pronéfrico, aparecem os 1° túbulos excretores do mesonefro que se alongam rapidamente, formam uma alça em feitio de “S” e envolvem o tufo de capilares que formará o glomérulo em sua extremidade medial ♥ Ao redor do glomérulo, os túbulos formam a cápsula de Bowman, e, em conjunto, essas estruturas constituem o corpúsculo renal. ♥ Lateralmente, o túbulo desemboca no ducto coletor lateral, conhecido como ducto mesonéfrico ou wolffiano ♥ Na metade do 2° mês, o mesonefro forma um grande órgão ovoide de cada lado da linha média ♥ Pelo fato de a gônada em desenvolvimento se encontrar em seu lado medial, a crista formada por ambos os órgãos é a crista urogenital ♥ Enquanto os túbulos caudais ainda estão se diferenciando, os túbulos craniais e os glomérulos apresentam alterações degenerativas; no final do segundo mês, a maioria deles desapareceu. ♥ No homem, alguns túbulos caudais e o ducto mesonéfrico persistem e participam na formação do sistema genital; nas mulheres, desaparecem. A. Correlação do mesoderma intermediário dos sistemas pronéfrico, mesonéfrico e metanéfrico. Nas regiões cervical e torácica superior, o mesoderma intermediário é segmentado; nas regiões torácica inferior, lombar e sacral, ele forma uma massa tecidual sólida, não segmentada, o cordão nefrogênico. Repare no ducto coletor longitudinal, formado inicialmente pelo pronefro e, mais tarde, pelo mesonefro (ducto mesonéfrico). B. Túbulos excretórios dos sistemas pronéfrico e mesonéfrico em um embrião de 5 semanas. A. Corte transversal através da crista urogenital na região torácica inferior de um embrião de 5 semanas, formação de um túbulo excretório do sistema mesonéfrico. Aparecimento da cápsula de Bowman e da crista gonadal. O mesonefro e as gônadas estão ligados à parede abdominal posterior por um mesentério urogenital largo. B. Relação entre a gônada e o mesonefro. O ducto mesonéfrico (ducto wolffiano) corre ao longo da face lateral do mesonefro. ♥ O metanefro ou rim permanente, aparece na 5° semana, unidades excretórias se desenvolvem a partir do mesoderma metanéfrico - O desenvolvimento do sistema de ductos é diferente dos outros sistemas renais. SISTEMA COLETOR ♥ Se desenvolvem a partir do broto ureteral, um brotamento do ducto mesonéfrico próximo a sua entrada na cloaca ♥ O broto penetra o tecido metanéfrico, que tem a forma de capuz na sua porção distal, e se dilata, formando a pelve renal primitiva, e se divide nas porções cranial e caudal -> cálices maiores ♥ Cada cálice forma dois novos brotos enquanto penetra o tecido metanéfrico, os quais continuam a se subdividir até que tenham formado 12 ou mais gerações de túbulos - Enquanto isso, na periferia, mais túbulos se formam até o final do quinto mês. ♥ Os túbulos de segunda ordem aumentam e absorvem os da terceira e da quarta gerações, formando os cálices menores da pelve renal. ♥ Com a progressão do desenvolvimento, os túbulos coletores da quinta geração e das gerações subsequentes se alongam consideravelmente e convergem para o cálice menor, formando a pirâmide renal ♥ O broto ureteral dá origem ao ureter, à pelve renal, aos cálices maiores e menores e a aproximadamente 1 a 3 milhões de túbulos coletores. Relação entre intestino posterior e cloaca no final da quinta semana. O broto ureteral penetra no mesoderma metanéfrico (blastema). Desenvolvimento da pelve renal, dos cálices e dos túbulos coletores dos metanefros. A. Sexta semana. B. No final da sexta semana. C. Sétima semana. D. Recém-nascido. Repare no formato piramidal dos túbulos coletores que penetram o cálice menor. SISTEMA EXCRETÓRIO ♥ Cada túbulo coletor recém-formado é coberto em sua extremidade distal por um capuz de tecido metanéfrico - as células desse capuz formam pequenas vesículas, vesículas renais, que dão origem a pequenos túbulos com formato de “S” ♥ Capilares crescem na reentrância da extremidade proximal do “S” e se diferenciam em glomérulos. ♥ Esses túbulos, junto com seus glomérulos, formam os néfrons, ou unidades excretórias. ♥ A extremidade proximal de cada néfron forma a cápsula de Bowman, que tem um glomérulo penetrado profundamente nela - Extremidade distal forma uma conexão aberta com um dos túbulos coletores, e estabelece comunicação entre a cápsula de Bowman e a unidade coletora. ♥ O alongamento contínuo do túbulo excretor resulta na formação do túbulo proximal convoluto, da alça de Henle e do túbulo convoluto distal ♥ O rim se desenvolve a partir de duas origens: (1) mesoderma metanéfrico -> unidades excretórias; (2) broto ureteral -> sistema coletor. ♥ A produção de urina começa após a diferenciação dos capilares glomerulares, por volta da décima semana. ♥ No nascimento, os rins têm uma aparência lobulada, mas essa lobulação desaparece durante o primeiro ano de vida, como resultado do crescimento contínuo dos néfrons Desenvolvimento de uma unidade excretória metanéfrica. Setas, o local onde a unidade excretória (azul) estabelece uma comunicação aberta com o sistema coletor (amarelo), permitindo o fluxo de urina do glomérulo para os ductos coletores. REGULAÇÃO MOLECULAR DO DESENVOLVIMENTO RENAL ♥ Envolve interações epiteliomesenquimais. - o epitélio do broto ureteral do mesonefro interage com o mesênquima do blastema metanéfrico ♥ O mesênquima expressa WT1, fator de transcrição que confere competência para esse tecido responder à indução pelo broto ureteral. - Regula a produção do fator neurotrófico derivado da glia (GDNF) e do fator de crescimento de hepatócitos (HGF) pelo mesênquima e essas proteínas estimulam a ramificação e o crescimento dos brotos ureterais ♥ Os receptores tirosinoquinase RET, para GDNF, e MET, para HGF, são expressos pelo epitélio dos brotos ureterais, estabelecendo vias de sinalização entre os dois tecidos. ♥ Os brotos induzem o mesênquima via fator de crescimento de fibroblasto 2 (FGF2) e proteína morfogenética óssea 7 (BMP7) - Esses fatores de crescimento inibem processos de morte por apoptose e estimulam a proliferação das células do mesênquima metanéfrico, além de manter a produção de WT1. ♥ A conversão do mesênquima em um epitélio para a formação dos néfrons também é mediada pelos brotos ureterais por intermédio da expressão de WNT9B e de WNT6, que aumentam a expressão de PAX2 e de WNT4 no mesênquima metanéfrico. ♥ PAX2 promove a condensação preparatória do mesênquima para a formação do túbulo, e o WNT4 faz com que o mesênquima condensado forme o epitélio e dê origem aos túbulos ♥ Ocorrem modificações na matriz extracelular: fibronectina, colágeno I e colágeno são substituídos por laminina e por colágeno do tipo IV, característicos de lâmina basal epitelial, são sintetizadas as moléculas de adesão celular sindecana e caderina-E, essenciais para a condensação do mesênquima em epitélio. Genes envolvidos com a diferenciação renal. A. WT1, expresso pelo mesênquima, permite que esse tecido responda à indução pelo broto ureteral. O fator neurotrófico derivado da glia(GDNF) e o fator de crescimento do hepatócito (HGF), também produzidos pelo mesênquima, interagem por intermédio de seus receptores, respectivamente, RET e MET, no epitélio do broto ureteral para estimular o crescimento do broto e manter as interações. Os fatores de crescimento do fibroblasto do tipo 2 (FGF2) e da proteína morfogenética óssea do tipo 7 (BMP7) estimulam a proliferação do mesênquima e mantêm a expressão de WT1. B. WNT9B e WNT6 secretados pelos ramos do broto ureteral promovem a regulação de PAX2 e de WNT4 no mesênquima circunjacente. Esses genes, por sua vez, fazem com que o mesênquima se transforme em epitélio (PAX2) e forme túbulos (WNT4). Também ocorrem alterações na matriz extracelular, de modo que laminina e colágeno IV formam uma membrana basal (laranja) para as células epiteliais. POSIÇÃO DO RIM ♥ Inicialmente na região pélvica, desloca-se para uma posição mais cranial no abdome. ♥ Essa ascensão do rim é causada pela diminuição na curvatura corporal e pelo crescimento do corpo nas regiões lombar e sacral ♥ Na pelve: metanefro recebe sua irrigação arterial a partir de uma ramificação pélvica da aorta. ♥ Durante sua ascensão para o nível abdominal, são vascularizados por artérias que se originam na aorta em níveis continuamente mais altos. ♥ Os vasos mais baixos em geral degeneram, mas alguns podem permanecer. Ascensão dos rins. Repare na mudança de posição entre os sistemas mesonéfrico e metanéfrico. O sistema mesonéfrico degenera quase completamente, e apenas alguns remanescentes persistem em contato próximo com a gônada. Tanto no embrião masculino quanto no feminino, as gônadas descem de seus níveis originais para uma posição muito mais baixa. FUNÇÃO RENAL ♥ O rim definitivo se torna funcional por volta da 12° semana. ♥ A urina é depositada na cavidade amniótica e se mistura ao líquido amniótico que é engolido pelo feto e reciclado pelos rins. ♥ Durante a vida fetal, os rins não são responsáveis pela excreção de escórias metabólicas, uma vez que a placenta realiza essa função.
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